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domingo, 18 de novembro de 2018

CRF - Concreto Reforçado com Fibras - Mito e Realidade

Concreto reforçado com fibras ( CRF ) pode ser definido como um material feito
com cimento Portland, agregados, e contendo fibras descontínuas misturadas.
O Concreto Reforçado com Fibras ( CRF ) vem sendo usado desde 1960.
As fibras têm sido encaradas como uma panacéia para todos os problemas que possam serencontradas nas obras de concreto. Infelizmente, isso é incorreto.
Embora as fibras possam melhorar algumas das propriedades do concreto, o seu usonunca resultará em um concreto sem fissuras.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O valor da logística reversa na construção civil


Logística reversa


Logística Reversa em seu sentido mais amplo, significa todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais. De acordo com Rogers (1999) a Logística Reversa é "o processo de movimentar um produto de seu ponto de consumo para o ponto de origem para recuperar o valor ou para o seu descarte apropriado". Por meio dos programas de Logística Reversa, as empresas podem substituir, reutilizar, reciclar e descartar os seus produtos de maneira eficiente e eficaz, atendendo às atuais exigências do mercado e as diversas leis ambientais[13].


Segundo Zikmund e Stanton apud Felizardo e Hatakeyama (2005, p. 3), a conceituação mais antiga sobre logística reversa data do início dos anos 70. Onde se aplica os conceitos de distribuição, porém voltados para o processo de forma inversa, com o objetivo de se atender as necessidades de recolhimento de materiais provenientes do pós-consumo e pós-venda. No final dos anos 70, Ginter e Starling apud (Felizardo e Hatakeyama, 2005, p. 3)[14], destacaram a logística reversa dando uma maior atenção para os aspectos da reciclagem e suas vantagens para o meio ambiente, e também seus benefícios econômicos, além da importância dos canais reversos como forma de viabilizar o retorno dos efluentes.
A logística reversa é responsável por tornar possível o retorno de materiais e produtos, após sua venda e consumo, aos centros produtivos e de negócios, por meio dos canais reversos de distribuição agregando valor aos mesmos. A rapidez com que um produto é lançado no mercado, o rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações; a alta competitividade das empresas e o crescimento da consciência ecológica quanto às conseqüências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente, estão contribuindo para a adoção de novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade de um modo geral, sinalizando assim para uma valorização maior dos processos de retorno de produtos e materiais descartados no meio ambiente.
Embora muitas empresas, em diversas partes do mundo, ainda não se importem com o fluxo reverso dos produtos, muitas já começaram a entender que a Logística Reversa é uma parte importante e estratégica da missão empresarial. A administração da boa Logística Reversa não só resulta em redução de custos, mas também pode aumentar as receitas. Ainda que muitas vezes seja chamada de refugo e que não seja a base principal na competição de uma empresa, muito valor pode ser obtido na administração eficiente dos produtos devolvidos e do custo efetivo do fluxo reverso[15].
Leite (2003, p. 16-17)[16] conceitua logística reversa da seguinte forma:
[...] área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômica, ecológica, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.
Chaves e Martins (2005)[17] destacam um outro aspecto que está ocasionando o crescimento da importância da logística reversa nas operações de logística empresarial. Segundo eles, a causa desse crescimento dá-se ao grande potencial econômico que possui o processo logístico reverso e que no momento não tem sido explorado como deveria.
Na Logística Reversa existe uma combinação entre aproximar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Isto acontece, pois há, em muitos casos, uma legislação que aumenta a responsabilidade do produtor. Quantidades de descarte já são limitadas em muitos paises.
A Logística Reversa entra nas empresas fazendo parte das operações de gerenciamento que compõem o fluxo reverso conhecido por PRM – Product Recovery Management, ou administração da recuperação de produtos. O objetivo do RPM é obter o mais alto nível da recuperação do produto, tanto nas questões ecológica, componentes e materiais. O nível em que estes produtos podem ser recuperados são: nível de produto, módulo, partes e material. As principais áreas de atuação do sistema PRM são: Tecnologia, Marketing, Informação, Organização, Finanças, Logística Reversa e Administração de Operações. À logística cabe o fluxo reverso para a recuperação destes produtos. (MUELLER, 2005)[18]
5.1 Sustentabilidade e construção civil
Torna-se evidente que com o atual ritmo de crescimento demográfico, apesar da diminuição nos últimos anos da taxa de crescimento, continuamos crescendo ano após ano a uma velocidade que poderia chegar a duplicar a população humana mundial antes de mediados do seguinte século. A atual utilização dos recursos naturais e do meio ambiente supõe uma diminuição do potencial destes recursos para as gerações futuras[21].
Além disso, o desperdício na construção civil brasileira – que possui um dos índices mais altos do mundo[22] – tem impactos econômicos significativos. Aumento do custo da produção, dos materiais, redução de aproveitamento dos produtos e serviços – todos são resultado de um desenvolvimento insuficiente de novas tecnologias, do desperdício de materiais, da baixa qualificação profissional e da própria qualidade de vida dos trabalhadores)[23].
Os edifícios consomem entre o 20 e o 50% dos recursos físicos segundo seu ambiente, tendo especial responsabilidade na atual deterioração do meio ambiente a ampliação do parque construído.
Dentro das atividades industriais a atividade da construção civil é a maior consumidora, junto com a indústria associada, de recursos naturais como madeira, minerais, água e energia.
A construção dos edifícios comporta impactos ambientais e econômicos que incluem a utilização de materiais que provêm de recursos naturais, a utilização de grandes quantidades de energia tanto no que atende a sua construção como ao longo de sua vida.
A reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos de demolição e dos resíduos originados na construção é uma solução que acabará parcialmente com os impactos ambientais e econômicos que geram o desperdício e o uso pouco racional e não sustentável de seus materiais e procedimentos.
5.2 Reciclagem de resíduos da construção civil
Este processo de reciclagem tem condições de representar uma redução de 75% (setenta e cinco por cento) do custo da remoção e tratamento de doenças para os municípios.
Além disso, estende o tempo de vida útil dos aterros, preserva os recursos naturais, transforma uma fonte de despesa em fonte de receita e impede a contaminação de novas áreas de despejo[24].
Para Schenini et. al.[25] a disponibilização de locais e instalações para a recepção, triagem e processamento dos resíduos da construção civil, proporciona às cidades e suas comunidades benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Eliminam, em grande parte, os despejos clandestinos, melhora a paisagem urbana e possibilita uma melhor qualidade de vida a seus habitantes.
Reduz, por outro lado, os custos operacionais da administração com a remoção, que é estimada em US$ 10 por metro cúbico de entulho clandestinamente depositado.
Este processo de reciclagem tem condições de representar uma redução de 75% (setenta e cinco por cento) do custo da remoção e tratamento de doenças para os municípios.
Segundo Schenini et. al.[26] são vários os usos possíveis para os materiais reciclados provenientes de canteiros de obras:
a) Utilização em pavimentação – a forma mais simples de reciclagem do entulho é a sua utilização em pavimentação (base, sub-base ou revestimento primário) na forma de brita corrida ou ainda em mistura de resíduos com solo.
b). Utilização como agregado para o concreto – o entulho processado pelas usinas de reciclagem pode ser utilizado como agregado para o concreto não estrutural, a partir da substituição dos agregados convencionais (brita e areia).
c). Utilização como agregado para a confecção de argamassa – Ao ser processado por equipamentos denominados argamasseiras, que moem o entulho na própria obra, em granulometria semelhante a da areia, pode ser utilizado como agregado para a argamassa de assentamento e revestimento. 
d). Outros usos – utilização de concreto reciclado com agregado; cascalhamento de estradas; preenchimento de vazios em construções; preenchimento de valas de instalações e reforço de aterros.

