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domingo, 18 de novembro de 2018

CRF - Concreto Reforçado com Fibras - Mito e Realidade

Concreto reforçado com fibras ( CRF ) pode ser definido como um material feito
com cimento Portland, agregados, e contendo fibras descontínuas misturadas.
O Concreto Reforçado com Fibras ( CRF ) vem sendo usado desde 1960.
As fibras têm sido encaradas como uma panacéia para todos os problemas que possam serencontradas nas obras de concreto. Infelizmente, isso é incorreto.
Embora as fibras possam melhorar algumas das propriedades do concreto, o seu usonunca resultará em um concreto sem fissuras.

domingo, 3 de setembro de 2017

Manta Asfáltica, o que diz a norma?

clik na imagem para ampliar
Determinação da espessuraEste ensaio descreve três métodos para determinar a espessura das mantas asfálticas,conforme tipo de acabamento superficial. Para mantas asfálticas com ambas as faces lisas, a medida da espessura é obtida através de micrômetro ou relógio comparador. Seleciona-se dois corpos de prova da amostra medindo 50 mm de largura e comprimento igual à largura da manta asfáltica (1m). Efetua-se no mínimo cinco determinações por corpo de prova, obtendo-se a espessura média. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR
9952/2007. Resistência à tração e alongamento Este ensaio baseia-se na deformação por tração, à velocidade constante, considerandose a medida da carga e do alongamento no instante em que a carga for máxima. A máquina de ensaio de tração possui características específicas e são descritas na norma. O corpo de prova deve ter forma retangular e dimensões de 50 mm x 300 mm. Devem ser ensaiados corpos de prova em número suficiente para obtenção de nove resultados válidos para cada direção longitudinal e transversal. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Determinação da Absorção d’águaSelecionam-se três corpos de prova, com dimensões de 100 mm x 100mm, da amostra. Remover o filme de plástico (quando este for passível de remoção). Caso não seja possível a remoção de acabamento superficial que comprometa os parâmetros estabelecidos, deve-se descontar sua absorção do resultado final. Pesar separadamente três corpos de prova e imergi-los no recipiente para banho de água destilada. Remover os corpos de prova, retirar o excesso de água destes utilizando um pano seco e pesá-los separadamente. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento
de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.


Flexibilidade à baixa temperatura
Selecionam-se quatro corpos de prova retangulares de 150 mm x 50 mm para cada temperatura indicada nos itens 4 e 9 da tabela 1. Condicionar os corpos de prova e a aparelhagem às temperaturas indicadas nos itens 4 e 9 da tabela 1 por pelo menos 2 h na câmara frigorífica. Depois do condicionamento, proceder, sempre dentro da câmara frigorífica, à flexão do corpo de prova sobre mandris no tempo de 5 s. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Resistência ao Impacto
Selecionar quatro corpos de prova com dimensões de 300 x 300 mm. Erguer haste cilíndrica de 1 kg à altura de 0,25 m para a manta dos tipos I e II, ou 0,50 m para as mantas dos tipos III e IV. Deixar cair a haste que deve transmitir a força de impacto ao corpo de prova. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.
Determinação do escorrimento sob ação do calor Selecionar dois corpos de prova, com dimensões de 100 mm x 50 mm. Os corpos de prova devem ser presos e suspensos pela menor dimensão, verticalmente na estufa, na temperatura especificada, de acordo com o item 6 da tabela 1, durante 2 h. Após o período de ensaio, retirar os corpos de prova da estufa e deixá-los resfriar por no mínimo 1 h na posição horizontal, até atingir a temperatura ambiente. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

DETERMINAÇÃO DA ESTABILIDADE DIMENSIONAL
Este método baseia-se na medida da variação permanente da dimensão do corpo de prova, livremente apoiados sobre um plano, logo depois de um ciclo de aquecimento. Os corpos de prova são 10, com dimensões de 400 mm x 50 mm, sendo cinco corpos de prova cortados na direção longitudinal e cinco corpos de prova cortados na direção transversal. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

ENVELHECIMENTO ACELERADO POR AÇÃO DE TEMPERATURA
Selecionar cinco corpos de prova, com 50 mm de largura por 150 mm de comprimento, sendo a medida de 150 mm na direção longitudinal. As amostras são levadas à estufa, por um período de quatro semanas. Após o período de exposição, manter os corpos de prova, por no mínimo 2 h, em ambiente à temperatura de (23 ± 2)ºC. Retirar as amostras após o condicionamento e submetê-las ao ensaio. A variação entre as temperaturas de flexão da manta asfáltica virgem e da manta asfáltica envelhecida, para as quais não ocorreram fissuras, deve dar uma idéia do envelhecimento provocado na manta asfáltica pela ação da temperatura. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

ESTANQUEIDADE À ÁGUAEste ensaio é para a verificação da estanqueidade em mantas asfálticas, para comprovação de seu limite de resistência à estanqueidade, assim como de emendas executadas tanto no sentido transversal quanto no longitudinal. É usado um equipamento para ensaio de estanqueidade. O corpo de obra será quadrado nas dimensões 250 mm x 250 mm, aproximadamente. Chanfrar o corpo de prova de maneira que seu formato final seja aproximadamente um polígono de oito lados iguais. Posicionar o corpo de prova no equipamento e submeter às pressões de 0,5 bar por 60 minutos, depois 1 bar por 60 minutos e 0,5 bar a cada 30 minutos, até que ocorra vazamento ou seja atingida a pressão final de ensaio prevista para cada tipo de manta, conforme disposto na tabela 1. A aparelhagem, preparação dos corpos de prova, procedimento de ensaio e expressão dos resultados constam na NBR 9952/2007.

RASGAMENTO
Este ensaio á para determinar a resistência na carga máxima ao rasgamento de uma manta asfáltica. Preparar 10 corpos de prova retangulares nas dimensões aproximadas de 50 mm x 250 mm, sendo cinco corpos de prova no sentido longitudinal e cinco corpos de prova no sentido transversal. Para o ensaio utiliza-se dinamômetro, dispositivo para perfuração da manta, dispositivo para rasgamento e máquina de ensaio de tração. São efetuados furos no corpo da manta e através destes, prende-se o
dinamômetro e este ao equipamento de tração. Realizar cinco medidas para cada direção, calculando em seguida a média aritmética. Quais os prós e os contras da utilização das mantas em comparação com outros impermeabilizantes?
Prós: liberação mais rápida da área, maior velocidade de trabalho, espessura.
Contras: exige mão de obra especializada, maior risco nas interferências como ralos, dificuldade na detecção de vazamentos.
São vendidas em rolos de1 metro de largura por 10 metros de comprimento.

fontes: 1. PICCHI, Flávio Augusto. Impermeabilização de coberturas. Editora Pini Ltda.2. Manual Técnico. Otto Baumgart Indústria e Comércio S. A.3. IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização.4. Apostila Impermeabilização de estruturas. 17ª Edição, 2000.
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terça-feira, 19 de maio de 2015

Métodos de Recuperação Fibra de carbono segura

Veja como em um serviço de reforço estrutural, que teve um concreto mau dosado por concreteira famosa, a fibra de carbono teve papel fundamental.
Joaquim Rodrigues
O relato de casos é, sem dúvida, uma parte importante na literatura da engenharia, já que apresenta aspectos importantes que devem cair no conhecimento público, de modo a serem conhecidos e, naturalmente, evita-
dos. Muito embora possam causar embaraços ou controvérsias, é essencial para a redução de casos problemáticos ou litigiosos.

