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sábado, 2 de setembro de 2017

Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto

NBR 5738
Origem: Projeto NBR 5738/1993
CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:301.03 - Comissão de Estudo de Ensaios Físicos para Concreto Fresco
NBR 5738 - Molding and curing of concrete cylindrical or prismatic test
specimens - Procedure
Descriptor: Concrete
Esta Norma substitui a NBR 5738/1984
Válida a partir de 30.05.1993
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para moldagem,desforma, preparação de topos, transporte e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto,destinados a ensaios para determinação das propriedadesintrínsecas desse material.

2 Documentos complementaresNa aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 5734 - Peneiras para ensaio com telas de tecido metálico - Especificação
NBR 5750 - Amostragem de concreto fresco – Método de ensaio
NBR 7211 - Agregados para concreto - Especificação
NBR 7223 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone - Método de ensaio
NBR 9479 - Câmaras úmidas para cura de corposde prova de cimento e concreto  Especificação
3 Definições Para os efeitos desta Norma é adotada a definição 3.1.
3.1 Dimensão básica dos corpos-de-prova (d)

Medida expressa em milímetros, utilizada como referênciapara os corpos-de-prov a, sendo empregadas a dimensão do diâmetro no caso de corpos-de-prova cilíndricos
e a dimensão da menor aresta para os corpos-de-prova prismáticos.
4 Condições gerais
4.1 Aparelhagem
4.1.1 Moldes
4.1.1.1 Devem ser confeccionados em aço ou outro material não absorvente e quimicamente inerte com os componentes constituintes do concreto.
4.1.1.2 Não devem sofrer deformações durante a moldagem dos corpos-de-prova.
4.1.1.3 Devem ter as superfícies internas lisas e sem defeitos.
4.1.1.4 Os moldes cilíndricos e os prismáticos devem possuir dispositivos de fixação às respectivas placas da base.
4.1.1.5 Devem atender às espessuras e tolerâncias fixadas na Tabela 1 e nas Figuras 1 e 2.
Nota: Moldes confeccionados em chapa metálica reforçada ou perfis estruturais podem ter espessuras diferentes das fixadas na Tabela 1, desde que sejam mantidas a rigidez
necessária ao molde e as tolerâncias especificadas nesta Norma.

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4.1.2 Equipamentos de adensamento
4.1.2.1 Haste de socamento Barra de aço, com 600 mm de comprimento e 16 mm de
diâmetro, com superfície lisa, seção transversal circular e extremidade de socamento semi-esférica, de acordo com a Figura 3.

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4.1.4 Gola
Dispositivo de aço ou outro material rígido e não corrosível, que deve ser acoplado ao molde e tem a finalidade de evitar que o concreto transborde dele, quando empregado
adensamento vibratório.
4.2 Preparação dos moldes
4.2.1 Deve ser feita vedação das juntas com mistura de cera virgem e óleo mineral para evitar vazamentos.
4.2.2 Após a montagem, os moldes devem ser untados internamente com uma fina camada de óleo mineral.
4.3 Amostragem
4.3.1 A amostra destinada à moldagem de corpos-deprova deve ser retirada de acordo com NBR 5750 e com o processo de produção do concreto utilizado.
4.3.2 Devem ser anotados:
a) data;
b) hora de adição da água de amassamento;
c) local de aplicação do concreto.
4.4 Local da moldagem
4.4.1 Os moldes devem ser colocados sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações.
4.4.2 Os corpos-de-prova devem ser moldados em local próximo àquele em que serão armazenados nas primeiras
24 h.
4.5 Moldagem dos corpos-de-prova
4.5.1 O concreto deve ser colocado no molde, com o emprego de concha, em camadas de alturas aproximadamente iguais, conforme a Tabela 2.

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Notas: a)A altura das camadas não deve exceder 100 mm, quando o adensamento for manual, e 200 mm, quando o adensamento for vibratório.
b) dados, aplicando-se 17 golpes para cada 10000 mm2 de área.

4.5.2 Antes do adensamento de cada camada, o concreto deve ser uniformemente distribuído dentro da fôrma.
4.5.3 A última camada deve sobrepassar ligeiramente o topo do molde, para facilitar o respaldo.
4.5.4 A moldagem dos corpos-de-prova não deve sofrer interrupções.
4.6 Processo de adensamento Deve ser compatível com a consistência do concreto, medida pelo abatimento do tronco de cone, conforme a NBR 7223 e de acordo com a Tabela 3. Após o adensamento do concreto, qualquer que seja o processo adotado,
a superfície do topo dos corpos-de-prova deve ser alisada com colher de pedreiro.

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4.7 Cura inicial ao ar Após a moldagem, os corpos-de-prova devem ser imediatamente
cobertos com material não reativo e não absorvente, com a finalidade de evitar a perda de água do concreto e protegê-lo da ação das intempéries.