Reaproveitamento de materiais e resíduos na construção civil (logística reversa)


A partir da última década, inúmeras mudanças ocorreram no mundo dos negócios o que fez com que as empresas passassem a orientar as suas estratégias para a busca da sobrevivência e da competitividade organizacional. Neste ambiente, os desafios fazem com que as empresas busquem, continuamente, diferenciais competitivos. Paradoxalmente, este esforço concentrado das organizações em encontrar diferenciais, torna os produtos e as ações de mercado muito semelhantes.
O destino dos resíduos industriais segue o caminho da informalidade e da ocasionalidade.  Comumente encontram-se empresas que reaproveitam seus resíduos. Mas é menos comum encontrar este reaproveitamento de forma constante, padronizada e sistematizada, de modo que a quantidade que cabe ao meio ambiente possa ir se tornando cada vez menor ou quase inexista. Os materiais/produtos provenientes de sobras de processos industriais, denominados resíduos industriais, apresentam, em geral, características que os tornam mais atrativos para a logística reversa.  Em geral, constituem-se em uma categoria especial de bem de pós-consumo pela sua forma organizada de comercialização, por apresentarem geralmente melhor qualidade do que as demais fontes de pós-consumo, por serem habitualmente separados e selecionados tanto pela natureza dos materiais como por sua categoria e por serem habitualmente embalados para transporte.
Leite (2003)[27] afirma que, a logística reversa adiciona valor ao nível de serviço de pós-transação oferecido ao cliente, na medida em que estabelece uma política de disposição final, reutilização, reciclagem, reforma, reparo (reaproveitamento) para um determinado produto. Desta forma, tem a visão ampla de sua responsabilidade sobre toda o ciclo de vida do produto, e não somente durante sua  vida útil, atentando para os impactos ambientais, para as possibilidades de desenvolvimento de atividades econômicas e pelo comprometimento para com a sociedade.
Particularmente no setor da Construção Civil pressupõe-se que o interesse de competitividade ainda seja incipiente e demonstrado por poucas indústrias, assim como as iniciativas brasileiras de reaproveitamento de resíduos industriais. Desta forma, faz-se necessária uma abordagem sistêmica dos fatores que influenciam estes fluxos, identificando-se os obstáculos e dificuldades a serem transpostos para a consecução de um sistema logístico reverso aplicado às obras civis.
Fleischmann et al (2001)[28], ressalta a necessidade de se recuperar o valor dos bens, produtos ou resíduos, visto ser esta a motivação para a comercialização dos mesmos. Ele define a logística reversa como "o processo de planejamento, implementação, e controle eficiente e eficaz do fluxo de entradas e armazenagem de materiais secundários e informações relacionadas, opostas ao sentido tradicional da cadeia de suprimentos, com o propósito de recuperar valor ou descartar corretamente materiais".
O interesse pelo reuso e reciclagem de produtos e a redução dos resíduos industriais se tornou a preocupação principal de alguns países. Na atualidade, a legislação ambiental tem encorajado várias empresas a decidir pela implementação de políticas de reutilização para seus produtos e retorno para suas embalagens, por causa da necessidade de diferenciação entre serviços oferecidos (devido à crescente competição no mercado) (FLEISCHMANN et al., 2001)[29].
As iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. Economia com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção tem trazido ganhos que estimulam a utilização da logística reversa.  Assim, a implantação da logística reversa revela-se como uma grande oportunidade de se desenvolver a sistematização dos fluxos de resíduos, bens e produtos descartados - seja pelo fim de sua vida útil, seja por obsolescência tecnológica ou outro motivo – e o seu reaproveitamento, dentro ou fora da cadeia produtiva que o originou, contribuindo para a redução do uso de recursos naturais e dos demais impactos ambientais. O sistema logístico reverso consiste em uma ferramenta organizacional com o intuito de viabilizar técnica e economicamente as cadeias reversas, de forma a contribuir para a promoção da sustentabilidade de uma cadeia produtiva.
Para os autores, inclusive, a solução para o reaproveitamento de materiais, por um lado, e a redução dos índices de desperdício na Construção Civil, por outro, estão relacionados com a busca pela qualidade total no setor.

Conclusão


O presente trabalho, teve como objetivo abordar a importância da logística reversa na construção civil.
Diante de tantos conceitos e argumentações sobre a logística, pode se dizer que ela surgiu através da necessidade de deslocamento das mercadorias ou bens de serviço, destacando-se pela qualidade e tempo de entrega sem omitir as formas e maneiras, pela qual se engloba o estoque, armazenagem e o transporte. Os componentes da logística trazem uma grande vantagem competitiva ao país que assim adotá-la, mas de forma planejada e organizada.
A logística destaca-se, assim, como um novo e relevante diferencial competitivo para as organizações, considerando-se todas as etapas e interações entre os participantes da cadeia de suprimentos que precisam trabalhar integrados buscando a otimização dos recursos e a criação de valor ao cliente.
Entende-se que o desenvolvimento da logística reversa tem maiores possibilidades de sucesso quando função das empresas fornecedoras, as quais atuam como indústria e, portanto, estão expostos a menos variáveis e imprevistos do que a empresa construtora. Constata-se ainda que a consolidação da logística reversa é um processo progressivo e interdependente entre as empresas fornecedoras e as construtoras. Esforços de um único lado (agente) ou esforços dispersos
A logística reversa tem uma participação considerável na redução de custos das empresas e na construção de uma imagem corporativa ambientalmente responsável
Considera-se, todavia, que essa pesquisa foi muito enriquecedora em todos os aspectos, desde a revisão literária, até o nível de significância das conclusões obtidas para explicar a importância de se abordar o valor da logística reversa na construção civil, como recurso capaz de contribuir para a sobrevivência das empresas.
A expectativa do autor é de que essa pesquisa que ora se encerra seja mais uma referência a estudantes de Gestão Empresarial Contemporânea, que atuam com marketing, contribuindo de forma significativa para o enriquecimento da prática empresarial. Assim sendo, a maior sugestão limita-se a uma nova pesquisa, que não tenha como finalidade questionar as conclusões obtidas, mas sim como forma de complementação e aprofundamento.

domingo, 3 de setembro de 2017

Idéias malucas para acabar com o mofo da parede!



Não essa foi mesmo hilariante, em minhas pesquisas pela net encontrei as respostas mais absurdas sobre como acabar com mofo na parede, leiam e pelo amor de Deus não tentem fazer isso em casa!

Manta Asfáltica, o que diz a norma?

clik na imagem para ampliar
Determinação da espessuraEste ensaio descreve três métodos para determinar a espessura das mantas asfálticas,conforme tipo de acabamento superficial. Para mantas asfálticas com ambas as faces lisas, a medida da espessura é obtida através de micrômetro ou relógio comparador. Seleciona-se dois corpos de prova da amostra medindo 50 mm de largura e comprimento igual à largura da manta asfáltica (1m). Efetua-se no mínimo cinco determinações por corpo de prova, obtendo-se a espessura média. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR
9952/2007. Resistência à tração e alongamento Este ensaio baseia-se na deformação por tração, à velocidade constante, considerandose a medida da carga e do alongamento no instante em que a carga for máxima. A máquina de ensaio de tração possui características específicas e são descritas na norma. O corpo de prova deve ter forma retangular e dimensões de 50 mm x 300 mm. Devem ser ensaiados corpos de prova em número suficiente para obtenção de nove resultados válidos para cada direção longitudinal e transversal. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Determinação da Absorção d’águaSelecionam-se três corpos de prova, com dimensões de 100 mm x 100mm, da amostra. Remover o filme de plástico (quando este for passível de remoção). Caso não seja possível a remoção de acabamento superficial que comprometa os parâmetros estabelecidos, deve-se descontar sua absorção do resultado final. Pesar separadamente três corpos de prova e imergi-los no recipiente para banho de água destilada. Remover os corpos de prova, retirar o excesso de água destes utilizando um pano seco e pesá-los separadamente. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento
de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.


