Esse meus amigos eo famoso “Gigante da Zona Leste” de Manaus, um hospital aparentemente moderno, limpinho e bem pintado e com certeza reformado, quanto a isso não há dúvida, a manutenção parece impecável mesmo, mas e o atendimento?
Vamos lá, pra começar este blogueiro que vós escreve teve uma febre tremanda ontem (20/01) dor de cabeça e uma terrível dor no corpo, parecia que eu ia dar um nó em mim mesmo com tanta dor, larguei o trabalho e resolvi ser atendido nele, afinal é bem perto da minha casa, minha saga começou quando peguei o ônibus 600 que circula pela zona leste, resolvi pegar indo para o centro assim poderia ir sentado e talvez a dor nào me incomodasse tanto, ledo engano.
Demorei uma hora, eu disse uma hora para poder dar a volta ao centro e continuar indo pro bairro, o ônibus que todos na cidade ja conhecem, e um verdadeiro cacareco mesmo, fazia tempo que eu não andava nele( procurava evitar usando outros alternativos do bairro), além de esperar 30 minutos(achei até que estava com sorte) descobri para minha infelicidade que outros passageiros já estavam esperando a mais de 50 minutos, resultado; ônibus lotado para variar, gente pendurada um por cima do outro e a maior dificuldade para sair.
O engraçado é que o ônibus tem 2 portas, uma na frente e outra no meio, mas mesmo com ônibus lotado como uma sardinha você tem que implorar para o motorista abrir a porta do meio, gritar! bater no ônibus! se não eles não tem a mínima sensibilidade de abrir a porta, ora meu amigo se um ônibus daquele tamanho ta lotado e obvio que se deve abrir a porta lateral.
Bom, mesmo passando mal, consegui sair e continuei a minha saga
Entro no João Lúcio que tem 2 atendentes um atendendo paciente e outra conversando ao celular, isso mesmo eu tive que esperar a gordinha (sem preconceito) terminar a ligação dela, que por sinal devia estar muito divertida por que ela não parava de rir, e como eu estava muito mal não queria cofusão com nínguem aceitei calado aquela cena de desleixo com o atendimento público.
Peguei a minha senha que era a numero 519, olhei para o visor e estava na 489, só trita pessoas na minha frente? legal tô com sorte! (só 30) eram meus amigos então 17:45, bem sem ter muito o que fazer nem para quem reclamar fiquei sentado curtindo minha dor solitário, junto com muitos outros que com certeza também tinham suas dores e seus problemas.
Isso parece absurdo, pelo menos eu achei, um funcionário muito do seu sem-noção chegou com seu celular tocando uma música meio breguinha, até então tudo bem, gosto não se discute cada um ouve o que quer, mas o cara resolveu escutar sua musiquinha no volume mais alto que tinha no celular, e o pior que por dentro dos corredores do hospital e pior ainda sem ninguém para incomodar! incomodar a ele diga-se de passagerm pois eu e outros pacientes estamos achando aquilo um absurdo (mais um!) caraca! o cara não se toca que está dentro de um hospital e o guarda se quer chamou-lhe a atenção, em fim como eu tava pior a cada minuto e as dores aumentando, deixa pra lá não vou arrumar confusão com ninguém.
18:45 uma hora depois de eu ter chegado ao hospital faltavam apenas 9 pessoas na minha frente (ufa! o pior ja passou! será?) o médico sai da sala e diz;
- Boa noite pessoal, só quero avisar a vocês que meu turno acabou e que daqui a 20 MINUTINHOS chegará outro médico.
Bem faz parte da vida, mas não dava para ter outro médico chegando uma horinha mais cedo só para evitar este buraco no atendimento? vá lá, 20 minutinhos para quem já esperou 1 hora não é nada vou tomar uma água, hä não vai não!, não tem copo! putz sério, mas tem aqueles de cafezinho, tem que tomar umas 20 vezes para chegar a um copo mais não tem problema, afinal são 20 minutos de espera, sem pressa, mas me explica uma coisa não era melhor um bebedor do tipo aqueles que não precisam de copo? afinal é muito gasto para o governo comprar copos descartéveis, mas se o governo terceiriza esse serviço? cadê os copos? ah zé povinho te vira, beba do jeito que der, não tem ninguém para fiscalizar mesmo!
Poisé, lembram dos 20 minutinhos, não é que renderam e viraram 50 minutos, façam as contas começaram a atender 19:35, um alívio, gente chorando de alegria, outros vibravam parecia até gol do Brasil na copa, sim porque ainda havia o perigo dos médicos não aparecerem (Deus que me livre).
Finalmente chegou a minha vez, horas? 20:30, bem eu cheguei 17:45 até 20:30 ou seja 02:45 para ser atendido, talvez seja um recorde, só não sei se para atendimento mais demorado ou mais rápido!
Bom, li num cartaz logo na entrada sobre os sintomas da dengue, pensei, pode ser que sim, pode ser que não, o médico vai saber.
A médica ( não citarei o nome, talvez seja procediemento de todos) olhou para mim, perguntou os sintomas, e em seguida passou; Voltarem e Dipirona, duas injeções e depois eu tava liberado para ir pra casa, com o diagnostico VIROSE
O mais engraçado e absurdo (outro!) é que não fiz nem um exame, bem eu não sou médico e aquelas auturas eu só queria livrar-me da dor.
Acho que agora vem a pior parte da história tive que tomar dus injeções, uma no braço e outra na bunda, não eu não tenho medo de injeção não, o problema e que na hora de lavar a injeção na bunda eu tinha que baixar minha calça no meio de vários outros doentes numa salinha de 3x2,( agora eo absurdo maxímo) isso incluía até senhoras que estavam lá tomando soro! sério baixar as calças no meio tanto de homens como de mulheres, ja pensou o tamanho do meu constrangimento? eu disse a enfermeira que ela tava de brincadeira
- Aqui? você quer que eu baixe minhas calças aqui? sério?
- Sim aqui mesmo! ou é isso ou não toma injeção!
Fazer o que? tava morrendo de dor, minhas senhoras dá licença que eu vou mostrar meu traseiro, e tomei! tomei a injeção em público! nunca havia passado por um constrangimento tão grande na minmha vida, e olha que eu tenho 39 anos, um hospital daquela magnitude não tinha uma salinha para que as pessoas pudessem ser atendidas de uma maneira mais intima
Terminei minha via-crucis torcendo para que não tivesse algo realmente grave, pois saí sem um exame se quer, é por isso que muitas pessoas em Manaus preferem se medicar (inclusive eu) pois quando é febre, taca Dipirona, quando e vômito, taca plasil e assim vai… e como se fosse um padrão, não existe um exame mais preciso, cada um é cada um, talvez o que serviu para um paciente não sirva para outro.
Em fim, amanheci hoje bem (graça a Deus) não sei se era dengue (nunca vou saber) afinal tudo hoje é virose, essa é mais uma estória de alguém que procurou um serviço hospitalar público e passou por essas situações absurdas(novamente) desde a chegada no hospital passando por várias situações até chegar ao ponto de ter que tomar uma injeção na bunda em público.
Se alguém que tem voz e conhecimento de como resolver esses problemas de ordem pública e estiver lendo isso, não faça dessa situação mais uma leitura sem futuro, denuncie faça valer a sua voz, pois a minha se resume ao meu voto, e infelizmente eu não voto sozinho.
Elciney Araújo
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