- destacamentos entre alvenarias e estruturas;
- destacamento das argamassas de seus substrato;
- fissuras ou trincas inclinadas em paredes com vínculo em pilares e vigas, expostosou não à insolação;
- fissuras ou trincas regularmente espaçadas em alvenarias ou concreto, com grandes
vãos sem juntas;
- fissuras ou trincas horizontais em alvenarias apoiadas em lajes submetidas a forte
insolação.

Teor de umidade dos materiaisA alteração da umidade dos materiais porosos, acarretam variações dimensionais nos elementos e componentes de uma construção. O aumento da umidade provoca expansão; inversamente, a diminuição da umidade provoca a contração do material. Havendo vínculos que restringem a movimentação, aliado a intensidade da movimentação e do módulo de deformação, o material desenvolve tensões que podem provocar trincas ou fissuras, de forma semelhante às provocadas pela variação térmica. As variações do teor de umidade provocam movimentações de dois tipos:
Irreversíveis
Ocorrem geralmente logo após a confecção do material, e são originadas devido a perda ou ganho de umidade, até que o material atinja a umidade higroscópica de equilíbrio.

Reversíveis
Ocorrem por variação de umidade do material ao longo do tempo, limitadas a um certo período em que o material esteja entre os limites seco ou saturado.
Sobrecargas
Os carregamentos previstos ou não em projeto podem produzir fissuras, sem que comprometo a estabilidade estrutural. A ocorrência de fissuras no concreto armado, provoca uma redistribuição das tensões ao longo do componente fissurado. De forma geral são previstas as possibilidades de fissuração do concreto nas regiões tracionadas. Procura-se limitar a fissuração em função do efeito estético, da deformabilidade da estrutura e de sua durabilidade, frente aos agentes agressivos, notadamente da corrosão das armaduras. Os tipos mais comuns, são provocados por torções por excessiva deformabilidade de lajes ou vigas, recalques diferenciais e por sobrecargas. Deformação excessiva do concreto armado As estruturas de concreto armado deformam-se sob ação de cargas permanentes ou acidentais. O cálculo estrutural admite flechas que não comprometem a estabilidade ou o efeito estético. Entretanto suas amplitudes podem gerar tensões, que comprometem as alvenarias e outros componentes apoiados ou vinculados à estrutura, acarretando a formação de fissuras ou trincas. Recalques diferenciais A deformação do solo sob o efeito de cargas externas, pode ser diferente ao longo das fundações de uma edificação, podendo gerar recalques diferenciais que geram tensões variáveis, que podem induzir na ocorrência de trincas e fissuras. Retração hidráulica O concreto ou argamassa retrai quando seca e expande quando absorve água. Estas variações de volume, devido a presença de água, são inerentes ao concreto e argamassas. A mistura de água ao cimento, produz uma série de reações cujos produtos compõem-se de materiais cristalinos e uma grande quantidade de gel (tobermorita). A variação do traço do concreto e argamassas apresenta maior ou menor retração. A quantidade de água tem relação direta com a retração. As medidas preventivas para reduzir a retração hidráulica são:
- menor relação água/cimento;
- maior teor de agregados;
- espessura do cimento;
- hidratação.
Aderência
A preparação do substrato que receberá uma impermeabilização, deve ser executada de forma a proporcionar sua adequada aplicação. Não deve apresentar cantos e arestas vivas, que deverão ser arredondados com raio compatível com o sistema a ser adotado, isentas de pontas de ferro, protuberâncias, ninhos, sujeita e com caimentos adequados. Para tanto na maioria das vezes, o substrato recebe uma regularização com argamassa de cimento e areia. Muitas vezes tem-se observado uma total displicência no preparo das argamassas de regularização, acarretando no seu descolamento, que acaba por danificar a impermeabilização, perdendo-se a sua eficiência. Independente do traço adequado da argamassa aplicada como preparação para a impermeabilização, é essencial que tenhamos uma adequada aderência ao substrato. A aderência se dá pela penetração do aglomerante nos poros da base e seu endurecimento subsequente. A aderência, além de outros fatores, está diretamente relacionada a textura da base, da capacidade de absorção do aglomerante e da homogeneidade das propriedades finais. Quando a base não for suficiente áspera e porosa, ou quando se constituir de materiais de graus de absorção diferenciados, a norma NBR 7200 recomenda a aplicação prévia de um chapisco, para se evitar o descolamento da argamassa de regularização. A baixa aderência das argamassas de regularização pode ser ainda comprometida, caso o substrato esteja sujo, com partículas soltas, impregnado de óleos desmoldantes, resíduos orgânicos, aditivos hidrofugantes, ou com superfície excessivamente lisa, tais como nata de cimento, etc. Outros fatores que alteram a aderência estão relacionadas a elevada quantidade de água no preparo da argamassa, do seu manuseio após o fim do tempo de pega, ausência de hidratação prévia do substrato, ausência de cura da argamassa, etc. A argamassa de regularização deve Ter um módulo de deformação o mais perto possível do módulo de deformação do substrato, de forma a evitar tensões diferenciadas elevadas que possam gerar esforços cizalhantes intensos na interface de aderência, que podem acarretar no seu descolamento.
Ninhos e falhas de concretagem
A impermeabilização não deve ser aplicada num substrato desagregado ou de baixa resistência. Alguns sistemas de impermeabilização, como os cimentos impermeabilizantes por cristalização, só apresentam eficiência sobre substratos de concreto ou argamassa compactos. Os ninhos e falhas de concretagem são pontos preferenciais de ocorrência de patologia de corrosão das armaduras, cujas conseqüências como fissuração do concreto e expansão das armaduras, podem danificar a impermeabilização. Os ninhos e falhas de concretagem devem ser cuidadosamente reparados, de forma a datar estas regiões, com propriedades, no mínimo iguais ao do concreto original. Devem ser eliminados todos os materiais desagregados até atingir o substrato compacto, efetuando-se o reparo com argamassas de alta resistencia, não retrateis, aditivadas com polímeros incorporadores de aderência, aplicadas após prévia hidratação do substrato. Recobrimento das armaduras A ausência de recobrimento adequado das armaduras do concreto armado, com os valores mínimos recomendados pela NBR 6118, podem desencadear processos de corrosão das armaduras, tendo como manifestação a expulsão da capa de cobrimento das armaduras, interferindo na aderência, puncionamento ou rasgamento do sistema impermeabilizante. Uma vez constatado a deficiência do cobrimento das armaduras, pode-se prevenir as manifestações patológicas, com a aplicação de revestimentos especiais que compensem a ausência do recobrimento recomendado por norma. Uma das soluções adotadas é o da aplicação de cimentos ou argamassas poliméricas, compostas de cimento, quartzo de granulometria definida e polímeros(acrílicos, SBR, SBS, etc.), cuja propriedade de baixa permeabilidade a agentes agressivos, evita ataque às armaduras. Chumbamento de peças Os ralos, tubulações ou peças emergentes devem ser rigidamente fixados ao substrato, de forma a que seu possível deslocamento não prejudique a impermeabilização aplicada e arrematada nestes pontos. Devem ser evitadas a presença de materiais estranhos, como madeira e outros materiais, que possam interferir na fixação destas peças. Recomenda-se para a correta fixação a utilização de argamassas tipo grout ou aditivadas com polímeros(acrílicos, SBR).
*fonte - Instituto brasileiro do Concreto