Flexibilidade à baixa temperatura
Selecionam-se quatro corpos de prova retangulares de 150 mm x 50 mm para cada temperatura indicada nos itens 4 e 9 da tabela 1. Condicionar os corpos de prova e a aparelhagem às temperaturas indicadas nos itens 4 e 9 da tabela 1 por pelo menos 2 h na câmara frigorífica. Depois do condicionamento, proceder, sempre dentro da câmara frigorífica, à flexão do corpo de prova sobre mandris no tempo de 5 s. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Resistência ao Impacto
Selecionar quatro corpos de prova com dimensões de 300 x 300 mm. Erguer haste cilíndrica de 1 kg à altura de 0,25 m para a manta dos tipos I e II, ou 0,50 m para as mantas dos tipos III e IV. Deixar cair a haste que deve transmitir a força de impacto ao corpo de prova. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Determinação do escorrimento sob ação do calor Selecionar dois corpos de prova, com dimensões de 100 mm x 50 mm. Os corpos de prova devem ser presos e suspensos pela menor dimensão, verticalmente na estufa, na temperatura especificada, de acordo com o item 6 da tabela 1, durante 2 h. Após o período de ensaio, retirar os corpos de prova da estufa e deixá-los resfriar por no mínimo 1 h na posição horizontal, até atingir a temperatura ambiente. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

DETERMINAÇÃO DA ESTABILIDADE DIMENSIONAL
Este método baseia-se na medida da variação permanente da dimensão do corpo de prova, livremente apoiados sobre um plano, logo depois de um ciclo de aquecimento. Os corpos de prova são 10, com dimensões de 400 mm x 50 mm, sendo cinco corpos de prova cortados na direção longitudinal e cinco corpos de prova cortados na direção transversal. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

ENVELHECIMENTO ACELERADO POR AÇÃO DE TEMPERATURA
Selecionar cinco corpos de prova, com 50 mm de largura por 150 mm de comprimento, sendo a medida de 150 mm na direção longitudinal. As amostras são levadas à estufa, por um período de quatro semanas. Após o período de exposição, manter os corpos de prova, por no mínimo 2 h, em ambiente à temperatura de (23 ± 2)ºC. Retirar as amostras após o condicionamento e submetê-las ao ensaio. A variação entre as temperaturas de flexão da manta asfáltica virgem e da manta asfáltica envelhecida, para as quais não ocorreram fissuras, deve dar uma idéia do envelhecimento provocado na manta asfáltica pela ação da temperatura. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

ESTANQUEIDADE À ÁGUAEste ensaio é para a verificação da estanqueidade em mantas asfálticas, para comprovação de seu limite de resistência à estanqueidade, assim como de emendas executadas tanto no sentido transversal quanto no longitudinal. É usado um equipamento para ensaio de estanqueidade. O corpo de obra será quadrado nas dimensões 250 mm x 250 mm, aproximadamente. Chanfrar o corpo de prova de maneira que seu formato final seja aproximadamente um polígono de oito lados iguais. Posicionar o corpo de prova no equipamento e submeter às pressões de 0,5 bar por 60 minutos, depois 1 bar por 60 minutos e 0,5 bar a cada 30 minutos, até que ocorra vazamento ou seja atingida a pressão final de ensaio prevista para cada tipo de manta, conforme disposto na tabela 1. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

RASGAMENTO
Este ensaio á para determinar a resistência na carga máxima ao rasgamento de uma manta asfáltica. Preparar 10 corpos de prova retangulares nas dimensões aproximadas de 50 mm x 250 mm, sendo cinco corpos de prova no sentido longitudinal e cinco corpos de prova no sentido transversal. Para o ensaio utiliza-se dinamômetro, dispositivo para perfuração da manta, dispositivo para rasgamento e máquina de ensaio de tração. São efetuados furos no corpo da manta e através destes, prende-se o
dinamômetro e este ao equipamento de tração. Realizar cinco medidas para cada direção, calculando em seguida a média aritmética. Quais os prós e os contras da utilização das mantas em comparação com outros impermeabilizantes?
Prós: liberação mais rápida da área, maior velocidade de trabalho, espessura.
Contras: exige mão de obra especializada, maior risco nas interferências como ralos, dificuldade na detecção de vazamentos.
São vendidas em rolos de1 metro de largura por 10 metros de comprimento.

fontes: 1. PICCHI, Flávio Augusto. Impermeabilização de coberturas. Editora Pini Ltda.2. Manual Técnico. Otto Baumgart Indústria e Comércio S. A.3. IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização.4. Apostila Impermeabilização de estruturas. 17ª Edição, 2000.
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Maçarico & Rolete

Maçarico & Rolete / Elciney Araujotirinha2

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CONSULTORIA VIA EMAIL



 Boa tarde! Sou Laildo Alves, professor da rede estadual de ensino. Estava pesquisando sobre a manta asfáltica à quente ser realmente a melhor opção p/ impermeabilização de minha laje e achei seu blog. Gostaria de sua orientação.






Tenho uma pátio de 60 m2, exposto (3º e último piso), que já tem um contra-piso que pretendo retirar,com trânsito restrito a amíliares/convidados, e, apareceu umidade na casa de baixo. Tenho de
impermeabilizar. A melhor opção é a manta asfáltica? Quais marcas? expessura 4mm? Contra-piso de qual expessura? É bom agregar à massa do contra-piso, sobre a manta produtos como cica, cal, etc?
Precisa usar neste contra-piso juntas de dilatação? Se sim, como fazer estas juntas? ..., Sds, Laildo
Para: Laildo <laildo@gmail.com>
Bom dia sr. Laido desculpe a demora, mas estou com a demanda muito grande de clientes(graças a Deus!) sua situação e simples de resolver e com certeza a manta asfáltica e a melhor opção de
impermeabilização que sr. tem, a consultoria para este serviço custa r$ 15,00 se estiver interessado por favor retorne contato

Ok! Obrigado! Estou interessado sim. Sds, Laildo
Bom dia Sr. Laido e obrigado por sua confiança
Vamos lá, o sr. tem uma laje de 60 m2, o ideal e que o sr. retire o
contra-piso, como o sr. mesmo havia citado, e faça uma regularização
para receber a manta asfáltica, como funciona;

1 - A regularização e uma camada de massa que o sr. fará para tirar as
falhas do piso

2- Somente depois de seco o sr. vai começar a impermeabilização

3- A manta asfáltica é um dos melhores produtos para proteção e
impermeabilização de lajes e outras estruturas, para ser aplicada é
preciso primeiro a aplicação de uma base chamada PRIMER.

4- Esse PRIMER nada mais é do que uma pintura a base asfalto que é
aplicada com rolo de lã em toda superficie a ser impermeabilizada

5- No seu caso basta 1 balde de 18 litros, no mercado o senhor vai
encontrar os seguintes produtos; ECOPRIMER, DENVER PRIMER, VEDAPREN, IGOL 2, entre outros.

