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terça-feira, 13 de abril de 2010

Igualdade Social

Aquela era uma comunidade ideal isto porque reinava a mais absoluta igualdade entre os seus membros. Ali todos compartilhavam a mesma refeição e tanto o banqueiro quanto os operários se reuniam ao cair da tarde para conversar sobre os assuntos da vida e do mundo. Você gostaria de pertencer a esta comunidade?

Sim, A igualdade social e algo que esta muito longe de se concretizar, talvez nunca aconteça, por motivos óbvios, desde que o homem adquiriu a noção do que é ter poder, de conquistar e de fazer riqueza, tornou-se um ser ambicioso tanto para o bem como para o mau, a vontade de conquistar e se sobressair entre outros atiçou seu raciocínio o fez evoluir para criar varias maneiras de conquista, criou novas tecnologias acumulou mais capital e se distanciou dos seus pares mais “fracos”.

Isso aconteceu no passado, acontece hoje e dificilmente deixara de acontecer no futuro, nossa mente não foi criada para compartilhar, desde pequenos somos ensinados de uma forma meio que involuntária a sermos egoístas, se não temos o melhor brinquedo aprendemos que para possuir tal desejo e preciso que nossos pais ganhem mais, trabalhem mais, quando somos jovens a comparação com outros de maior poder aquisitivo e inevitável, por que ele tem um carro e eu não? O que esta faltando? Eu trabalho, estudo, tenho uma vida digna, mas não consigo suprir minhas necessidades, onde está o erro?

Então a sociedade a faculdade o trabalho todos te cobram para produzir mais, a concorrência e cruel e implacável se você não se superar a cada dia vem outro e toma o seu lugar, não há como escapar, se hoje você mata um leão de dificuldades alguém vem e diz que não e suficiente amanha você precisa começar a matar dois, e nunca estão satisfeitos, você corre sempre mais contra o tempo, contra o chefe que quer fechar a meta do mês, contra o trabalho da faculdade que precisa estar impecável para apresentação, contra sua própria vida, pois pra você tempo e um mero espectador de tudo ate você descobrir que lutou tanto contra ele e no final ele venceu, você não tem mais forcas, nem paciência e talvez nem mais o próprio tempo e descobre que no fim depois de tanta luta e dificuldades ainda faltaram muitas coisas a se concretizar então descobre que o tempo e o protagonista principal e você vai ser apenas mais um que entrou na sua historia, poucos se destacarão e ficarão lembrados mais a maioria não passara de apenas uma vírgula que com o passar dos anos e de suas próprias gerações, se perderão na lembrança.

Não se trata de comunismo, mais sim de um capitalismo sustentável, crescer em prol de todos. Pensar como se fossemos um sistema em que um precisa do outro, assim como andam milhares de automóveis nas ruas tentando evitar batidas, você protege o seu e evita bater o outro. Talvez quando formos ensinados a pensar assim essa igualdade deixe de ser utopia e comece a fazer parte da nossa realidade.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lixão sem impermeabilização

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõe seus resíduos em lixões.

Você sabe a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.




















Já o aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de tratamento para este efluente.

Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

O estado do Rio de janeiro é composto por 92 Municípios, em resíduos sólidos, se encontra com:

  • 04 Aterros Sanitários Licenciados:

Rio das Ostras, Nova Iguaçu, Piraí, Macaé;

  • 13 Aterros “Controlados”:

Angra dos Reis, Caxias (Gramacho), Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Barra do Piraí, Rio Bonito, Santa Maria Madalena, Petrópolis, Miracema, Maricá, Porciúncula, Natividade;

  • 06 Aterros Sanitários em Licenciamento:

Macaé (novo), Rio de Janeiro (Paciência), Nova Friburgo (novo), Paracambi, São Pedro da Aldeia, Campos;

  • 4 Unidades de Triagem e Compostagem em fase de implantação;
  • 53 Unidades de Triagem e Compostagem implantadas, desde 1977, sendo que 26 unidades operando normalmente;
  • 62 Vazadouros (lixões), sendo 48 com catadores, crianças, animais de corte e vetores.

lixo.com.br - Lixão x Aterro

Impermeabilizante à base de asfalto modificado com elastômeros de SBS

O que é
DENVERPREN SBS é um impermeabilizante flexível para moldagem no local, monocomponente, formulado a partir de asfalto modificado com elastômeros de SBS dispersos em meio solvente, com excelente estabilidade físico-química, elasticidade permanente e grande durabilidade.