O problema ocorrido em uma laje situada em uma concessionária de automóveis, no Rio de Janeiro, é um desses casos de vital importância para o meio construtivo pois evidencia, tecnicamente, numa seqüência lógica, uma técnica de reforço interessante, um litígio, uma prova de carga que oferece
provas do reforço e, finalmente, reforços adicionais.
PLANTA DE DISTRIBUIÇÃO DAS FIBRAS ESC.1:100FACE INFERIOR DA LAJE
clip_image001                    Laje reforçada e posicionamento da fibra de carbono

A estrutura
Uma laje, em concreto armado convencional, com 176m2 (19,35m de comprimento por 9,10m de largura) apoiada em vigas periféricas, foi concebida originalmente para atender a uma sobrecarga de 200kg/m2. Com pouco mais de dois anos de uso, sofreu uma deformação crescente, que chegou a cerca de 150mm em seu centro, devido a erros de projeto, interrompida com três
linhas de escoramentos. O sistema de escoramento teve que ser extendido ao 1º e 2º andares e subsolos para não causar danos às lajes inferiores.
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A laje reforçada e o posicionamento da fibra de carbono.

O reforço A obra, executada pela empresa de recuperação, baseou-se essencialmente num reforço à flexão com fibra de carbono no fundo
A laje após o reforço com fibra de carbono. Repare que o posicionamento das escoras foi paulatinamente alternado devido a interferência com os locais de colagem da fibra de carbono.
image A mistura do epóxi estruturante. A aplicação do epóxi estruturante na fibra de carbono. da laje e uma zona de compressão com a execução de uma laje sobre a existente. As diretrizes especificadas pelo projetista foram as seguintes:

• Retirada total do contrapiso argamassa  do existente, que em algumas regiões  chegou a uma espessura de 15cm, desco-
  brindo-se totalmente a laje deformada.
• Execução de macaqueamento, o que foi  feito gradualmente com as três linhas de  escoras. Todas as deformações na laje foram retiradas, obtendo-se contraflexas em   torno de 10mm no centro da laje.image
• Apicoamento de toda a face superior da  laje, aprofundando-se cerca de 0,5cm.
• Execução de cavas com dimensões de  15X15X10cm espaçadas a cada 2,00m de  modo a fazer a interligação da futura placa de reforço a ser posta sobre a laje.
 
Nestas cavas, imediatamente antes da concretagem da nova placa, foi aplicado
epóxi para favorecer a colagem.
• Aplicação de malha cruzada formada por duas camadas superpostas de fibra de carbono na região inferior da laje e nas vigas periféricas.

• Após a aplicação e cura (7 dias) da etapa  anterior, foi projetada a aplicação de uma  malha de ferro CA50A sobre a laje. Uma  inferior com ferro de 16mm posicionada  nas duas direções e uma superior, forma  da com tela.

• Execução de placa de concreto com  espessura de 6cm, utilizando-se
fck > 35Mpa. O objetivo desta placa foi formar uma camada de compressão. Ime-
diatamente antes da concretagem, saturou-se a superfície da antiga laje com
água, aplicando-se uma calda de cimento com polímero acrílico para servir de agente de colagem.

O controle de qualidade Durante os serviços de reforço, preconizados de acordo com os itens anteriores, a construtora mantinha, adicionalmente, uma empresa de controle tecnológico junto a de recuperação para conferir os materiais uti-
lizados na obra. Durante a concretagem, foram moldados duas séries de 3 corpos de
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  O reforço no fundo da viga V11a.
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  A aplicação da fibra de carbono na laje.

prova para conferir a resistência exigida de 35Mpa. Passados 28 dias após a execução do reforço, os corpos de prova moldados pelo controle tecnológico deram como resultados os valores de rompimento de 27,28 e 29MPa
apenas, o que fez com que a empresa responsável pelo projeto ordenasse, imediatamente, um novo escoramento.

O que aconteceu depois A concreteira, que tem ISO 9001, diante dos resultados, aceitou fazer testes adicionais de esclerometria e, principalmente, extração de corpos de prova, através de uma outra empresa de controle tecnológico, no in-
tuito de rebater a insuficiência de resistência à compressão obtida. Feitos os exames adicionais, obteve-se o valor médio (e insuficiente) de 28MPa. O projetista optou pela demolição da laje feita com  concreto da concreteira ou que ela executasse uma prova de carga, o que não foi cumprido pela concreteira, que tinha como argumentos os seus dois corpos de prova, rompidos aos 28
dias, com resultado de incríveis 36,3 e 35,3MPa. A construtora, com pressa em
entregar a obra, solicitou a uma empresa especializada a execução de uma prova de carga para conferir a situação suporte da laje para a carga de 600kg/m2.
A prova de carga
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A prova de carga atingindo o último estágio de carregamento. Sobrecarga máxima atingida de 600kg/m2.

A prova de carga foi feita com base nas recomendações da norma brasileira NBR
9607 e da norma alemã DIN-1045. O carregamento foi materializado através da
montagem de 3 "piscinas" d'água, confeccionadas com lona plástica e estrutura suporte de madeira. Efetuada em 16 estágios,as etapas de carregamento e descarregamento foram feitas de forma progressiva com incremento de carga não superior a 100kg/m2. O intervalo entre cada estágio de carregamento foi de 15 minutos, sendo neste período, efetuadas duas leituras em cada aparelho, ou seja, uma imediatamente após ser atingida a carga plena (flecha instantânea) e outra 15 minutos após a primeira leitura. As deformações ou deslocamentos
medidos com deflectômetros de 0,01mm de sensibilidade foram analisados através de gráficos carga X deformação e deformação X tempo. A estrutura ficou submetida a carga plena durante 24 horas, após o que foram lidos todos os deslocamentos verticais máximos (deflexões máximas) decorrentes
da carga aplicada. Em seguida, procedeu se à retirada do carregamento, também em etapas. Os trabalhos tiveram início em 8 de dezembro de 2000 e foram concluídos em Os resultados

No decorrer da prova de carga, após 14 horas com a carga plena de 600kg/m2, a viga V11a apresentou fissuras e trincas em suas laterais, nas proximidades dos apoios e ao longo de seu comprimento. A região infe
   
rior da laje e a viga, submetidas ao reforço com fibra de carbono não apresentaram qualquer anormalidade. No quadro, abaixo apresentado, observa-se que as deflexões residuais obtidas após 24 horas do descarregamento ficaram abaixo do limite estabelecido pela norma DIN 1045.
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O parecer da empresa de consultoria que executou a prova de carga manifestou que a laje ensaiada apresentava suficiente grau de segurança para absorver uma sobrecarga distribuída de até 600kg/m2.
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Medidas adicionais O projetista, de posse do resultado da prova de carga, decidiu fazer reforço adicional na viga V11a, tanto à cortante quanto à fle-
xão, utilizando a técnica da fibra de carbono. Para a primeira situação, aplicou-se a fibra transversalmente às trincas surgidas próximo aos apoios. Para aumentar ainda mais a resistência aos esforços de flexão, decidiu aderir mais uma camada de fibra de carbono no fundo da viga.

