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terça-feira, 25 de agosto de 2009

News – Aquífero Guarani

 

Cidade
A última esperança

Meio ambiente Promotoria quer ‘salvar’ área onde água ainda entra limpa pela terra para o Aquífero Guarani

DANIELLE CASTRO
Gazeta de Ribeirão
danielle.castro@gazetaderibeirao.com.br
A qualidade da água superficial que poderá ser consumida por Ribeirão Preto no futuro dependerá da preservação da área rural da Zona Leste. Esse é o argumento que a Promotoria deve usar para manter sem urbanização a região da bacia do Córrego Palmeiras 2, única da cidade onde as chuvas infiltradas não possuem contato com a sujeira carregada para as galerias pluviais.
O relatório técnico preparado por órgãos municipais, estaduais e entidades da sociedade civil para respaldar o inquérito civil da ZL também aposta na criação de grandes áreas verdes, com três parques lineares, e na manutenção de faixas de drenagens para barrar as contaminações e a impermeabilização do solo. O documento será apresentado dia 22 de setembro em plenária e depois encaminhado à Prefeitura para consolidação de uma política pública para proteção da ZL, que concentra uma das maiores áreas de recarga do Aquífero Guarani.
O manancial abastece Ribeirão e passa sob quatro países da América Latina (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). O relatório conta com o Palmeiras 2 e o Rio Pardo para reservação de água e captação superficial.
De acordo com o geógrafo Maurício Figueiredo Júnior, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, já existe hoje na cidade uma legislação que pede conservação das faixas de drenagens naturais (talmudes), mas a carta do MP deve ampliar a questão. “Vamos preservar e evitar a impermeabilização. Assim conseguiremos a infiltração de uma água de qualidade”, disse.
A ideia é que nos locais urbanizados da ZL a chuva seja captada com sistemas instalados no telhado, evitando que escorram pelo asfalto, onde há mais contaminantes. “Isso assegura uma infiltração nos moldes da natural”, afirmou Figueiredo.
Olavo Nepomuceno, assistente da Promotoria, frisou que de cada 100 litros de água de chuva, 70 litros se infiltram no solo, mas apenas 5% disso (3,5 litros) chega de fato ao Guarani. “Solos arenosos como o da Zona Leste conseguem essa absorção, que é bem maior que a da chamada terra roxa, por exemplo. Por isso, temos que resguardar essa área”, disse Nepomuceno.

Fonte; Gazeta de Ribeirão

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