Onde usar?
Impermeabilização de lajes, jardineiras, marquises,terraços, pisos frios, calhas, baldrames, piscinas,tanques, paredes em gesso acartonado, arremates de
rodapés, ralos, tubos emergentes, etc.

VANTAGENS
 Fácil aplicação com: rolo de lã-de-carneiro,trincha, rodo, vassoura de pêlos macios ou pelo método AIRLESS SPRAY1.
 Aplicado a frio, forma uma membrana monolítica de excepcional impermeabilidade, elasticidade, aderência e durabilidade.
 Aceita a colocação de revestimentos diretamente sobre sua superfície.

PROPRIEDADES TÍPICAS
As propriedades a seguir foram obtidas em ensaios de laboratório. Valores de ensaios de novos lotes podem apresentar pequenas variações.

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METODOLOGIA DE APLICAÇÃO
Preparação da Superfície A superfície a ser impermeabilizada deverá estar limpa,
seca, isenta de óleos, graxas e partículas soltas de qualquer natureza.

Executar a regularização com argamassa de cimento e areia, traço 1:3 em volume, com acabamento desempenado e caimento mínimo de 1% em direção aos ralos. Arredondar os cantos vivos e as arestas. As tubulações emergentes e ralos deverão estar rigidamente fixados, garantindo assim a perfeita
execução dos arremates. A impermeabilização deverá ser executada nos rodapés, a uma altura mínima de 30 cm do piso acabado.  Calafetar ralos, juntas e trincas com selante adequado, Denverjunta Poliuretano TX.


Aplicação
Aplicar a primeira demão de Denverpren SBS diluído com Denversolvente 300, na seguinte proporção: para cada lata de Denverpren SBS adicionar 1/3 do volume de Denversolvente 300, aguardando a secagem por aproximadamente 6 horas. Aplicar 4 ou mais demãos de Denverpren SBS até  atingir o consumo recomendado, em função do tipo de aplicação. Cumprir o tempo de secagem entre demãos. Incorporar uma tela industrial de poliester (malha 1 x 1
mm) após a 1ª demão, sobrepondo 5 cm nas emendas. Em áreas onde se prevê grande movimentação estrutural, poderá ser eventualmente necessária a
utilização de uma segunda tela de poliéster. Recomenda-se a colocação de uma camada separadora com filme de polietileno ou papel Kraft betumado, sobre a impermeabilização seca, antes da proteção mecânica. Executar a proteção mecânica primária com argamassa de cimento e areia, traço 1:4 a 1:5, em volume, com espessura mínima de 2 cm sobre a camada separadora.
Dimensionar a proteção mecânica final de acordo com as solicitações que lhe serão impostas.

No caso de coberturas expostas, não havendo a necessidade de proteção mecânica, pode-se aplicar de 2 a 3 demãos de tinta refletiva flexível, Denversol TOP, produto com excelentes características de proteção e reflexão solar. Para esta solução a área deverá apresentar caimentos mínimos de 2% em direção aos condutores de água.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Novos viadutos em Manaus

 

Mais intervenções no trânsito

Imagens digitais: divulgação

As obras da passagem de desnível da Djalma Batista e Constantino Nery com as ruas João Valério e Pará devem levar oito meses

 

Márcio Azevedo
Da Equipe de A CRÍTICA
O manauense deve começar a se preparar para as novas intervenções no trânsito da cidade. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) garantiu que em julho dará início às obras do complexo viário do Vieiralves, Zona Centro-Sul, e da bola do São José, Zona Leste. A execução do projeto da passagem de desnível das avenidas Djalma Batista e Constantino Nery com as ruas João Valério e Pará deve levar oito meses. Já a previsão para o viaduto do São José é de 11 meses.
As duas obras devem complicar ainda mais o trânsito nesses locais. A obra mais complicada será a do Vieiralves. “Existe um igarapé que passa por baixo daquela área e teremos que drenar antes de iniciarmos”, disse Américo Gorayeb, secretário Municipal de Infraestrutura, que adiantou que o orçamento dessa obra ainda está em fase de finalização. “Vamos começar pela Djalma Batista com João Valério e Pará. Depois executamos a parte da Constantino”, explicou.

