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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Remuneração por habilidade um contrato de desenvolvimento continuo



Agora que estou chegando ao fim da faculdade de Administração vou disponibilizar vários trabalhos feitos por mim no decorrer do curso, assim vou ajudar novos universitários que com certeza vão aproveitar e muito esse conteúdo, afinal foi graças a faculdade que tive essa visão geral de como resolver vários problemas no dia dia do meu trabalho tanto na parte de vendas, de compras e de geranciamento de pessoal.
Como podem ver impermeabilização está muito além de ser apenas serviços e produtos, existe toda uma estrutura que faz isso funcionar até chegar ao consumidor final, para entender isso deve se ter uma visão ampla de tudo que esta a sua volta e da empresa também.

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GERÊNCIA DE QUALIDADE

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Introdução
A gerência da qualidade não é um departamento ou uma pessoa isolada, mas todo o sistema da empresa - somos todos nós com nossos órgãos e funções que fazemos a qualidade. Assim não existe um departamento que trate da qualidade dos serviços de construção, dos materiais, das pessoas, etc., mas é cada setor que verifica se as entradas do seu micro sistema (os materiais, a mão-de-obra, os equipamentos, etc.) e os serviços estão sendo executados conforme o planejado e os padrões de qualidade previamente traçados pela empresa. É o que afirma Meseguer (1991, p. 17) quando explica que em todo processo de produção e na construção civil, o controle de qualidade se organiza através de um mecanismo duplo de ação, articulado entre si e constituído pelo controle de produção e controle de recepção.

SISTEMA DE REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA


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→ equilíbrio de diferentes formas de remuneração


Limitações dos sistemas tradicionais
inflexibilidade – existem diferentes formas de trabalho em uma empresa com regras de remuneração regidamente padronizadas.
falsa objetividade – os sistemas tradicionais de remuneração vêem a organização com retratada pelo organograma formal. Pressupostos:
1. Existe uma linha de autoridade claramente definida.
2. As atividades principais estão definidas por normas e procedimentos escritos e de conhecimento de todos.
3. As responsabilidades e atribuições são conhecidas e pouco varia com o tempo.
v As transformações que as empresas estão sofrendo exigem flexibilidade e agilidade.
conservadorismo – elementos básicos: as ligações hierárquicas, as linhas de comando e os componentes formais da empresa.
v Tendências atuais: orientação para o cliente, informalidade e a agilidade, processos críticos ao invés da supervisão.
metodologia desatualizada – utilização da remuneração por pontos, manutenção trabalhosa, dificuldades de avaliar cargos multifuncionais.
anacronismo – em empresas mais modernas constituem-se em entraves à evolução do processo de mudança.
divergência – construção de um sistema tradicional de remuneração visa essencialmente dotar a organização de um instrumento de administração de salários, estando dissociado da orientação estratégica da empresa. (não consideram a visão do futuro e a orientação estratégica da organização).
REMUNERAÇÃO FUNCIONAL

  • Esforço individual alinhado as diretrizes organizacionais
  • Foco no processo e resultados
  • Implementação de práticas participativas
  • Desenvolvimento permanente do indivíduo

Proposta de Mudanças
  • Descrição de cargos modificada – com o foco nos processos, incluindo informações sobre clientes internos e externos, serviços ou produtos fornecidos e expectativas destes clientes.
  • Redução do número de cargos – com a criação de categorias mais genéricas
  • Análise do valor agregado – substituição de fatores centrados em responsabilidade e condições de trabalho, por fatores que focalizem o valor agregado gerado pelos processos (qualidade x serviços/custo x tempo)
  • Alagamento das faixas salariais – com as amplitudes variando de 80 a 150%
  • Aumento salarial distribuído por equipe – percentual de aumento premiando o esforço coletivo

Implementação
  • Diagnóstico da organização – análise interna das decisões estratégicas, estrutura organizacional, estilo gerencial e a visão dos empregados e dirigentes sobre a remuneração funcional.
  • Divulgação – através de folders, reuniões, etc.
  • Planejamento- com elaboração do projeto
  • Levantamento das atividades- com foco no cargo
  • Descrição de cargos
  • Análise de cargos
  • Avaliação de cargos
  • Pesquisa salarial
  • Estrutura salarial
  • Política salarial


REMUNERAÇÃO POR HABILIDADE OU COMPETÊNCIA
→ Vinculada diretamente à pessoa que exerce o cargo e que apresenta a capacidade de realizar uma tarefa ou um conjunto de tarefas em conformidade com determinados padrões exigidos pela empresa.
Características:

  • Base para remuneração – habilidade certificadas que o indivíduo possui.
  • Certificação de habilidade – a qual o funcionário tem de demonstrar o domínio do conhecimento e da capacidade prática (atitude e a motivação para o trabalho).
  • Evolução salarial – aumentos salariais vinculados com a aquisição de habilidades
  • A questão da senioridade – a evolução na carreira independe do tempo no cargo.
  • Oportunidade de evolução – para os empregados que adquirem habilidades relacionadas ao cargo.
Componentes:

Bloco de habilidade – constituído por grupos de habilidade simples.
Carreira – evolução através da conquista de certificação de habilidades dentro de cada bloco.
Avaliação salarial – com o agrupamento de habilidades para comparar com cargos que constem pesquisa de mercado. A comparação interna é facilitada pela transparência e a objetividade do sistema.
Evolução salarial – através de um vetor de crescimento da folha de pagamento visando impacto positivo sobre os salários individuais.
Treinamento e desenvolvimento – como parte da estrutura e elemento essencial da organização do trabalho.
Certificação de habilidades – para garantir consistência ao sistema. A forma mais utilizada em empresas de gestão avançada é através de comitês ( pares e subordinados do avaliado).

Etapas:
  • Definir modelo conceitual – estabelecendo diretrizes e definindo limites.
  • Construir o sistema – através da elaboração de um plano de desenvolvimento (descrição de habilidades, atributos para certificação e os trajetos de desenvolvimento dos indivíduos).
  • Implantar – com a divulgação das habilidades, classificação dos funcionários e salários.
  • Gerenciar – definição do gestor, monitoração do sistema, envolvimento dos times no gerenciamento e implementação do processo de melhoria contínua do sistema.

SALÁRIO INDIRETO
→ Compreende essencialmente os benefícios oferecidos pela empresa a seus funcionários

TENDÊNCIA – flexibilidade dos benefícios

Os planos flexíveis dão aos funcionários a opção de escolha, entre os benefícios disponíveis, aqueles que são mais adequados a seu perfil, condição familiar e estilo de vida.

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
→ Vinculada a metas de desempenho dos indivíduos (incentivos e prêmios) das equipes (remuneração por resultados e prêmios pelo desempenho da equipe) ou da organização (participação nos lucros). Inclui a participação nos lucros e a remuneração por resultados.
  1. remuneração por resultados – combina um sistema de bônus com a prática da administração participativa.
  1. participação nos lucros – recebimentos de bonificações vinculadas aos resultados globais da empresa.

  1. objetivo da remuneração variável

    • partilhar os bons e maus resultados da empresa
    • transformar custo fixo em custo variável
    • vincular o desempenho e a recompensa para motivar o indivíduo e o grupo a buscarem a melhoria contínua.

  1. componentes de um modelo de remuneração variável
· fatores determinantes – gestão sistêmica de recursos, comportamento organizacional, metas e objetivos.
· indicadores de desempenho – quantitativos, qualitativos e comportamentais
· formas de recompensas – remuneração por resultados e participação nos lucros.

PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA

→ Vinculada a objetivos de lucratividade da empresa e utilizada para reforçar o compromisso de longo prazo entre empresa e colaboradores.

Formas de participação acionária
  • Distribuição das ações
  • Venda de ações
  • Opção de compra
  • Ações virtuais (direito a ações ainda não existentes ou não disponíveis)




ALTERNATIVAS CRIATIVAS

→ Incluem prêmios, gratificações e outras formas especiais de reconhecimento.