6- Depois de aplicado o PRIMER o sr. vai aplicar a MANTA ASFÁLTICA 3
mm POLIÉSTER, aplicada a fogo com maçarico, NÃO EXISTE MANTA ASFÁLTICA APLICADA SEM PRIMER! como ela possui perda de 15% sua área vai para 70m2, aqui em Manaus ela custa R$16,00 o m2, talvez na sua cidade seja mais barata, se houver rodapés ela devera subir 20 cm por dentro da parede

OBS; a perda se dá devido ao sobre passe de 10 cm de uma manta sobre a outra para fazer as emendas, e aos cortes para poder acomodar a manta dependendo do caso

7- Contrate um profissional qualificado.

8- Depois da aplicar a manta faça um teste de estanqueidade de 72
horas, ou seja encha com uma lamina dgua de pelo menos 10 cm e deixe inerte, verifique se não houve vazamentos para futuras correções.

9- Aplique a proteção mecanica, ou seja o contra piso de 3 cm com
massa 3:1 e caimento de 1cm para os ralos, nessa massa o sr. pode
adicionar adesivo para argamassa, assim haverá melhor aderencia, no
mercado existem DENVERFIX, SIKAFIX, BIANCO entre outros

10- As mantas asfálticas terão de ter 3mm de espessura e estruturante
de poliéster, no mercado existem das marcas; VIAPOL, DENVER, SIKA,
VEDACIT, LWART entre outras. Espero ter ajudado sr. Laido, e se houver qualquer dúvida a mais fique a vontade para entrar em contato, só para adicionar ao meu cadastro gostaria de saber em qual cidade o sr esta e situado e se puder pode enviar fotos da sua obra também para eu postar em meu blog.
Ok Euciney, obrigado! Suas informações serão de grande valia. Começarei, depois do feriado, a averiguar preço de material p/ compra enquanto verifico um profissional confiável p/ aplicar manta +
contra-piso.

Perguntas:
1- A expessura da manta (3mm) é em função de quê? Alguem (não lembro se um colega que usou a
manta) parece ter-me dito p/ usar a de 4 mm.

2- Precisarei usar junta (s) de dilatação?
Sds, Laildo.

Para: Laildo

3mm e a manta padrão para o tamanho da sua laje, a de 4mm é mais usada em lugares onde a pressão da agua e constante , como piscinas e caixas dguas e ainda tem as de 5mm para estacionamentos elevados onde há trafego de veiculos pesados, e não é necessários usar junta, a manta é elastica e estica até 10% a mais do seu comprimento, ou seja se houver dilatação ela acompanha, pra rasgar só mesmo terremoto, qualquer dúvida a mais estou a disposição.

abs.
♣♣♣♣♣
É possível reverter as intervenções que favorecem as enchentes em SP?
Impermeabilização do solo e ocupações irregulares são agravantes.
Para especialistas, solução não é tentar desfazer distorções do passado.
Mariana Oliveira Do G1, em São Paulo
Foto: Danilo Verpa / Folha Imagem Foto: Danilo Verpa / Folha Imagem
Enchente na Zona Leste em janeiro (Foto: Danilo Verpa / Folha Imagem)
Embora diversas intervenções urbanas, como impermeabilização do solo e ocupações irregulares, sejam responsáveis por agravar as enchentes em São Paulo, arquitetos e engenheiros consultados pelo G1 afirmam que tentar desfazer as distorções do passado não é a solução para o problema.
O caminho, segundo dizem os especialistas, é traçar estratégias com base na situação atual e criar alternativas para o escoamento da água.
A discussão sobre reversão das intervenções urbanas faz parte de uma série de reportagens do G1 sobre um dos principais problemas dos paulistanos atualmente: as causas e consequências dos temporais.
Na segunda (8), especialistas analisaram se a frequência e a quantidade de chuvas estão fora do comum. Na terça (9), foi a vez de discutir as possíveis influências do aquecimento global. Confira ao lado o cronograma das reportagens. 
Na avaliação de Mônica Amaral Ferreira Porto, professora de Engenharia Hidráulica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), algumas intervenções são "irreversíveis".
"O principal problema é que ocupamos, na maior parte de forma desordenada, as várzeas dos rios. Ou seja, as cidades invadem o espaço do rio, que, cedo ou tarde, toma de volta e ainda com maior freqüência e intensidade, porque agora as quantidades de água afluentes são maiores. Se as várzeas não fossem ocupadas haveria dano? Ou problemas de interrupção de tráfego? A dimensão do dano certamente seria muito menor. O fato é que a ocupação já se deu de forma tão importante - vide por exemplo as marginais do Tietê e Pinheiros e as inúmeras avenidas de fundo de vale - que hoje se tornou irreversível. Portanto, não resta outra alternativa a não ser agir sobre as causas e retardar a chegada das águas aos canais", diz a engenheira.
Para Mônica Porto, reverter a impermeabilização também não é o caminho. "É impossível eliminar a impermeabilização nas cidades, mas podemos reduzir as áreas impermeáveis criando áreas de infiltração, usando pavimentos permeáveis, ou mesmo criando volumes de retenção, que têm a função de atrasar a chegada da água aos canais. (...) A impermeabilização, numa cidade como São Paulo, é tão grande que jamais estas medidas compensatórias chegarão a compensar totalmente o efeito negativo da impermeabilização. Jamais retornaremos ao comportamento igual ao de uma bacia rural, isto é um fato inexorável."
"É muito difícil mexer em áreas intensamente urbanizadas com atitudes extremas como a desocupação. O que pode e deve ser feito é a ampliação das áreas de retenção", avalia a engenheira.

O arquiteto e urbanista Jorge Wilheim, um dos fundadores do Movimento Nossa São Paulo e ex-secretário municipal de Planejamento, também afirma que a reversão das intervenções não deve ser foco na discussão do problema.
"Algumas intervenções são históricas e não dá para voltar atrás. Os fundos de vale foram pavimentados, o esquema de avenidas desde a década de 30. Com avenidas tendo como fundo o vale, com córrego canalizado e coberto por pista asfaltada."
Wilhem disse não saber se a reversão teria um resultado relevante. "Não saberia dizer que cidades reverteram [as intervenções]. Nem sei se isso seria importante, significativo. Mas acho que a discussão não é essa. Há uma série de coisas que podem ser feitas com base na situação atual".
Para o urbanista, é preciso ainda medidas para preservar as áreas em que o solo está permeável.
A Prefeitura de São Paulo publicou, no fim de 2009, uma portaria que tem a intenção de preservar a permeabilidade do solo em novas edificações. Para obter o licenciamento para a obra, o construtor precisa manter as características de permeabilidade em 20% da área do terreno. Antes, o percentual era de 15%.
Condição natural
Nos Estados Unidos, um projeto tenta reverter os rios do país ao estado original, em uma tentativa de preservar a natureza e causar menos enchente. 
No entanto, a reversão é realizada em áreas muito menos urbanizadas do que São Paulo. Segundo a coordenação do projeto, o objetivo é chegar também, futuramente, aos grandes centros.
Para o engenheiro ambiental Antônio Carlos de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o projeto americano é “uma alternativa saudável", mas impossível para São Paulo. "Não creio nessa possibilidade por várias razões, mas a principal é a crônica falta de planejamento urbano e as suas distorções."
Segundo Oliveira, a ocupação das áreas de risco é um dos principais problemas. "Ao longo dos anos, o poder público fez vista grossa a essa situação, de tal forma que o crescimento desordenado dessa ocupação em muito contribui para o aumento dos problemas atuais. (...) Uma ação de retomada dessas áreas pode significar um elevado custo social que poucos administradores poderão ou ousarão pagar", avalia.

sábado, 2 de setembro de 2017

Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto

NBR 5738
Origem: Projeto NBR 5738/1993
CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:301.03 - Comissão de Estudo de Ensaios Físicos para Concreto Fresco
NBR 5738 - Molding and curing of concrete cylindrical or prismatic test
specimens - Procedure
Descriptor: Concrete
Esta Norma substitui a NBR 5738/1984
Válida a partir de 30.05.1993
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para moldagem,desforma, preparação de topos, transporte e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto,destinados a ensaios para determinação das propriedadesintrínsecas desse material.