A construção da bola do São José, segundo a Seminf, vai ser semelhante à da bola do Coroado. Inclusive o valor deve ser equivalente: aproximadamente R$ 41 milhões. “Apesar de haver um tráfego mais pesado nessa área, há mais alternativas para desviar o trânsito”, informou o titular da Seminf.
Como vai ficar

Após a conclusão do complexo viário do Vieiralves, o tráfego nos dois sentidos da avenida Djalma Batista vai ser feito por baixo das ruas João Valério e Pará, por meio de um um mergulho semelhante ao existente no cruzamento das avenidas Umberto Calderaro Filho com Ephigênio Salles.
Na Constantino, o trânsito vai fluir de outra maneira. A rua João Valério, sentido Vieiralves-São Jorge, vai passar por baixo da Constantino Nery. Embaixo do cruzamento haverá a opção do motorista dobrar à esquerda para pegar uma rampa com saída para a Constantino, no sentido Centro.
Pela Pará, no sentido São Jorge-Vieiralves, o motorista cruza a ponte do São Jorge e entra em um mergulho por baixo da Constantino Nery, saindo em direção à Djalma Batista. Para ir ao Centro, ao sair da ponte, o motorista terá uma rampa com direita livre para a Constantino. O atual retorno que hoje existe da Pará para a Constantino no sentido Estádio Vivaldo Lima, deixará de existir.

Na bola do São José, o mergulho vai ser feito pela avenida Autaz Mirim (Grande Circular). Já quem vem pela avenida Cosme Ferreira, no sentido Aleixo-Zona Leste, cruza a bola do São José por cima para acessar a avenida Autaz Mirim ou seguir na Cosme Ferreira, sentido Zumbi.
A construção dessas obras vai ficar a cargo de uma única empresa, como garantiu o secretário de Infraestrutura.

Fonte; A Crítica | Digital

sábado, 3 de abril de 2010

Instalação de manta subcobertura

A manta instalada sob as telhas ajuda a garantir estanqueidade e conforto térmico. Confira os procedimentos para executar uma subcobertura em um telhado em reformas


Reportagem: Juliana Nakamura/Revista Equipe de Obra

Em reformas ou mesmo durante a construção de telhados novos, a colocação da subcobertura é uma das fases mais críticas. Não por se tratar de uma etapa difícil de executar. Muito pelo contrário. Leves e de manuseio simples, as mantas são facilmente pregadas nos caibros de madeira. O problema é que, muitas vezes, essa etapa é deixada de lado, resultando em infiltrações, goteiras e mofo.

Júlio Domingues, gerente de marketing para a América Latina da DuPont, explica que o uso da subcobertura pode trazer ganhos importantes ao imóvel. Primeiro, ao servir como barreira física para a entrada de água. Segundo, porque as mantas funcionam também como barreira térmica, reduzindo a transferência de calor para dentro do ambiente.

Além disso, o material proporciona maior vida útil ao telhado ao evitar que a madeira utilizada na estrutura sofra apodrecimento causado pelo acúmulo indevido de água. Por fim, as subcoberturas com mantas compostas por fibras de polietileno de alta densidade podem ser respiráveis, ou seja, permitem que o vapor gerado dentro do imóvel saia pelos poros da manta, mas sem permitir que a água na forma líquida se infiltre no ambiente seco. Só que todas essas vantagens podem ser jogadas fora se não houver uma instalação adequada. Por isso, fique de olho nos procedimentos e dicas listados a seguir.

Ferramentas e Epis

Fotos: Marcelo Scandaroli

Martelo, cinto para ferramentas, serrote, lápis, estilete, linha, metro e esquadro. EPIs obrigatórios: capacete, luvas, cinto paraquedista, óculos.