5 Condições específicas
5.1 Dimensões dos corpos-de-prova
5.1.1 Cilíndricos
5.1.1.1 A dimensão básica escolhida deve ser: 100 mm, 150 mm, 250 mm ou 450 mm, de forma que obedeça à seguinte relação:
d ≥ 3D
Onde:
d = dimensão básica
D = dimensão máxima característica do agregado,
determinado conforme a NBR 7211.
5.1.1.2 Os corpos-de-prova cilíndricos devem ter diâmetro
igual a d e altura igual a 2d.
5.1.2 Prismáticos
Devem ter seção quadrada de aresta igual à dimensão básica d e comprimento igual ou superior a 3d + 50 mm, de forma que obedeçam à relação de 5.1.1.1. Nota: Os corpos-de-prova de dimensão básica igual a 150 mm podem ser usados, mesmo quando a dimensão máxima característica do agregado for superior a 38 mm, desde
que a amostra de concreto fresco seja passada previamente pela peneira com abertura de malha de 38 mm, de acordo com a NBR 5734. Nesse caso, devem ser correlacionados
os resultados dos ensaios de corpos-de-prova moldados com concreto peneirado e aqueles obtidos em ensaios de corpos-de-prova moldados com concreto integral. As dimensões dos corpos-de-prova de concreto integral devem obedecer às condições de
5.1.1 e 5.1.2.
5.2 Moldagem dos corpos-de-prova
5.2.1 Adensamento manual
5.2.1.1 No adensamento de cada camada devem ser aplicados golpes de socamento, uniformemente distribuídos em toda a seção transversal do molde, conforme Tabela
2.5.2.1.2 No adensamento de cada camada, a haste de socamento não deve penetrar na camada já adensada.
5.2.1.3 Se a haste de socamento criar vazios na mass do concreto, deve-se bater levemente na face externa do molde até o fechamento deste.
5.2.1.4 Quando o abatimento do tronco de cone for superior a 180 mm, a moldagem deve ser feita com a metade das camadas indicadas na Tabela 2.
5.2.2 Adensamento vibratório
5.2.2.1 Colocar todo o concreto de cada camada antes de iniciar a vibração.
5.2.2.2 A vibração deve ser aplicada, em cada camada, apenas o tempo necessário para permitir o adensamentoconveniente do concreto no molde. Esse tempo é considerado
suficiente, no instante em que o concreto apresente superfície relativamente plana e brilhante.
5.2.2.3 Quando empregado vibrador de imersão, deixar a ponta deste penetrar aproximadamente 25 mm na camada imediatamente inferior.

5.2.2.4 Durante o adensamento, o vibrador de imersão não deve encostar nas laterais e no fundo do molde, devendo ser retirado lenta e cuidadosamente do concreto.
Após a vibração de cada camada, bater nas laterais do molde, de modo a eliminar as bolhas de ar e eventuais vazios criados pelo vibrador.

5.2.2.5 No caso de corpo-de-prova cilíndrico, de dimensão básica igual a 100 mm ou 150 mm, o vibrador de imersão deve ser inserido ao longo do eixo do molde.
5.2.2.6 No caso de corpo-de-prova prismático de dimensãobásica igual a 150 mm, o vibrador de imersão deve ser inserido perpendicularmente à superfície do  concreto,
em três pontos eqüidistantes ao longo do eixo maior do molde. A vibração deve ser procedida inicialmente no ponto central e posteriormente em cada um dos pontos
extremos, que devem distar um quarto do comprimento do molde em relação às extremidades deste.
5.3 Desforma
Os corpos-de-prova devem permanecer nas formas, nas condições de cura inicial conforme 4.7, durante o tempo aseguir definido, desde que as condições de endurecimento do concreto permitam a desforma sem causar danos ao
corpo-de-prova:
a) 24 h, para corpos-de-prova cilíndricos;
b) 48 h, para corpos-de-prova prismáticos.
5.4 Transporte
Após a desforma, os corpos-de-prova destinados a um laboratório devem ser transportados em caixas rígidas, contendo serragem ou areia molhadas.
5.5 Cura final
Até o início do ensaio, os corpos-de-prova devem ser conservados imersos em água saturada de cal ou permanecer em câmara úmida que apresente, no mínimo, 95%
de umidade relativa do ar, atingindo toda a sua superfície livre, ou ficar enterrados em areia completamente saturada de água. Em qualquer dos casos, a temperatura
deve ser de (23 ± 2)oC até o instante do ensaio, conforme a NBR 9479. 5.6 Preparação dos topos dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova que não satisfaçam às condiçõesde tolerância devem ser submetidos ao preparo dos topos,conforme 5.6.1 e 5.6.2.

5.6.1 Remate com pasta de cimento (procedimentoopcional para corpos-de-prova cilíndricos)
5.6.1.1 Decorridas 6 h a 15 h do momento da moldagem,passar uma escova de aço sobre o topo do corpo-deprovae rematá-lo com uma fina camada de pasta de cimento
consistente, com espessura menor ou igual a3 mm.
5.6.1.2 A pasta deve ser preparada de 2 h a 4 h antes de seu emprego.
5.6.1.3 O acabamento dos topos dos corpos-de-prova deve ser feito com o auxílio de uma placa de vidro plana, com no mínimo 12 mm de espessura e dimensões que
ultrapassem em pelo menos 25 mm a dimensão transversal do molde.
5.6.1.4 A pasta de cimento colocada sobre o topo do corpo-de-prova deve ser trabalhada com a placa até que a face inferior desta fique em contato firme com a borda superior do molde em todos os pontos.
5.6.1.5 A aderência da pasta à placa de capeamento deve ser evitada, lubrificando-se esta última com uma fina película de óleo mineral.
5.6.1.6 A placa deve permanecer sobre o topo do corpode prova até a desforma.
5.6.2 Retificação ou capeamento Os corpos-de-prova que não tenham sido rematados
conforme 5.6.1 devem ser capeados ou retificados.
5.6.2.1 Retificação
5.6.2.1.1 Consiste na remoção, por meios mecânicos, de uma fina camada de material do topo a ser preparado. Esta operação é normalmente executada em máquinas
especialmente adaptadas para essa finalidade, com a utilização de ferramentas abrasivas. A retificação deve ser feita de tal forma que se garanta a integridade estrutural
das camadas adjacentes à camada removida, e proporcione uma superfície lisa e livre de ondulações e abaulamentos.

5.6.2.1.2 As falhas de planicidade, em qualquer ponto da superfície obtida, não devem ser superiores a 0,05 mm.
5.6.2.2 Capeamento
5.6.2.2.1 Consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova com uma fina camada de material apropriado,com as seguintes características:
a) aderência ao corpo-de-prova;
b) compatibilidade química com o concreto;
c) fluidez, no momento de sua aplicação;
d) acabamento liso e plano após endurecimento;
e) resistência à compressão compatível com os valoresnormalmente obtidos em concreto.
Nota: Em caso de dúvida, a adequabilidade do material de capeamentoutilizado deve ser testada por uma comparação estatística, com resultados obtidos de corpos-deprova
cujos topos foram preparados por retificação.