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O aspecto legal após a obra Após a obra restou o litígio entre a construtora e a concreteira, que nada tem a contestar, já que esta última deveria assumir que
forneceu um concreto com resistência inferior ao comprado (pago antecipadamente) ou vendeu um produto que não foi o que a construtora comprou. Trata-se de um ato de lesão ao consumidor que, naturalmente, foi parar no tribunal. Para esta situação existe um segmento denominado engenharia forense que nada mais é do que a aplicação de princípios técnicos na investigação de estados de ruína ou de problemas de comportamento de estruturas ou de materiais. A palavra "forense" significa forum público, advogados e engenheiros especializados, principalmente em patologia da
construção, entram em cena para disputar uma ação. Neste caso, as evidências da concreteira são insuficientes já que ensaios posteriores comprovaram a insuficiência da resistência. Justificativas de que no dia da obra havia chovido e poderia comprometer os corpos de prova ou de que a laje é apenas um enchimento (a função da laje é dar zona de compressão ao reforço) são insuficientes.
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REFERÊNCIAS
• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, membro de diversos institutos nos EUA, em assuntos de patologia da construção. É editor e diretor da RECUPERAR, além de consultor técnico de diversas empresas.
http://www.recuperar.com.br

Microcimento: nova tecnologia na manutenção e reparo de pisos

A tecnologia de reabilitação de pisos com a utilização de microcimentos é relativamente nova no Brasil, mas muito utilizada no exterior com grande sucesso e custo altamente competitivo frente às tecnologias convencionais
Qualquer manutenção ou reparo em pisos industriais deve ser realizada de maneira criteriosa, iniciando pela observância das condições de uso e vida útil estabelecida no projeto deste piso. Dessa maneira, uma avaliação prévia das condições estruturais de um piso deve ser feita considerando os dados estabelecidos em projeto e as condições de execução do mesmo e, na falta destes dados, esta avaliação deve ser realizada com base em técnicas recomendadas para avaliação.
As patologias mais comuns que acometem os pisos são as perdas de suporte por recalque de fundação resultando em degraus, movimentação vertical de placas, esborcinamento de juntas, bombeamento de finos da base (mais comum em pavimentos rodoviários e eventuais pisos externos), empenamento de placas, quebras localizadas, trincas e fissuras, delaminação superficial, desgaste por abrasão, empoeiramento, dentre outros.
Uma vez determinada a anomalia do piso, estuda-se as alternativas cabíveis de reabilitação, que devem considerar as causas que originaram tais patologias.
Dentre as mais recentes tecnologias para manutenção e recuperação de um piso industrial, destaca-se a utilização de microcimentos “in natura” ou compósitos a base de microcimentos, dependendo do tipo de patologia, ou até mesmo uma associação dos processos.
Tecnologia
A tecnologia de reabilitação de pisos com a utilização de microcimentos é relativamente nova no Brasil, mas muito utilizada no exterior com grande sucesso e custo altamente competitivo frente às tecnologias convencionais.
Basicamente, o microcimento é um material cimentício à base de clínquer finamente micronizado com diâmetro médio de partículas menor que 6 µm, resultando uma finura em torno de 5 vezes menor do que a de um cimento comum, o que lhe confere alta injetabilidade, excelente reologia de calda quando em estado fresco, alta aderência química, maior formação de gel e cristais de hidratação, e maior embricamento dos micros grãos.

Figura 1. Microscopia eletrônica do microcimento
Entretanto, todo material de granulometria reduzida (produzido com partículas ultrafinas) tem uma forte tendência à interação de partículas o que implica numa maior atração eletrostática das mesmas. Desta maneira, para o preparo de uma calda coloidal de microcimento, se faz necessário a utilização de aditivos dispersantes produzidos exclusivamente para serem utilizados com microcimento e o emprego de um misturador coloidal para romper mecanicamente a força de interação que age sobre as partículas do microcimento. A figuras 2 e 3 mostram com detalhes este tipo de equipamento.

Figura 2. Unidade móvel de injeção e mistura coloidal

Figura 3. Central coloidal de alta pressão


Manutenção e reabilitação de pisos com microcimento
A reabilitação propriamente dita precede de um estudo detalhado da causa do problema, sua correção prévia e por fim a correção com o emprego do microcimento. Como podemos utilizar esta tecnologia em uma série de patologias (reservando entretanto as limitações que deverão ser estudadas isoladamente), vamos salientar algumas como empenamento, recalques diferenciais, empoeiramento superficial, fissuras, delaminação e desgaste por abrasão.
Empenamento Excessivo

Uma patologia muito comum em pisos é o empenamento de placas ou distorção das bordas. Este fenômeno provocado pela variação de temperatura e/ou umidade entre a superfície exposta da placa de piso e seu dorso em contato com o subleito, associada ao seu índice de esbeltez traz muitos inconvenientes ao usuário. Não seria extremo dizer que todo piso empena em menor ou maior intensidade. O que ocorre na realidade é que dependendo da intensidade do empenamento, pode resultar em problemas sérios como perda de apoio com a base e conseqüente quebra dos cantos com um esforço atuante, movimentação das placas com o trânsito de veículos, mau funcionamento das juntas, além do desnivelamento do piso.
A reabilitação de um piso empenado com a utilização de microcimento pode ser considerada
simples e eficaz, uma vez que consiste no grauteamento do vazio causado pelo empenamento com calda de microcimento. O maior desafio neste caso é não alterar o modelo estrutural do piso, para isso é necessário que se conheça o que foi considerado no projeto quanto à aderência ou não da base para que, inadvertidamente se altere este comportamento. Outro ponto a ser considerado é a qualidade do grauteamento com a calda coloidal de microcimento e a garantia do perfeito calçamento da placa com a sub-base, o que pode ser observado pelas “janelas” de grauteamento durante a execução do trabalho, que são obturadores especiais cuidadosamente instalado em pontos estratégicos do piso que permite ao profissional acompanhar a evolução do grauteamento com calda de microcimento. A utilização da calda coloidal de microcimento se faz necessária por ser totalmente estável em termos volumétricos e compressivos, preenchendo todos os vazios de forma uniforme e eficaz, resultante de seu alto grau de injetabilidade. Caso necessite uma regularização superficial, esta deve ser realizada após a injeção da calda coloidal de microcimento, com auxílio de fresas e lixadeiras mecânicas, corrigindo-se a superfície com Microcapa* ou micropintura* posteriormente, se houver necessidade.



Figura 4. Placa de piso empenada
Figura 5. Injeção de calda coloidal de microcimento em empenamento
Figura 6. Injeção com janelas de grauteamento ao fundo
Figura 4. Placa de piso empenada
Figura 5. Injeção de calda coloidal de microcimento em empenamento
Figura 6. Injeção com janelas de grauteamento ao fundo
Recalque de fundação

De acordo com Rodrigues et all, um piso industrial transmite esforços ao solo de maneira que se faz necessário ter o conhecimento da camada superficial do solo. Entretanto, isso nem sempre é considerado, uma vez que os solos são constituídos por um conjunto de partículas que retêm ar e água nos espaços intermediários. Estas partículas estão livres para movimentar entre si e isso pode ocorrer imediatamente (solo previamente preparado), mas em geral ocorre ao longo do tempo, uma vez que ao aplicar-se uma pressão ao solo (peso próprio do piso acrescido de cargas acidentais e permanentes), ocorre uma variação do volume por redução dos vazios em maior ou menor intensidade em função das condições deste solo (umidade, compacidade, etc), resultando em recalque ou afundamento. Dependendo da velocidade desta ocorrência, o resultado são patologias sérias no piso, como desnivelamento de placas, afundamento de piso, movimentação de placas, esborcinamento e quebra de juntas e degraus acentuados. Neste caso, a injeção de calda coloidal de microcimento pode restabelecer a estrutura piso-subleito quando injetado na interface destas camadas ou até mesmo reforçar o solo quando injetado nos vazios existentes, no caso de solos colapsíveis, arenosos e não coesivos. Esta tecnologia pode devolver a capacidade de suporte do solo ao piso sem a necessidade de remoção e quebra da placa, alem de também restabelecer o nivelamento do piso através da injeção fazendo o mesmo retornar ao nivelamento de projeto.