Passo 1

Fotos: Marcelo Scandaroli

Os trabalhadores iniciam a retirada das telhas para chegar à estrutura da cobertura.

Passo 2

Fotos: Marcelo Scandaroli

As ripas também foram eliminadas, já que não estavam em condições de serem reaproveitadas.

Passo 3

Fotos: Marcelo Scandaroli

Como nesse caso os caibros ainda estavam íntegros, não precisaram ser substituídos. Quando se tratar de novas instalações, os caibros deverão ser pregados paralelamente, com espaçamento de 30 a 50 cm aproximadamente.

Detalhe

Fotos: Marcelo Scandaroli

Antes de prosseguir com a instalação da cobertura, os telhadistas realizam a limpeza de toda a área com a ajuda de um vassourão.

Passo 4

Fotos: Marcelo Scandaroli

Antes de recolocar as ripas de madeira é preciso inserir a subcobertura. Desenrole a manta no sentido perpendicular aos caibros com a folha de alumínio voltada para baixo. Comece sempre de baixo para cima, ou seja, do beiral até a cumeeira do telhado.

Passo 5

Fotos: Marcelo Scandaroli

Com martelo e prego prenda a manta ao frechal (viga de madeira no topo da parede). Deixe uma sobra de manta de aproximadamente 10 cm para ser dobrada para dentro da calha quando esta existir.

Passo 6

Fotos: Marcelo Scandaroli

Em seguida, ainda com martelo e prego, fixe a manta aos caibros. Esse processo pode ser feito também com grampeador de tapeceiro.

Passo 7

Fotos: Marcelo Scandaroli

Inicie a colocação dos contracaibros (também chamados de recaibros) pregando-os aos caibros. Os contracaibros são fundamentais para criar um distanciamento entre a manta e a telha, permitindo a circulação de ar.

Revista Equipe de Obra | Instalação de manta subcobertura - A manta instalada sob as telhas ajuda a garantir estanqueidade e conforto térmico. Confira os procedimentos para executar uma subcobertura em um telhado em reformas | Construção e Reforma

A manta instalada sob as telhas ajuda a garantir estanqueidade e conforto térmico. Confira os procedimentos para executar uma subcobertura em um telhado em reformas


Reportagem: Juliana Nakamura

Passo 8

Fotos: Marcelo Scandaroli

As faixas de mantas deverão ser sobrepostas em 10 cm. Por isso, meça uma faixa com essa medida marcando com o lápis o ponto exato onde deverá haver essa sobreposição.

Passo 9

Fotos: Marcelo Scandaroli

Em seguida, coloque a segunda faixa de manta, sobrepondo-a em 10 cm, conforme medido anteriormente.

Passo 10

Fotos: Marcelo Scandaroli

Caso haja sobras de manta, corte os excessos com um estilete.

Passo 11

Fotos: Marcelo Scandaroli

Então, prossiga com a fixação dos contracaibros até concluir toda a área de trabalho.

Passo 12

Fotos: Marcelo Scandaroli

Inicie a medição para colocação do ripamento que servirá de suporte para as telhas. Lembre-se que cada tipo de telha costuma ter um tamanho. Assim, de acordo com a telha a ser utilizada, deve-se definir as posições onde serão fixadas as ripas.

Passo 13

Fotos: Marcelo Scandaroli

As primeiras fiadas são sempre as mais críticas, já que erros nessa etapa podem comprometer todo o alinhamento das telhas. Portanto, tenha muita atenção ao tirar as medidas. Passe a linha para garantir exatidão na colocação da primeira ripa.

Passo 14

Fotos: Marcelo Scandaroli

Fixe a primeira ripa com prego e martelo.

Passo 15

Fotos: Marcelo Scandaroli

Para definir o local de instalação das ripas seguintes utilize um gabarito de madeira (galga). Esse instrumento pode ser produzido no canteiro a partir das medidas das telhas, cortando-se uma ripa de madeira com serra.

Passo 16

Fotos: Marcelo Scandaroli

Utilizando a galga como referência, fixe as demais ripas com prego até concluir toda a área de trabalho.