Formas de reconhecimento
  • Reconhecimento não financeiro
  • Recompensas de baixo custo
  • Recompensas monetárias ou equivalentes
  • Recompensa focada no desenvolvimento
  • Celebrações com grupos

Competências e Habilidades nas Organizações do Terceiro Milênio
As rápidas mudanças que estão ocorrendo, econômicas, políticas e culturais, o conceito de trabalho está sendo redefinido, trazendo grandes transformações nas funções da área de RH. Os profissionais de recursos humanos, que quiserem enfrentar estes novos desafios, precisarão desenvolver novas competências e habilidades que atendam às incertezas e turbulências do mundo dos negócios. Ao invés de estarem somente associadas ao domínio de técnicas específicas, as competências do RH ampliaram-se, envolvendo atributos mais subjetivos do saber e do conhecimento. Sob essas condições, os especialistas de RH precisam criar novos parâmetros de ações, para adaptar as pessoas, no presente, às incertezas do futuro.
Neste contexto de crescente globalização e competitividade, as organizações têm buscado formas concretas e objetivas de adaptação às transformações do meio ambiente.
A utilização do termo competência vem do fim da idade média. No início restrito à linguagem jurídica. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado também para designar alguém capaz de pronunciar-se sobre certos assuntos. Com o tempo, começou-se a utilizar a expressão para qualificar pessoas capazes de realizar um trabalho bem feito.
O conceito de competência utilizado nas organizações contemporâneas não é recente. Vem desde a época de Taylor, quando se apregoava a necessidade das empresas possuírem "trabalhadores eficientes". O princípio taylorista de seleção e treinamento de pessoas enfatizava o aperfeiçoamento das habilidades técnicas e específicas ao desempenho das tarefas operacionais do cargo. Somente após a eclosão de pressões sociais, reivindicando melhores condições no ambiente de trabalho, as organizações passaram a considerar nas relações de trabalho outros aspectos de maior complexidade e pertinentes às dimensões sociais e comportamentais. A conceituação de competência passou, então, a possuir uma abrangência maior, englobando conhecimentos, habilidades e experiências voltadas para o exercício de uma função na empresa.
Competência no contexto atual

Hoje, a noção de competência tem evoluído para o entendimento de que não se restringe somente às fronteiras do ambiente de trabalho, em certa medida, deixando de limitar-se à execução das tarefas de um cargo. A evolução do mundo do trabalho — caracterizada por flexibilidade, incertezas, transitoriedade, transversalidade — contribuiu para a formação desse conceito mais dinâmico. Em conseqüência dessa revisão conceitual, ainda em curso, o componente afetivo e o caráter individualizante passaram a incorporar-se ao conjunto de elementos que compõem a natureza da competência. Nesse aspecto, há uma tendência convergente entre as diferentes abordagens que aponta para noção de competência, compreendendo-se as dimensões, cognitiva, profissional e individual.





Gestão por Competências
A gestão por competência é uma forma avançada de administrar pessoas, preocupa-se com o desdobramento das estratégias em conhecimentos, habilidades e comportamentos requeridos para todos os profissionais, auxiliando-os no alcance dos objetos da organização. Nesta nova visão se busca a integração de diferentes tipos de competências no desenho dos perfis dos profissionais, o que define os novos padrões requeridos para recrutamento, seleção, avaliação, desenvolvimento e reconhecimento dos colaboradores.
Capital Humano
As pessoas não são ativas perecíveis, mais ativos valiosos, que devem ser desenvolvidos dentro de uma organização e que assegurem a sua sobrevivência.
A grande evolução ocorrida no Brasil no campo da Administração de pessoas, que vão desde os departamentos de pessoal até as atuais áreas de recursos humanos, diferencia o conceito de capital humano do de recursos humanos.
No conceito de Recursos Humanos, a contratação e desenvolvimento das pessoas, tem como objetivo principal atender a necessidade de determinadas áreas ou processo de trabalho; caso haja perda desses profissionais, a organização iniciará um novo processo de busca a ocupação de vagas.
Quando se refere a capital humano, é necessário que hoje um alinhamento entre as estratégias de empresa e as estratégias de área de administração de pessoas, tendo como base a formação das pessoas e sua preparação para atender às demandas de negócios e gerar valor para a empresa e acionistas. Se a organização perder algum de seus profissionais, não estará apenas perdendo seus recursos humanos, mas uma quantidade razoável de capital humano, que tem como finalidade transformar a empresa em uma organização competitiva mediante o desenvolvimento das competências necessárias para o atendimento dos seus objetivos de negócios; tudo isso culminará na retenção de talentos.
Conceito de competência: é um conjunto de características percebidas nas pessoas que envolvem, conhecimentos, habilidades e atitudes que levam a um desempenho superior; envolve comportamentos observáveis e mensuráveis relacionados ao trabalho. Seus comportamentos são: conhecimentos, atitudes e habilidades.
Sistemas de remuneração e benefícios e programas de incentivo
Recompensar pessoas é um dos elementos fundamentais para a motivação dos funcionários, uma vez que, ao lado de objetivos organizacionais a serem alcançados, há outros, pessoais, que não podem ser esquecidos.
O momento de profundas transformações que as organizações estão vivendo exige dos administradores soluções rápidas e criativas, o que leva rumo a modelos mais modernos de gestão.
Entretanto nota-se que as organizações não tem acompanhado, no que tange à questão Remuneração, o ritmo das transformações. Mesmo empresas consideradas inovadoras continuam utilizando sistemas de remuneração tradicionais.
Os sistemas de remuneração tradicional têm como o pressuposto básico que o homem é motivado exclusivamente por incentivos financeiros, salariais, materiais. A remuneração é baseada em padrões rígidos, imutáveis, individuais e seu maior componente é vinculado ao cargo e comparável ao mercado.
Na abordagem moderna de remuneração predomina o modelo de homem que é motivado não apenas pelo salário, mas também por uma variedade de outros incentivos como metas a atingir, satisfação no cargo envolvimento no grupo de trabalho, auto-realização, etc. A remuneração não é mais vinculada ao cargo, obedece a padrões flexíveis adequados às diferenças entre pessoas, grupos e seus desempenhos. Pessoas especializadas devem ser remuneradas por suas habilidades, por seu nível de conhecimento, devem ter um sistema de participação nos lucros – para premiar seu desempenho, bem como participação acionária – para garantir o vinculo de longo prazo. Formas simbólicas de reconhecimento devem ser empregadas.
Chiavenato (op.cit.) apresenta os 3 (três) componentes da remuneração total:
ü Remuneração básica, representada pelo salário mensal ou por hora – corresponde à remuneração “em dinheiro” recebida;
ü Incentivos salariais, que correspondem a programas desenhados para recompensar funcionários de bom desempenho: bônus, participação em resultados, etc.;
ü Benefícios, também dominados “remuneração indireta”, que são facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupações. Podem ser financiados, parcial ou totalmente, pela empresa; contudo, constituem sempre meios indispensáveis na manutenção de força de trabalho dentro de um nível satisfatório de moral e produtividade. Os benefícios podem ser: quanto à exigência, legais ou espontâneas; quanto à natureza: monetários ou não monetários; quanto aos objetivos: assistenciais, recreativos ou supletivos.

