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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Umidade subindo o rodapé da parede

impermeabilizando banheira Banheira impermeabilizada com manta asfáltica poliéster 3mm
*****************
Carlos Samy
Bom dia, Tenho um serio problema com umidade de parede e me indicaram Viaplus 1000, eu não conheço este produto, você poderia confirmar se ele realmente serve para o que eu necessito
Sim com toda certeza, veja o boletim técnico sobre o produto


26-01-11

Viaplus 1000


Revestimento impermeabilizante, semi-flexível, bi-componente (A+B), à base de cimentos especiais, aditivos minerais e polímeros
1. Descrição:
Revestimento impermeabilizante, semi-flexível, bi-componente (A+B), à base de cimentos especiais, aditivos minerais e polímeros, de excelentes características impermeabilizantes, ótima aderência e excepcional resistência mecânica.
Viaplus 1000 Branco - As mesmas características e eficiência do Viaplus 1000 com as vantagens da cor branca: Dispensa o uso de pintura posterior, podendo ficar como acabamento final; Economia de mão de obra e material de pintura.
2. Utilização:
Viaplus 1000 têm excelentes características de adesividade, plasticidade, sendo totalmente impermeável, indicado para impermeabilização de áreas como:
Sub-solos, cortinas e poços de elevadores;
Muros de arrimo, baldrames e alicerces,
Paredes internas e externas,
Pisos frios em contato com o solo;
Áreas frias, como banheiros e cozinhas;
Reservatórios de água potável;
Piscinas em concreto enterradas;
Estruturas sujeitas a infiltração do lençol freático;
Revestimento antes do assentamento de pisos cerâmicos, carpete, carpete de madeira, em contato com o solo;
Pintura na face de aderência de granitos, evitando machas de umidade.
3. Vantagens:
Resistente a altas pressões hidrostáticas, tanto positivas quanto negativas.
Produto de fácil aplicação, com trincha, vassoura de pêlo ou desempenadeira metálica, dependendo da forma de aplicação.
Não altera a potabilidade da água, sendo atóxico e inodoro.
Aplicado sobre superfícies de concreto, alvenaria, argamassa ou metal, confere excelente aderência sem necessidade de chapisco, primer etc..
Acompanha as movimentações normais da estrutura.
Pode ser estruturado com tela de poliéster ou nylon.
4. Normalização:
Atende à NBR 11905
5. Preparação da superfície:
O substrato deverá apresentar-se limpo, sem partes soltas ou desagregadas, nata de cimento, óleos, desmoldantes etc. Para tanto recomenda-se a lavagem da estrutura com escova de aço e água ou jato d'água de alta pressão.
Ninhos e falhas de concretagem deverão ser reparados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3, amassada com solução de água e emulsão adesiva Viafix na relação em volume 3:1.
Quando houver a ocorrência de jorros de água, no caso de subsolos com lençol freático, executar tamponamento com a utilização do Tratamento Especial Hey’di (Pó1- Pó2 - Líquido Selador), após prévio preparo do local.
A superfície a ser impermeabilizada com Viaplus 1000, deverá estar previamente umedecida, mas não encharcada.
5. Preparação do produto:
Produto fornecido em dois componentes:
Componente A (resina) - Polímeros acrílicos emulsionados.
Componente B (pó cinza) - Cimentos especiais, aditivos impermeabilizantes, plastificantes e
agregados minerais.
Adicionar o componente B (pó cinza) aos poucos ao componente A (resina) e misturar mecanicamente
por 3 minutos ou manualmente por 5 minutos, dissolvendo possíveis grumos que possam se formar,
obtendo-se uma pasta homogênea;
Uma vez misturados os componentes A+B, o tempo de utilização desta mistura não deve ultrapassar o
período de 40 minutos, na temperatura de 25ºC. Passando este período não recomendamos sua utilização;
A proporção da mistura é variável de acordo com a forma de aplicação.
6. Aplicação do produto:
Aplicar as demãos em sentido cruzado, conforme a necessidade do serviço, em camadas uniformes; O intervalo entre as demãos deve ser de 2 a 6 horas, dependendo da temperatura ambiente;
Em regiões como ao redor de ralos, juntas de concretagem e meias-canas, reforçar o revestimento com a incorporação de uma tela de poliéster ou nylon, logo após a primeira demão.
Aguardar a cura do produto por 3 dias antes de encher o reservatório;
Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a hidratação do Viaplus 1000 no mínimo por 72 horas.
Aplicação em pintura (traço em volume): 1 parte de componente A (resina), para 2,3 partes de componente B (pó cinza), aproximadamente. Usar trincha, vassoura de pêlo ou escova.
Aplicação em revestimento (traço em volume): 1 parte do componente A (resina), para 3 partes do componente B (pó cinza), aproximadamente. Usar desempenadeira ou rodo. Para aplicação com desempenadeira, aplicar inicialmente 1 demão com trincha, utilizando o traço de pintura.
7. Consumo:
Umidade de solo ou água de percolação: 2 kg/m² em 2 demãos
Pressão hidrostática positiva até 20 m.c.a: 3 a 4 kg/m² em 2 a 3 demãos
Pressão hidrostática negativa até 10 m.c.a: 4 a 5 kg/m² em 3 a 4 demãos
8. Embalagens:
Galão com 4 kg.
Balde com 18 kg.
Caixa com 18 kg.
9. Validade e estocagem:
O produto tem validade de 09 meses, a partir da data de fabricação, desde que armazenado em local seco e ventilado, e nas embalagens originais e intáctas.

10. Recomendações:

Ambos componentes não apresentam riscos à saúde quando utilizados corretamente;
Utilizar luvas de borracha para manuseio do produto;
Após o uso do produto recomendamos lavar bem as mãos;
Caso o produto entre em contato com os olhos ou mucosas, lavar com água limpa em abundância.
Caso persista a irritação procurar um médico, informando-o sobre o produto;
Em recintos fechados ou de pouca ventilação, garantir a renovação do ar durante a aplicação e secagem;
Quando utilizado em reservatórios, aguardar de 3 a 5 dias antes de enchê-lo, conforme condições de temperatura ambiente, umidade relativa e ventilação;
Em Estação de Tratamento de Água (E.T.A.), Viaplus 1000 só é recomendado em situações cujo Ph não seja inferior a 6,0;
Após a cura do produto, promover a sanitização do reservatório e desprezar a primeiro carregamento de água, para consumo humano ou animal;
É recomendável a utilização de argamassa de proteção mecânica no piso, quando da aplicação em reservatórios de água, devido aos serviços de limpeza a que estas áreas estão sujeitas.

Fonte Viapol
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Muros com salitre

Escada Degraus a
Boa Noite Elciney, obrigada pelo apoio, .
Pasme, mas não moro perto do litoral, moro em Cotia, é grande SP, fico a 30Km do centro de SP, um lugar quente, com muito Sol, agora começaram a construir uma casa ao lado da minha, mas ainda não tampa meu Sol.


25-01-11
Foto0052
O Salitre apareceu primeiro no muro de arrimo, como minha casa fica mais abaixo e as casas de cima tem fossa céptica, sabe aquelas que tem um reservatório para sólidos e quando chega a uma certa altura transfere os líquidos para uma segunda fossa com furos para drenar a água (?), mas onde tenho mais umidade é na direção da casa que esta com moradores só a 3 meses. Em conversa com esse morador ele em seguida solicitou uma empresa para limpar a fossa e se espantou porque a primeira não tinha quase nada dentro, inclusive não havia chedo na direção do cano de transferência para a segunda, mas na segunda havia muita água, o que nos faz pensar que a água que esta no solo está entrando na fossa, então, justifica-se a umidade daquele  local, mas o salitre(?) um engenheiro me falou que na massa do reboco devem ter colocado muito cal.....