Detalhe

Fotos: Marcelo Scandaroli

Galga produzida sob medida para telha, que no caso dessa obra, era do tipo italiana.

Passo 17

Fotos: Marcelo Scandaroli

Por fim, coloque as telhas encaixando-as nas ripas.

Atenção às dicas

» Quando a manta apresentar película de alumínio apenas em uma das faces, posicione o alumínio para baixo, para otimizar o desempenho térmico da cobertura.

» Para serviços em telhados é obrigatória a instalação de cabo-guia de aço para fixação do cinto de segurança tipo paraquedista.

» Use sinalização e isolamento no térreo para evitar que outros trabalhadores sejam atingidos por eventual queda de materiais e/ou equipamentos.

» As mantas subcobertura podem ser utilizadas sob telhas de diferentes tipos, desde as cerâmicas, até as de concreto e as metálicas.

» Serviços realizados em telhados são um dos que mais sofrem com a ocorrência de chuvas. Nunca abra panos muito longos para não correr o risco de ser pego de surpresa por chuvas.

Obra: Reforma de residência em São Paulo. Instalação: Engetelhas. Fornecedor de manta subcobertura: Dupont. Agradecimentos: Eng. Carlos Alberto Massavelli, diretor de obras da Engetelhas.

Fonte:Revista Equipe de Obra | Instalação de manta subcobertura - A manta instalada sob as telhas ajuda a garantir estanqueidade e conforto térmico. Confira os procedimentos para executar uma subcobertura em um telhado em reformas | Construção e Reforma

quarta-feira, 31 de março de 2010

Viapol promoveu qualificação em impermeabilização

 

Município mineiro recebeu especialista na área de impermeabilização em palestra direcionada a profissionais da construção civil


Prática ainda pouco usual no Brasil, a impermeabilização é tema da palestra que será realizada no dia 17 de março, em Ipatinga (MG), sob o tema "Por que e como contratar Impermeabilização". A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Viapol, referência nacional no mercado de impermeabilizantes e no desenvolvimento de soluções para o setor da construção civil e diversos segmentos industriais, e a Construtora Vieira Marques. O objetivo do encontro é levar informações técnicas sobre os vários fatores que interferem e devem ser levados em conta num projeto construtivo.

Voltado a profissionais da área da construção civil, o evento gratuito é uma oportunidade de conhecer os benefícios dos impermeabilizantes e ter contato com especialistas no setor. Entre os pontos a serem discutidos, estão projeto de impermeabilização e projetos que interferem na impermeabilização; projeções da impermeabilização e condições econômicas e legais; e abordagem sobre patologias na impermeabilização. A palestra será ministrada por Marcos Storte, gerente de negócios da Viapol, no auditório da Inspetoria do CREA -MG.
Informação e formação

A difusão de informações referente a este tema é fundamental para a conquista de novos consumidores e a expansão de mercado. Para tanto, os profissionais da construção têm na Viapol todo o suporte para a utilização do extenso portfólio da empresa. São diversas ações voltadas aos diferentes tipos de consumidores, a exemplo da realização de cursos práticos direcionados a engenheiros e aplicadores e de palestras apresentadas em construtoras, universidades, órgãos públicos e privados, que indicam aos profissionais da área a importância da impermeabilização e as corretas técnicas de aplicação dos produtos, de forma a garantir seu melhor desempenho e resultado.
O Departamento Técnico e de Especificação da empresa desenvolve ainda manuais técnicos, folhetos, gibis e materiais publieditoriais, que auxiliam os profissionais do setor a conhecerem e especificarem produtos de acordo com suas características. Para o público varejista, são realizados, em home centers e lojas de material de construção, treinamentos e demonstrações práticas de aplicação dos produtos.
Produtos e soluções

A Viapol dispõe de impermeabilizantes, selantes, aditivos, agentes de cura, adesivos, mantas, entre outros tipos de produtos, indicados para as mais diversas aplicações, que agem tanto para a prevenção como para a solução dos problemas causados pela falta de impermeabilização de estruturas. "Esses produtos estão disponíveis no mercado há várias décadas, mas em geral não são de conhecimento do grande público. São mais utilizados em grandes empreendimentos. No entanto, com a maior demanda, a redução dos custos e ações voltadas à divulgação dos produtos, os impermeabilizantes, aos poucos, estão mais conhecidos entre os diversos profissionais do setor e entre os consumidores também", observa Storte.