2 Documentos complementaresNa aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 5734 - Peneiras para ensaio com telas de tecido metálico - Especificação
NBR 5750 - Amostragem de concreto fresco – Método de ensaio
NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação
NBR 7223 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone - Método de ensaio
NBR 9479 - Câmaras úmidas para cura de corposde prova de cimento e concreto  Especificação
3 Definições Para os efeitos desta Norma é adotada a definição 3.1.
3.1 Dimensão básica dos corpos-de-prova (d)

Medida expressa em milímetros, utilizada como referênciapara os corpos-de-prov a, sendo empregadas a dimensão do diâmetro no caso de corpos-de-prova cilíndricos
e a dimensão da menor aresta para os corpos-de-prova prismáticos.
4 Condições gerais
4.1 Aparelhagem
4.1.1 Moldes
4.1.1.1 Devem ser confeccionados em aço ou outro material não absorvente e quimicamente inerte com os componentes constituintes do concreto.
4.1.1.2 Não devem sofrer deformações durante a moldagem dos corpos-de-prova.
4.1.1.3 Devem ter as superfícies internas lisas e sem defeitos.
4.1.1.4 Os moldes cilíndricos e os prismáticos devem possuir dispositivos de fixação às respectivas placas da base.
4.1.1.5 Devem atender às espessuras e tolerâncias fixadas na Tabela 1 e nas Figuras 1 e 2.
Nota: Moldes confeccionados em chapa metálica reforçada ou perfis estruturais podem ter espessuras diferentes das fixadas na Tabela 1, desde que sejam mantidas a rigidez
necessária ao molde e as tolerâncias especificadas nesta Norma.

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4.1.2 Equipamentos de adensamento
4.1.2.1 Haste de socamento Barra de aço, com 600 mm de comprimento e 16 mm de
diâmetro, com superfície lisa, seção transversal circular e extremidade de socamento semi-esférica, de acordo com a Figura 3.

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4.1.4 Gola
Dispositivo de aço ou outro material rígido e não corrosível, que deve ser acoplado ao molde e tem a finalidade de evitar que o concreto transborde dele, quando empregado
adensamento vibratório.
4.2 Preparação dos moldes
4.2.1 Deve ser feita vedação das juntas com mistura de cera virgem e óleo mineral para evitar vazamentos.
4.2.2 Após a montagem, os moldes devem ser untados internamente com uma fina camada de óleo mineral.
4.3 Amostragem
4.3.1 A amostra destinada à moldagem de corpos-deprova deve ser retirada de acordo com NBR 5750 e com o processo de produção do concreto utilizado.
4.3.2 Devem ser anotados:
a) data;
b) hora de adição da água de amassamento;
c) local de aplicação do concreto.
4.4 Local da moldagem
4.4.1 Os moldes devem ser colocados sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações.
4.4.2 Os corpos-de-prova devem ser moldados em local próximo àquele em que serão armazenados nas primeiras
24 h.
4.5 Moldagem dos corpos-de-prova
4.5.1 O concreto deve ser colocado no molde, com o emprego de concha, em camadas de alturas aproximadamente iguais, conforme a Tabela 2.

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Notas: a)A altura das camadas não deve exceder 100 mm, quando o adensamento for manual, e 200 mm, quando o adensamento for vibratório.
b) dados, aplicando-se 17 golpes para cada 10000 mm2 de área.

4.5.2 Antes do adensamento de cada camada, o concreto deve ser uniformemente distribuído dentro da fôrma.
4.5.3 A última camada deve sobrepassar ligeiramente o topo do molde, para facilitar o respaldo.
4.5.4 A moldagem dos corpos-de-prova não deve sofrer interrupções.
4.6 Processo de adensamento Deve ser compatível com a consistência do concreto, medida pelo abatimento do tronco de cone, conforme a NBR 7223 e de acordo com a Tabela 3. Após o adensamento do concreto, qualquer que seja o processo adotado,
a superfície do topo dos corpos-de-prova deve ser alisada com colher de pedreiro.

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4.7 Cura inicial ao ar Após a moldagem, os corpos-de-prova devem ser imediatamente
cobertos com material não reativo e não absorvente, com a finalidade de evitar a perda de água do concreto e protegê-lo da ação das intempéries.

5 Condições específicas
5.1 Dimensões dos corpos-de-prova
5.1.1 Cilíndricos
5.1.1.1 A dimensão básica escolhida deve ser: 100 mm, 150 mm, 250 mm ou 450 mm, de forma que obedeça à seguinte relação:
d ≥ 3D
Onde:
d = dimensão básica
D = dimensão máxima característica do agregado,
determinado conforme a NBR 7211.
5.1.1.2 Os corpos-de-prova cilíndricos devem ter diâmetro
igual a d e altura igual a 2d.
5.1.2 Prismáticos
Devem ter seção quadrada de aresta igual à dimensão básica d e comprimento igual ou superior a 3d + 50 mm, de forma que obedeçam à relação de 5.1.1.1. Nota: Os corpos-de-prova de dimensão básica igual a 150 mm podem ser usados, mesmo quando a dimensão máxima característica do agregado for superior a 38 mm, desde
que a amostra de concreto fresco seja passada previamente pela peneira com abertura de malha de 38 mm, de acordo com a NBR 5734. Nesse caso, devem ser correlacionados
os resultados dos ensaios de corpos-de-prova moldados com concreto peneirado e aqueles obtidos em ensaios de corpos-de-prova moldados com concreto integral. As dimensões dos corpos-de-prova de concreto integral devem obedecer às condições de
5.1.1 e 5.1.2.
5.2 Moldagem dos corpos-de-prova
5.2.1 Adensamento manual
5.2.1.1 No adensamento de cada camada devem ser aplicados golpes de socamento, uniformemente distribuídos em toda a seção transversal do molde, conforme Tabela
2.5.2.1.2 No adensamento de cada camada, a haste de socamento não deve penetrar na camada já adensada.
5.2.1.3 Se a haste de socamento criar vazios na mass do concreto, deve-se bater levemente na face externa do molde até o fechamento deste.
5.2.1.4 Quando o abatimento do tronco de cone for superior a 180 mm, a moldagem deve ser feita com a metade das camadas indicadas na Tabela 2.
5.2.2 Adensamento vibratório
5.2.2.1 Colocar todo o concreto de cada camada antes de iniciar a vibração.
5.2.2.2 A vibração deve ser aplicada, em cada camada, apenas o tempo necessário para permitir o adensamentoconveniente do concreto no molde. Esse tempo é considerado
suficiente, no instante em que o concreto apresente superfície relativamente plana e brilhante.
5.2.2.3 Quando empregado vibrador de imersão, deixar a ponta deste penetrar aproximadamente 25 mm na camada imediatamente inferior.

5.2.2.4 Durante o adensamento, o vibrador de imersão não deve encostar nas laterais e no fundo do molde, devendo ser retirado lenta e cuidadosamente do concreto.
Após a vibração de cada camada, bater nas laterais do molde, de modo a eliminar as bolhas de ar e eventuais vazios criados pelo vibrador.