Figura 7. Injeção para correção de recalque diferencial
Figura 8. Injeção para calçamento de piso
Figura 9. Detalhe de um piso com recalque de fundação
Figura 10. Controle de nivelamento do piso, por injeção
Figura 11. Piso após nivelamento por injeção
Figura 12. Ensaio de controle de fluidez da calda, em campo
Desgaste por abrasão / Empoeiramento / Delaminação

Segundo Chodounsky & Viecili, o desgaste acentuado da superfície do piso, com a formação de pó e o aparecimento de buracos pode gerar diversos problemas ao usuário final que vão desde o desconforto estético até problemas de utilização, limpeza, higiene, etc. Estes tipos de patologia podem ser originados por diversos fatores tais como, dosagem inadequada do concreto, deficiência de cura, problemas executivos, utilização inadequada etc.
A reabilitação desta patologia com a utilização da tecnologia Microinjet, consiste na aplicação da micropintura a base de microcimento. A micropintura é uma calda coloidal de microcimento preparada com resinas especiais e, eventualmente alguma adição de componentes minerais visando buscar desempenho adequado à solicitação. Este compósito atinge resistência mecânica de até 80 MPa aos 28 dias de idade, conferindo, desta maneira um bom desempenho a abrasão, uma vez que estudos mostram certa proporcionalidade entre as resistências a compressão e abrasão.
A aplicação da micropintura pode preceder de um preparo prévio do piso visando a remoção da camada superficial mais comprometida até buscar uma camada mais estável quanto a abrasão.

Figura 13. Poeira levantada ao varrer piso
Figura 14. Piso com acentuado desgaste e empoeiramento
Figura 15. Início do preparo do piso com lixamento
Figura 16. Início da aplicação da Miicropintura
Figura 17. micropintura recém aplicada
Figura 18. micropintura em serviço, após 1 semana
Quando o problema de abrasão é mais acentuado com o surgimento do agregado graúdo, desprendimento de concreto e desconforto acentuado de rolamento, é sinal que o piso tem um acentuado grau de desgaste que pode ter sido provocado por solicitação excessiva de pneus, rodas maciças, arraste de ferramentas ou equipamentos, impactos ou qualquer dispositivo capaz de provocar severos ataques por abrasão.
Outro fator relevante para o surgimento desta patologia pode ser a dosagem inadequada do concreto, uma vez que a resistência à compressão tem correspondência com a resistência à abrasão, o concreto para execução de um piso deve ter uma resistência a compressão compatível com a solicitação deste piso.
Quando um piso atinge acentuado dano por abrasão, sua recuperação pode ser um pouco dificultada, chegando até mesmo ao extremo de se quebrar toda a placa e ser refeita com uma nova concretagem, uma vez que uma nova camada de concreto pode implicar em diferença de nível do piso antigo com o recuperado.
Outra patologia que não é rara e traz muito desconforto aos usuários é a delaminação, que é o desplacamento superficial de uma pequena área do piso provocada por um selamento prematuro da camada superficial em virtude de um diferencial de pega ou endurecimento, dificultando a fuga da água de exsudação e eventual ar aprisionado sob a superfície do concreto, fazendo com que estes componentes exerçam uma pressão sob a superfície ,soltando uma pequena camada do piso, resultando áreas desplacadas de tamanhos variados. Este tipo de patologia também tem um certo grau de dificuldade para ser reparada, entretanto a solução proposta pelo Sistema Microinjet para consertar tanto a delaminação quanto a abrasão mais acentuada, é a aplicação da Microcapa, que é um compósito a base de microcimento, adições minerais controladas granulométricamente, aditivos e resinas especiais. Este produto que depois de aplicado tem espessura entre 3 e 7 mm, pode recompor a camada superficial do piso de maneira a voltar aos aspectos de projeto em termos de superfície de rolamento e capacidade de resistir aos agentes agressivos.
Obviamente, em função da natureza das patologias potencialmente tratáveis com a Microcapa, se faz necessário um tratamento prévio do piso geralmente com o emprego de fresas e discos diamantados visando nivelar o piso total ou parcialmente, uma vez que a microcapa tem capacidade de preencher a variação volumétrica provocada por esta aplicação.

Figura 19. Delaminação

Figura 20. Desgaste acentuado no piso

Figura 21. Preparo inicial com fresamento e lixamento

Figura 22. Preparo da microcapa com misturador coloidal

Figura 23. Aplicação da microcapa

Figura 24. Microcapa recém aplicada, em serviço

Fissuras
De acordo com Chodounsky & Viecili, fissuras em pisos e pavimentos normalmente estão relacionadas a recalques de fundação, erros de projeto, execução inadequada, falha de materiais, mau uso, além das fissuras por retração plásticas, hidráulica e autógena.
Fissuras estruturais podem comprometer o desempenho do piso e devem ser estudadas criteriosamente para propor qualquer tipo de intervenção. Recuperação de um piso com fissuras não é tarefa fácil, pois é necessária uma análise criteriosa do motivo da formação desta patologia para poder realizar um projeto de reparo. Fissuras estáticas são mais fáceis de serem reparadas com o Sistema Microinjet, podendo ser realizado uma injeção e calda coloidal de microcimento com auxílio de bomba de injeção adequada e obturadores especiais que podem ser de superfície ou de cravação, dependendo do tipo de piso e fissura a ser recuperada.
Quando a fissura é de natureza estrutural (por perda de capacidade de suporte de fundação, por exemplo) ou é provocada por algum impedimento de trabalho das juntas, se faz necessária uma recomposição da capacidade portante do piso e tratamento das juntas de maneira a fazer que as mesmas voltem a trabalhar antes de qualquer ação direta com as fissuras. Uma vez resolvida a causa das fissuras, sua recuperação eventualmente pode vir associada a utilização da tecnologia “cross-stitch” aliado a tecnologia Microinjet, ou seja, pode ser necessário promover a costura do piso com inserções de barras de aço devidamente dimensionadas e posicionadas a um ângulo distinto sendo as mesmas “coladas” com calda de microcimento. Após este processo, procede-se a injeção da calda coloidal de microcimento nas fissuras propriamente dita para recomposição total da placa de piso.

Figura 25. Fissura preparada para ser injetada

Figura 26. Preparo para injeção associada ao "cross-stitch"
Esta associação de tecnologia só deve ser utilizada após um criterioso detalhamento e diagnóstico da patologia, uma vez que na maioria dos casos a injeção de calda de microcimento simplesmente é necessária para a recomposição do piso. É importante salientar que fissuras ativas e dinâmicas não devem ser tratadas com material com rigidez elevada. A calda coloidal de microcimento apesar de ter um módulo de deformação muito semelhante ao concreto dos pisos, é considerado rígido após sua cura. Entretanto, quando a fissura seguramente não apresenta movimentação, sua reabilitação com a injeção criteriosa da calda coloidal de microcimento pode devolver a monoliticidade ao piso em termos de desempenho mecânico, além da correção arquitetônica.
A figura 27 ilustra uma fissura sendo tratada através da injeção da calda coloidal de microcimento, e a figura 28 mostra uma extração de corpo de prova sobre esta mesma fissura, após 7 dias passado este tratamento seno o corpo de prova extraído detalhado na figura 29. Este corpo de prova, quando submetido em ensaio de compressão apresentou uma resistência mecânica equivalente a 99% do valor de referência do pavimento, ou seja, o valor de resistência a compressão do corpo de prova extraído do piso íntegro e o valor da resistência do corpo de prova extraído sobre a fissura tratada foram praticamente os mesmos. Esta verificação ratifica a eficiência da injeção da calda coloidal de microcimento no tratamento de fissuras estáticas.