Palestrante
Marcos Storte é Engenheiro Civil, formado pela Escola de Engenharia Civil de Volta Redonda (RJ), mestre em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e autor do livro "Látex Estireno Butadieno - aplicação em concretos de cimentos e polímeros".
Serviço
Palestra: "Por que e como contratar impermeabilização"

Outros cursos estão disponiveis no site da Viapol

Fonte: Viapol promove qualificação em impermeabilização | Segs Portal Nacional

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vender e saber vender

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Vender e saber vender existe uma grande diferença entre o vendedor de materiais de construção comum e o vendedor de materiais de construção especializado em impermeabilização

Para o primeiro e mais fácil se sobre sair, afinal o cliente já sabe qual a função do cimento da areia, do tijolo, do fio elétrico, da cerâmica em fim eu mesmo eu que estou construindo minha casa e lá já se vão alguns anos sei para que serve cada coisa e onde deve ser colocada.

Neste Brasil de milhões de casa populares e impossível que alguém não tenha visto, comprado ou ate mesmo aplicado estes tipos de materiais, sempre tem aquele que da um jeitinho para instalar suas próprias coisas, pintar seu portão, fazer as ligações das suas tomadas, consertar seu telhado, ou seja, de pedreiro e louco todo mundo tem um pouco.

Mas e a impermeabilização? Essa parte e um pouquinho mais complicada, e tem sempre aquele milagreiro que resolve tudo, aqui na loja já vi frases assim;

Usa Sika que resolve!

É só passar frio asfalto que NUNCA MAIS VAZA!

Fiz uma massa forte isso já resolve!

Se derreter isopor, veda tudo

O Sika 3 e mais forte que o Sika 1 (esse merece um post!)

Comprei vedalit mas o meu pedreiro disse que não precisava (também ele não sabia usar)

Sobraram 3 caixas acho que a senhora comprou exagerado uma demão bastava, isso quando não ocorre o contrário, agente diz ao cliente que são necessários 10 baldes e ele leva 5, (não ta tão ruim assim não meu fio, isso eu sei que basta!)

Quando se tem o conhecimento técnico do produto você além de um vendedor passa a ser um verdadeiro consultor para solucionar os problemas do cliente, não dá só pra dizer “olha leva esse aí que ta bom!” o cliente que procura este tipo de produto geralmente chega à loja totalmente perdido, não sabe direito o que perguntar e nem o que está procurando, cabe a nos desvendar com experiência o seu problema e dar a solução para que ele saia satisfeito e confiante que o produto que ele adquiriu vai funcionar

Sensibilidade, rapidez de raciocínio, conhecimento, gentileza e confiança no produto a ser indicado para o cliente são alguns dos itens que não podem faltar a um consultor técnico em impermeabilização

E como se chega a este nível? Estudo muito estudo e pesquisa sobre os produtos, suas funções, marcas, pra que servem, onde aplicar, a maneira mais apropriada, conhecer os catálogos dos fabricantes, e ainda tem aqueles em que o cliente liga e você nunca ouviu falar, sequer vende em sua cidade, mas a nossa amiga internet tai pra isso, não existe um produto que um cliente meu tenha solicitado, que eu no momento até poderia não conhecer, mas com uma pesquisa rápida eu já sabia o que era e já procurava um similar em seguida só pra ver se eu poderia atendê-lo.