Muro de arrimo 3       
Anexo mais três fotos, uma da fachada inferior, minha casa é térrea mas tenho uma escada para chegar ate a entrada, na primeira foto ainda não tínhamos problemas, logo em seguida começaram a aparecer e o construtor optou em fazer um chapisco e disse que isso resolveria o problema, e ficou como na ultima foto onde acabei fazendo um jardim e coloquei bambus para quando crescerem esconderem qualquer novo problema. E Mando também uma foto da escada quando começou a aparecer o salitre lá também, é o mesmo muro das outras fotos que já te enviei.
Muro de arrimo 4
Estive pensando, em Maio deste ano quando o construtor “tentou” reparar umas trincas no muro ele acabou pintando a casa e os muros de azul, agora depois do chapisco eu tive que pintar novamente e comecei pelo muro, decidi pintar de branco e por ser muro, comprei uma tinta mais barata, a Kentone, tive que dar 3 mãos de tinta para cobrir o azul e na primeira chuva, lavou quase toda a parede voltado o azul a aparecer. A casa eu já havia decidido pintar de uma cor mais forte para combinar com as pedras da fachada superior, comprei CORALAR ACRILICA, quando fui pintar o muro, saiam pedaços de tinta, as vezes só a branca e na maior parte a azul e em alguns lugares, pedaços do reboco, aproveitei um compressor que usei no chapisco e pintei o muro para não ter  atrito, deu certo, mas no dia seguinte o muro estava todo manchado e em seguida começou o processo de bolhas e salitre, que se estende por quase todo o muro como pode ver nas fotos.
Muro lateral 7 depois de descascado
Você me confirma que não se pode pintar casa nesta época do ano por causa das chuvas?
Como uma construção nova em frente a minha casa esta sendo pintada e acho que não deu nem o tempo de cura de 28 dias do reboco?
Muro lateral 5 o salitre no começo
Não agüento mais ver minha casa toda malhada...
Grata
Silvia
Anexo as fotos e aproveito para falar que são dois muros, um de arrimo e o outro lateral com o mesmo problema, as fotos estão descriminadas mas o fato é o seguinte.
Muro lateral 3 como começa Muro Lateral 4 passo seguinte 
O muro de arrimo começo a apresentar esse problema primeiro, como minha casa fica muito abaixo das casas do fundo, sabemos que é umidade do solo, mas mesmo assim preciso solucionar o problema, o construtor simplesmente quando eu reclamei fez uma camada a mais de reboque e disse que colocou Bianco na massa, porém mesmo assim o problema continua. Na parte onde tenho uma cobertura de telhas que é a lavanderia eu coloquei piso cerâmico na parede para esconder o problema, na parte superior das telhas é que fica mais feio, não adianta pintar que sempre volta o salitre, a tinta desbota e aparece novamente o problema, ontem fizemos alguns furos com broca no pé do muro para ver se drena um pouco de água, mas é muito pouco perto de toda umidade. Não sei se já havia problemas no encanamento de escoação de água do tanque mas depois que fizemos os furos para drenar, se cair água no tanque ela sai por um dos furos, o cano esta mais acima dos furos, mas terei que abrir toda a parede para verificar isso também, mas sei que não é esse o maior problema pois a umidade maior no muro de arrimo é em outro local .
Muro de arrimo 10 detalhe de tomada Muro lateral 1 visto da entrada
No muro lateral até agora não havia ocorrido esse problema, esse muro tem algumas trincas mas nunca tive salitre nele, nesta ultima pintura percebi que quando passava o rolo a tinta velha despregava e resolvi pintar com um compressor, mas em alguns lugares ficou como se a tinta não secasse como na foto "Muro lateral 3 como começa", em seguida começa a formar bolhas foto "Muro lateral 4 passo seguinte" e se não lavar e raspar fica como foto "Muro lateral 5 o salitre", e chega a ficar com uns 2cm esse salitre.
Muro lateral 2 visto do fundo
No dia que escrevi decidi lavar e tirar toda parte que estava levantando, então as outras fotos mostram como ficou o muro, alguns lugares sai até uma parte de reboco, em outros dá para ver camadas de tinta,  já em alguns lugares só sai a ultima camada de tinta.
Muro de arrimo 9
Não sei mais o que fazer, não agüento mais gastar o dinheiro e não solucionar o problema.
Muro de arrimo 6
Boa tarde Minha querida Maria Silvia,
Andei pesquisando sobre sua situação, pois para mim não é muito comum indicar produtos contra salitre, eu moro em Manaus e aqui não temos isso
Bem acontece que a solução que eu tenho para combater a umidade da sua casa não sei se vai funcionar contra o salitre, você poderia dizer de qual cidade você é, e se está bem próxima do litoral, assim posso trocar idéias com outros especialistas no assunto, nossas conversas sempre serão por email, no blog eu só publico depois que eu resolvo o problema.

Muro de arrimo 8
Demorei para responder pois estava pequisando o melhor produto para resolver sua situação ( confesso que esse foi o mais difícil de todos até hoje) mas consegui
Espero que ele venda em sua cidade a marca e a SIKA
Muro de arrimo 5
Descrição do Produto
Part 1.2
esse produto vai  impregnar, impermeabilizar  e endurecer a superfície da sua parede ele é a base d'gua, transparente e combate o salitre, mofo e bolor
Características /
Vantagens
Viscosidade muito baixa (alto poder de penetração)
Quase invisível quando seco;
Pode ser pintado ou coberto com papel de parede;
Pode ser utilizado em ambientes internos ou externos
Resistente aos Raios Ultra-Violeta (UV).
Preparo do Substrato Remova da área a ser tratada toda pintura e massa corrida, ou papel de parede.
Remova quaisquer traços visíveis de salitre, mofo, fungos, ou outros crescimentos
biológicos.
- Escove o substrato vigorosamente;
- Limpe com água fresca;
- Aguarde o substrato secar superficialmente antes da aplicação. Misture o produto agite a embalagem antes do uso,  aplique  utilizando uma broxa, pincel ou rolo de lã, assegurando a completa saturação da superficie . Em superficies muito absorventes uma segunda demão pode ser necessária. Aguarde a primeira demão secar antes da aplicação da segunda demão.
Consumo de 200 a 300 ml por m2 dependendo da porosidade da sua parede, você pode enviar a área para que eu calcule o consumo pra você
Depois de aplicado você pode aplicar seu acabamento final, pintura, massa etc.
Abaixo eu passo a voc6e algumas loja proximas a sua cidade que podem vender este produto
Locais para impermeabilizacao próximo a Cotia - São Paulo

Shopping da Manutenção
Muro de arrimo 7

 


www.shoppingdamanutencao.com.br - Rua Monteiro Lobato, 25 - Cotia - (0xx)11 4148-4815


Triunfo Impermeabilizações
- Página do local
www.triunfoimper.com - Rua Wataru Sugaki, 27 - Embu - São Paulo - (0xx)11 2241-2869