Figura 27. Injeção em fissura de piso

Figura 28. Extração de corpo de prova sobre fissura injetada

Figura 29. Corpo de prova extraído sobre fissura
Análise e considerações
A tecnologia Microinjet disponível no mercado nacional a partir de meados de 2005, é na realidade uma ferramenta muito interessante para tratamento de patologias mais comuns encontradas nos pisos industriais e pavimentos rodoviários de uma maneira geral. O que diferencia esta tecnologia é sua grande versatilidade de soluções oferecidas, uma vez que não se apresenta como um “pacote pronto” previamente dosado. Esta tecnologia permite o dimensionamento ou dosagem de solução muito personalizada a cada situação, ou seja, esta tecnologia permite dimensionar a solução, dosagem de calda, dosagem dos componentes minerais, enfim, todos os compostos para elaboração de uma solução tecnológica mais adequada à necessidade do cliente, sendo que na grande maioria dos casos a solução em termos de tipo e propriedade de uma calda, por exemplo, é totalmente diferente para duas aplicações aparentemente semelhante.

Figura 30. Medição da abertura de fissura com o fissurômetro
Outro fator relevante quando se considera uma solução ou alternativa tecnológica para uma reabilitação de estrutura é o custo envolvido nesta operação. Tem de se considerar todos os fatores envolvidos, como tempo gasto para o reparo, mobilização, interferência com o entorno, prazo de liberação, dentre outros. A tecnologia apresentada oferece na maioria dos casos uma solução rápida, economicamente viável e com prazo de liberação da estrutura envolvida muito curto, propiciando o mínimo transtorno e movimentação para o cliente.
José Vanderlei de Abreu
Engenheiro Civil e Mestre em Engenharia
José Vanderlei de Abreu
Engenheiro Civil e Mestre em Engenharia
Fonte: http://www.pisosindustriais.com.br/materias/noticia.asp?ID=165

TRATAMENTO DE TRINCAS E FISSURAS


Materiais necessários:
1) ADITIVO ACRÍLICO HEMISFERIO 1144
2) Cimento cola flexível / cor branca (qualquer marca – 1ª linha);
3) Tela de poliéster (tipo véu);
4) Broxa, espátula e pincel de 2”.
5) Fita adesiva, do tipo fechamento de caixas
fissura
Procedimento de aplicação:
1º passo: Descascar a parede no local da trinca, com largura de 10 cm para cada lado da trinca/fissura;

2º passo: Abertura da trinca em cunha, tipo “V” com uma profundidade de
aproximadamente 5mm;

3º passo: Limpeza do local com pincel seco e aplicação de 1 (uma) camada de primer, constituído de 1 parte de HEMISFERIO 1144 com diluição de 1:1 (1144:água), para aderência do sistema.

4º passo: Colagem de tira de fita adesiva, do tipo fechamento de caixa, ocupando todo o espaço da fissura e mais alguma sobra lateral. Sobre a fita, aplicar novamente o primer.

5º passo: Efetuar uma mistura de 1144 (sem diluição) + cimento cola, até formar uma massa homogênea, com uma aparência pastosa. A aplicação será executada com espátula, por esse motivo a mistura não pode ser muito líquida. Essa mistura, para efeito de cálculo, é algo em torno de 1:2 (resina : cimento colante). Preencher toda a trinca/fissura que foi aberta em “V” deixando faceada com a massa de revestimento reboco;

6º passo: Cortar a tela na largura da trinca / fissura com 10 cm para cada lado, aplicar uma camada de 1144 diluído na proporção de 1:1 (1144+água), para fixação da tela;

7º passo: Deixar secar 12 horas após o 5º passo;

8º passo: Aplicar uma camada de massa corrida sobre a tela de poliéster, alisando com desempenadeira até ficar no nível da parede. Aplicar a massa adequada para a área interna (PVA ou acrílica) ou externa (somente acrílica)

9º passo: Aguarde a secagem e então lixe normalmente e efetue a pintura adequada.
Fonte; Clube dos Engenheiros
 
www.hemisferioonline.com

segunda-feira, 2 de março de 2015

Calculistas x Concreteiras

Debate sobre cimento, calculo de concreto, concreteiras
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Prezados Calculistas,
Tendo transcorrido uma semana de minha primeira intervenção em um assunto de fundamental importância para todo o meio tecnico envolvido com a produção de estruturas de concreto, e após as colocações dos

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Uma breve visão sobre geossintéticos aplicados a aterros sanitários

A produção de resíduos sólidos urbanos tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, dificultando o seu armazenamento e disposição. Os aterros sanitários têm se mostrado a forma mais eficiente e mais utilizada mesmo
em países mais desenvolvidos. No caso específico do Brasil, essa solução é a mais adequada do ponto de vista técnico e econômico. Dados estatísticos revelam que cerca de 76% do lixo urbano gerado é disposto a céu aberto e apenas 24% recebem disposição adequada (IPT, 1995)

domingo, 19 de outubro de 2014

Aditivos para concreto - Superplastificante

superplastificante  
REOBETON 1000
O que é?
Aditivo superplastificante acelerador de pega para concreto, é um aditivo líquido,
pronto para o uso,superplastificante e acelerador, isento de cloretos e atende aos
requisitos de desempenho da norma EB 1763 (Tipo P).Compatível com todos os tipos de cimento.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Argamassa polimérica e resina termoplastica

duplas de sucesso
Duplas de sucesso! existem muitas Batman e Robim, Tico e Teco, Pink e Cerebro, Tom e Jerry, mas na impermeabilização também temos duplas que são perfeitas, sistemas de impermeabilização que funcionam formando um só, estou falando do Denvertec 100 e DENVERTEC 540, argamassa polimérica e resina termoplastica.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

IMPERMEABILIZAÇÃO E SUPERVISÃO NO CANTEIRO DE OBRAS


1. INTRODUÇÃO
Ao falarmos de grandes empreendimentos estruturais lembramos da Engenharia Civil que era considerada toda aquela que não fosse de cunho militar, com o passar dos anos esse conceito mudou e a engenharia civil se subdividiu formando outras engenharias, tais como: engenharia elétrica, hidráulica, naval, etc. Esse conceito foi alterado e hoje é vista como o ramo da engenharia que projeta e executa obras como edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens e etc.Por esse motivo é importante o estagio supervisionado, em trazer experiência para o futuro Engenheiro e amadurecimento do mesmo no ambiente de atuação.

IESPLAN - TRABALHO DE QUIMICA

Trabalho sobre a impermeabilização na construção civil..


O Filme Alvenaria Estrutural - Uma Visão do Sistema é uma ferramenta introdutória do Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural. Neste material você poderá visualizar as vantagens do Sistema de Construção.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Impermeabilização e sustentabilidade


Por Adilson Munin*


Sustentabilidade: tema que atinge neste momento uma fase onde o assunto deixa ser um modismo

domingo, 25 de maio de 2014

“MOÇO ESSA MANTA PRESTA?”

Taí uma pergunta que eu não gosto de ouvir, da logo vontade de dizer que se não prestasse eu nem vendia, mas como o cliente não é obrigado a conhecer todo tipo de material muito menos manta asfáltica, afinal realmente existem vários tipos para varias funções, resta saber qual serve pra que?


Então vamos lá, aqui em Manaus o top de linha e usar manta asfáltica poliéster 3mm porque os aplicadores dificilmente sabem indicar outra coisa, e a manta mais apropriada para maioria das lajes expostas a ação do tempo, uma cliente chegou pra mim e queria aplicar em seu banheiro de 6m2 a manta poliéster 3mm, até aí tudo bem se ela funciona pra lajes de 2000m2 porque não iria resolver num banheirinho de 2x3, mas o problema e que meu estoque já tinha acabado então eu sugeri pra ela a manta asfáltica com fibra de vidro (glass) que o resultado seria o mesmo e aquele tipo de manta atenderia perfeitamente as necessidades dela, não teve jeito ela não levou a manta porque seu aplicador queria somente se fosse poliéster e ainda achou que eu estava vendendo gato por lebre.