Nada paga a satisfação de resolver o problema do cliente deixa-lo satisfeito e fazer de você uma referencia um ícone onde o cliente sabe que e só perguntar que você terá a solução.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Avaliação experimental de sistemas de ancoragem para CFRP

Experimental evaluation of CFRP anchorage systems
Natasha Cristina da Silva Costa
Graduanda em Engenharia Civil, Universidade Federal do Pará

Resumo
Este trabalho objetiva avaliar o desempenho experimental de sistemas de ancoragem para reforço estrutural com fibra de carbono. Foram ensaiados 13 corpos-de-prova prismáticos de concreto com diferentes tipos de dispositivos de ancoragem, além
de ancoragens retas. Os prismas foram ensaiados utilizando-se uma gaiola de reação que impede rotações, garantindo que os esforços atuantes nos corpos-de-prova  fossem predominantemente de tração. São apresentadas as forças e modos de ruína, além dos padrões de fissuração observados.
Os resultados experimentais mostraram que os prismas com ancoragem adicional apresentaram resistências últimas superiores aos dos prismas com ancoragem reta, sendo que para estes verificou-se que à medida que os comprimentos de ancoragem reta eram aumentados, os valores de tensão
tenderam a se igualar em aproximadamente 1,0 MPa. Os sistemas adicionais para melhorar o desempenho das ancoragens retas aumentaram a eficiência dos reforços em até 88 %.

1. Introdução
Com a ampla aplicação do CFRP (Carbon Fiber Reinforced Polymers) no reforço de estruturas de concreto armado torna-se necessário o aprimoramento das ancoragens destes sistemas a fim de aperfeiçoar a utilização do material compósito, solicitando-o ao máximo. A necessidade de reforço ou recuperação
estrutural geralmente ocorre quando a estrutura, ou parte dela, apresenta desgaste natural, falhas de projeto ou de execução e excesso de carregamento, dentre outros fatores. Este sistema de reforço ébasicamente composto por três componentes: o primer epóxico, o epóxi estruturante e a manta de fibra de carbono. O primer tem como função estabelecer a ponte de ligação entre a superfície do substrato e o reforço estrutural. Já o epóxi estruturante viabiliza a transmissão de esforços entre as fibras de carbono, além de proteger as mesmas de agressões do meio. As fibras de carbono são responsáveis pela resistência e rigidez do material compósito, sendo que a capacidade resistente se dá pela ligação carbono-carbono e é máxima na direção da orientação das fibras. Características deste tipo de reforço como o baixo peso e a alta resistência e rigidez, agregam diversas vantagens a este sistema em relação às chapas e barras metálicas. Beber (in Machado, 2004) apresenta que para um mesmo incremento de resistência, 2,0 kg deste material compósito poderiam substituir 47 kg de aço Uma vez que são encontrados na literatura trabalhos onde a capacidade resistente de reforços estruturais com CFRP foram comprometidas por falhas na ancoragem, se faz necessário estudar que mecanismos de ancoragem proporcionariam melhores desempenhos aos reforços. De acordo com Chahrour e Soudki (2005), em elementos estruturais de concreto armado predominantemente sujeitos à flexão, por exemplo, mecanismos de ancoragem eficientes proporcionam menores deslocamentos e deformações na armadura longitudinal, quando comparados a elementos sem ancoragem adicional. Este comportamento também foi observado por Toutanji et al. (2006) e Rocha (2006) experimentalmente. Visando contribuir para a obtenção de parâmetros que melhorem o entendimento dos mecanismos de ancoragem dos sistemas que utilizam CFRP, este trabalho apresenta resultados da análise experimental de 13 corpos-de-prova prismáticos de concreto com diferentes dispositivos e comprimentos de ancoragem, observando-se e comparando-se os padrões de fissuração, modos e forças de ruína, principalmente, com os resultados encontrados na literatura.