CG IMPERMEABILIZAÇÃO
- Página do local
www.comercialgarcia.com.br - RODOVIA RAPOSO TAVARES KM 21 N, 2.478 - Cotia -
(0xx)11 4612-4123
Espero ter ajudado, se tiver mais dúvidas quanto ao consumo ou outra coisa a mais retorne a vontade
Olá Elciney,
Muro de arrimo 2
Eu já havia visto esse produto, mas exatamente por ter que “descascar” todo o muro, fica muito difícil, o construtor tem feito alguma coisa, no muro de arrimo quando foi proposto pela arquiteta descascar o muro e passar algum produto e só depois refazer o acabamento, ele não o fez, passou  Bianco (acho que era esse o nome) e depois mais uma camada de reboco de uns 2cm, continuou da mesma forma ou até pior pois ele não esperou o tempo de secagem.
Muro lateral 5 Muro lateral 6
Eu não consigo arcar com tanta despesa que esta casa está dando, agradeço seu empenho, mas não conseguirei fazê-lo.
Posso de fazer mais uma perguntinha?
Faz de conta que você falou "sim"....rs
Nesse muro de arrimo tenho uma parte que é a lavanderia, para esconder o salitre colocamos piso cerâmico, você acha que isso pode soltar devido ao problema? Já faz uns dois meses e nada aconteceu ainda.
Abraços
Muitíssimo obrigada
Vou divulgar seu serviço
Silvia
Muro de arrimo 1
Obrigado minha querida,
Bem, SE  o salitre estiver solto por baixo a tendência e soltar com o tempo, agora SE não, se a base estiver firme não precisa se preocupar, o que faz a diferença na sua obra e a base onde se colocou o reboco ou a cerâmica, por isso sempre é bom raspar para tirar qualquer parte que esteja solta em sua parede, muito obrigado pela confiança e simpatia, pode perguntar a vontade.

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  • domingo, 29 de dezembro de 2013

    Auxílio impermeabilização


    Daniel Moreira
    Olá
    Gostaria de um apoio seu para impermeabilizar alguns cômodos do meu apartamento próximo às janelas.
    Gostaria de saber se devo aplicar algum produto em algumas pequenas rachaduras externas que estão trazendo água para as paredes próximas às janelas ou se tenho que apenas aplicar algo interno. Gostaria de saber os nomes dos produtos e as quantidades, tanto internas quanto externas.
    Seguem algumas fotos desses problemas e gostaria de contar com seu apoio.
    Após sua confirmação, me mande novamente os seus dados para depósito que eu faço a transferência.
    Obrigado!
    auxilio impermeabilizacao (1)


     
     
    auxilio impermeabilizacao (2)
    auxilio impermeabilizacao (3)
     auxilio impermeabilizacao (4)
    auxilio impermeabilizacao (5)
    auxilio impermeabilizacao (6)
    auxilio impermeabilizacao (7) auxilio impermeabilizacao (8)
     auxilio impermeabilizacao (9)
    auxilio impermeabilizacao (10)

     auxilio impermeabilizacao (11)
    No seu caso e necessario raspar toda área atingida e aplicar um
    impermeabilizante chamado argamassa polimerica
    > Então vamos lá
       com certeza a argamassa polimérica resolveria seu problema, vou explicar
       > > como;
       1º - O produto no mercado existe de várias marcas, dentre elas eu te
       > > indico ; DENVERTEC 100, VIAPLUS 1000 OU SIKATOP 107
       2º - A caixa de 18 kg consome em media 6 m2, o que dá +- 3 ou 4 demãos
       > > para chegar ao consumo de 3kg por m2
       3º - Então se sua área for de 12m2 seu consumo será de 2 caixas do produto.
       4º - O produto é bi-componente, ou seja pó e líquido, ele vai ser
       misturado até chegar a uma consistência pastosa
       5º - sua aplicação é feita com uma broxa simples de pintura
       6º- Em seguida faça a regularização da parede para ela receber o
       produto, como? um chapisco ou seja uma camada fina de argamassa de
       cimento normal
       7º-A argamassa polimérica quando estiver prontas para aplicação deverá
       ser aplicada com broxa, se o cimento ainda estiver úmido não tem
    problema, você deve molhar a superfície da parede com água para o
    produto absorver melhor, MOLHAR NÃO ENCHARCAR!
       8º- aplique cada demão em sentidos cruzados, ou seja se na primeira
       demão você pintou no sentido vertical, na segunda você aplicará na
       horizontal e assim sucessivamente
       9º - o intervalo para cada demão e de rigorosamente 6 horas
       10º - Depois da ultima demão você pode fazer seu acamento final
    que a sua parede vai estar protegida, os polímeros irão penetrar nos
    poros da sua parede cristalizando-a e criando uma poderosa barreira
    contar a umidade
       11º -o seu reboco ainda pode ser reforçado com impermeabilizante para
       argamassa, no caso DENVERIMPER1 OU SIKA 1
       12º -O consumo é de 2 litros para um traço de massa(= 1 saco de cimento)
       pedreiro sabe disso.
    Outras dúvidas que poderão surgir?
       -Eu poderei pintar novamente após a aplicação da argamassa?
       Sim pode! o produto indicado e de base cimenticia, isto quer dizer
    que ele tem a mesma textura do
       cimento embora seja mais especial, logo você pode aplicar massa
    corrida, pintar em fim fazer
       o acabamento a seu gosto.
       -Quando chover muito e a água escorrer,essa argamassa vai
    funcionar?realmente impermeabiliza?
       Sem dúvida nenhuma, esses produtos são top de linha no mercado,
    sua função e penetrar nos poros do cimento tamponando e cristalizando
    sem deixar nenhum espaço para agua passar,
       aplique como manda o fabricante, o consumo mínimo deverá ser de
    3kg por m2 +- 3 a 4 demãos.
      esses produtos Também são vendidos em grandes lojas de material de
    construção,
       -Quanto custa?
       Aqui em Manaus e mais caro, talvez proximo a sua cidade a caixa
    deva estar em torno de R$ 20,00
          -Pode ser eu mesmo ou tem que ser um pintor?
       Você mesmo pode aplicar é um material simples e prático de usar,
    apenas siga as instruções corretamente e aproveite aquele sabadão de
    sol, ponha aquela velha roupa de guerra e mãos a obra!
       Em fim espero ter lhe ajudado,abaixo vai o numero da minha conta
    para deposito
       e se tiver mais dúvidas não se acanhe em entrar em contato,envie
    quantas duvidas tiver, eu só cobro uma vez, e no mes seguinte eu posto
    em meu blog.
    em anexo um manual técnico em PDF
       abs..

    Caramba meu amigo!
    Você realmente gosta do que faz. Estou muito impressionado.
    Amanhã te faço o depósito.
    Acho muito difícil ter outras dúvidas futuras com tantos detalhes. Mas se tiver te procuro.
    E farei muita questão de recomendar o seu conhecimento caso alguém precisar.
    Daniel M.

    Elciney
    Depositei R$ 20,00 conforme comprovante anexo. Como você me deixou a vontade para outras dúvidas, vou aproveitar para colocar outro problema do meu apartamento. Como vou fazer pintura nova nos próximos dias, gostaria de aproveitar para resolver todos os problemas.
    Veja as fotos anexas. São da sacada do meu apto. Como é aberta, a pintura interna da sacada toma bastante chuva e rapidamente se descasca e cai. Gostaria de saber se você tem algum produto para ser indicado a aplicação antes e/ou depois, ou ainda misturando à tinta que já tenho para usar.
    Obrigado!!!