5.2.2.5 No caso de corpo-de-prova cilíndrico, de dimensão básica igual a 100 mm ou 150 mm, o vibrador de imersão deve ser inserido ao longo do eixo do molde.
5.2.2.6 No caso de corpo-de-prova prismático de dimensãobásica igual a 150 mm, o vibrador de imersão deve ser inserido perpendicularmente à superfície do  concreto,
em três pontos eqüidistantes ao longo do eixo maior do molde. A vibração deve ser procedida inicialmente no ponto central e posteriormente em cada um dos pontos
extremos, que devem distar um quarto do comprimento do molde em relação às extremidades deste.
5.3 Desforma
Os corpos-de-prova devem permanecer nas formas, nas condições de cura inicial conforme 4.7, durante o tempo aseguir definido, desde que as condições de endurecimento do concreto permitam a desforma sem causar danos ao
corpo-de-prova:
a) 24 h, para corpos-de-prova cilíndricos;
b) 48 h, para corpos-de-prova prismáticos.
5.4 Transporte
Após a desforma, os corpos-de-prova destinados a um laboratório devem ser transportados em caixas rígidas, contendo serragem ou areia molhadas.
5.5 Cura final
Até o início do ensaio, os corpos-de-prova devem ser conservados imersos em água saturada de cal ou permanecer em câmara úmida que apresente, no mínimo, 95%
de umidade relativa do ar, atingindo toda a sua superfície livre, ou ficar enterrados em areia completamente saturada de água. Em qualquer dos casos, a temperatura
deve ser de (23 ± 2)oC até o instante do ensaio, conforme a NBR 9479. 5.6 Preparação dos topos dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova que não satisfaçam às condiçõesde tolerância devem ser submetidos ao preparo dos topos,conforme 5.6.1 e 5.6.2.

5.6.1 Remate com pasta de cimento (procedimentoopcional para corpos-de-prova cilíndricos)
5.6.1.1 Decorridas 6 h a 15 h do momento da moldagem,passar uma escova de aço sobre o topo do corpo-deprovae rematá-lo com uma fina camada de pasta de cimento
consistente, com espessura menor ou igual a3 mm.
5.6.1.2 A pasta deve ser preparada de 2 h a 4 h antes de seu emprego.
5.6.1.3 O acabamento dos topos dos corpos-de-prova deve ser feito com o auxílio de uma placa de vidro plana, com no mínimo 12 mm de espessura e dimensões que
ultrapassem em pelo menos 25 mm a dimensão transversal do molde.
5.6.1.4 A pasta de cimento colocada sobre o topo do corpo-de-prova deve ser trabalhada com a placa até que a face inferior desta fique em contato firme com a borda superior do molde em todos os pontos.
5.6.1.5 A aderência da pasta à placa de capeamento deve ser evitada, lubrificando-se esta última com uma fina película de óleo mineral.
5.6.1.6 A placa deve permanecer sobre o topo do corpode prova até a desforma.
5.6.2 Retificação ou capeamento Os corpos-de-prova que não tenham sido rematados
conforme 5.6.1 devem ser capeados ou retificados.
5.6.2.1 Retificação
5.6.2.1.1 Consiste na remoção, por meios mecânicos, de uma fina camada de material do topo a ser preparado. Esta operação é normalmente executada em máquinas
especialmente adaptadas para essa finalidade, com a utilização de ferramentas abrasivas. A retificação deve ser feita de tal forma que se garanta a integridade estrutural
das camadas adjacentes à camada removida, e proporcione uma superfície lisa e livre de ondulações e abaulamentos.

5.6.2.1.2 As falhas de planicidade, em qualquer ponto da superfície obtida, não devem ser superiores a 0,05 mm.
5.6.2.2 Capeamento
5.6.2.2.1 Consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova com uma fina camada de material apropriado,com as seguintes características:
a) aderência ao corpo-de-prova;
b) compatibilidade química com o concreto;
c) fluidez, no momento de sua aplicação;
d) acabamento liso e plano após endurecimento;
e) resistência à compressão compatível com os valoresnormalmente obtidos em concreto.
Nota: Em caso de dúvida, a adequabilidade do material de capeamentoutilizado deve ser testada por uma comparação estatística, com resultados obtidos de corpos-deprova
cujos topos foram preparados por retificação.

5.6.2.2.2 Deve ser utilizado um dispositivo auxiliar, denominado capeador, que garanta a perpendicularidade da superfície obtida com a geratriz do corpo-de-prova.
5.6.2.2.3 A superfície resultante deve ser lisa, isenta de riscos ou vazios e não ter falhas de planicidade superiores a 0,05 mm em qualquer ponto.
5.6.2.2.4 A espessura da camada de capeamento não deve exceder 3 mm em cada topo.
5.6.2.2.5 Outros processos podem ser adotados, desde que estes sejam submetidos à avaliação prévia por comparação estatística, com resultados obtidos de corposde-prova capeados por processo tradicional, e os resultados obtidos apresentem-se compatíveis.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Casa com Parede e Muros com umidade - Jaragua do Sul-SC.



Elaine Cristina dos Santos Baviera





Olá Elciney

Estive verificando o seu blog e me identifiquei bastante com o trabalho que voce realiza.

Bom, tenho uma casa em Jaragua do Sul e antes que terminasse toda a obra tive que mudar de cidade e desde entao tenho a casa alugada e por isso ainda nao consegui terminar tudo que tinha pretendido no inicio da obra.

acontece que toda a parte de calha e pintura final ainda nao foi terminada. Enfim, o tempo passou e o resultado pode ser visto nas fotos anexas.

agora estamos verificando para a que seja instada as calhas e aproveitaremos para fazer uma impermeabilizacao das zonas mais afetadas.

uma empresa de blumenau propos uma impermeabilizacao com Lwacril, tando nas areas internas (closet) como nas partes internas ao muros de arrimo.

o sr acha que este produto realmente poderia resolver o problema?
se faco um revestimento com pedras decorativas poderia resolver também?

gostaria de sua opiniao sobre o caso, visto que o local é extremamente umido (Jaragua chove quase o ano todo) e nao sei se existe uma solucao definitiva...

muito obrigado e conto com sua ajuda...

Elaine.


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Boa tarde, desculpe a demora, mas graças a Deus o numero de clientes vem aumentando e agente tem que fazer o possivel para atender a todos

Bem vamos lá, o produto citado é apropriado mais para pisos e pelo que vejo nas fotos seu problema e principalmente com paredes, para isso o produto ideal e a base de argamassa polimerica

Aplicação

1º - O produto no mercado existe de várias marcas, dentre elas eu te
> > indico ; DENVERTEC 100, VIAPLUS 1000 OU SIKATOP 107

2º - A caixa de 18 kg consome em media 6 m2, o que dá +- 3 ou 4 demãos
> > para chegar ao consumo de 3kg por m2

3º - Se você não souber qual sua área de consumo envie pra mim os dados que eu faço os cálculos necessários

4º - O produto é bi-componente, ou seja pó e líquido, ele vai ser
misturado até chegar a uma consistência pastosa

5º - sua aplicação é feita com uma broxa simples de pintura

6º- Pelas fotos dá para perceber que suas paredes absorveram muita umidade, então pelo lado interno você terá que raspar tirando todo o excesso e chegar até o tijolo se for o caso, não aplique o produto direto no tijolo faça um chapisco, ou seja uma pequena camada de regularização para melhor absorção do impermeabilizante. E pelo lado externo raspe toda parede tire todo excesso de particulas soltas, pode ser com escova de aço ou jato dágua, faça uma camada reguladora para a parede receber o produto, ele pode ser aplicado com o substrato ainda umido


7º-A argamassa polimérica quando estiver pronta para aplicação deverá
> > ser aplicada com broxa, se o cimento ainda estiver úmido não tem problema, você deve molhar a superfície da parede com água para o produto absorver melhor, MOLHAR NÃO ENCHARCAR!

