Mais lidas

domingo, 27 de julho de 2014

Desperdicio na obra

image
Olá a todos!
Venho mais uma vez abusar da boa vontade e da experiência de vocês!
Peço-lhes que me orientem.
Sou estudante de Engenharia Civil e estou estagiando há um mês. Percebo que
no canteiro de obras há muito desperdício de materiais, e o que mais reteve
minha atenção foi quanto ao exagerado desperdício de tijolos. Já pesquisei
na internet e me interessei sobre o reaproveitamento dos tijolos

transformando-os em pó e sendo utilizados na substituição parcial do
cimento. Já que aparentemente não teria tanta dificuldade e poderia ser
feito no próprio canteiro, essa opção me interessou muito.
Porém, não encontrei mais nada específico....
Enfim, peço a ajuda de vocês para saber se há realmente essa alternativa e
se ela é bem-sucedida. Caso não seja, gostaria de saber outras opções de
reutilização desses "lixos" da construção (tijolo, sacos de cimento, brita,
cimento... entre outros!).
Desde já, agradeço muito.
Jéssica Vieira.
Prezada Jéssica, bom dia
O desperdício de materiais e de mão de obra nas construções do Brasil de meu
Deus sempre foi um caso sério.
Talvez pela falta de informação. Bem que órgãos governamentais como SENAC,
SENAI e SESI poderiam manter cursos para mestre de obras, pedreiros e até
ajudantes, que sempre foi prática comum nas construtoras de qualidade. Já
trabalhei em uma construtora que tinha um costume sagrado: todo sábado de
manhã reunia-se os encarregados e mestres de obra, onde discutiam entre si e
com os engenheiros. Alí aprendiam e ensinavam como se faz o esquadrejamento
e nivelamento de gabaritos, o traço de argamassas, colocação de pisos e
azulejos, sem falar na armação e montagem de ferragens, hidráulica,
elétrica, etc. Perdia-se (?) praticamente o sábado quanto ao trabalho, mas
ganhava-se muito na produtividade dos outros dias úteis da semana.
No caso de reboco, por exemplo, se o pedreiro colocar uma tábua no piso e
bem encostada na parede, poderá reaproveitar boa parte da argamassa que nela
cai, além de manter a limpeza no local.
No caso de madeira para formas, se ao recebê-las na obra for passado algum
impermeabilizante ou mesmo óleo diesel, e empilhadas com calços, deixando
vãos de ventilação entre elas, seu reaproveitamento será bem maior.
No caso da mão de obra, existe a possibilidade de se programar suas
atividades com CPM ou até com o PERT, quando não se conhece bem o tempo de
suas durações.
Com os tijolos, além do que já foi dito abaixo, quando chegam na obra devem
ser empilhados adequadamente, em local plano e com as camadas cruzadas.
Também é bom que sejam transportados, quando possível, em carriolas de
madeira e de quatro rodas, minimizando seu tombamento e quebras.
At.,
Engº Roberto Magnani
Clube dos Engenheiros Civis

Pesquisar este blog