    Boa Noite Daniel e obrigado,
    O seu segundo caso não chega a ser diferente do primeiro, você pode fazer os mesmos procedimentos, a tinta para dar maior proteção pode ser acrílica impermeabilizante, nesse caso eu indico DENVERCRIL ou VIAFLEX BRANCO, se sua tinta for comum deixe-a para o final somente para acabamento.
    A disposição para mais dúvidas
    Abs.
    rodapé com infiltração
     
    rodapé com infiltração
    rodapé com infiltração 
    Elciney
    Para o primeiro problema que te consultei, das infiltrações: Não há necessidade de aplicar nada externamente para aquelas rachaduras, correto ?
    Obrigado,
    Daniel M.

    Aparentemente parece mais um problema de retração ou seja pouca agua na massa que com o passar do tempos levou a ter essas trincas, rachaduras mais graves geralmente sao causadas por problemas de estrutura, recalque, como se derrepente caminhoes andassem por uma rua despreparada para recebelos, entao se for o 1º problema retracao, quando voce fizer uma nova massa ela vai sumir, agora se for estrutural aí a coisa é mais grave, e necessario um tratamento para rachaduras feito com selante de poliuretano, e um produto vendido em bisnagas que podem ser aplicadas com pistolas, o produto e flexivel e veda todas as rachaduras, como descobrir? por fotos e realmente dificil, mas observe se a trinca so artinge o reboco e retracao, agora se ela for mais alem, no tijolo, aí a coisa é grave tem que por selante antes de fazer a impermeabilizacao, observe e retorne contato
    Abs.


























    sábado, 28 de dezembro de 2013

    CORROSÃO EM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO:



    Manifestações patológicas em estrutura de concreto armado
    Entre as manifestações patológicas em edificações, uma das mais recorrentes e
    preocupantes é a corrosão de armadura nas estruturas de concreto armado. A origem
    deste problema verifica-se muitas vezes na fase de projeto, seguida por falhas na fase de
    execução e até decorrentes da má utilização. Estas, muitas vezes, se agravam em virtude
    do grau de agressividade onde a construção se encontra. Segundo Helene (1992) é
    sempre preferível investir mais tempo no detalhamento e estudo da estrutura que, por
    falta de previsão, tomar decisões apressadas ou adaptadas durante a execução.
    Os agentes causadores dos problemas patológicos nas edificações podem ser
    vários: cargas, variação da umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas ao
    concreto, agentes biológicos, incompatibilidade de materiais, agentes atmosféricos e
    outros.




    Na fase de projeto é que se determina a relação água/cimento, o cobrimento
    adotado, se especificam materiais utilizados, sempre levando em consideração a
    durabilidade e os fatores que possam ser prejudiciais à estrutura. Um projeto bem
    detalhado diminui as chances de futuras manifestações patológicas, pois diminui a
    incidências de problemas por falta de concepção do projeto e da execução (ANDRADE
    & SILVA, apud ISAÍA 2005)
    Na Figura 1 pode-se visualizar melhor quais as etapas onde os problemas


    costumam originar, segundo Grunau (apud HELENE, 1992). A Figura 1 mostra que a
    execução tem 28% de chance de ser a origem das manifestações patológicas, portanto
    deve-se ter muito cuidado nas fases de produção do concreto.


    image

    Figura 1 Percentual das origens de manifestações patológicas em edificações
    (GRUNAU apud HELENE, 1992).



    Os problemas patológicos apresentam manifestações externas características, a
    partir da qual se pode deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos
    envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis conseqüências. Esses problemas
    são evolutivos e tendem a agravar-se com o passar do tempo (HELENE, 1992).
    Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução
    propriamente dita, a última etapa da fase de produção. Em relação a recuperação dos
    problemas patológicos, segundo Helene (1992) "as correções serão mais duráveis, mais
    efetivas, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem
    executadas". Estas seguem a ”lei de Sitter”, que mostra os custos crescendo segundo uma
    progressão geométrica, conforme apresentado na Figura 2.


    A Figura 2 mostra o aumento exponencial do custo de intervenção em relação ao
    tempo de tomada de decisão solução do problema, que pode ser solucionado na fase de
    projeto (melhor situação) onde considera-se custo um. Nesta fase pode-se definir
    algumas medidas vitais para aumentar a proteção e a durabilidade da estrutura, como por
    exemplo, o aumento do cobrimento da armadura, redução da relação água/cimento, entre
    outros.


    image
    Figura 2 Gráfico da Lei de Sitter (MONTEIRO, apud ISAÍA 2005).


    Toda decisão tomada durante a fase de execução implica num custo cinco vezes
    superior ao custo que teria sido acarretado se esta medida tivesse sido tomada na fase de
    projeto.
    No caso de manutenção preventiva acarretará a um valor vinte e cinco vezes
    superior ao valor se a decisão fosse de projeto, para o mesmo grau de qualidade e
    proteção. Já a manutenção corretiva representa um valor de cento e vinte e cinco vezes se
    o problema fosse detectado na fase de projeto (HELENE, 1992).
    Os custos de reparo são muito elevados, visto que muitas das manifestações
    patológicas poderiam ser evitadas com planejamento e investimento em projetos mais
    detalhados, seguindo a boa prática, com a contratação de materiais e mão-de-obra
    qualificada e treinamento dos trabalhadores envolvidos no processo.
    Segundo Tanaka (apud GEMELLI, 2001) "estimativas mostram que oscilam em
    torno de 3 a 4% do PIB (Produto Interno Bruto) os gastos por ano com os prejuízos
    causados pela corrosão”. Tanaka ainda acrescenta: “outras estimativas mostram que,


    considerando-se apenas as ligas ferrosas, cerca de ¼ a 1/3 do aço produzido no mundo é
    consumido para reposição de equipamentos e componentes danificados pela corrosão”.
    Um bom diagnóstico se completa com a percepção de duas condições: a que afeta
    a segurança da estrutura (colapso), associada ao estado limite último e as que
    comprometem as condições de funcionamento, associado ao estado limite de utilização.
    Visualmente pode-se perceber alguns dos quadros sintomatológicos mais
    característicos da corrosão, como fissuras paralelas às armaduras corroídas,
    fragmentação e destacamento do cobrimento, lascamento do concreto, exposição da
    armadura corroída apresentando rugosidade devido a crosta de ferrugem e até
    apresentando perda acentuada da seção (CASCUDO, apud ISAÍA 2005). Após
    diagnóstico deve-se definir a medida terapêutica mais adequada.
    2.1.1 Mistura
    Recena (2002) define mistura como o “processo que permite o contato íntimo entre
    os materiais constituintes do concreto, garantindo o envolvimento dos grãos dos
    agregados pela pasta de cimento, de forma a obter a maior homogeneidade possível”.
    A eficiência do misturador e a coesão e quantidade do concreto misturado exercem
    grande influência na mistura. O principal objetivo da mistura é garantir a homogeneidade
    do material, evitando a formação de grumos e garantindo o envolvimento de todo o
    agregado pela pasta de cimento (RECENA, 2002).
    Se a mistura for deficiente, pode haver formação de pequenas bolas de cimento e
    da parte mais fina da areia. Essas bolas possuem interior seco, o que faz com que parte
    de cimento não seja aproveitada.
    Os misturadores de concreto, denominados betoneiras, podem apresentar diversos
    formatos. A Figura 3 mostra um exemplo de betoneira para concreto virado em obra. A
    mistura e homogeneização ocorrem através da movimentação relativa entre pás
    adequadamente distribuídas, o material e/ou o recipiente (TANGO apud ISAÍA, 2005).
    A principal função do misturador é então, proporcionar a melhor homogeneização
    possível para o concreto fresco, em um prazo relativamente curto. Entretanto, esse prazo


    não deve ser excessivamente pequeno para não haver quebra demasiada de partículas do
    concreto. Desse modo, a mistura deve ter limites de intensidade também (TANGO apud
    ISAÍA. 2005).
    É importante que as pás misturadoras no interior dos recipientes giratórios dos
    misturadores estejam sempre com manutenção em dia, para evitar problemas de
    homogeneidade das misturas ocasionados por pás com desgaste excessivos.