8º- aplique cada demão em sentidos cruzados, ou seja se na primeira demão você pintou no sentido vertical, na segunda você aplicará na horizontal e assim sucessivamente

9º - o intervalo para cada demão e de rigorosamente 6 horas

10º - Depois da ultima demão você pode fazer seu acabamento final que a sua parede vai estar protegida, os polímeros irão penetrar nos poros da sua parede cristalizando-a e criando uma poderosa barreira contar a umidade, faça também o mesmo procedimento no piso antes de aplicar o acabamento, talvez o solo seja muito umido e isso também deve ser evitado.

11º - Depois de aplicado o produto recebe qualquer tipo de acabamento tanto no piso como na parede.


Minha consultoria custa R$ 15,00 e pode ser depositado em conta, se houver qualquer outra dúvida com relação a aplicação, calculo de consumo fique a vontade para perguntar, só cobro uma vez, o dinheiro incentiva e me ajuda com despesas com a net.
Abs.






Tratamento para umidade

Sika inova com revolucionário tratamento para umidade
A Sika está incrementando seu portfólio com um produto revolucionário na construção civil: o Sika Imper Mur, um diferenciado tratamento para casos de umidade de rodapés em paredes mofadas com bolhas e descascando por causa da umidade

Sika Imper Mur é aplicado na forma de pintura, pois tem baixa viscosidade, penetra profundamente no substrato e forma uma barreira incolor e impermeável. Sika Imper Mur além de secar em apenas três horas e não alterar a cor da tinta, previne o cresceimento de mofo e bolor, evitando o surgimento de bolhas de umidade na pintura, aumentando, assim, a durabilidade do revestimento.
Sika Imper Mur tem embalagens descartáveis de 1 litro e de 3,6 litros, demonstrando mais uma vez a preocupação da Sika em oferecer um produto com medidas adequadas à necessidade do consumidor
Para obter mais informações sobre o produto. Clique aqui.
___________________________________________________________
Sika traz novo impermeabilizante ao mercado brasileiro.
Além de ser produzido em cores, o novo produto alia melhor performance com o dobro de rendimento em relação aos similares

A Sika traz este mês para o Brasil mais uma novidade, o SikaFill-5. Destinado para lajes, telhas, coberturas e terraços, o SikaFill-5 é um impermeabilizante flexível que alia um menor custo por metro quadrado de aplicação do mercado, trazendo mais praticidade e economia. Além de um rendimento de 1 m² a mais por litro em relação aos similares, o Sikafill  precisa de apenas 3 demãos para total cobertura, contra 6 demãos de outros produtos, reduzindo drasticamente o tempo de aplicação e os custos de impermeabilização.

Outro ponto positivo é a variedade de cores. O Sikafill-5 já vem pronto para ser aplicado também como acabamento final, pois vem em quatro diferentes opções de cores: branco, cinza, verde e vermelho, de acordo com o interesse do consumidor, e possui excelente aderência a diversos tipos de materiais como telhas de barro, fibrocimento e shingle e madeiras. Para obter mais informações sobre o produto. Clique aqui

Impermeabilizando cisterna

Cliente: Jorge Fragoso de São Paulo – SP
Problema:
Bom dia amigo, tenho uma cisterna com 3x4 de largura e 1,5 de Altura e preciso impermeabilizar
qual o produto que eu devo usar?
Imperconsultoria
Bom dia sr. Jorge seu problema e simples de resolver, para esta consultoria estou cobrando
r$ 15,00,
o serviço inclui calculo de área
consumo do produto
produto ideal
e forma de aplicação se estiver interessado entre em contato
abs..
Bom dia sr. Elciney estou interessado sim no seu serviço, então como vamos fazer:
Não se preocupe você pode pagar depois que eu repassar a consultoria
Vamos por partes 1º o calculo da área da sua cisterna
A sua cisterna tem 12 m2 de fundo e 21 m2 de parede totalizando 33m2
com certeza a argamassa polimérica resolveria seu problema, vou explicar
> > como;
1º - O produto no mercado existe de várias marcas, dentre elas eu te
> > indico ; DENVERTEC 100, VIAPLUS 1000 OU SIKATOP 107

2º - A caixa de 18 kg consome em media 6 m2, o que dá +- 3 ou 4 demãos
> > para chegar ao consumo de 3kg por m2

3º - Calculando a área em m2 você chegará ao consumo ideal, ou seja 33/6 = 5,5 então são 6 cxs

4º - O produto é bi-componente, ou seja pó e líquido, ele vai ser
misturado até chegar a uma consistência pastosa

5º - sua aplicação é feita com uma broxa simples de pintura
 
6º- Em seguida faça a regularização da parede para ela receber o
produto, como? um chapisco ou seja uma camada fina de argamassa de
cimento normal

7º-A argamassa polimérica quando estiver prontas para aplicação deverá
> > ser aplicada com broxa, se o cimento ainda estiver úmido não tem
> > problema, você deve molhar a superfície da parede com água para o
> > produto absorver melhor, MOLHAR NÃO ENCHARCAR!

10º- aplique cada demão em sentidos cruzados, ou seja se na primeira
demão você pintou no sentido vertical, na segunda você aplicará na
horizontal e assim sucessivamente

11º - o intervalo para cada demão e de rigorosamente 6 horas

12º - Depois da ultima demão você pode fazer seu reboco normal que a sua parede vai estar protegida, os polímeros irão penetrar nos poros da sua parede cristalizando-a e criando uma poderosa barreira contar a umidade

13º -o seu reboco ainda pode ser reforçado com impermeabilizante para
argamassa, no caso DENVERIMPER1 OU SIKA 1

14º -O consumo é de 2 litros para um traço de massa, qualquer BOM
pedreiro sabe disso.

15º -Procure uma loja especializada e leia a normas de aplicação do
produto em suas embalagens para conferir o que eu estou lhe passando, a diferença e que a linguagem é mais técnica.

Em fim espero ter lhe ajudado, se você quiser contribuir com o meu
trabalho deposite a quantia que achar justa em minha conta logo abaixo,
e se tiver mais dúvidas não se acanhe em entrar em contato, pode enviar
fotos também
abs..
Cliente – Muito obrigado suas dicas foram ótimas pode deixar que você será bem gratificado
abs..
Cliente atendido e problema resolvido!

Métodos de Recuperação Fibra de carbono segura

Veja como em um serviço de reforço estrutural, que teve um concreto mau dosado por concreteira famosa, a fibra de carbono teve papel fundamental.
Joaquim Rodrigues
O relato de casos é, sem dúvida, uma parte importante na literatura da engenharia, já que apresenta aspectos importantes que devem cair no conhecimento público, de modo a serem conhecidos e, naturalmente, evita-
dos. Muito embora possam causar embaraços ou controvérsias, é essencial para a redução de casos problemáticos ou litigiosos.

O problema ocorrido em uma laje situada em uma concessionária de automóveis, no Rio de Janeiro, é um desses casos de vital importância para o meio construtivo pois evidencia, tecnicamente, numa seqüência lógica, uma técnica de reforço interessante, um litígio, uma prova de carga que oferece
provas do reforço e, finalmente, reforços adicionais.
PLANTA DE DISTRIBUIÇÃO DAS FIBRAS ESC.1:100FACE INFERIOR DA LAJE
clip_image001                    Laje reforçada e posicionamento da fibra de carbono

A estrutura
Uma laje, em concreto armado convencional, com 176m2 (19,35m de comprimento por 9,10m de largura) apoiada em vigas periféricas, foi concebida originalmente para atender a uma sobrecarga de 200kg/m2. Com pouco mais de dois anos de uso, sofreu uma deformação crescente, que chegou a cerca de 150mm em seu centro, devido a erros de projeto, interrompida com três
linhas de escoramentos. O sistema de escoramento teve que ser extendido ao 1º e 2º andares e subsolos para não causar danos às lajes inferiores.
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A laje reforçada e o posicionamento da fibra de carbono.