5.6.2.2.2 Deve ser utilizado um dispositivo auxiliar, denominado capeador, que garanta a perpendicularidade da superfície obtida com a geratriz do corpo-de-prova.
5.6.2.2.3 A superfície resultante deve ser lisa, isenta de riscos ou vazios e não ter falhas de planicidade superiores a 0,05 mm em qualquer ponto.
5.6.2.2.4 A espessura da camada de capeamento não deve exceder 3 mm em cada topo.
5.6.2.2.5 Outros processos podem ser adotados, desde que estes sejam submetidos à avaliação prévia por comparação estatística, com resultados obtidos de corposde-prova capeados por processo tradicional, e os resultados obtidos apresentem-se compatíveis.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Dimensionamento de escadas segundo a NBR 9077

(Saídas de Emergência em Edificações) e a NBR
9050/2004 (Norma de Acessibilidade):
Circulações Verticais
São meios não mecânicos e mecânicos que permitem a ligação entre planos de níveis diferentes.
meios não mecânicos – escadas e rampas.
meios mecânicos - elevadores, escadas rolantes, esteiras rolantes, planos inclinados etc.
Meios não mecânicos
1. Escadas

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Execução de impermeabilização – Procedimento



ABNT NBR 9574

Origem: ABNT NBR 9574:1986

CB-22 - Comitê Brasileiro de Isolação Térmica

CE-22:000.01 - Comissão de Estudos Gerais
ABNT NBR 9574 - Execution of waterproofing - Procedure
Descriptor: Waterproofing


Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados.

15-01-10
1 Objetivo
1.1 Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas à execução de impermeabilização para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.
1.2 Esta Norma se aplica às edificações e construções em geral, em execução ou sujeitas a acréscimo ou reconstrução, ou ainda àquelas submetidas a reformas ou reparos.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
ABNT NBR 9575 - Impermeabilização – Seleção e projeto
ABNT NBR – 12170 – Potabilidade de água aplicável em sistema de impermeabilização
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR 9575:
4 Requisitos
4.1 Gerais
4.1.1 As áreas que requeiram estanqueidade devem ser totalmente impermeabilizadas.
4.1.2 Os tipos de impermeabilização que requeiram substrato seco, a argamassa de regularização deve ter idade mínima de 7 dias.
4.1.3 As superfícies sujeitas à água sob pressão positiva devem receber a impermeabilização na face de atuação da água.

4.2 Tipo de impermeabilização rígido
4.2.1. Argamassa impermeável com aditivo hidrófugo
4.2.1.1 Preparação do substrato
O substrato deve se apresentar firme, coeso e homogêneo.
O substrato deve ser limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
Elementos traspassantes ao substrato devem ser previamente fixados.
O substrato deve estar úmido, porém deve estar isento de filme ou jorro de água.
Na existência de jorro de água promover o tamponamento com cimento e aditivo de pega rápida.
4.2.1.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
O substrato deve ser umedecido e receber camada de chapisco de cimento e areia, traço 1:2, para servir de ponte de aderência entre o substrato e a argamassa impermeável com hidrófugo.
A argamassa deve ser preparada in loco, não deve ser industrializada, composta por areia, cimento portland, aditivo hidrófugo e água potável (ABNT NBR 12170).
A areia lavada deve ser de granulometria de 0,075 mm a 3 mm, classificada como média, isenta de substâncias ou materiais argilosos.
O traço, o tipo de cimento e da areia e tempo de manuseio devem ser conforme especificações do fabricante.
A argamassa impermeável deve ser aplicada de forma contínua, com espessura de 30 mm, sendo a aplicação em camadas sucessivas de 15 mm, evitando-se a superposição das juntas de execução. A primeira camada deve ter acabamento sarrafeado, afim de oferecer superfície de ancoragem para camada posterior, sendo a argamassa impermeável manualmente adensada contra a superfície para eliminar ao máximo o índice de vazios. As duas camadas devem ser executadas no mesmo dia, caso contrário, a última camada deve ser precedida de chapisco.
Quando houver descontinuidade devido a interrupção de execução, a junta deve ser previamente chanfrada e chapiscada.
A última camada deve ter acabamento com uso de desempenadeira.
A cura úmida da argamassa deve ser no mínimo 3 dias.
4.2.1.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.2.2. Argamassa modificada com polímero
4.2.2.1 Preparação do substrato
A preparação do substrato deve ser conforme 4.2.1.1.
4.2.2.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
A argamassa a ser empregada deverá ser preparada in loco, pela mistura de aglomerante, agregado e polímero
O traço, o tipo de cimento e da areia, tempo de utilização da mistura e cura devem ser conforme especificações do fabricante.
O substrato de concreto quando na horizontal deve ser umedecido e receber camada de imprimação com uma composição de polímero e cimento Portland. O polímero deverá ser previamente diluído em água de acordo com a especificação do fabricante do polímero.
A necessidade da realização da imprimação e sua metodologia deve ser conforme o fabricante:
O substrato de concreto quando na vertical deve ser umedecido e receber camada de chapisco antes da aplicação da argamassa modificada com polímero.
O substrato de alvenaria, deve ser umedecido e receber camada de chapisco antes da aplicação da argamassa modificada com polímero
A espessura da argamassa modificada com polímero deve ser no mínimo de 1,0 cm.
Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a hidratação da argamassa modificada por no mínimo 72 horas.

4.2.2.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Não necessita de proteção em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.2.3. Argamassa polimérica
4.2.3.1 Preparação do substrato
A preparação do substrato deve ser conforme 4.2.1.1.
4.2.3.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Adicionar aos poucos o componente pó ao componente resina e misturar homogeneamente, de forma manual ou mecânica, dissolvendo os possíveis grumos.
Uma vez misturados os componentes pó e resina, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o período recomendado pelo fabricante.