Wood e Pereira Filho (1995) propõem a construção de um sistema de remuneração estratégica, como uma forma de relacionar esta política à nova realidade das organizações.
Este sistema seria baseado nos três Es que definem a empresa: estratégia, estrutura, estilo gerencial. Partiria do que a empresa é hoje e da sua visão de futuro. Aliaria contexto e estratégia das organizações. Todos os indivíduos seriam remunerados conforme sua contribuição para o sucesso do negócio. Seria uma forma de motivação, harmonização de interesses e construção de valores partilhados.
Seus componentes, segundo os autores, seriam:
ü SALÁRIO DIRETO: determinado pela função e ajustado ao mercado;
ü SALÁRIO INDIRETO: compreendendo benefícios e outras vantagens;
ü REMUNERAÇÃO POR HABILIDADE OU CONHECIMENTO: determinada pela formação e capacitação;
ü REMUNERAÇÃO POR RESULTADOS: vinculada a metas de desempenho do indivíduo, da equipe ou da organização;
ü PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS: vinculada a objetivos de lucratividade da empresa;
ü PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA: a fim de reforçar vínculo e compromissos de longo prazo;
ü OUTRAS ALTERNATIVAS CRIATIVAS: incluindo prêmios, comissões, gratificações e adicionais diversos.

BENEFÍCIOS PRATICADOS NO BRASIL
  • Aluguel de casa
  • Assistência jurídica
  • Assistência médica, hospitalar e odontológica
  • Automóvel
  • Auxílio doença
  • Check-up anual
  • Complemento de aposentadoria
  • Cooperativas
  • Estacionamento
  • Financiamento ou empréstimo
  • Gratificação anual
  • Instrução de filhos
  • Instrução própria
  • Seguros diversos
  • Aquisição facilitada de produtos ou serviços
  • Clube recreativo
  • Assistência farmacêutica
  • Ambulatório na empresa
  • Creche
  • Combustível
  • Transporte
  • Reembolso alimentação
  • Cesta de alimentos
  • Opção para aquisições de ações
  • Pagamento ou bonificação no exterior
PLANO DE CARREIRA
Existem concepções vagas, idealizadas e distorcidas, a respeito de plano de carreira. São vagas quando nos contentamos com idéias captadas no ar ou com menções de caráter genérico. São idealizadas, enquanto se imagina que carreira constitui uma situação própria de qualquer cargo ou profissão, traduzida em promoções sucessivas, em espaço de tempo determinados. Distorcida, quando se denomina de plano de carreira - artifícios criados para concessão de aumentos salariais. Ou seja, quando se confunde progressões salariais com plano de carreiras.
→ Plano de carreira: É o instrumento que define as trajetórias de carreiras existentes na empresa.
→ Trajetória de Carreira: Sucessão de cargos que exigem requisitos crescentes.
Formas e tipos de carreiras
Formas de Construção das Carreiras

a) Através da Hierarquia dos Cargos – o colaborador tem seu crescimento através do exercício crescente de cargos, conforme hierarquização preestabelecida.
b) Através de Segmentos de Carreiras (qualificação profissional) – é constituído de níveis com graus crescentes de exigência de escolaridade, conhecimentos, experiência e habilidades.
Ex: Engenheiro – Nível I,II, III, IV, V, VI e VII.

Tipos
  • Linha hierárquica – é a mais comum e a mais rígida, é o crescimento através de cargos, não considera as metas ou desejos individuais. Considera os cargos gerenciais mais importantes que os cargos técnicos.
Ex: Auxiliar de Pessoal (I, II..), Analista de RH (I, II..) e Gerente de RH
  • Linha em Y – é a mobilidade e a ascensão profissional do colaborador pelo exercício de funções gerenciais ou de ocupações na sua área de especialidade. Os níveis iniciais são básicos, depois de certo patamar o profissional pode optar pelo prosseguimento através de cargos gerenciais ou tipicamente técnicos.
  • Linha em especialização – é o crescimento do colaborador em uma área específica da empresa, é mais rápida, mas o conhecimento é restrito, não permite um conhecimento generalístico da empresa.
Ex: Aux. de Análise de Cargos, Analista de Cargos (Jr., Pl e Sr), Gerente de Remuneração e Superintendente.
  • Linha de Polivalência – propicia o crescimento do profissional pelo conhecimento profundo em áreas diferentes. Por tanto, as promoções são mais lentas e a integração entre as diversas áreas é maior.
  • Linha Generalista – propicia ao profissional crescimento através do conhecimento profundo de uma área específica agregado ao conhecimento geral e menos profundo de outras áreas da organização.
  • Linha Mista – é a adoção de vários tipos de carreira, simultaneamente, que melhor se adaptem à necessidade da organização.
Vantagens

  • Contribuir, mediante o crescimento dos colaboradores, para que a organização atinja níveis mais elevados de qualidade e produtividade no trabalho que realiza.
  • Motivar os colaboradores na busca de maior competência técnica (instrução, conhecimento, experiência prática e habilidades).
  • Encorajar os colaboradores na exploração de suas capacidades potenciais.
  • Propiciar a ascensão do colaborador na empresa.
  • Atender às necessidades internas de preenchimento de vagas, pelo recrutamento interno.
  • Proporcionar maior integração do colaborador na empresa, com a perspectiva de crescimento profissional, provocando maior motivação e produtividade e, ainda, diminuição do turn-over.
  • Criar condições para que os colaboradores atinjam seus objetivos profissionais, em consonância com o alcance dos objetivos organizacionais.
  • Estabelecer trajetórias de carreira, assegurando que os colaboradores tenham perspectivas de desenvolvimento e ascensão profissional.
Responsabilidade pelas carreiras

Cabe à organização a responsabilidade pela definição de um plano de carreiras que, por trajetórias diversas, possibilite o crescimento e ascensão do colaborador. No entanto, carreira é decisão do colaborador, somente a ele cabe a escolha de sua trajetória.


Responsabilidade pelas carreiras

Conclusão

O plano de cargos e salários não deve servir apenas para administrar salários, mas, sim, para servir como base para o desenvolvimento do homem na organização.
Profa. Esp. Silvane Mascarenhas de Almeida

sábado, 30 de setembro de 2017

Sapato sujo

E a cliente entra na loja com um sapato usado sujo dizendo que quer trocar por que faz barulho.

Troco com todo prazer mas traga pelo menos o produto limpo

Se ofendeu dizendo * e meu direito ainda xingou chamando de cavalo

Ignorância demais achar que sabe seus direitos mas no fim e so mais um idiota que nao sabe de nada

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O valor da logística reversa na construção civil


Logística reversa


Logística Reversa em seu sentido mais amplo, significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. De acordo com Rogers (1999) a Logística Reversa é "o processo de movimentar um produto de seu ponto de consumo para o ponto de origem para recuperar o valor ou para o seu descarte apropriado". Por meio dos programas de Logística Reversa, as empresas podem substituir, reutilizar, reciclar e descartar os seus produtos de maneira eficiente e eficaz, atendendo às atuais exigências do mercado e as diversas leis ambientais[13].