    image
    Figura 3 Fotografia de betoneira para concreto virado em obra


    Para Recena (2002), deve ser observada uma seqüência lógica no carregamento
    dos materiais no misturador, para minimizar a possibilidade de formação de uma mistura
    deficiente. Para o autor, primeiramente deve ser colocada na betoneira a brita, a maior
    parte da água e o cimento, “para que os grão de brita possam desmanchar qualquer
    grumo que possa facilmente se formar em função do contato do cimento com a água
    associado ao movimento circular da cuba do misturador” (RECENA, 2002). Depois de
    formada a pasta com a brita, deve ser adicionada a areia e depois de formada a mistura,
    adiciona-se o restante da água.
    Tango (apud ISAÍA, 2005) define os tempos de mistura. Para o autor, denomina-se
    primeiro o tempo de mistura que ocorre antes da colocação da parcela final de água.
    Nesta fase, devem ocorrer a molhagem e a absorção principais. A água final deve ser
    distribuída sobre a lâmina bem distribuída de água da primeira parcela, envolvendo todas


    as partículas sólidas do concreto. O segundo tempo de mistura é chamado de depois, e
    ocorre depois da colocação da parcela final de água, e tem a função de garantir a
    homogeneização definitiva.
    2.1.2 Transporte
    O transporte do concreto deve ser realizado de modo cuidadoso, a fim de evitar
    contaminação por materiais estranhos, ação direta da chuva, sol e vento, ultrapassar o
    tempo de aplicação e sofrer vibrações (ENCOL,1988)
    “O transporte deve ser realizado em equipamentos desprovidos de agitação, e
    no menor percurso possível entre o misturador e o ponto de lançamento,
    objetivando a retenção de umidade da mistura e minimizando a
    probabilidade de ocorrência de segregação pela vibração gerada a partir do
    movimento do meio de transporte”. (RECENA, 2002).
    No caso de concreto usinado, a dosagem e a mistura são feitos na central e o
    transporte geralmente é realizado com caminhões betoneira, exemplificados na Figura 4.

    image
    Figura 4 Exemplo de caminhão betoneira



    As ações sobre o concreto durante o transporte podem trazer conseqüências como a
    queda da resistência, perda rápida da trabalhabilidade, início do endurecimento e


    21
    segregação da mistura.
    Quando ocorre a vibração devida ao processo de transporte em equipamentos
    inadequados, favorece a movimentação dos diversos componentes do concreto,
    facilitando a sedimentação dos grãos do agregado graúdo, mais pesado, que tenderão a
    depositar-se no fundo do reservatório, os agregados de dimensões menores, como a
    areia,o próprio cimento e a água ficam na parte superior do equipamento de transporte.
    Neste caso, o concreto estará segregado e comprometido em sua qualidade (RECENA,
    2002).
    Nesta fase, a análise de todos os detalhes é muito importante, pois qualquer
    ocorrência igual a dos tipos que foram apresentados, trazem graves conseqüências à
    qualidade da estrutura de concreto e demandam altos custos para os reparos. Deve ser
    analisado detalhadamente todo o trajeto do concreto, desde o local de produção até o de
    aplicação. As pistas de rolamento devem ser lisas e sem ondulações, buracos ou
    depósitos de materiais, para que não ocorra vibração e a conseqüente segregação do
    concreto.
    Nas concretagens das lajes deve-se evitar que o trânsito dos operários e
    equipamentos seja realizado diretamente sobre a armadura já posicionada, o que pode
    acarretar em deformações e deslocamentos não previstos (ENCOL, 1988). Para evitar
    esse problema, pode-se utilizar plataformas do tipo móvel, construídas em madeira, que
    ficam apoiadas diretamente na fôrma através de pilaretes, introduzidos entre os vãos das
    barras de aço. Com o avanço das frentes de concretagem as plataformas devem ser
    retiradas do local e transportadas para fora da laje (ENCOL, 1988).
    2.1.3 Lançamento
    Após o transporte, outra etapa importante é a de conduzir o concreto para o interior
    da fôrma de modo a manter suas características originais. Quando executado de forma
    inadequada pode trazer sérios prejuízos à qualidade da estrutura, tanto na resistência
    como no aspecto estético.
    Um meio muito utilizado em obra onde há desnível no terreno são as calhas,


    22
    geralmente feitas de madeira no próprio canteiro da obra. Este processo tem a
    característica de segregar o concreto, portanto deve-se efetuar um acréscimo no teor de
    argamassa no concreto.
    Outra forma de lançamento é através da queda livre. Entretanto, a limitação que se
    impõe para a queda livre do concreto é de ser no máximo de dois metros de altura, para
    que o mesmo não segregue (NBR 6118, 2003).

    image

    Figura 5 Segregação do concreto na base da cortina.



    Quando a argamassa é lançada na fôrma, o choque faz com que o agregado graúdo
    se separe da argamassa, fixando-se na armadura, como mostra o ninho de concretagem
    ou bicheira na Figura 5. Como conseqüência, a qualidade da peça é prejudicada, e sua
    resistência diminuída.
    Para não criar pontos de estrangulamento, as tarefas específicas da concretagem
    devem ser dimensionadas corretamente. Desse modo, a velocidade de lançamento do
    concreto, de sua produção, e a eficiência do sistema de transporte devem ser
    compatíveis. Da mesma forma, para não restar estoques de concreto pronto que não será
    colocado na forma por ineficiência do lançamento, as interrupções da concretagem
    devem ser evitadas (RECENA, 2002).


    O planejamento de fornecimento junto a concreteiras deve ser muito bem
    elaborado em função das características específicas de cada obra. Deve-se considerar a
    possibilidade de existirem falhas e deficiências, sejam humanas ou problemas técnicos
    trazidos pela dificuldade de preenchimentos de determinadas peças, por deformações de
    formas durante a concretagem, que exigem a interrupção do trabalho para execução de
    reparos (RECENA, 2002).
    2.1.4 Adensamento
    O adensamento consiste basicamente na retirada do ar retido no interior do
    concreto em estado fresco. A baixa qualidade no processo de adensamento do concreto,
    ilustrada na Figura 6, traz como conseqüência a diminuição da resistência mecânica,
    aumento da permeabilidade e porosidade, falhas de concretagem e falta de
    homogeneidade da estrutura (ENCOL, 1988).
    Segundo RECENA (2002), concretos iguais terão mais resistência quanto maior
    for sua densidade, ou seja, quanto menor for a quantidade de vazios ou quanto menor for
    a quantidade e tamanho dos defeitos.


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    Figura 6 Falha de concretagem provocada por falhas na fase de adensamento.


    O equipamento usado em obras para que se retire o ar da mistura é o vibrador,
    exemplificado na Figura 7. Em obras de estrutura de concreto armado moldado “inloco”,
    utiliza-se o vibrador de imersão. Este tipo de equipamento tem como princípio
    básico a introdução de um elemento metálico vibrante no interior da mistura do concreto,
    permitindo a saída de ar para as regiões superiores da mistura. O tubo metálico ou agulha
    vibrante deve ser introduzida no concreto na posição vertical ou levemente inclinada
    (ângulo menor que 45°), e a sua retirada do vibrador deve ser lenta, para que o lugar
    onde estava posicionado se feche naturalmente.