Aplicar sobre o substrato as demãos em sentido cruzado da argamassa polimérica, com intervalos de 2 a 6 horas entre demãos, dependendo da temperatura ambiente. Caso a demão anterior esteja seca, molhar o local antes da nova aplicação.
Quando da utilização de armadura tipo tela, esta deve ser posicionada após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas demãos subseqüentes.
Em áreas abertas ou sob incidência solar, promover a hidratação da argamassa polimérica por no mínimo 72 horas.
A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.
4.2.3.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.2.4 Cimento cristalizante para pressão negativa
4.2.4.1 Preparação do substrato
O substrato deve ser de concreto e se encontrar firme, coeso e homogêneo.
O substrato deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
O substrato deve estar saturado, porém deve estar isento de filme ou jorro de água.
Na existência de jorro de água promover o tamponamento com cimento e aditivo de pega rápida.
4.2.4.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Misturar em um recipiente o cimento com aditivo de pega-rápida com água, na proporção indicada pelo fabricante até formar uma pasta de consistência lisa e uniforme.
Aplicar uma demão com trincha, vassoura ou brocha.
Imediatamente sobre a camada de cimento com aditivo de pega rápida, ainda úmido, esfregar o cimento com aditivo ultra rápido à seco sobre a superfície tratada, forte e repetidas vezes até que se forme uma camada fina de cor escura e uniforme.
Caso a água continue penetrando por algum ponto, repetir o tamponamento com cimento com aditivo ultra rápido, até a obtenção da estanqueidade.
Aplicar de forma imediata uma demão de Líquido Selador, até que a superfície fique brilhante.
Imediatamente sobre o Líquido Selador, ainda brilhante, aplicar uma demão de pasta de cimento com aditivo de pega rápida preparada conforme procedimento anterior.
Aguardar 20 minutos e dar outra demão de cimento com aditivo de pega rápida no sentido cruzado em relação a demão anterior.
A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.
4.2.4.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.2.5 Cimento modificado com polímero
Ver item 4.2.3
4.2.6 Membrana epoxídica
4.2.6.1 Preparação do substrato
a) para água sob pressão negativa:
O substrato deve ser de concreto e estar firme, coeso e homogêneo.
O substrato deve estar limpo, seco, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
b) para água sob pressão positiva
O substrato deve estar firme, coeso e homogêneo.
O substrato deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.


4.2.6.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Adicionar aos poucos os componentes endurecedor e resina e misturar homogeneamente, de forma mecânica ou manual.
Uma vez misturados os componentes, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o tempo de manuseio.

Aplicar sobre o substrato as demãos, com intervalo máximo de 24 horas entre demãos, Caso ultrapasse o intervalo máximo, promover lixamento superficial.
Quando da utilização de armadura tipo tela, esta deve ser posicionada após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas demãos subseqüentes.
A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura devem seguir as recomendações do fabricante.
4.2.6.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica
4.3 Tipo de impermeabilização flexível
4.3.1 Membrana de asfalto modificado sem adição de polímero
4.3.1.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.
O substrato deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
4.3.1.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem.
Aquecer o asfalto de forma homogênea em equipamento adequado numa temperatura compreendida entre 190o a 220o C.
Aplicar uma demão do asfalto aquecido com o uso de meada de fios de juta. Estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm aplicando sobre este as demãos necessárias de asfalto aquecido até a saturação do mesmo. Havendo mais de um estruturante repetir o procedimento.
O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.1.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Deve haver proteção quando sujeita à incidência dos raios ultravioleta e proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plásticos nas áreas verticais. Nas horizontais a proteção mecânica armada ou não, deve ser executada sobre camada separadora e ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.3.2 Membrana de asfalto modificado com adição de polímero
4.3.2.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.1.1
4.3.2.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem.
Aquecer o asfalto de forma homogênea e indireta em equipamento adequado numa temperatura compreendida entre 160o a 180o C
Aplicar uma demão do asfalto aquecido com o uso de meada de fios de juta. Estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm aplicando sobre este as demãos necessárias de asfalto aquecido até a saturação do mesmo. Havendo mais de um estruturante repetir o procedimento.
O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.2.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.3 Membrana de emulsão asfáltica
4.3.3.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos; com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.
4.3.3.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem.
Aplicar uma demão com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea e estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm. Aguardar a secagem. Aplicar as demãos subseqüentes, respeitando o tempo de secagem, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estrututante. Havendo mais de um estruturante repetir o procedimento.
O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.3.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.4 Membrana de asfalto elastomérico em solução
4.3.4.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.4.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.3.2
4.3.4.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.5 Membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado,
4.3.5.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.5.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.3.2
4.3.5.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Não se aplica, para aplicar proteção à incidência dos raios ultravioletas de uma demão de policloropreno e polietileno clorossulfonado.
4.3.6 Membrana elastomérica de polisobutileno isopreno (I.I.R), em solução
4.3.6.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.6.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.3.2
4.3.6.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.7 Membrana elastomérica de estireno – butadieno – estirereno (S.B.S)
4.3.7.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.7.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.3.2
4.3.7.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.8 Membrana elastomérica de estireno-butadieno-ruber (S.B.R.)
4.3.8.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, regular, limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos; com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.
4.3.8.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem caso o substrato se encontre úmido.
Aplicar a demão com rolo de lã de carneiro, rodo ou com equipamento mecânico, de forma homogênea. Caso necessário, estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm e aplicar a(s) demão(s) subseqüentes, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estrututante. Havendo mais de um estruturante repetir o procedimento.
O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.8.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3
4.3.9 Membrana de poliuretano
4.3.9.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.9.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Havendo mais de um componente, adicioná-los, misturando homogeneamente, de forma mecânica ou manual. Uma vez misturados os componentes, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o tempo de manuseio. Aplicar sobre o substrato, caso necessário, uma demão de imprimação, aguardar secagem. Da utilização de estruturante este deve ser posicionado após a 1ª demão do produto e ser totalmente recoberto pelas demãos subseqüentes.
A dosagem, consumo, tempo de mistura e manuseio, ferramentas de aplicação, secagem entre demãos e cura, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.9.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Recomenda-se proteção mecânica em locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
4.3.10 Membrana de poliuretano modificado com asfalto
4.3.10.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.10.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.8.2
4.3.10.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.1.3, exceto para membranas com resistência contra raios ultravioleta.
4.3.11 Membrana de polímero com cimento
4.3.11.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, regular, homogêneo, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. Cantos devem estar em meia cana e as arestas devem ser arredondadas.
O substrato deve ser limpo, isento de corpos estranhos, resto de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
Elementos transpassantes ao substrato devem ser previamente fixados.
O substrato deve estar úmido, porém deve estar isento de filme ou jorro de água.
4.3.11.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Adicionar aos poucos o componente pó ao componente resina e misturar homogeneamente, de forma manual ou mecânica, dissolvendo os possíveis grumos.
Uma vez misturados os componentes pó e resina, o tempo de utilização da mistura não deve ultrapassar o período recomendado pelo fabricante.