Deixa eu apresentar pra vocês as mantas asfálticas e suas funções

MANTA ASFÁLTICA POLIÉSTER 3MM pode ser aplicada em varandas e terraços, lajes maciças, lajes sob telhados, calhas,vigas calhas, espelhos d'água, pisos internos de casa de máquinas, de laboratórios ou de hospitais, cortinas em contato com o solo,etc

MANTA ASFÁLTICA 3MM GLASS (OU FIBRA DE VIDRO) OU DE POLIETILENO podem ser aplicadas em áreas frias tais como banheiros, lavabos, cozinhas, áreas de serviço, sob telhados, pisos de barriletes, barreiras de vapor em sistemas de isolação térmica, pisos de concreto em contato com o solo, vigas baldrames e até em pequenas lajes alguns especialistas citam resistência até 50m2 dependendo da estrutura a ser impermeabilizada.

MANTA ASFÁLTICA ALUMÍNIO POLIÉSTER essa é um pouco diferente das outras, enquanto as mantas comuns necessitam de proteção mecânica ou seja um contra piso está já esta protegida com uma película tendo como acabamento na face exposta uma lâmina de alumínio natural ou colorido altamente resistente ao ozônio, formando uma superfície refletiva aos raios solares que garante a longevidade da manta asfáltica e amenizando a temperatura principalmente se aplicada em telhados, são auto-protegidas, pode ser aplicado também em coberturas não transitáveis,. É o sistema ideal para impermeabilização de coberturas com inclinações, tais como: sheeds, cúpulas, abóbadas, vigas de diferentes formatos etc.Utilizada como elemento de tratamento de juntas de telhas pré-moldadas, impermeabilização de marquises, beirais, lajes de coberturas sem trânsito, telhas préfabricadas onduladas ou trapezoidais,cozinhas industriais, etc.

Sem falar ainda das MANTAS DE 4MM DE POLIÉSTER usadas em caixas dágua estacionamentos, lajes térreas , lajes de cobertura, play-ground, , coberturas inclinadas,, espelhos d'água suspensos ou apoiados no solo, coberturas industriais e rampas,etc..

Essas são as principais usadas no mercado, ou seja não existe manta que “não presta” ninguém vai perder seu tempo fabricando algo que não funciona, o que existe e uma manta para cada função, aplicada em seu devido lugar, isso ate favorece ao cliente pois também existe variação de preço e nosso dever como consultores, técnico, engenheiros, aplicadores em fim quem e do ramo orientar o cliente para que ele use o material correto sem aumentar seu custo.


02-04-09

sexta-feira, 14 de março de 2014

LAJES NERVURADAS

ESTRUTURAS DE CONCRETO – CAPÍTULO 17
Libânio M. Pinheiro, Julio A. Razente
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1. INTRODUÇÃO
Uma laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se cruzam,
solidarizadas pela mesa. Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário
entre o de laje maciça e o de grelha.
Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com
nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as
quais pode ser colocado material inerte."