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    Figura 7 Fotografia de um vibrador


    Um fato importante que deve ser seguido é o de não permitir que o vibrador
    encoste-se à armadura durante o processo de adensamento, como observado na Figura 8.
    Caso este fato ocorra, ocasionará o deslocamento entre as barras de aço e o concreto que
    está em fase de endurecimento, prejudicando a aderência entre os dois materiais.

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    Figura 8 Fotografia de concretagem de laje e vigas.


    2.1.5 Cura
    Por fim, deve-se ter muita atenção na cura do concreto. Alguns detalhes são
    indispensáveis para que se tenha uma estrutura com qualidade, e com as características a
    qual foi projetada.
    Segundo Recena (2002), a manutenção da água no concreto tende a garantir a
    estabilidade dimensional, reduzindo a possibilidade de ocorrerem fissuras provenientes
    da incapacidade da parte sólida do concreto de ocupar os espaços deixados pela saída de
    água. Inicialmente, se o concreto estiver no estágio plástico, a fissura que surgir dissipará
    esforços de tração causados pela retração de uma porção definida de concreto,
    caracterizando a retração do material. Depois do endurecimento do concreto, a retração
    será causada pela impossibilidade de movimentação da peça concretada, uma vez que o
    concreto endurecido comporta-se como um todo monolítico. Nas duas etapas, a cura do
    concreto é importante, apesar de a retração ser um processo inerente ao material e
    freqüentemente propicia a formação de tensões internas, que só podem ser dissipadas
    pela fratura da peça, o que determina o inevitável aparecimento de fissuras, como mostra
    a Figura 9

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    Figura 9 Fissuras de retração plástica do concreto (ZAPLA, s/d)


    A realização do processo de cura está diretamente ligada ao clima regional,
    devendo ser bastante cuidadoso em climas quentes, seco e com vento.
    2.2 CORROSÃO
    Corrosão é a deterioração de um material, provocada pela ação química ou
    eletroquímica do meio ambiente associada ou não a esforços mecânicos. A deterioração
    causada pela interação físico-química entre o material e o seu meio operacional
    representa alterações prejudiciais sofridas pelo material, como desgaste, variações
    químicas ou modificações estruturais, tornando o material desaconselhado para o uso
    (GENTIL, 2003).
    Segundo GENTIL (2003), alguns autores consideram corrosão a deterioração de
    materiais não metálicos como, por exemplo, o concreto. Para Helene (1986), pode-se
    definir especificamente para o caso de corrosão de armadura em estrutura de concreto
    como: “a interação destrutiva de um material com o ambiente, por reações químicas ou
    eletroquímicas”.
    2.2.1 Fundamento
    Estudos desenvolvidos pelo Department of Transport da Inglaterra, avaliando 200
    pontes, constatou que 30% delas apresentavam graves problemas de corrosão. Problemas
    patológicos semelhantes ocorrem com muito mais freqüência em estruturas localizadas


    na orla marinha, devido à penetração de névoa salina, na massa de concreto até atingir a
    armadura (GENTIL, 2003).
    As Tabelas 1 e 2 mostram duas tabelas da NBR 6118 que relacionam o ambiente
    em que a obra se localiza com a classe de agressividade. Estas duas informações
    somadas ao tipo de estrutura de concreto armado e a peça estrutural, determina-se o
    cobrimento nominal.
    Tabela 1 Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento
    nominal para Δc = 10mm (NBR 6118, 2003).

    image
    Tabela 2 Classes de agressividade ambiental (NBR 6118, 2003).
    image

    As zonas marítima e industrial possuem as mais elevadas probabilidades de danos,
    o que requer maior cuidado em especificações de projeto das estruturas (TAVARES,
    2006). A porosidade do concreto, determinada pela relação água/cimento, tem alta
    relação com o ingresso de agentes agressivos oriundos do meio ambiente.
    A deterioração do concreto pode ser associada a fatores mecânicos (vibrações e
    erosões), físicos (variações de temperatura), biológicos (bactérias) ou químicos (ácidos e
    sais) (GENTIL, 2003). As vibrações podem ocasionar fissuras que coloquem a armadura
    em contato com o meio agressivo. Líquidos com partículas em suspensão podem
    ocasionar erosão no concreto e seu conseqüente desgaste.
    A integridade das estruturas pode ser afetada por fatores físicos, tais como a
    variação da temperatura, que pode provocar choques térmicos. A variação de
    temperatura entre os componentes do concreto (pasta de cimento, agregados graúdos e
    armadura), pode ocasionar microfissuras no concreto que possibilitam a ação dos agentes
    corrosivos (GENTIL, 2003).
    Os fatores biológicos, como bactérias oxidantes de enxofre ou de sulfetos, que
    aceleram a oxidação dessas substâncias para ácido sulfúrico. Já os fatores químicos, são
    relacionados com a presença de substâncias químicas nos diferentes ambientes,
    geralmente água, solo e atmosfera.


    2.2.2 Formas de corrosão
    O concreto pode sofrer deterioração por ação química, que ocorre na argamassa e
    no agregado graúdo. Na armadura pode ocorrer a corrosão por ação eletroquímica, que
    pode ser (GENTIL, 2003):
    · Corrosão uniforme: que atinge toda a extensão da armadura quando exposta ao
    meio corrosivo.
    · Corrosão puntiforme: apresenta desgastes localizados.
    · Corrosão intergranular: processa-se entre os grãos da rede cristalina do material
    metálico, transgranular. As armaduras são submetidas a solicitações mecânicas,
    podem sofrer fratura frágil, assim o material perde toda condição de utilização.
    · Corrosão transgranular: processa-se intragrãos na rede cristalina, levando
    também à fratura quando houver solicitação mecânica.
    · Fragilização pelo hidrogênio: é a corrosão ocasionada por hidrogênio atômico,
    que ocasiona a fragilização da estrutura com possível fratura.
    Estas formas de corrosão associadas ao ambiente marinho, por exemplo, pode
    levar a estrutura de concreto armado à ruína. As solicitações mecânicas aliadas ao
    ambiente agressivo levará a armadura à corrosão fraturante (stress corrosion cracking).
    2.2.3 Mecanismo de corrosão
    Para que a corrosão se inicie é preciso que haja um meio corrosivo, o material
    propriamente dito (metal) e as condições operacionais para que o processo se realize.
    A corrosão apresenta um mecanismo eletroquímico. Portanto procura-se evitar que
    no concreto haja condições que possibilitem a formação de pilhas eletroquímicas. “Entre


    30
    essas condições tem-se a presença de eletrólitos, aeração diferencial, contato entre
    diferentes materiais metálicos, áreas diferentemente deformadas ou tensionadas e
    corrente elétrica” (GENTIL, 2003).
    Para que ocorra a corrosão eletroquímica é fundamental a presença de eletrólitos,
    como sais, na corrosão da armadura do concreto.A aeração diferencial possibilita a
    formação de pilhas de aeração diferencial. Nesta situação tem-se as áreas anódicas
    (regiões menos aeradas) e as áreas catódicas (regiões mais aeradas). Em locais onde há
    fissuras ou devido à permeabilidade do concreto pode ocorrer a aeração diferencial,
    atingindo a armadura.
    2.2.4 O meio
    O meio pode variar em função de alguns parâmetros, dentre eles a composição, o
    pH, a temperatura, a pressão, a radiação e a velocidade do processo de corrosão.
    (RAMANATHAN, 1990).
    A Figura 10 mostra que a corrosão pode ter os mais diversos meios de ocorrência.
    No caso de estruturas de concreto armado a corrosão ocorre com mais incidência
    nos meios circulados na Figura 9. Muito comumente é visto em plataformas de pescas
    nos mares com suas armaduras expostas e corroídas, devido a ciclos de umedecimento
    umidade e o ataque de íons cloreto. Em subsolo é comum verificar armadura corroída,
    proveniente de terrenos vizinhos e de infiltrações de modo geral. A Figura 11 ilustra o
    caso típico de corrosão por água do mar e da variação de ciclos úmido e seco.