Recomenda-se aplicar sobre o substrato duas demãos em sentido cruzado de argamassa polimérica, com intervalos de 2 a 6 horas entre demãos, dependendo da temperatura ambiente. Caso a demão anterior esteja seca, molhar o local antes da nova aplicação.
Aplicar sobre o substrato uma demão de membrana de polímeros com cimento. Posicionar o estruturante após a primeira demão e ser totalmente recoberta pelas demãos subseqüentes.
A mistura, consumo, tempo de manuseio, ferramentas, secagem entre demãos, cura, e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.11.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Ver item 4.2.1.3
4.3.12 Membrana acrílica
4.3.12.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 2% em direção aos coletores de água. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.
O substrato deve estar limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos.
4.3.12.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem, podendo ser um cimento modificado com polímero, uma argamassa polimérica ou o próprio produto diluído conforme as recomendações do fabricante.
Aplicar uma demão com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha, de forma homogênea e estender o estruturante com sobreposição mínima de 10 cm. Aguardar a secagem. Aplicar as demãos subseqüentes, respeitando o tempo de secagem, até atingir o consumo recomendado e garantindo o total recobrimento do estrututante. Havendo mais de um estruturante repetir o procedimento.
O consumo, a secagem entre demãos, ferramentas e instruções de segurança, devem seguir as recomendações do fabricante.
4.3.12.3 Proteção do tipo de impermeabilização
A membrana acrílica deve ficar exposta.

4.3.13 Mantas asfálticas
4.3.13.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.3.1
4.3.13.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea aguardando sua total secagem, exceto para os casos de mantas não aderidas ao substrato.
Recomenda-se que a aplicação das mantas asfálticas seja efetuada em temperaturas ambientes acima de 5ºC, salvo orientação específica do fabricante.
Desenrolar as bobinas alinhando-as e rebobinando-as novamente, sobre o substrato a ser impermeabilizado.
O consumo, manuseio, ferramentas e instruções de segurança devem seguir as recomendações do fabricante.
a) Aplicada com chama de maçarico à GLP.
O maçarico a ser utilizado na aplicação deverá ser com gatilho controlador de chama, haste de 50 cm, bocal de 2”.
Direcionar a chama do maçarico de forma a aquecer simultaneamente o substrato imprimado e a face de aderência da manta. Pressionar a manta do centro em direção às bordas de forma a expulsar eventuais bolhas de ar.
As sobreposições deverão ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.
Adotar os cuidados necessários para que a intensidade da chama não danifique a manta asfáltica e proporcione a adequada aderência da manta ao substrato.
b) Aplicada com asfalto a quente
Aquecer o asfalto de forma homogênea em equipamento adequado numa temperatura compreendida entre 180o a 220o C para o asfalto sem a adição de polímeros e 160ºC a 180ºC para o asfalto com a adição de polímeros.
Aplicar uma demão do asfalto aquecido na temperatura mínima de 160º, com o uso de meada de fios de juta, no substrato imprimado numa distância máxima de 1,00 m à frente da bobina. O asfalto deverá ser aplicado no substrato e face inferior da bobina. Pressionar a manta do centro em direção às bordas de forma a expulsar eventuais bolhas de ar.
As sobreposições deverão ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas através da aplicação de banho de asfalto, com o uso de meada de fios de juta, pressionando as emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.
c) Aplicada com adesivos
Aplicar uma camada homogênea de adesivo no substrato imprimado e na face da manta asfáltica a ser aderida ao substrato. Aguardar o tempo de pega do adesivo e pressionar a manta contra o substrato pressionando do centro em direção às bordas, para eliminação das eventuais bolhas de ar.
As sobreposições deverão ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas com roletes, espátulas ou colher de pedreiro de pontas arredondadas.
d) Auto adesivas
Remover o elemento antiaderente promovendo a adesão inicial ao substrato e continuar o processo removendo o filme e aderindo a manta simultaneamente. Executar o processo lentamente e ir pressionando do centro em direção às bordas de forma a expulsar eventuais bolhas de ar.
As sobreposições devem ser de no mínimo 10 cm, pressionando as emendas fortemente com roletes metálicos.
4.3.13.3 Proteção do tipo de impermeabilização
a) Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plásticos nas áreas verticais. Nas horizontais a proteção mecânica armada ou não, deve ser executada sobre camada separadora e ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
b) Promover proteção contra raios ultravioleta, exceto para as mantas autoprotegidas.
4.3.14 Manta de policloreto de vinila (PVC)
4.3.14.1 Preparação do substrato
O substrato deve se encontrar firme, coeso, seco, regular, limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos; com declividade nas áreas horizontais de no mínimo 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%. Cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas.
No caso de superfície irregular onde não seja possível a execução de uma camada de regularização, deve ser utilizado uma camada berço.
4.3.14.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Abrir os rolos ou painéis de mantas de policloreto de vinila (PVC).
As sobreposições deverão ser de no mínimo 10 cm, executando o selamento das emendas através de soldagem química ou termofusão com sobreposição de 5 cm (cordão simples ou duplo).
O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança devem ser conforme recomendações do fabricante.
Executar as fixações mecânicas e compartimentações com os acessórios determinados pelo fabricante.