Segundo Zikmund e Stanton apud Felizardo e Hatakeyama (2005, p. 3), a conceituação mais antiga sobre logística reversa data do início dos anos 70. Onde se aplica os conceitos de distribuição, porém voltados para o processo de forma inversa, com o objetivo de se atender as necessidades de recolhimento de materiais provenientes do pós-consumo e pós-venda. No final dos anos 70, Ginter e Starling apud (Felizardo e Hatakeyama, 2005, p. 3)[14], destacaram a logística reversa dando uma maior atenção para os aspectos da reciclagem e suas vantagens para o meio ambiente, e também seus benefícios econômicos, além da importância dos canais reversos como forma de viabilizar o retorno dos efluentes.
A logística reversa é responsável por tornar possível o retorno de materiais e produtos, após sua venda e consumo, aos centros produtivos e de negócios, por meio dos canais reversos de distribuição agregando valor aos mesmos. A rapidez com que um produto é lançado no mercado, o rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações; a alta competitividade das empresas e o crescimento da consciência ecológica quanto às conseqüências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente, estão contribuindo para a adoção de novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade de um modo geral, sinalizando assim para uma valorização maior dos processos de retorno de produtos e materiais descartados no meio ambiente.
Embora muitas empresas, em diversas partes do mundo, ainda não se importem com o fluxo reverso dos produtos, muitas já começaram a entender que a Logística Reversa é uma parte importante e estratégica da missão empresarial. A administração da boa Logística Reversa não só resulta em redução de custos, mas também pode aumentar as receitas. Ainda que muitas vezes seja chamada de refugo e que não seja a base principal na competição de uma empresa, muito valor pode ser obtido na administração eficiente dos produtos devolvidos e do custo efetivo do fluxo reverso[15].
Leite (2003, p. 16-17)[16] conceitua logística reversa da seguinte forma:
[...] área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômica, ecológica, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.
Chaves e Martins (2005)[17] destacam um outro aspecto que está ocasionando o crescimento da importância da logística reversa nas operações de logística empresarial. Segundo eles, a causa desse crescimento dá-se ao grande potencial econômico que possui o processo logístico reverso e que no momento não tem sido explorado como deveria.
Na Logística Reversa existe uma combinação entre aproximar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Isto acontece, pois há, em muitos casos, uma legislação que aumenta a responsabilidade do produtor. Quantidades de descarte já são limitadas em muitos paises.
A Logística Reversa entra nas empresas fazendo parte das operações de gerenciamento que compõem o fluxo reverso conhecido por PRM – Product Recovery Management, ou administração da recuperação de produtos. O objetivo do RPM é obter o mais alto nível da recuperação do produto, tanto nas questões ecológica, componentes e materiais. O nível em que estes produtos podem ser recuperados são: nível de produto, módulo, partes e material. As principais áreas de atuação do sistema PRM são: Tecnologia, Marketing, Informação, Organização, Finanças, Logística Reversa e Administração de Operações. À logística cabe o fluxo reverso para a recuperação destes produtos. (MUELLER, 2005)[18]
5.1 Sustentabilidade e construção civil
Torna-se evidente que com o atual ritmo de crescimento demográfico, apesar da diminuição nos últimos anos da taxa de crescimento, continuamos crescendo ano após ano a uma velocidade que poderia chegar a duplicar a população humana mundial antes de mediados do seguinte século. A atual utilização dos recursos naturais e do meio ambiente supõe uma diminuição do potencial destes recursos para as gerações futuras[21].
Além disso, o desperdício na construção civil brasileira – que possui um dos índices mais altos do mundo[22] – tem impactos econômicos significativos. Aumento do custo da produção, dos materiais, redução de aproveitamento dos produtos e serviços – todos são resultado de um desenvolvimento insuficiente de novas tecnologias, do desperdício de materiais, da baixa qualificação profissional e da própria qualidade de vida dos trabalhadores)[23].
Os edifícios consomem entre o 20 e o 50% dos recursos físicos segundo seu ambiente, tendo especial responsabilidade na atual deterioração do meio ambiente a ampliação do parque construído.
Dentro das atividades industriais a atividade da construção civil é a maior consumidora, junto com a indústria associada, de recursos naturais como madeira, minerais, água e energia.
A construção dos edifícios comporta impactos ambientais e econômicos que incluem a utilização de materiais que provêm de recursos naturais, a utilização de grandes quantidades de energia tanto no que atende a sua construção como ao longo de sua vida.
A reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos de demolição e dos resíduos originados na construção é uma solução que acabará parcialmente com os impactos ambientais e econômicos que geram o desperdício e o uso pouco racional e não sustentável de seus materiais e procedimentos.
5.2 Reciclagem de resíduos da construção civil
Este processo de reciclagem tem condições de representar uma redução de 75% (setenta e cinco por cento) do custo da remoção e tratamento de doenças para os municípios.
Além disso, estende o tempo de vida útil dos aterros, preserva os recursos naturais, transforma uma fonte de despesa em fonte de receita e impede a contaminação de novas áreas de despejo[24].
Para Schenini et. al.[25] a disponibilização de locais e instalações para a recepção, triagem e processamento dos resíduos da construção civil, proporciona às cidades e suas comunidades benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Eliminam, em grande parte, os despejos clandestinos, melhora a paisagem urbana e possibilita uma melhor qualidade de vida a seus habitantes.
Reduz, por outro lado, os custos operacionais da administração com a remoção, que é estimada em US$ 10 por metro cúbico de entulho clandestinamente depositado.
Este processo de reciclagem tem condições de representar uma redução de 75% (setenta e cinco por cento) do custo da remoção e tratamento de doenças para os municípios.
Segundo Schenini et. al.[26] são vários os usos possíveis para os materiais reciclados provenientes de canteiros de obras:
a) Utilização em pavimentação – a forma mais simples de reciclagem do entulho é a sua utilização em pavimentação (base, sub-base ou revestimento primário) na forma de brita corrida ou ainda em mistura de resíduos com solo.
b). Utilização como agregado para o concreto – o entulho processado pelas usinas de reciclagem pode ser utilizado como agregado para o concreto não estrutural, a partir da substituição dos agregados convencionais (brita e areia).
c). Utilização como agregado para a confecção de argamassa – Ao ser processado por equipamentos denominados argamasseiras, que moem o entulho na própria obra, em granulometria semelhante a da areia, pode ser utilizado como agregado para a argamassa de assentamento e revestimento. 
d). Outros usos – utilização de concreto reciclado com agregado; cascalhamento de estradas; preenchimento de vazios em construções; preenchimento de valas de instalações e reforço de aterros.

Reaproveitamento de materiais e resíduos na construção civil (logística reversa)


A partir da última década, inúmeras mudanças ocorreram no mundo dos negócios o que fez com que as empresas passassem a orientar as suas estratégias para a busca da sobrevivência e da competitividade organizacional. Neste ambiente, os desafios fazem com que as empresas busquem, continuamente, diferenciais competitivos. Paradoxalmente, este esforço concentrado das organizações em encontrar diferenciais, torna os produtos e as ações de mercado muito semelhantes.
O destino dos resíduos industriais segue o caminho da informalidade e da ocasionalidade.  Comumente encontram-se empresas que reaproveitam seus resíduos. Mas é menos comum encontrar este reaproveitamento de forma constante, padronizada e sistematizada, de modo que a quantidade que cabe ao meio ambiente possa ir se tornando cada vez menor ou quase inexista. Os materiais/produtos provenientes de sobras de processos industriais, denominados resíduos industriais, apresentam, em geral, características que os tornam mais atrativos para a logística reversa.  Em geral, constituem-se em uma categoria especial de bem de pós-consumo pela sua forma organizada de comercialização, por apresentarem geralmente melhor qualidade do que as demais fontes de pós-consumo, por serem habitualmente separados e selecionados tanto pela natureza dos materiais como por sua categoria e por serem habitualmente embalados para transporte.
Leite (2003)[27] afirma que, a logística reversa adiciona valor ao nível de serviço de pós-transação oferecido ao cliente, na medida em que estabelece uma política de disposição final, reutilização, reciclagem, reforma, reparo (reaproveitamento) para um determinado produto. Desta forma, tem a visão ampla de sua responsabilidade sobre toda o ciclo de vida do produto, e não somente durante sua  vida útil, atentando para os impactos ambientais, para as possibilidades de desenvolvimento de atividades econômicas e pelo comprometimento para com a sociedade.
Particularmente no setor da Construção Civil pressupõe-se que o interesse de competitividade ainda seja incipiente e demonstrado por poucas indústrias, assim como as iniciativas brasileiras de reaproveitamento de resíduos industriais. Desta forma, faz-se necessária uma abordagem sistêmica dos fatores que influenciam estes fluxos, identificando-se os obstáculos e dificuldades a serem transpostos para a consecução de um sistema logístico reverso aplicado às obras civis.
Fleischmann et al (2001)[28], ressalta a necessidade de se recuperar o valor dos bens, produtos ou resíduos, visto ser esta a motivação para a comercialização dos mesmos. Ele define a logística reversa como "o processo de planejamento, implementação, e controle eficiente e eficaz do fluxo de entradas e armazenagem de materiais secundários e informações relacionadas, opostas ao sentido tradicional da cadeia de suprimentos, com o propósito de recuperar valor ou descartar corretamente materiais".
O interesse pelo reuso e reciclagem de produtos e a redução dos resíduos industriais se tornou a preocupação principal de alguns países. Na atualidade, a legislação ambiental tem encorajado várias empresas a decidir pela implementação de políticas de reutilização para seus produtos e retorno para suas embalagens, por causa da necessidade de diferenciação entre serviços oferecidos (devido à crescente competição no mercado) (FLEISCHMANN et al., 2001)[29].
As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. Economia com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção tem trazido ganhos que estimulam a utilização da logística reversa.  Assim, a implantação da logística reversa revela-se como uma grande oportunidade de se desenvolver a sistematização dos fluxos de resíduos, bens e produtos descartados - seja pelo fim de sua vida útil, seja por obsolescência tecnológica ou outro motivo – e o seu reaproveitamento, dentro ou fora da cadeia produtiva que o originou, contribuindo para a redução do uso de recursos naturais e dos demais impactos ambientais. O sistema logístico reverso consiste em uma ferramenta organizacional com o intuito de viabilizar técnica e economicamente as cadeias reversas, de forma a contribuir para a promoção da sustentabilidade de uma cadeia produtiva.
Para os autores, inclusive, a solução para o reaproveitamento de materiais, por um lado, e a redução dos índices de desperdício na Construção Civil, por outro, estão relacionados com a busca pela qualidade total no setor.