     
    Figura 10 Organograma dos principais meios de corrosão (RAMANATHAN, 1990).
    image
    image

    Figura 11 Corrosão de armadura por ataque de cloretos em estrutura de concreto no
    mar (HELENE, 1988).







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    Figura 12 Exemplificação de corrosão na base da cortina, por infiltração


    A Figura 12 mostra a ocorrência de corrosão no térreo e na base da cortina devido
    à infiltração de água do terreno vizinho. A causa do problema é a má impermeabilização,
    que apresenta ocorrências em outros pontos como mostra a Figura 13. Neste caso, a
    fotografia mostra a infiltração entre a cortina e a laje do segundo pavimento.

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    Figura 13 Exemplificação de corrosão por infiltração

    33
    2.2.5 Passivação de armaduras
    De acordo com Cascudo (2005), o concreto possui alta alcalinidade, com pH
    variando entre 12,5 e 13,5. Essa alcalinidade origina-se na fase líquida constituinte dos
    poros do concreto, que é basicamente composta por hidróxidos alcalinos e apresenta
    certa concentração de íons OH- que define o pH. Conforme Page & Treadaway (apud
    CASCUDO, 2005), a solução do poro é essencialmente uma solução mista de hidróxido
    de sódio (NaOH) e de hidróxido de potássio (KOH), provenientes do álcalis do cimento.
    Nesse ambiente de alto pH do concreto, as reações de eletrodo são reações de
    passivação, onde o sistema ferro-água desenvolve uma lenta reação no metal,
    favorecendo a deposição de uma película de óxidos protetores na superfície metálica,
    chamada película de passivação do aço. Essa película envolve a armadura e possui um
    efeito extremamente protetor, impedindo o contato de agentes agressivos do meio com a
    superfície metálica (CASCUDO apud ISAÍA, 2005).
    A película passiva é bastante aderente ao aço e bastante fina também, geralmente
    invisível; é compacta e insolúvel; composta por óxido de ferro, formado a partir das
    reações de oxidação do ferro e de redução do oxigênio constante na fase líquida dos
    poros do concreto.
    2.2.6 Fatores que influenciam a corrosão
    Nas estruturas de concreto armado admite-se que a armadura está protegida,
    devido à alta alcalinidade e a ação isolante da massa de concreto.
    O hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), formado durante a hidratação do cimento, tem
    seu pH em torno de 12,5, portanto um meio alcalino ou básico, possibilitando a
    passivação do aço empregado na armadura.


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    Figura 14 Esquematização de deterioração em concreto e no concreto com uma
    barra de aço (GENTIL, 2003).



    Na Figura 14, admite-se que em “(a)” o concreto apresenta-se são, em “(b)” ocorre
    deterioração superficial, já em “(c)” a deterioração tem características expansivas. Em
    “(d)” admite-se que a armadura não apresenta corrosão. O item “(e)” ilustra uma trinca.
    Em (f), há continuidade da corrosão na armadura, com formação de óxido de ferro, e
    aumento de pressão, acarretando em desagregação do concreto.
    Conforme Tavares (2006), a corrosão das armaduras por fenômenos
    eletroquímicos pode produzir duas manifestações patológicas no concreto armado: a
    desagregação do concreto de cobrimento e a diminuição da seção resistente da armadura,
    exemplificados na Figura 14. De acordo com a autora, isso corre porque os produtos de
    corrosão da armadura se expandem ao mesmo tempo em que o metal é consumido.
    2.3 Carbonatação
    A carbonatação é um processo físico-químico, que reduz o pH a menos de 9,
    possibilitando a despassivação do aço (FIGUEIREDO, 2005).
    O dióxido de carbono CO2 existente no ar pode-se combinar com o Ca(OH)2,
    formando carbonato de cálcio CaCO3, conforme a equação (1):


    Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H20 Equação (1)
    O carbonato de cálcio, insolúvel, quando se deposita nos poros do concreto pode
    ser benéfico para a durabilidade do concreto, porque fecha os poros do concreto e o
    protege de qualquer ataque no interior da massa de concreto, protegendo,
    conseqüentemente, armadura.
    A velocidade de carbonatação depende do teor de umidade do concreto e da
    umidade relativa do ar. A umidade relativa do meio ambiente influencia a quantidade de
    água nos poros do concreto, e o que condiciona a velocidade de difusão do CO2 através
    dos poros do concreto (FIGUEIREDO apud ISAÍA, 2005).
    A profundidade de carbonatação aumenta com o aumento da relação água/cimento,
    como mostra a Figura 15.
    ROPER E BAWEJA (apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005) afirmam que os efeitos
    da interação entre a carbonatação e os íons cloretos levam a uma aceleração da
    velocidade de corrosão em comparação com as duas ocorrências de forma independente.

    image
    Figura 15 Relação profundidade de carbonatação x relação água/cimento
    (FIGUEIREDO apud ISAÍA, 2005).


    A Figura 16 mostra o grau de carbonatação em relação à umidade relativa do ar,
    partindo do pressuposto que o concreto está em equilíbrio. Quando a umidade é
    extremamente baixa o nível de carbonatação se mantém baixo. A carbonatação atinge
    seu grau máximo com 60% de umidade relativa. Depois desse ponto, quanto maior a
    umidade relativa do ar menor será a carbonatação devido à saturação do concreto e o
    fechamento de seus poros, e dada a baixa difusão de CO2 na água.


    image
    UMIDADE RELATIVA DO AR (%)
    Figura 16 Influência da umidade relativa no grau de carbonatação (FIGUEIREDO
    apud ISAÍA, 2005)


    2.4 Contaminação por cloretos:
    Conforme Figueiredo (2005) a corrosão das armaduras de concreto freqüentemente
    ocorre devido à ação dos íons cloreto. Para o autor, esse é um dos mais sérios problemas
    que sofre esse material.
    Os íons de cloreto chegam ao concreto através de distintas formas (FIGUEIREDO
    apud ISAÍA, 2005):
    · Uso de aceleradores de pega que contêm CaCl2;