4.3.14.3 Proteção do tipo de impermeabilização
a) Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plástico nas áreas verticais. Nas horizontais a proteção mecânica armada ou não, deve ser executada sobre camada separadora e ou drenante, nos locais onde exista possibilidade de agressão mecânica.
b) Promover proteção contra raios ultravioleta, exceto para as mantas com resistência aos raios ultravioleta.
4.3.15 Manta de polietileno de alta densidade (PEAD)
4.3.15.1 Preparação do substrato
Ver item 4.3.14.1
4.3.15.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Desenrolar as bobinas, alinhando-as sobre o substrato a ser impermeabilizado. Executar as soldas, que podem ser dos tipos: soldagem química com sobreposição mínima de 7,5cm ou termofusão com sobreposição de 10 cm (cordão simples ou duplo).
O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança conforme recomendações do fabricante.
4.3.15.3 Proteção do tipo de impermeabilização
Promover proteção mecânica estruturada com tela de fios de arame galvanizado ou plástico nas áreas verticais. Nas horizontais a proteção mecânica armada ou não, deve ser efetuada nos locais onde exista a possibilidade de agressão mecânica.
4.3.16 Manta Elastomérica de etileno-dieno-monômero – EPDM
4.3.16.1 Preparação do Substrato
Ver item 4.3.14.1
4.3.16.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Aplicar uma demão do produto de imprimação com rolo de lã de carneiro, trincha ou brocha de forma homogênea, aguardando sua total secagem, exceto para os casos de mantas não aderidas ao substrato.
Abrir os rolos de mantas de etilenopropilenodieno-monômero (E.P.D.M.), alinhando-as.
As sobreposições deverão ser de no mínimo 5 cm, executando as emendas através de aplicação de monoadesivo e fita de caldeação.
O consumo, manuseio, ferramentas, equipamentos, fixações mecânicas e instruções de segurança devem ser conforme recomendações do fabricante.
4.3.16.3 Proteção mecânica
Ver item 4.3.14.3
4.3.17 Manta Elastomérica de poliisobutileno isopreno (I.I.R.)
4.3.17.1 Preparação do Substrato
Ver item 4.3.14.1
4.3.17.2 Aplicação do tipo de impermeabilização
Ver item 4.3.15.2
4.3.18.3 Proteção mecânica
Ver item 4.3.15.3

5 Condições específicas
5.1 As trincas e fissuras devem ser tratadas de forma compatível com o sistema de impermeabilização a ser empregado.
5.2 Devem ser cuidadosamente executados os detalhes como, juntas, ralos, rodapés, passagem de tubulações, emendas, ancoragem, etc.
5.3 Deve ser vedado o trânsito de pessoal, material e equipamento, estranhos ao processo de impermeabilização, durante a sua execução.
5.4 Devem ser observadas as normas de segurança quanto ao fogo no caso das impermeabilizações que utilizam materiais asfálticos a quente da mesma forma quando utilizados processos moldados no local, com solventes, cuidados especiais deverão ser tomados em ambientes fechados, no tocante ao fogo, explosão e intoxicação, a que o pessoal estiver sujeito, devendo ser prevista uma ventilação forçada.
5.5 Antes da execução da impermeabilização de estruturas de concreto ou alvenaria destinadas à contenção e ou armazenamento de água ou efluentes, deve ser efetuado teste de carga com água limpa para verificação da estabilidade estrutural.
5.6 Após a execução da impermeabilização, recomenda-se ser efetuado teste de estanqueidade com água limpa, com duração mínima de 72 h para verificação de falhas na execução do tipo de impermeabilização utilizado.
5.7 A inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para calhas e áreas internas é permitido o mínimo de 0,5%;
5.8 Os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção nominal dos tubos prevista no projeto hidráulico após a execução da impermeabilização, sendo o diâmetro nominal mínimo 75 mm. Os coletores devem ser rigidamente fixados à estrutura. Este procedimento também deve ser aplicado para coletores que atravessam vigas invertidas;
5.9 Deve ser previsto nos planos verticais encaixe para embutir a impermeabilização, para o sistema que assim o exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso acabado ou 10 cm do nível máximo que a água pode atingir;
5.10 Nos locais limites entre áreas externas impermeabilizadas e internas, deve haver diferença de cota de no mínimo 6 cm e ser prevista a execução de barreira física no limite da linha interna dos contra-marcos, caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilização, com declividade para a área externa. Deve-se observar a execução de arremates adequados com o tipo de impermeabilização adotada e selamentos adicionais nos caixilhos, contra-marcos, batentes e outros elementos de interferência;
5.11 Toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no nível da impermeabilização, deve possuir arremate específico.
5.12 Toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na estrutura e possuir arremate específico.
5.13 As tubulações de hidráulica, elétrica e gás e outras que passam paralelamente sobre a laje devem ser executadas sobre a impermeabilização e nunca sob ela. As tubulações aparentes devem ser executadas, no mínimo, 10 cm acima do nível do piso acabado, depois de terminada a impermeabilização e seus complementos;
5.14 Quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista proteção adequada para a fixação da impermeabilização;
5.15 As tubulações externas às paredes devem ser afastadas entre elas ou dos planos verticais no mínimo 10 cm;
5.16 As tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas devem ser rigidamente fixadas à estrutura;
5.17 Quando houver tubulações de água quente embutidas, deve ser prevista proteção adequada destas, para execução da impermeabilização;
5.18 Todo encontro entre planos verticais e horizontais deve possuir arremate específico da impermeabilização;
5.19 Os planos verticais a serem impermeabilizados devem ser executados com elementos rigidamente solidarizados à estrutura, até a cota final de arremate da impermeabilização, prevendo-se os reforços necessários;
5.20 A impermeabilização deve ser executada em todas as áreas sob enchimento. Recomenda-se executá-la sobre o mesmo. Devem ser previstos, em ambos os níveis, pontos de escoamento de fluidos;
5.21 As arestas e os cantos vivos das áreas a serem impermeabilizadas devem ser arredondados, sempre que a impermeabilização a requerer;
5.22 As proteções mecânicas como piso acabado, bem como os pisos posteriores, devem possuir juntas de retração e trabalho térmico preenchidas com materiais deformáveis, incluindo o encontro de diferentes planos;
5.23 As juntas de dilatação devem ser divisores de água, com cotas mais elevadas no nivelamento do caimento, bem como deve-se prever arremate específico, incluindo rebatimento de sua abertura na proteção mecânica e pisos posteriores;
5.24 Todas as áreas onde houver desvão devem receber impermeabilização na laje superior e recomenda-se na laje inferior.