Conclusão


O presente trabalho, teve como objetivo abordar a importância da logística reversa na construção civil.
Diante de tantos conceitos e argumentações sobre a logística, pode se dizer que ela surgiu através da necessidade de deslocamento das mercadorias ou bens de serviço, destacando-se pela qualidade e tempo de entrega sem omitir as formas e maneiras, pela qual se engloba o estoque, armazenagem e o transporte. Os componentes da logística trazem uma grande vantagem competitiva ao país que assim adotá-la, mas de forma planejada e organizada.
A logística destaca-se, assim, como um novo e relevante diferencial competitivo para as organizações, considerando-se todas as etapas e interações entre os participantes da cadeia de suprimentos que precisam trabalhar integrados buscando a otimização dos recursos e a criação de valor ao cliente.
Entende-se que o desenvolvimento da logística reversa tem maiores possibilidades de sucesso quando função das empresas fornecedoras, as quais atuam como indústria e, portanto, estão expostos a menos variáveis e imprevistos do que a empresa construtora. Constata-se ainda que a consolidação da logística reversa é um processo progressivo e interdependente entre as empresas fornecedoras e as construtoras. Esforços de um único lado (agente) ou esforços dispersos
A logística reversa tem uma participação considerável na redução de custos das empresas e na construção de uma imagem corporativa ambientalmente responsável
Considera-se, todavia, que essa pesquisa foi muito enriquecedora em todos os aspectos, desde a revisão literária, até o nível de significância das conclusões obtidas para explicar a importância de se abordar o valor da logística reversa na construção civil, como recurso capaz de contribuir para a sobrevivência das empresas.
A expectativa do autor é de que essa pesquisa que ora se encerra seja mais uma referência a estudantes de Gestão Empresarial Contemporânea, que atuam com marketing, contribuindo de forma significativa para o enriquecimento da prática empresarial. Assim sendo, a maior sugestão limita-se a uma nova pesquisa, que não tenha como finalidade questionar as conclusões obtidas, mas sim como forma de complementação e aprofundamento.

Logística reversa – reciclando garrafas


Esse templo se localiza em Khun Han, na Tailândia, e foi totalmente construído com garrafas de vidro das cervejas Heineken e Chang, as favoritas na região. Uma por ter a garrafa verde e a outra por ter a garrafa marrom. A Coca Cola só não foi usada por causa da forma e por ser branca.

reciclagem (5)

Engenharia da logística reversa

VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA REVERSA E DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS

INTRODUÇÃO

Logística Reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retorno de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo ou descarte. O objetivo principal é o de atender aos princípios da sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde a responsabilidade é do berço à cova, ou seja, quem produz deve responsabilizar-se também pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental que eles causam.

VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA REVERSA E DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS

Examinaremos as características principais das duas categorias de canais de distribuição reversos, o que permitirá ao leitor entender as diversas possibilidades de retorno dos bens ao ciclo produtivo e ao ciclo de negócios. Analisaremos a evolução das definições da logística reversa como uma nova área da logística empresarial, seu campo de atuação nos diferentes tipos de canais reversos e os principais aspectos que justificam seu crescente interesse empresarial.
Apresentaremos algumas das principais razões que justificam a implementação da logística reversa em empresas modernas. Observaremos que a crescente sensibilidade ecológica dos consumidores, as legislações relacionadas ao meio ambiente, os novos padrões de competitividade de serviços ao cliente e as preocupações com a imagem corporativa têm gerado um crescimento significativo do uso da logística reversa.
Assim, nestes capítulos iniciais, objetivamos permitir ao leitor compreender a extensão e a importância dos canais reversos, a atuação da logística reversa, os principais conceitos envolvidos e seu relacionamento com outras áreas do conhecimento.

ENTENDENDO OS CANAIS DE DISTRIBUIÇAO REVERSOS

1.1 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS (CDRs)