    37
    · Na forma de impureza indesejada dos agregados (areia e brita) e da água de
    amassamento;
    · Atmosfera marinha (maresia);
    · Água do mar (estruturas “off shore”);
    · Uso de sais de degelo;
    · Processos industriais (etapa de branqueamento de indústrias de celulose e
    papel, por exemplo);
    · Os íons cloreto podem ser encontrados no interior do concreto em um das
    seguintes formas:
    · Quimicamente combinados (cloroaluminatos);
    · Fisicamente absorvidos na superfície dos poros capilares;
    · Livres na solução dos poros do concreto.
    Determinada quantidade de íons cloreto é aceitável sem risco de corrosão, porque
    após reagirem com os aluminetos originários do clinquer, esses íons não mais estarão
    livres para atacar o filme passivante. Entretanto, há um valor limite de concentração, que
    não é fixo, onde os íons cloreto podem romper a camada de óxidos passivante e começar
    a corroer a armadura (FIGUEIREDO apud ISAÍA, 2005).
    Para que certa quantidade de íons cloreto chegue até a armadura na forma de
    cloretos livres e possa desencadear a corrosão, o mecanismo de penetração depende de
    uma série de fatores relacionados, como o tipo de cátion ligado aos cloretos, o modo de
    acesso ao concreto, presença de algum ânion (como o sulfato), o tipo de cimento, a
    relação água/cimento, o estado de carbonatação do concreto, as condições de produção e
    cura do concreto, a umidade ambiental e a quantidade de cimento empregada
    (FIGUEIREDO apud ISAÍA, 2005).
    2.5 Fatores influentes na velocidade e profundidade dos íons cloreto
    Os fatores que influenciam a penetração dos íons cloreto são, de modo geral, os


    mesmos envolvidos na penetração do CO2. O que varia, nesse caso, é a forma como
    esses parâmetros influenciam a penetração (FIGUEIREDO apud ISAÍA, 2005).
    A quantidade de C3A do cimento determina a capacidade de combinação com os
    íons cloreto (BAKKER apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005). Se o teor de aluminato
    tricálcico no cimento for baixo, haverá pouca capacidade de imobilização dos íons
    cloreto pela formação de cloroaluminato de cálcio hidratado, sal complexo insolúvel (Sal
    de Friedel). Esse sal reduz a concentração de íons cloreto livres na solução aquosa dos
    poros do concreto (PAGE et al apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005).
    Quando Rasheeduzzafar et al (apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005) avaliou a
    influência do C3A, concluiu que quanto maior o teor deste maior é o desempenho
    alcançado àqueles cimentos com baixos teores de C3A, ou seja, cimento com teor
    elevado de aluminato tricálcico é usado para aumentar a resistência à ação do cloreto,
    como mostra a Tabela 3.


    Tabela 3 Percentual de cloretos livres em relação a teores de C3A
    (RASHEEDUZZAFAR apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005)
    Teor de C3A % de cloretos livres
    Acréscimo de tempo para
    iniciar a corrosão
    2% 86% referência
    9% 58% 1,75 vezes
    11% 51% 1,93 vezes
    14% 33% 2,45 vezes


    Os estudos de Zhang & Gjorv (apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005) concluíram
    que a difusividade dos íons cloretos pode ser reduzida introduzindo-se sílica ativa em
    pastas de cimento. Isso ocorre em decorrência da diminuição da porosidade total e da
    distribuição dos poros da argamassa com sílica ativa. Em estudos anteriores, Page et al.
    (apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005), descobriram que a escória e a cinza volante
    funcionava como um fator de resistência a passagem dos cloretos em relação ao cimento
    portland puro, além da já mencionada conseqüência de um cimento com pouco teor de
    C3A (resistente a sulfatos) que facilita a difusão.
    Os cimentos com adições, se submetidos aos cloretos, mostram comportamento
    contrário ao apresentado quando submetidos à carbonatação. Enquanto na carbonatação


    39
    as adições influenciam de forma negativa na capacidade de retardar o ingresso de CO2,
    na resistência à penetração dos cloretos as adições fream a penetração desses íons.
    Outro importante composto que influencia consideravelmente para a corrosão é a
    água. No decorrer de pesquisas elaboradas por Gjorv & Vennesland (1979 apud
    FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005) concluíram que em um curto período de exposição da
    água no concreto, a mesma se limitava a camada superficial. Após longa exposição a
    água passava a influenciar sobre a profundidade de penetração dos cloretos.
    Segundo Page et al. (1981 apud FIGUEIREDO in ISAÍA, 2005) as condições de
    cura atuam de modo decisivo pois alteram a porosidade do concreto. Quanto menor é o
    tempo de cura do concreto mais fica suscetível ao ataque de cloretos.
    A água faz com que o CO2 penetre mais facilmente na estrutura e carbonate as
    partes mais internas do concreto. Semelhante ao que ocorre com os íons cloretos que
    necessitam da água para seu transporte.
    Os ciclos de umedecimento e secagem da água juntamente com os íons cloretos
    colaboram para a penetração dos íons cloretos no concreto. É a situação das praias onde
    a corrosão é mais freqüente, em virtude desse período de umedecimento e secagem
    (evaporação de cloretos) das marés acrescido do tipo de concreto empregado que dará as
    condições de permeabilidade da superfície, contribuindo para o ataque das estruturas.
    Acrescenta-se a isso o caso da estrutura apresentar fissuras, as mesmas contribuem
    consideravelmente aumentando a velocidade com que os íons cloretos penetram além do
    que a abertura das fissuras agregadas a qualidade de concreto empregado contribuem
    para que o desgaste da estrutura se acentue.
    2.6 Falhas construtivas que podem levar à corrosão
    Nos arranques de certos pilares podem ocorrer congestionamentos de barras devido
    às emendas por transpasse. Esses congestionamentos podem dificultar a concretagem e
    acarretar na formação de nichos (“bicheiras”) no pé do pilar. Para que isso não ocorra,
    pode-se recorrer a emendas com luvas, representadas na Figura 17, ou à defasagem das
    emendas, ou seja, metade das emendas por transpasse é realizada na base do pilar e a


    outra metade um pouco mais acima (THOMAZ apud ISAÍA, 2005).
    image
    Figura 17 Emendas com luvas em armaduras de pilares (THOMAZ apud ISAÍA,
    2005)



    Para qualquer peça de concreto armado, as armaduras devem respeitar as exatas
    posições e os cobrimentos estabelecidos no projeto estrutural. Para tanto, existem, no
    mercado, espaçadores de plástico de diversos formatos e dimensões como mostra a
    Figura 18.

    image

    Figura 18 Espaçadores para garantia de cobrimento (THOMAZ apud ISAÍA, 2005).
    A Figura 19 mostra as esperas do pilar do nível inferior amarradas com a armadura
    do pilar do próximo pavimento. Há presença de espaçadores, e dadas as perfeitas
    condições de lançamento e adensamento, há pouca probabilidade de ocorrer bicheiras na


    base do pilar.
    Figura

    image
    Armadura do pilar amarrada na espera do pilar que vem do pavimento
    anterior


    image

    Figura 20 Patologia na base de um pilar causado pela falta ou má utilização de
    espaçadores
    .
    A Figura 20 mostra a questão da alta taxa de armadura na base do pilar, adicionada
    à falta de espaçadores. Muitas vezes a “bicheira” se localiza no “pé do pilar”, seja pela
    alta densidade de armadura ou pela segregação do concreto.


    image

    Figura 21 Ferragem passando por mais de um pavimento para evitar a alta densidade
    de armadura
    Quando a causa do problema é a alta taxa de armadura, uma solução encontrada é a
    colocação de armadura passando mais de um pavimento, evitando assim trespasse e
    diminuindo a possibilidade de falhas construtivas que possam vir a causar futuras
    manifestações patológicas, como mostra a Figura 21.

    image

    Figura 22 Espaçadores da ferragem positiva
    A Figura 22 mostra os espaçadores de laje da armadura positiva. Os espaçadores


    garantem o cobrimento da armadura. A Figura 23 mostra a manifestação patológica
    provocada pela falta ou má utilização desses espaçadores.



    Fonte;
    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
    FACULDADE DE ENGENHARIA
    MARCELO HERTZ COHEN
    CORROSÃO EM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO: ESTUDO DE CASO
    PORTO ALEGRE
    2008
































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