 
As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das
formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente, na maioria dos
casos. Surgem, como uma das alternativas, as lajes nervuradas (ver figura 17.1).
Figura 17.1 – Laje nervurada bidirecional (FRANCA & FUSCO, 1997)
Resultantes da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, elas propiciam uma
redução no peso próprio e um melhor aproveitamento do aço e do concreto. A
resistência à tração é concentrada nas nervuras, e os materiais de enchimento têm
como função única substituir o concreto, sem colaborar na resistência.
image 
Essas reduções propiciam uma economia de materiais, de mão-de-obra e de
fôrmas, aumentando assim a viabilidade do sistema construtivo. Além disso, o
emprego de lajes nervuradas simplifica a execução e permite a industrialização, com
redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção.
2. FUNÇÕES ESTRUTURAIS DAS LAJES
As lajes recebem as ações verticais, perpendiculares à superfície média, e as
transmitem para os apoios. Essa situação confere à laje o comportamento de placa.
Outra função das lajes é atuar como diafragmas horizontais rígidos, distribuindo as
ações horizontais entre os diversos pilares da estrutura. Nessas circunstâncias, a
laje sofre ações ao longo de seu plano, comportando-se como chapa.
Conclui-se, portanto, que as lajes têm dupla função estrutural: de placa e de chapa.
O comportamento de chapa é fundamental para a estabilidade global da estrutura,
principalmente nos edifícios altos. É através das lajes que os pilares contraventados
se apóiam nos elementos de contraventamento, garantindo a segurança da estrutura
em relação às ações laterais.
Embora o arranjo de armaduras, em geral, seja determinado em função dos esforços
de flexão relativos ao comportamento de placa, a simples desconsideração de
outros esforços pode ser equivocada. Uma análise do efeito de chapa se faz
necessária, principalmente em lajes constituídas por elementos pré-moldados. Na
figura 17.2, é mostrado um exemplo de transferência de forças e de tensões em laje
formada por painéis pré-moldados, comportando-se como diafragma.
3. CARACTERÍSTICAS DAS LAJES NERVURADAS
Serão considerados os tipos de lajes nervuradas, a presença de capitéis e de vigasfaixa
e os materiais de enchimento.
image 
Figura 17.2 – Comportamento de laje como diafragma (EL DEBS, 2000)
3.1. Tipos de Lajes Nervuradas
As lajes nervuradas podem ser moldadas no local ou podem ser executadas com
nervuras pré-moldadas.
a) Laje moldada no local
Todas as etapas de execução são realizadas "in loco". Portanto, é necessário o uso
de fôrmas e de escoramentos, além do material de enchimento. Pode-se utilizar
fôrmas para substituir os materiais inertes. Essas fôrmas já são encontradas em
polipropileno ou em metal, com dimensões moduladas, sendo necessário utilizar
desmoldantes iguais aos empregados nas lajes maciças (Figura 17.3).
b) Laje com nervuras pré-moldadas
Nessa alternativa, as nervuras são compostas de vigotas pré-moldadas, que
dispensam o uso do tabuleiro da fôrma tradicional. Essas vigotas são capazes de
suportar seu peso próprio e as ações de construção, necessitando apenas de
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Lajes nervuradas
image
17.4
cimbramentos intermediários. Além das vigotas, essas lajes são constituídas de
elementos de enchimento, que são colocados sobre os elementos pré-moldados, e
também de concreto moldado no local. Há três tipos de vigotas (Figura 17.4).
Figura 17.3 – Laje nervurada moldada no local
Figura 17.4 – Vigotas pré-moldadas (FRANCA & FUSCO,1997)
3.2. Lajes Nervuradas com Capitéis e com Vigas-faixa
Em regiões de apoio, tem-se uma concentração de tensões transversais, podendo
ocorrer ruína por punção ou por cisalhamento. Por serem mais frágeis, esses tipos
de ruína devem ser evitados, garantindo-se que a ruína, caso ocorra, seja por flexão.
Além disso, de acordo com o esquema estático adotado, pode ser que apareçam
esforços solicitantes elevados, que necessitem de uma estrutura mais robusta.
Concreto armado Concreto protendido Vigota treliçada
Nesses casos, entre as alternativas possíveis, pode-se adotar (Figura 17.5):
• região maciça em volta do pilar, formando um capitel;
• faixas maciças em uma ou em duas direções, constituindo vigas-faixa.
Figura 17.5 – Capitel e viga-faixa
3.3 Materiais de enchimento
Como foi visto, a principal característica das lajes nervuradas é a diminuição da
quantidade de concreto, na região tracionada, podendo-se usar um material de
enchimento. Além de reduzir o consumo de concreto, há um alívio do peso próprio.
Portanto, o material de enchimento deve ser o mais leve possível, mas com
resistência suficiente para suportar as operações de execução. Deve-se ressaltar
que a resistência do material de enchimento não é considerada no cálculo da laje.
Podem ser utilizados vários tipos de materiais de enchimento, entre os quais: blocos
cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS (poliestireno expandido),
também conhecido como isopor. Esses blocos podem ser substituídos por vazios,
obtidos com fôrmas constituídas por caixotes reaproveitáveis.
17.6
a) Blocos cerâmicos ou de concreto
Em geral, esses blocos são usados nas lajes com vigotas pré-moldadas (Figura
17.6), devido à facilidade de execução. Eles são melhores isolantes térmicos do que
o concreto maciço. Uma de suas restrições é o peso específico elevado, para um
simples material de enchimento.
Figura 17.6 – Lajes com vigotas pré-moldadas (PEREIRA, 2001)
b) Blocos de EPS
Os blocos de EPS vêm ganhando espaço na execução de lajes nervuradas, sendo
utilizados principalmente junto com as vigotas treliçadas pré-moldadas (Figura 17.7).
As principais características desses blocos são:
• Permite execução de teto plano;
• Facilidade de corte com fio quente ou com serra;
• Resiste bem às operações de montagem das armaduras e de concretagem,
com vedação eficiente;
• Coeficiente de absorção muito baixo, o que favorece a cura do concreto
moldado no local;
• Baixo módulo de elasticidade, permitindo uma adequada distribuição das
cargas;
• Isolante termo-acústico.
c) Caixotes reaproveitáveis
A maioria dessas formas é de polipropileno ou de metal. Sua principal vantagem são
os vazios que resultam, diminuindo o peso próprio da laje (ver figura 17.5).
17.7
Após a execução, para retirar os caixotes, pode-se injetar ar comprimido. O número
de reutilizações dessas formas pode ultrapassar cem vezes.
As fôrmas reaproveitáveis dispensam o uso do tabuleiro tradicional, que pode ser
substituído por pranchas colocadas apenas na região das nervuras. As vigotas prémoldadas
substituem com vantagens essas pranchas, simplificando a execução.
Figura 17.7 – Blocos de EPS com vigotas treliçadas (FRANCA & FUSCO, 1997)
4. CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
A prática usual consiste em adotar painéis com vãos maiores que os das lajes
maciças, apoiados em vigas mais rígidas que as nervuras.
Apresentam-se a seguir as dimensões limites, segundo a NBR 6118: 2003, item
13.2.4.2. A vinculação será definida com base na resistência do concreto à
compressão.
image 
17.8
4.1 Dimensões mínimas
As prescrições quanto às dimensões mínimas da mesa e das nervuras são
indicadas na Figura 17.8.
a) Espessura da mesa
Quando não houver tubulações horizontais embutidas, a espessura da mesa deve
ser maior ou igual a 1/15 da distância entre nervuras e não menor que 3 cm;
A espessura da mesa deve ser maior ou igual a 4cm, quando existirem tubulações
embutidas de diâmetro máximo 12,5mm.
b) Largura das nervuras
A largura das nervuras não deve ser inferior a 5cm;
Se houver armaduras de compressão, a largura das nervuras não deve ser inferior a
8cm.
4.2 Critérios de projeto
Os critérios de projeto dependem do espaçamento e entre os eixos das nervuras.
Para e ≤ 65cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa e, para a
verificação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se a consideração dos
critérios de laje;
Para e entre 65 e 110cm, exige-se a verificação da flexão da mesa e as nervuras
devem ser verificadas ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação
como laje se o espaçamento entre eixos de nervuras for até 90cm e a largura média
das nervuras for maior que 12cm;
Para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos maior que 110cm, a mesa deve
ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus
limites mínimos de espessura.
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Lajes nervuradas
image
17.9
Figura 17.8 – Seção típica e dimensões mínimas
4.3 Vinculação
Para as lajes nervuradas, procura-se evitar engastes e balanços, visto que, nesses
casos, têm-se esforços de compressão na face inferior, região em que a área de
concreto é reduzida. Nos casos em que o engastamento for necessário, duas
providências são possíveis:
• limitar o momento fletor ao valor correspondente à resistência da nervura à
compressão;
• utilizar mesa na parte inferior (Figura 17.9), situação conhecida como laje
dupla, ou região maciça de dimensão adequada.
5. AÇÕES E ESFORÇOS SOLICITANTES
As ações devem ser calculadas de acordo com a NBR 6120:1980 – Cargas para o
cálculo de estruturas de edificações.
A laje nervurada pode ser tratada como placa em regime elástico. Assim, o cálculo
dos esforços solicitantes em nada difere daquele realizado para lajes maciças.
Para cálculo dos momentos fletores e das reações de apoio, podem ser utilizadas as
tabelas de PINHEIRO (1993). Para obter os esforços nas nervuras, conhecidos os
esforços por unidade de largura, basta multiplicar esse valor pela distância entre
eixos das nervuras.
17.10
Figura 17.9 – Diagrama de momentos para lajes nervuradas contínuas (engastadas)
Vale lembrar que, em lajes nervuradas de grandes dimensões em planta e
submetidas a cargas concentradas elevadas, o cálculo deve considerar a posição
dessas cargas, a localização e a rigidez das nervuras, as condições de apoio das
lajes, a posição dos pilares e a deformabilidade das vigas de sustentação. Para isso