O marketing e a logística empresarial têm consagrado grandes esforços em estudos e aperfeiçoamentos, em universidades e empresas modernas, à disciplina dos 'canais de distribuição' e da 'distribuição física' dos bens produzidos. Essa preocupação se justifica não somente pela oportunidade dos custos envolvidos, mas também pela possível diferenciação dos níveis de serviço oferecidos em mercados globalizados e extremamente competitivos da atualidade.
A importância econômica da distribuição, seja sob o aspecto conceitual mercadológico ou sob o aspecto concreto operacional da distribuição física, revela-se cada vez mais determinante para as empresas, tendo em vista os crescentes volumes transacionados, decorrentes da globalização dos produtos e das fusões de empresas, e a necessidade de se ter o produto certo, no local certo, no tempo certo, atendendo a padrões de níveis de serviço diferenciados ao cliente e garantindo seu posicionamento competitivo no mercado.
Técnicas e filosofias empresariais modernas, como qualidade total, just-in-time, tecnologia de informação em logística, sistemas integrados de gerenciamento do fluxo logístico, gerenciamento da cadeia de suprimentos, entre outras, que visam ao aumento da velocidade de resposta e de serviço aos clientes, por meio da velocidade do fluxo logístico e da redução de custos totais de operação, têm oferecido apoio às empresas para a realização desses objetivos.
Devemos lembrar que os 'canais de distribuição diretos', ou simplesmente 'canais de distribuição', como são conhecidos, são constituídos pelas diversas etapas pelas quais os bens produzidos são comercializados até chegar ao consumidor final, seja uma empresa ou uma pessoa física. A distribuição física dos bens é a atividade que realiza a movimentação e disponibiliza esses produtos ao consumidor final (Kotler, 1996).
É recente a preocupação dessas disciplinas com relação aos canais de distribuição reversos, ou seja, às etapas, às formas e aos meios em que uma parcela desses produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil ampliado ou após extinta a sua vida útil, retoma ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor em mercados secundários pelo reuso ou pela reciclagem de seus materiais constituintes.
Os canais de distribuição reversos têm sido muito pouco estudados até o momento, seja do ponto de vista da pesquisa acadêmica ou da literatura em geral, existindo poucas informações sobre eles na literatura especializada e ocorrendo uma incipiente sistematização de conceitos nesse campo. Os canais reversos de alguns materiais tradicionais são conhecidos há muitos anos, como, por exemplo, o dos metais em geral, e eles representam importantes nichos de atividades econômicas. No entanto, há poucos textos e pouco conhecimento organizado, mesmo nesses casos.
Diversos autores fizeram referências a esses canais reversos como tema de preocupação para o 'futuro', entre eles Ronald H. Ballou, autor do livro Logística empresarial, editado originalmente em 1983, nos Estados Unidos, e adotado em vários cursos de logística empresarial em universidades brasileiras. O livro faz referência a esses canais reversos, com enfoque nos produtos de pós-consumo, referindo-se a uma 'visão de futuro' para a logística, daí termos adotado para denominá-los o termo 'canais de distribuição reversos'.
Certamente o motivo desse pouco interesse pelo estudo dos canais de distribuição reversos é em sua pouca importância econômica, quando comparada com os canais de distribuição diretos. Os volumes transacionados nos canais reversos são, em geral, uma fração daqueles dos canais diretos dos bens produzidos. O valor relativo dos materiais ou bens de pós-consumo é baixo se comparado ao dos bens originais, erroneamente, conforme veremos adiante, pelo fato de que nem sempre as condições naturais do mercado permitem identificar e equacionar os diversos fatores que impedem o fluxo de maiores volumes. O retorno de produtos de pós-venda ainda é considerado, em alguns casos, um verdadeiro 'problema' empresarial a ser equacionado.
A velocidade de lançamento de produtos, o rápido crescimento da tecnologia de informação e do comércio eletrônico, a busca por competitividade por meio de novas estratégias de relacionamento entre empresas e, principalmente, a conscientização ecológica relativa aos impactos que os produtos e os materiais provocam no meio ambiente estão modificando as relações de mercado em geral e justificando de maneira crescente as preocupações estratégicas de empresas, do governo e da sociedade com relação aos canais de distribuição reversos.
clip_image004Duas categorias de canais de distribuição reversos, definidas como de pós-consumo e de pós-venda, cujos fluxos gerais estão sintetizados na Figura 1.1, apresentando características e objetivos distintos e envolvendo relações entre entidades diferentes, embora guardando forte interação e peculiaridades logísticas em alguns casos.
Podemos observar na Figura 1.1 o fluxo dos produtos nos canais de distribuição diretos, desde as matérias-primas virgens, também denominadas primárias, até o mercado, entendido aqui como o mercado primário dos produtos. Esse fluxo direto pode se processar por meio de diversas possibilidades conhecidas como etapas de atacadistas ou distribuidores, chegando ao varejo e ao consumidor final.
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos após finalizada sua utilidade original e que retomam ao ciclo produtivo de alguma maneira. Distinguem-se dois subsistemas reversos: os canais reversos de reciclagem e os canais reversos de reuso. Observamos também, no esquema geral apresentado, a possibilidade de uma parcela desses produtos de pós-consumo ser dirigida a sistemas de destinação final seguros ou controlados, que não provocam poluição, ou não seguros, que provocam impactos maiores sobre o meio ambiente.
Os canais de distribuição reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de retomo de uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivados por problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre empresas, retomando ao ciclo de negócios de alguma maneira.

1.2 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS DE BENS DE PÓS-CONSUMO (CDR-PC)

Os bens industriais apresentam ciclos de vida útil de algumas semanas ou de muitos anos, após o que são descartados pela sociedade, de diferentes maneiras, constituindo os produtos de pós-consumo e os resíduos sólidos em geral. As diferentes formas de processamento e de comercialização dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, desde sua coleta até sua reintegração ao ciclo produtivo como matéria-prima secundária, são denominadas de 'canais de distribuição reversos de pós-consumo' (Leite, 1999a).
Conforme pode ser observado na parte direita da Figura 1.1, os bens industriais classificados como duráveis ou semiduráveis, após seu desembaraço pelo primeiro possuidor, tomam-se produtos de pós-consumo. Nos casos em que ainda apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil. O caso mais comum desse tipo de canal reverso é o dos veículos em geral, que possuem mercados de segunda mão instituídos em todas as regiões do planeta. Nesses casos, portanto, os canais reversos de 'reuso' são definidos como aqueles em que se tem a extensão do uso de um produto de pós-consumo ou de seu componente, com a mesma função para a qual foi Originalmente concebido, ou seja, sem nenhum tipo de remanufatura (CLM, 1993: 3). Devemos observar que, nesses casos, o termo 'pós-consumo' é adotado como sinônimo de bem usado, mesmo que haja interesse em sua reutilização.
Após os bens atingirem seu efetivo fim de vida útil, e nessa categoria de pós-consumo incluem-se os produtos descartáveis que apresentam vida útil de algumas semanas, podemos observar na Figura 1.1, o fluxo reverso desses bens por meio de dois grandes sistemas de canais reversos de revalorização: o canal reverso de 'desmanche' e o de 'reciclagem'. Na impossibilidade dessas revalorizações, os bens de pós-consumo encontram a 'disposição final' em aterros sanitários ou são incinerados.
Podemos definir 'desmanche' como um sistema de revalorização de um produto durável de pós-consumo que, após sua coleta, sofre um processo industrial de desmontagem no qual seus componentes em condições de uso ou de remanufatura são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de revalorização, mas que ainda são passíveis de reciclagem industrial. Os primeiros são enviados, diretamente ou após remanufatura, ao mercado de peças usadas, enquanto os materiais inservíveis são destinados a aterros sanitários ou são incinerados.
'Reciclagem' é o canal reverso de revalorização, em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos. O exemplo mais ilustrativo é o da revalorização dos metais em geral: são extraídos de diferentes tipos de produtos descartados ou de resíduos industriais para se constituírem em matérias-primas secundárias a serem reintegradas ao ciclo produtivo, fechando-se seu ciclo de reciclagem. Para que essa reintegração se realize, são necessárias as etapas de coleta, seleção e preparação, reciclagem industrial e reintegração ao ciclo produtivo (CLM, 1993: 3).
A 'disposição final' é entendida como o último local de destino para o qual são enviados produtos, materiais e resíduos em geral sem condições de revalorização. Tradicionalmente, são considerados 'disposições finais seguras', sob o ponto de vista ecológico, os aterros sanitários tecnicamente controlados, nos quais os resíduos sólidos de diversas naturezas são 'estocados' entre camadas de terra, para que ocorra sua absorção natural, ou são incinerados, obtendo-se a revalorização pela queima e pela extração de sua energia residual. A 'disposição final não controlada', constituída pela deposição desses resíduos em lixões não controlados e pelo despejo em córregos, rios, terrenos etc. acarreta poluição ambiental.
Fica claro, então, que o fluxo reverso dos bens de pós-consumo nos canais de distribuição reversos de bens de pós-consumo refere-se a uma parcela do total existente, sendo a outra parte destinada a disposições seguras ou não seguras. Esses produtos ou materiais de pós-consumo, se não retomarem ao ciclo produtivo de alguma forma, em quantidades adequadas, se constituirão em acúmulos que excederão em alguns casos, as diversas possibilidades e capacidades de 'estocagem', transformando-se em 'problemas' ambientais com 'visibilidade' crescente no limiar de nosso século (Fuller e Allen, 1995: 244; CLM, 1993: 19; Leite, 1999a).
O valor econômico e a correspondente importância da cadeia produtiva reversa são função de diversos fatores. Contudo, o exemplo do material ferro/aço, no qual a economia reversa representa uma fração de cerca de 30 a 40% da cadeia produtiva direta, e o do material alumínio, no qual a economia reversa de pós-consumo representa de 20 a 30% da respectiva cadeia produtiva direta, com variações entre as diversas regiões do planeta, confirmam a importância econômica de alguns casos de canais de distribuição reversos de pós-consumo.
Nas últimas décadas, os impactos causados sobre o meio ambiente pelos produtos e processos industriais, acrescidos dos grandes desastres ecológicos cada vez mais próximos e que fazem parte da vida moderna, tornaram-se mais visíveis à sociedade em geral, modificando hábitos de consumo em alguns países. Regulamentações expressas de proteção contra esses impactos e outras modificações evidenciadas no decorrer deste livro justificam o interesse crescente pelas oportunidades e riscos dos canais de distribuição reversos de pós-consumo.