terça-feira, 1 de março de 2011

COOPERATIVISMO

 

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Sendo um reflexo dos abusos praticados pela Revolução Industrial as primeiras sociedades que, de certa forma, tinham características de cooperativas apareceram na França e na Inglaterra, em meados do século XIX, e a primeira delas, com significativa importância foi a cooperativa de Rochdale, que surgiu por volta de 1843 e 1844, na Inglaterra. Inicialmente, 28 tecelões se reuniram em Rochdale, um distrito da cidade de Lancashire, e fundaram um armazém comunitário, com a contribuição de cada um para formação de capital. Ansiavam pela aquisição de gêneros alimentícios, e constituíram, assim, uma típica sociedade de consumo. Na Inglaterra, a primeira lei que dispunha sobre as cooperativas foi editada em 1852, e, a partir daí, a sociedade dos tecelões passou a ser chamada de “Cooperativa de Rochale”. Essa cooperativa, além de ser uma reação a opressão aos trabalhadores causada pela Revolução Industrial, foi também a formulação de ideais.

Analisando a sociedade cooperativa sob os aspectos econômicos e sociológicos. No ponto de vista econômico, a sociedade cooperativa tem como objetivo melhorar as condições econômicas através da criação de uma empresa de interesse comum,

É mais vantajoso, para as pessoas que têm os mesmos interesses cooperarem umas com as outras para conseguir alcançar seus objetivos, do que alcançá-los sozinhas. Assim, sob o aspecto sociológico, a sociedade cooperativa adota como fundamento a lei da cooperação e não da concorrência.

A participação é o objetivo e o meio para se criar e manter uma cooperativa. Objetivo, porque é justamente com a finalidade de participar dos benefícios gerados pelo seu trabalho que as pessoas se unem nessa forma de sociedade. E meio, porque somente através da efetiva participação de todos os sócios se obterá o sucesso das metas sócio-econômicas do empreendimento.

Devidos aos problemas causados pela Revolução Industrial. fundamento do cooperativismo se encaixa na busca da união entre semelhantes, os quais juntos terão mais força e voz que separados; ou seja, a coletividade tem um potencial muito maior do que o indivíduo sozinho. É fundado também em valores de alta significação, exalta o homem enquanto ser dinâmico, e faz com que as relações humanas pautadas por seus princípios tenham um profundo caráter ético.

Ele faz do capital um elemento a serviço do homem, pois da dá a ele um papel instrumental.

Assim, o cooperativismo busca corrigir os desajustes provocados pelo capitalismo, impedindo a exploração do homem pelo homem. Cuidando do ser humano em seus múltiplos aspectos.

Algumas vantagens no cooperativismo incluem livre adesão e livre saída de seu associados; democracia nos direitos e deveres dos associados; compras e vendas à vista na cooperativa; juro limitado ao capital investido; retorno proporcional; operação com terceiros; formação intelectual dos associados e devolução desinteressada dos ativos líquidos.

A cooperativa é uma gestão porque os cooperados são quem decidem os projetos do negócio, e é democrática porque a decisão da maioria é acatada. Os cooperantes, reunidos em assembléia, discutem e votam os objetivos e metas do trabalho conjunto, bem como elegem os representantes que irão administrar a sociedade. Cada associado representa um voto, não importando se alguns detenham mais cotas do que outros.

O funcionamento da empresa é controlado pelos seus sócios, que são os donos do negócio. Qualquer acordo firmado com outras organizações e empresas deve garantir e manter essa condição.

Todos contribuem igualmente para a formação do capital da cooperativa, o qual é controlado democraticamente. Se a cooperativa é bem administrada e obtém uma receita maior que as despesas, esses rendimentos serão divididos entre os sócios até o limite do valor da contribuição de cada um. O restante poderá ser destinado para investimentos na própria cooperativa ou para outras aplicações, sempre de acordo com a decisão tomada na assembléia responsabilizando todos pelas atividades econômico financeiras da sociedade.

As cooperativas devem ser organizações abertas a inclusão de todos, independentemente de sexo, raça, classe social, opção política ou religiosa. O cooperado é livre para entrar, permanecer e sair da cooperativa quando lhe convier.

As cooperativas trabalham para o bem-estar de suas comunidades, através da execução de programas sócio-culturais, realizados em parceria com o governo e outras entidades civis.

Para o fortalecimento do cooperativismo é importante que haja intercâmbio de informações, produtos e serviços, viabilizando o setor como atividade sócio-econômica. Por outro lado, organizadas em entidades representativas, formadas para contribuir no seu desenvolvimento, determinam avanços e conquistas para o movimento cooperativista nos níveis local e internacional.

É objetivo permanente da cooperativa destinar ações e recursos para formar seus associados, capacitando-os para a prática cooperativista e para o uso de equipamentos e técnicas no processo produtivo e comercial. Ao mesmo tempo, buscam informar o público sobre as vantagens da cooperação organizada, estimulando o ensino do cooperativismo.

A Lei 5.764/71 em seu art. 4º da proclama que “as cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados...”. Na seqüência esclarece que essas se distinguem das demais sociedades por conter certas características, as quais enumera nos incisos I a XI. O art. 3º da referida Lei complementa tal definição, ao estabelecer que nesse tipo de sociedade de pessoas, essas “reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro”.

O conceito de cooperativa dado pela Organização das Cooperativas Brasileiras é: “uma organização de, pelo menos, vinte pessoas físicas, unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e doutrinários são distintos de outras sociedades. Fundamenta-se na economia solidária e se propõe obter um desempenho econômico eficiente, através da qualidade e da confiabilidade dos serviços que presta aos próprios associados e aos usuários”.

As sociedades cooperativas podem, com o fim de viabilizar a atividade de seus associados, adotar qualquer objeto, respeitadas as limitações legais no sentido de não exercerem atividades ilícitas ou proibidas em lei.