podem ser utilizados programas computacionais adequados.
6. VERIFICAÇÕES
Podem ser necessárias as seguintes verificações: flexão nas nervuras, cisalhamento
nas nervuras, flexão na mesa, cisalhamento na mesa e flecha da laje.
6.1. Flexão nas nervuras
Obtidos os momentos fletores por nervura, o cálculo da armadura necessária deve
ter em vista:
17.11
• No caso de mesa comprimida, que é o usual, a seção a ser considerada é
uma seção T. Em geral a linha neutra encontra-se na mesa, e a seção
comporta-se como retangular com seção resistente bf.h;
• No caso de mesa tracionada, quando não se tem laje dupla, a seção
resistente é retangular bw.h (ver nomenclatura na figura 17.8).
Vale lembrar que outros aspectos devem ser considerados: ancoragens nos apoios,
deslocamentos dos diagramas, armaduras mínimas, fissuração etc.
No item 17.3.5.2.1 da NBR 6118:2003, as taxas mínimas de armadura variam em
função da forma da seção e do fck do concreto (Tabela 17.1).
Nas seções tipo T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela
alma acrescida da mesa colaborante.
Tabela 17.1 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas (Tabela 17.3 da
NBR 6118:2003)
* Os valores de ρmín estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50,
γc = 1,4 e γs = 1,15. Caso esses fatores sejam diferentes, ρmín deve ser recalculado com
base no valor de ωmín dado.
6.2. Cisalhamento nas nervuras
De acordo com a NBR 6118:2003, itens 13.2.4.2 e 17.4.1.1.2-b, a verificação do
cisalhamento nas nervuras depende da distância entre elas:
20 25 30 35 40 45 50
0,035 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
0,024 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
0,031 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255
0,070 0,230 0,288 0,345 0,403 0,518 0,518 0,575
Forma da seção
Valores de ρmin* % (As,min/Ac)
fck ω
Retangular
T (mesa comprimida)
T (mesa tracionada)
Circular
17.12
a) Distância entre eixos das nervuras menor ou igual a 65cm
Para lajes com espaçamento entre eixos menor ou igual a 65cm, para a verificação
do cisalhamento da região das nervuras, permite-se considerar os critérios de laje.
A verificação da necessidade de armadura transversal nas lajes é dada pelo item
19.4.1 da NBR 6118:2003. As lajes podem prescindir de armadura transversal para
resistir aos esforços de tração oriundos da força cortante, quando a força cortante de
cálculo obedecer à expressão:
Vsd ≤ VRd1
A resistência de projeto ao cisalhamento, para lajes sem protensão, é dada por:
VRd1 Rd k (1,2 40 1) bw d = τ + ρ
τRd = 0,25 fctd
fctd = fctk,inf / γc
b d
A
w
s1
1 ρ = , não maior que |0,02 |
k é um coeficiente que tem os seguintes valores:
• para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio:
k = |1| ;
• para os demais casos: k = |1,6 − d |, não menor que |1|, com d em metros.
fctd é a resistência de cálculo do concreto ao cisalhamento;
As1 é a área da armadura de tração que se estende até não menos que
d + lb,nec além da seção considerada, com lb,nec definido em 9.4.2.5 e figura
19.1 (NBR 6118:2003);
bw é a largura mínima da seção ao longo da altura útil d.
USP – EESC – Departamento de Engenharia de Estruturas Lajes nervuradas
17.13
De acordo com o item 8.2.5 da NBR 6118:2003:
f 0,7 f 0,7 0,3 f 0,21f (em MPa) 2 / 3
ck
2/3
ck,inf ct,m ck = = ⋅ =
Resulta:
0,0525 f (em MPa) 2 / 3
Rd ck τ =
Em caso de necessidade de armadura transversal, ou seja, quando não se verifica a
condição estabelecida no início deste item, aplicam-se os critérios estabelecidos nos
itens 17.4.2 e 19.4.2 NBR 6118: 2003.
b) Distância entre eixos das nervuras de 65cm até 90cm
A verificação de cisalhamento pode ser como lajes, da maneira indicada no item
anterior, se a largura média das nervuras for maior que 12cm (NBR 6118:2003, item
13.2.4.2-b).
c) Distância entre eixos das nervuras entre 65cm e 110cm
Para lajes com espaçamento entre eixos das nervuras entre 65cm e 110cm, as
nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento como vigas. Deve ser colocada
armadura perpendicular à nervura, na mesa, por toda a sua largura útil, com área
mínima de 1,5cm2/m.
Como foi visto no item anterior, ainda se permite a consideração de laje se o
espaçamento entre eixos de nervuras for até 90cm e a espessura média das
nervuras for maior que 12cm.
6.3 Flexão na mesa
Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 e 110cm, exige-se a
verificação da flexão da mesa (NBR 6118:2003, item 13.2.4.2-b). Essa verificação
também deve ser feita se existirem cargas concentradas entre nervuras.
17.14
A mesa pode ser considerada como um painel de lajes maciças contínuas apoiadas
nas nervuras. Essa continuidade implica em momentos negativos nesses apoios,
devendo, portanto, ser disposta armadura para resistir a essa solicitação, além da
armadura positiva.
Outra possibilidade é considerar a mesa apoiada nas nervuras. Dessa forma, podem
ocorrer fissuras na ligação das mesas, sobre as nervuras.
6.4. Cisalhamento na mesa
O cisalhamento nos painéis é verificado utilizando-se os critérios de lajes maciças,
da mesma forma indicada no item 6.2-a deste texto.
Em geral, o cisalhamento somente terá importância na presença de cargas
concentradas de valor significativo. Recomenda-se, sempre que possível, que ações
concentradas atuem diretamente nas nervuras, de forma a evitar a necessidade de
armadura de cisalhamento na mesa.
6.5. Flecha
Na verificação da flecha em lajes, segundo a NBR 6118:2003, item 19.3.1, devem
ser usados os critérios estabelecidos no item 17.3.2 dessa Norma, considerando-se
a possibilidade de fissuração (estádio II).
O referido item 17.3.2 estabelece limites para flechas segundo a Tabela 13.2 da
Norma citada, levando-se em consideração combinações de ações conforme o item
11.8.3.1 dessa Norma.
O cálculo da flecha é feito utilizando-se processos analíticos estabelecidos pela
própria Norma (item 17.3.2), que divide o cálculo em duas parcelas: flecha imediata
e flecha diferida.
A determinação do valor de tais parcelas é apresentada a seguir e abordada pela
Norma, nos itens 17.3.2.1.1 e 17.3.2.1.2, respectivamente.
17.15
De acordo com o item 11.8.3.1 da NBR 6118:2003, as combinações de serviço
classificadas como quase permanentes são aquelas que podem atuar durante
grande parte do período de vida da estrutura e sua consideração pode ser
necessária na verificação do estado limite de deformações excessivas. A tabela 11.4
do item 11.8.3.2 da Norma traz a seguinte expressão para combinações quase
permanentes:
Fd,ser = Σ Fgi,k + Σ ψ2j Fqj,k
onde:
Fd,ser é o valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
Fgi,k são as ações devidas às cargas permanentes;
Fqj,k são as ações devidas às cargas variáveis;
ψ2j é o coeficiente dado na tabela 11.2 do item 11.7.1, cujos valores podem ser
adotados de acordo com os valores da Tabela 17.2 deste texto.
Tabela 17.2 – Valores do coeficiente ψ2
Tipos de ações ψ2
Cargas acidentais em edifícios residenciais 0,3
Cargas acidentais em edifícios comerciais 0,4
Cargas acidentais em bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,6
Pressão dinâmica do vento 0
Variações uniformes de temperatura 0,3
a) Flecha imediata
A parcela referente à flecha imediata, como o próprio nome já diz, refere-se ao
deslocamento imediatamente após a aplicação dos carregamentos, que pode ser
calculado com a utilização de tabelas, tais como as apresentadas em PINHEIRO
(1993), em função da vinculação das lajes.
17.16
Vale salientar que a Norma estabelece uma expressão para o cálculo da rigidez
equivalente, considerando-se a possibilidade da laje estar fissurada. Essa rigidez
equivalente é dada por:
c I : é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
II I : é o momento de inércia da seção fissurada (estádio II);
a M : é o momento fletor na seção crítica do vão considerado, momento máximo no
vão, para vigas biapoiadas ou contínuas, e momento no apoio para balanços,
para a combinação de ações considerada nessa avaliação;
r M : momento de fissuração, que deve ser reduzido à metade, no caso de barras
lisas;
cs E : módulo de elasticidade secante do concreto.
b) Flecha diferida
A parcela referente à flecha diferida, segundo a Norma, é decorrente das cargas de
longa duração, em função da fluência, e é calculada de maneira aproximada pela
multiplicação da flecha imediata pelo fator f α dado por:
As' é a área de armadura de compressão (em geral As'=0)
ξ é um coeficiente em função do tempo, calculado pela expressão seguinte ou
obtido diretamente na Tabela 17.3, extraída da mesma Norma.
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17.17
(t) 0,68.(0,996t).t0,32 para t 70 meses
(t) 2 para t > 70 meses
ξ = ≤
ξ =
t : é o tempo em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida;
0 t : é a idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa duração.
Portanto, a flecha total é obtida multiplicando-se a flecha imediata por ( ) f 1+ α .
Tabela 17.3 – Valores do coeficiente ξ em função do tempo
Tempo (t)
meses
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≤ 70
Coeficiente
ξ(t)
0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
c) Flecha Limite
Segundo a NBR 6118:2003, os deslocamentos limites são valores práticos utilizados
para verificação em serviço do estado limite de deformações. São classificados em
quatro grupos: aceitabilidade sensorial, efeitos específicos, efeitos em elementos
não estruturais e efeitos em elementos estruturais. Devem obedecer aos limites
estabelecidos pela tabela 18, do item 13.3 dessa Norma.
d) Contraflecha
Segundo a NBR 6118:2003 os deslocamentos excessivos podem ser parcialmente
compensados por contraflechas. No caso de se adotar contraflecha de valor ao, a
flecha total a ser verificada passa a ser:
atot – ao ≤ alim
A contraflecha ao pode ser adotada como um múltiplo de 0,5cm, com valor estimado
pela soma da flecha imediata com metade da flecha diferida, ou seja:
ao ≅ ai + (af /2)
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17.18

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