O reforço A obra, executada pela empresa de recuperação, baseou-se essencialmente num reforço à flexão com fibra de carbono no fundo
A laje após o reforço com fibra de carbono. Repare que o posicionamento das escoras foi paulatinamente alternado devido a interferência com os locais de colagem da fibra de carbono.
image A mistura do epóxi estruturante. A aplicação do epóxi estruturante na fibra de carbono. da laje e uma zona de compressão com a execução de uma laje sobre a existente. As diretrizes especificadas pelo projetista foram as seguintes:

• Retirada total do contrapiso argamassa  do existente, que em algumas regiões  chegou a uma espessura de 15cm, desco-
  brindo-se totalmente a laje deformada.
• Execução de macaqueamento, o que foi  feito gradualmente com as três linhas de  escoras. Todas as deformações na laje foram retiradas, obtendo-se contraflexas em   torno de 10mm no centro da laje.image
• Apicoamento de toda a face superior da  laje, aprofundando-se cerca de 0,5cm.
• Execução de cavas com dimensões de  15X15X10cm espaçadas a cada 2,00m de  modo a fazer a interligação da futura placa de reforço a ser posta sobre a laje.
 
Nestas cavas, imediatamente antes da concretagem da nova placa, foi aplicado
epóxi para favorecer a colagem.
• Aplicação de malha cruzada formada por duas camadas superpostas de fibra de carbono na região inferior da laje e nas vigas periféricas.

• Após a aplicação e cura (7 dias) da etapa  anterior, foi projetada a aplicação de uma  malha de ferro CA50A sobre a laje. Uma  inferior com ferro de 16mm posicionada  nas duas direções e uma superior, forma  da com tela.

• Execução de placa de concreto com  espessura de 6cm, utilizando-se
fck > 35Mpa. O objetivo desta placa foi formar uma camada de compressão. Ime-
diatamente antes da concretagem, saturou-se a superfície da antiga laje com
água, aplicando-se uma calda de cimento com polímero acrílico para servir de agente de colagem.

O controle de qualidade Durante os serviços de reforço, preconizados de acordo com os itens anteriores, a construtora mantinha, adicionalmente, uma empresa de controle tecnológico junto a de recuperação para conferir os materiais uti-
lizados na obra. Durante a concretagem, foram moldados duas séries de 3 corpos de
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  O reforço no fundo da viga V11a.
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  A aplicação da fibra de carbono na laje.

prova para conferir a resistência exigida de 35Mpa. Passados 28 dias após a execução do reforço, os corpos de prova moldados pelo controle tecnológico deram como resultados os valores de rompimento de 27,28 e 29MPa
apenas, o que fez com que a empresa responsável pelo projeto ordenasse, imediatamente, um novo escoramento.

O que aconteceu depois A concreteira, que tem ISO 9001, diante dos resultados, aceitou fazer testes adicionais de esclerometria e, principalmente, extração de corpos de prova, através de uma outra empresa de controle tecnológico, no in-
tuito de rebater a insuficiência de resistência à compressão obtida. Feitos os exames adicionais, obteve-se o valor médio (e insuficiente) de 28MPa. O projetista optou pela demolição da laje feita com  concreto da concreteira ou que ela executasse uma prova de carga, o que não foi cumprido pela concreteira, que tinha como argumentos os seus dois corpos de prova, rompidos aos 28
dias, com resultado de incríveis 36,3 e 35,3MPa. A construtora, com pressa em
entregar a obra, solicitou a uma empresa especializada a execução de uma prova de carga para conferir a situação suporte da laje para a carga de 600kg/m2.
A prova de carga
-
14

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A prova de carga atingindo o último estágio de carregamento. Sobrecarga máxima atingida de 600kg/m2.

A prova de carga foi feita com base nas recomendações da norma brasileira NBR
9607 e da norma alemã DIN-1045. O carregamento foi materializado através da
montagem de 3 "piscinas" d'água, confeccionadas com lona plástica e estrutura suporte de madeira. Efetuada em 16 estágios,as etapas de carregamento e descarregamento foram feitas de forma progressiva com incremento de carga não superior a 100kg/m2. O intervalo entre cada estágio de carregamento foi de 15 minutos, sendo neste período, efetuadas duas leituras em cada aparelho, ou seja, uma imediatamente após ser atingida a carga plena (flecha instantânea) e outra 15 minutos após a primeira leitura. As deformações ou deslocamentos
medidos com deflectômetros de 0,01mm de sensibilidade foram analisados através de gráficos carga X deformação e deformação X tempo. A estrutura ficou submetida a carga plena durante 24 horas, após o que foram lidos todos os deslocamentos verticais máximos (deflexões máximas) decorrentes
da carga aplicada. Em seguida, procedeu se à retirada do carregamento, também em etapas. Os trabalhos tiveram início em 8 de dezembro de 2000 e foram concluídos em Os resultados

No decorrer da prova de carga, após 14 horas com a carga plena de 600kg/m2, a viga V11a apresentou fissuras e trincas em suas laterais, nas proximidades dos apoios e ao longo de seu comprimento. A região infe
   
rior da laje e a viga, submetidas ao reforço com fibra de carbono não apresentaram qualquer anormalidade. No quadro, abaixo apresentado, observa-se que as deflexões residuais obtidas após 24 horas do descarregamento ficaram abaixo do limite estabelecido pela norma DIN 1045.
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O parecer da empresa de consultoria que executou a prova de carga manifestou que a laje ensaiada apresentava suficiente grau de segurança para absorver uma sobrecarga distribuída de até 600kg/m2.
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Medidas adicionais O projetista, de posse do resultado da prova de carga, decidiu fazer reforço adicional na viga V11a, tanto à cortante quanto à fle-
xão, utilizando a técnica da fibra de carbono. Para a primeira situação, aplicou-se a fibra transversalmente às trincas surgidas próximo aos apoios. Para aumentar ainda mais a resistência aos esforços de flexão, decidiu aderir mais uma camada de fibra de carbono no fundo da viga.

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O aspecto legal após a obra Após a obra restou o litígio entre a construtora e a concreteira, que nada tem a contestar, já que esta última deveria assumir que
forneceu um concreto com resistência inferior ao comprado (pago antecipadamente) ou vendeu um produto que não foi o que a construtora comprou. Trata-se de um ato de lesão ao consumidor que, naturalmente, foi parar no tribunal. Para esta situação existe um segmento denominado engenharia forense que nada mais é do que a aplicação de princípios técnicos na investigação de estados de ruína ou de problemas de comportamento de estruturas ou de materiais. A palavra "forense" significa forum público, advogados e engenheiros especializados, principalmente em patologia da
construção, entram em cena para disputar uma ação. Neste caso, as evidências da concreteira são insuficientes já que ensaios posteriores comprovaram a insuficiência da resistência. Justificativas de que no dia da obra havia chovido e poderia comprometer os corpos de prova ou de que a laje é apenas um enchimento (a função da laje é dar zona de compressão ao reforço) são insuficientes.
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REFERÊNCIAS
• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, membro de diversos institutos nos EUA, em assuntos de patologia da construção. É editor e diretor da RECUPERAR, além de consultor técnico de diversas empresas.
http://www.recuperar.com.br

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