Os principais campos de atuação das cooperativas no Brasil são: agropecuário (formadas por produtores rurais), trabalho, educacional (propõem a formação de escolas e centros de treinamento), produção (organizam o produção dos bens de forma que os cooperantes participem de todo o processo administrativo, técnico e funcional da empresa), saúde (prestam atendimento à população a preços mais acessíveis), consumo (permitem melhores condições na compra).

As cooperativas de crédito vem ganhando importância, elas realizam empréstimos aos associados, a juros mais baixos que os praticados pelos bancos comerciais. Outro campo de atuação das cooperativas muito difundido é o habitacional, que viabiliza a compra e a construção de casas próprias.

Citando-se pontualmente, pode-se visualizar mais claramente as diferenças entre a cooperativa e a empresa: na primeira a sociedade é de pessoas, o número de sócios é limitado a sociedade produz sobras para os cooperados; já na segunda a sociedade é de capital, o número de acionistas é limitado e a sociedade produz lucros para os acionistas.

Enquanto na sociedade cooperativa o objetivo principal é prestar serviços aos cooperados, na sociedade empresarial o objetivo é gerar lucros aos sócios. Naquela as decisões são tomadas de forma democrática, são os sócios que prestam serviços e a remuneração é de acordo com o trabalho; nessa o sócio majoritário tem mais poder, há empregados que trabalham e o salário é preestabelecido. Na cooperativa estabelece-se entre os cooperados e a cooperativa uma relação civil, o associado é o trabalhador e nas assembléias cada cooperado equivale a um vota. Na empresa estabelece-se uma relação trabalhista, o empregado é subordinado e quanto mais ações, mais votos.

As cooperativas se classificam em; Sociedades singulares constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas, sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. São caracterizadas pela prestação direta de serviços aos associados, Sociedades centrais ou federações constituídas por sociedades singulares, sendo que essas deve ser no mínimo três, sem número máximo. Ela pode, em situações especiais, admitir associados individuais, Confederações de cooperativas que por sua vez, por pelo menos três federações de cooperativas, não necessitando que estas sejam das mesmas modalidades.

Sua constituição deve ser deliberada por assembléia geral dos fundadores, que se instrumentalizará por intermédio de uma ata (instrumento particular) ou por escritura pública, neste caso lavrada em Cartório de Notas ou Documentos.

Uma cooperativa, com uma número um pouco maior de cooperantes já deve contar com um estruturação que conte com: uma diretoria ou conselho de administração, um conselho fiscal e com órgãos auxiliares da administração.

A assembléia geral também faz parte da estrutura administrativa da cooperativa, ela é o principal fórum de decisão da cooperativa.

A diretoria de administração é formada por cooperantes eleitos pelos demais associados e é responsável pela execução das propostas aprovadas em assembléia. O conselho fiscal é um órgão independente, ele fiscaliza a administração do patrimônio e das operações. Os órgão auxiliares são as comissões com atribuições específicas.

O capital social na sociedade cooperativa é subdividido em quotas-partes e a subscrição pode ser proporcional ao movimento de cada sócio.

Para a formação do capital social pode-se estipular que o pagamento das quotas-partes seja realizado mediante prestações periódicas, independentemente de chamada, em moeda corrente nacional ou bens sua integralização de quotas-partes e o aumento do capital social poderão ser feitos com bens avaliados previamente e após homologação em Assembléia Geral ou mediante retenção de determinado porcentagem do valor do movimento financeiro de cada sócio.

O capital social é variável, a medida do ingresso e da retirada dos sócios, independentemente de qualquer formalidade homologatória, ou seja, basta que o interessado em associar-se se apresente, comprove sua afinidade ao escopo da sociedade cooperativa e comprometa-se a pagar o valor das quotas-partes que subscrever, nas condições que lhe forem oferecidas; na saída, é suficiente que se apresente como retirante e receba o valor de suas quotas, e o que mais tiver de direito, consoante às regras vigentes na entidade.

Atos cooperativos são aqueles praticados entre a cooperativa e seus associados, como exemplo de ato cooperativo, as operações de beneficiamento, armazenamento e industrialização de produto do associado nas cooperativas de produção agropecuárias.

Já os atos não coorporativos são aqueles praticados com terceiros não associados. Como exemplo pode-se citar a participação em sociedades não cooperativas, públicas ou privadas, para atendimento de objetivos acessórios ou complementares ou o fornecimento de bens ou serviços a não associados, para atender aos objetivos sociais.

A responsabilidade é limitada quando o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. E é ilimitada quando o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

Muitos itens desse artigo foram dedicados a aspectos técnicos das sociedades cooperativas, como a formação de seu capital social ou sua classificação, mesmo assim, o objetivo de demonstrar a relação que se estabelece entre a sociedade cooperativa e o desenvolvimento social foi alcançado, uma vez que a própria estrutura da sociedade cooperativa – com seu modelo de assembléia, onde as decisões são tomadas democraticamente, onde cada sócio tem direito a um voto, independente de sua contribuição; com a característica de ser ilimitada quanto ao número de sócios; com seu objetivo principal de prestar serviços ao sócios e não apenas de lucrar – faz com que ela colabore para que os cooperantes desenvolvam-se não só econômica como socialmente.

É interessante observar que as sociedades cooperativas desenvolvem um papel transformador também no direito do trabalho brasileiro. Mostram a necessidade de se criar novos institutos para acompanhar as transformações no âmbito trabalhista, assim como permitir o progresso de formas societárias que pretendam uma alternativa aos anseios capitalistas excludentes.

Esse texto também explicita o erro sobre o fato de a teoria da empresa regular a matéria sobre a sociedade cooperativa, uma vez que esta nem ao menos se insere no direito de 13 empresa, e tem características que a diferenciam, fundamentalmente, dos outros tipos de sociedades.

O artigo procurou mostrar como, desde sua origem, o cooperativismo busca estabelecer um tipo de sociedade ligada a princípios éticos, diferentes dos outros tipos de sociedade, baseadas, essencialmente, no lucro; procurou mostrar que ele busca também fazer com que relações humanas se dêem a partir de ajuda mútua, da colaboração entre as pessoas.

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