1.3 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS DE BENS DE PÓS-VENDA (CDR-PV)

Os bens industriais de pós-venda - que por diversos motivos retomam à cadeia de suprimentos, sendo reintegrados ao ciclo de negócios, conforme pode ser observado na parte esquerda da Figura 1.1, por meio de uma diversidade de formas de comercialização e de processamentos - constituem outra categoria de fluxo reverso denominada 'canais de distribuição reversos de pós-venda'. Esses produtos são devolvidos por uma variedade de motivos, como: por terminar a validade deles, por haver estoques excessivos no canal de distribuição, por estarem em consignação, por apresentarem problemas de qualidade e defeitos etc., após o que são destinados aos mercados secundários, a reformas, ao desmanche, à reciclagem dos produtos e de seus materiais constituintes ou a disposições finais (Leite, 2002b). Eles podem ser entendidos como um sistema de distribuição reversa, de acordo com a definição do Council of Logistics Management (CLM, 1993: 3).
Esses canais reversos apresentam importância crescente, tanto do ponto ele vista estratégico empresarial como do ponto de vista econômico, para alguns setores empresariais. Estima-se que atinjam cerca de 35 bilhões de dólares anuais nos Estados Unidos, ou seja, cerca de 0,5% do Produto Nacional Bruto (PNB) do país. Levando-se em conta que as preocupações com esses canais reversos são relativamente recentes, mesmo nesse país, pode-se avaliar que essas cifras aumentarão em poucos anos. O mercado de peças de reposição de automóveis representou um valor econômico de 36 bilhões de dólares em 1997, apresentando 12 mil empresas de desmontagem em atividade atualmente no país (Rogers e Tibben-Lembke, 1999: 6).
Uma pesquisa realizada na Universidade de Nevada em 1997, entre outras conclusões, obteve os níveis de devoluções médios entre setores de atividade econômica diferentes, cujo extrato apresentamos a seguir, na Tabela 1.1. Há poucas informações estatísticas sobre canais de distribuição de bens de pós-venda em outros países até o momento.
O fluxo reverso de bens de pós-venda pode se originar de várias formas, por problemas de performance do produto ou por garantias comerciais; ao mesmo tempo, pode se originar em diferentes momentos da distribuição direta, ou seja, do consumidor final para o varejista ou entre membros da cadeia de distribuição direta. Dentre os problemas de performance mais comuns, podem ser citados as avarias de transporte e os defeitos em garantia, enquanto os comerciais são os erros de pedido, a limpeza de canal nos elos da cadeia de distribuição, os excessos de estoques, o fim de estação, o fim de vida comercial do produto, os estoques obsoletos, entre outros.
Tabela 1.1
Porcentagem de retorno de bens de pós-venda
Ramo de atividade Porcentagem média de retorno
Editores de revistas 50%
Editores de livros 20-30%
Distribuidores de livros 10-20%
Distribuidores de eletrônicos 10-12%
Fabricantes de computadores 10-20%
Fabricante de CD-ROMs 18-25%
Impressoras para computador 4-8%
Peças para indústria automotiva 4-6%
(Fonte: Rogers e Tibben-Lembke, 1997:7).

1.4 EXEMPLOS DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS

Podemos perceber que, pelo menos em tese, e dependendo da existência de uma série de condições, todo produto produzido ou todo material constituinte utilizado pode ser revalorizado de alguma maneira por meio de cadeias reversas. Essa constatação permite uma grande diversidade nos canais de distribuição reversos em diferentes setores de atividade econômica e entre os diferentes produtos descartados ou devolvidos. Examinaremos brevemente, a título de exemplo, alguns casos típicos em cada categoria de canais de distribuição reversos citados e em setores distintos.
Quadro 1.1 – Logística Reversa na Prática
Canal Reverso de Reuso: Leilões de Empresas
Um exemplo de canal reverso de grande importância é o da venda industrial de materiais em leilões, na forma de sucata e equipamentos usados, constituindo-se em fonte primária de pós-consumo, em que são adquiridos e coletados bens de pós-consumo ou pós-uso: bens do ativo fixo em condições de uso, como máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos etc.; partes de equipamentos ou peças sem condições de uso, denominadas genericamente de 'sucatas'; sobras industriais de processo ou subprodutos de processo; excessos de estoques de insumos e matérias-primas, entre outros.
Esse canal de distribuição reverso representa importante comércio, destinando bens e materiais para subcanais reversos de extensão de utilidade do bem (reuso), industriais ou residenciais, subcanais de distribuição de equipamentos de segunda mão, subcanais reversos de desmanche ou desmontagem dos bens, com a separação em subconjuntos e peças de reposição destinadas à distribuição em mercado secundário de peças, e subcanais reversos dos materiais constituintes ou sucatas em geral para as indústrias de transformação.
Trata-se de um canal reverso de grande importância, com características econômicas e logísticas de realce, pelo volume de comércio envolvido. Certamente merece um aprofundamento de estudo metodológico para melhor identificá-lo e caracterizá-lo, com a medição dos valores econômicos envolvidos.
Quadro 1.2 – Logística Reversa na Prática
Canal Reverso de Pós-Venda: E-commerce
O comércio eletrônico - subdividido no sistema business-to-business (B2B), com 109 bilhões de dólares comercializados nos Estados Unidos em 1999, e no sistema business-to-consumer (B2e), com 18 bilhões de dólares comercializados nesse país em 1999 - tem experimentado enorme crescimento em todo o planeta. O comércio eletrônico entre a empresa e o consumidor final apresenta as mesmas características do comércio de vendas por catálogo. Ambos pertencem ao setor denominado 'canal direto de vendas', ou seja, um nível de devoluções por não-conformidade às expectativas do consumidor da ordem de 25 a 30% em relação ao total das vendas, o que o caracteriza como um dos mais importantes canais de distribuição reversos de bens de pós-venda.
As preocupações da logística de distribuição no e-commerce são diferentes, pois o produto logístico 'tradicional' apresenta embalagens unitizadas e paletizadas, os clientes são relativamente conhecidos e a demanda é relativamente previsível. No entanto, no caso do e-commerce, os produtos a serem entregues são de pequeno porte, em embalagens individuais, normalmente os clientes são desconhecidos e a demanda a ser satisfeita é solicitada pelo pedido, mostrando-se, portanto, instável e imprevisível, entre outras diferenças importantes.
O exemplo do e-commerce reveste-se de importância porque, devido ao elevado volume de retorno de pós-venda, tem exigido maior empenho das empresas desse setor em estabelecer suas redes logísticas reversas com tecnologia idêntica àquelas adotadas na logística de distribuição direta, equacionando os complexos aspectos da logística de distribuição direta e reversa simultaneamente, sob pena de terem comprometidos seus resultados ou suas relações com os diversos elos da cadeia.
Quadro 1.3 – Logística Reversa na Prática
Canal Reverso de Pós-Consumo: Embalagens Descartáveis
Outro exemplo de canal reverso de importância econômica crescente é o das embalagens em geral, sejam elas primárias ou de contenção dos produtos, secundárias ou de contenção das primárias ou unitizadas para o transporte. Trata-se de um segmento que tem se adaptado e contribuído de forma significativa para as modificações mercadológicas e logísticas requeridas na distribuição física, garantindo elevada eficiência e tomando-se também altamente descartável. Importantes conteúdos tecnológicos têm sido introduzidos nesse segmento industrial para tornar essas embalagens mais leves, transparentes, seguras e baratas, melhorando as condições promocionais dos produtos, adaptando-as às novas condições de vida da sociedade moderna e facilitando as condições de distribuição física.
Pelo crescimento extraordinário de seu uso nas sociedades modernas, esse segmento representa um dos mais importantes canais de distribuição reversos, mediante a revalorização pelo sistema de reciclagem dos materiais constituintes. As embalagens descartadas pela sociedade apresentam uma considerável e negativa 'visibilidade ecológica' em alguns centros urbanos, devido ao grande crescimento de sua utilização, sendo muitas vezes dispostas impropriamente, gerando poluição, mas oferecendo, ao mesmo tempo, importantes oportunidades econômicas. Constituem um exemplo de um conjunto de atividades comerciais, industriais e de serviços, com importante potencial de desenvolvimento tecnológico, estruturação e organização de seus canais de distribuição reversos, desde que sejam equacionados seus fatores logísticos restritivos, a coleta e a consolidação dos produtos descartados.
As considerações sobre as vantagens e as restrições das embalagens descartáveis, suas características como produto logístico de baixa densidade e suas conseqüências, sua influência no aumento do lixo urbano, os problemas envolvidos na coleta desses bens de pós-consumo, os níveis de organização logísticos e econômicos de seus canais de distribuição reversos e a comparação com as embalagens denominadas 'retomáveis', entre outros aspectos, serão examinados ao longo dos próximos capítulos.
Quadro 1.4 – Logística Reversa na Prática
Canal Reverso de Pós-Venda: lojas de Varejo
Por diversos motivos, os consumidores finais devolvem ao varejista produtos recém-adquiridos e 'não consumidos' alegando diversos pretextos. Alguns dos motivos mais comuns são o arrependimento por ter feito a compra, pelo fato de o produto não ser o que o consumidor esperava, o erro na escolha, os defeitos reais ou o não-entendimento dos manuais.
A empresa de varejo Sears dos Estados Unidos, com um faturamento de cerca de 41 bilhões de dólares em 2001, é a quarta maior empresa de varejo do país, contando com mais de 800 lojas gerais, 250 lojas de equipamentos de informática e mais de 1000 centros automotivos. A empresa desenvolve diversos canais reversos de seus mais variados produtos, comercializados de modo organizado, obtendo excelentes resultados econômicos. Além disso, possui centros de distribuição reversos especializados totalmente informatizados, trabalhando com operadores logísticos especializados nessas atividades.
A empresa K-Mart, com mais de duas mil lojas de descontos nos Estados Unidos, utiliza diversos canais reversos de retorno, fazendo uso de quatro centros de distribuição reversos especializados do país, de maneira que gerenciem as devoluções de toda a rede de varejo e equacionar corretamente o retorno dos produtos com agregação de valor a destinos mais indicados.
Os canais reversos de varejo podem ser de diferentes tipos, como os de liquidação de estoques em fim de estação ou fim de moda, redistribuição dos produtos em mercados diversos, permitindo aumento do giro de estoque nos pontos de venda e melhorando o valor residual dos produtos, entre outras possibilidades.

1.5 RESUMO DOS PRINCIPAIS TÓPICOS

O estudo dos canais de distribuição reversos é relativamente recente na logística empresarial moderna.
Uma parcela dos bens que são vendidos por meio da cadeia de distribuição direta retoma ao ciclo de negócios ou produtivo pelos canais de distribuição reversos. Os bens de pós-venda, com pouco ou sem nenhum uso, constituem os canais reversos de pós-venda, enquanto os bens de pós-consumo, que foram usados e não apresentam interesse ao primeiro possuidor, serão retomados pelos canais reversos de pós-consumo.
Os bens de pós-venda retomam por diferentes motivos e utilizam, em grande parte, os próprios canais de distribuição direta, enquanto os bens de pós-consumo possuem uma organização própria que dará origem ao reverse supply chain.
Os canais reversos de pós-consumo subdividem-se em canais reversos de reuso de bens duráveis e semiduráveis, de desmanche de bens duráveis e de reciclagem de produtos e materiais constituintes.

CONCLUSÃO

Conforme abordado a Logística Reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final.
Os canais de distribuição são classificados em dois: Canais Reversos de pós-consumo e Canais Reversos de pós-venda. Por exemplo, uma geladeira usada, já sem serventia para seu dono original, pode ser vendida para uma empresa de conserto e comercialização de equipamentos de segunda mão. Ela é transportada até a oficina, reparada e, uma vez revendida, conduzida ao novo endereço. Assim temos um exemplo de Canais Reversos de pós-consumo.
Outro tipo importante de Canais de Distribuição Reversos é o de pós-venda. Nesse caso, incluímos um retorno de embalagens e a devolução de produtos ao varejista ou fabricante. Por exemplo, Rogers e Tibben Lembke (1998) mencionam que 25% dos produtos vendidos por empresas de catálogos nos Estados Unidos são devolvidos pelos consumidores,seja porque não serviram (no caso de roupas e de calçados), seja porque o comprador não ficou satisfeito, seja por outra razão qualquer.

 

Pesquisa;

Adriano de A. Tavares
Augusto César de Lima
José Carlos da S. Maia
Roberval Barbosa Junior
Rosiely Brito Dinely
Thalys da Silva Carvalho

Impermeabilização de Caixas àgua



Boa Tarde!
Amigo tenho uma empresa de limpeza de caixas de água e tenho me  deparado com caixas que necessitam impermeabilização  por pequena fissuras, preciso saber como proceder a impermeabilização com a cura do produto no mínimo de tempo possível
Obrigado
Deus Abençoe sua semana


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Casa com umidade

Boa tarde!

Me chamo Daniel e sou arquiteto em Araruama/RJ.

Estou com uma obra de uma residência, que tem um pouco mais de 30 anos, e, segundo os proprietários, a casa sempre foi alvo de muita umidade. Qualquer tipo de impermeabilizante que já tenha sido colocado de nada adiantou.

Garota da laje 3

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Sikatop resolve problema de umidade

 
Marisa Oliveira

  OLÁ BOM DIA;
   PEÇO A GENTILEZA DE ME DAREM UMA INFORMAÇÃO;  EM CASA ESTÃO CONSTRUINDO UM PEQUENO SPA DE CONCRETO QUE SERÁ REVESTIDO COM PASTILHAS. GOSTARIA DE SABER SE O IMPERMEABILIZANTE SIKATOP RESOLVE O PROBLEMA DE UMIDADE.
OBRIGADA
 
para Marisa

Sim com certeza,
nessa ordem
PISO ou REBOCO
SIKATOP
ACABAMENTO FINAL
Abs..

aplicando sikatop








Garota da laje 2

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Impermeabilização em piso sem quebradeira resolve problema de fábrica


Mais uma vez a solução para quem precisa de um impermeabilização rápida e limpa, a Fibersals resolveu um problema de infiltração constante em piso de uma fabrica da Coca-Cola em Santa Maria – RS
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Piso com varias avarias
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Operário aplicando o produto
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Serviço 100% perfeito,  a Fibersals atende a condomínios, edifícios e residências
Para conhecer mais acesse o link do site: Impermeabilização
S

Impermeabilização de caixa de MDF


Impermeabilização MDF (1)
Prezado Elciney, boa noite!
Há semanas que venho procurando uma solução para impermeabilizar 5 caixas de MDF para servir de vasos para planta. Felizmente encontrei o seu site "Mundo da Impermeabilização" e vi que você tem muita experiência no assunto. Então, a minha preocupação é em relação a mangueira que coloquei no fundo da caixa para dreno (como você pode ver nas fotos que coloquei em anexo, tenho medo do impermeabilizante não ficar legal na junção entre a mangueira e a madeira.
Bom, se possível, gostaria muito de contar com um apoio seu.
Desde já agradeço a atenção!
Marcus Moutinho
Nuvem de tempestadeRelâmpagoGuarda-chuva
Boa noite Marcus,
Para vedar com mais eficiencia use adesivo epoxi, e um produto bi-componente como se fosse um durepoxi, lixe a superficie da mangueira e aplique entre ela e a caixa, depois de seco  alem de impermeabilizar ele tem um uma alta resistência, no mercado existem VIAPOXI, DENVERPOXI, SIKADUR 32 entre outros.

Impermeabilização MDF (2)

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