2. Características dos materiais
2.1 Fibra de Carbono
O sistema de reforço utilizado foi o MFC – 130, sendo que as propriedades apresentadas nas Tabelas 1, 2 e 3 para a manta de fibra de carbono, resina epóxica estruturante e primer epóxico, respectivamente, foram retiradas do catálogo técnico do fabricante, fornecido pela empresa Rogertec Ltda., distribuidora do sistema no Brasil. O aspecto da manta de fibra de carbono é mostrado na Figura 1. As fibras que compõem ente sistema de reforço são orientadas em uma única direção e possuem as propriedades apresentadas na Tabela 1. Nesta tabela estão as principais vantagens físicas e mecânicas do material, como o baixo peso próprio e a elevada resistência à tração. O processo de obtenção das fibras de carbono se dá a partir da carbonização de fibras de polímeros como o poliacrilonitrila. Já as características mecânicas irão depender da estrutura molecular obtida ao final do processo e, dependendo do tipo de fibra polimérica carbonizada inicialmente, as propriedades mecânicas também podem variar consideravelmente. Observa-se na figura 2
que alguns tipos de fibra comumente utilizados são mais resistentes que o aço, além de apresentarem
comportamento elástico até a ruptura, que pode ser caracterizada como frágil. Esta característica é
repassada ao elemento estrutural. O patamar de escoamento não é definido, como no caso do aço.


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Figura 1: Fibra de carbono.

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2.2. Resina epóxica estruturante
As resinas epóxicas utilizadas neste tipo de reforço são dos grupos epoxílicos derivados da epicloridrina e do bisfenol A. A formulação deste material pode garantir, dentre outras propriedades importantes, resistência à tração de 57 MPa e resistência à compressão de 81 MPa, mas estes valores
podem variar até 90 MPa e 210 MPa, respectivamente. Na Tabela 2 são apresentadas as principais características da resina epóxica utilizada nos prismas ensaiados.image

2.3. Primer epóxico
Uma etapa fundamental para o bom desempenho do reforço é a aplicação do primer epóxico. Após limpeza da superfície do elemento estrutural aplica-se o primer, que é o material responsável pela ponte de aderência entre o substrato de concreto e a resina de saturação (epóxi estruturante). O primer é composto por epóxi-poliamina curada, bicomponente, de baixa viscosidade e com 100 % de sólidos. Na tabela 3 são apresentadas as principais características do primer utilizado, de acordo com as recomendações do fabricante.
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3. Programa experimental
3.1 Concretos
Os concretos utilizados na moldagem dos prismas foram dosados em central e foram realizadas duas concretagens. Na primeira concretagem foram confeccionados todos os prismas do Grupo II. O mesmo traço de concreto foi utilizado na confecção dos prismas da segunda etapa, onde foram confeccionados todos os
prismas do grupo I. Foram ainda confeccionados, de acordo com a NBR 5738 (ABNT, 2008), 9 corpos-deprova cilíndricos (100 mm x 200 mm) em cada concretagem, sendo 3 para os ensaios de tração por compressão diametral, 3 para os de compressão axial e 3 para os de módulo de elasticidade.O cimento utilizado na dosagem dos concretos foi o Portland CPII-Z 32 (com adição pozolânica), como agregado graúdo foi utilizado o seixo rolado, típico da Região Norte do Brasil, com granulometria 19 mm e como agregado miúdo utilizou-se a areia comum, classificada geralmente como fina ou muito fina, com diâmetro máximo de 2,4 mm. A desmoldagem dos prismas ocorreu após 48 horas de suas respectivas concretagens. O processo de cura foi realizado em câmara úmida onde todos os prismas permaneceram por,
no mínimo, 28 dias. 3.2 Características dos prismas
Treze (13) prismas de concreto com dimensões de 120 mm x 150 mm x 300 mm foram confeccionados e ensaiados até a ruptura no Laboratório de Engenharia Civil da Universidade Federal do
Pará. Todos os prismas receberam duas camadas de tecido de fibra de carbono com largura (bfc) de 50 mm. As principais variáveis foram os comprimentos de ancoragem e os dispositivos mecânicos propostos para melhorar o desempenho das ancoragens retas. Para os prismas com ancoragens retas, os comprimentos colados de CFRP variaram de 70 mm a 250 mm. Para os prismas onde foram introduzidos incrementos de
ancoragem, o comprimento colado lbfc foi fixado em 250 mm. A colagem das faixas de fibra de carbono foi realizada afastando-se as mesmas 20 mm das bordas dos prismas. Este procedimento foi adotado para evitar que durante o processo de cura o epóxi estruturante escorresse e mudasse a orientação do reforço,
além de evitar o surgimento de um potencial plano de corte que levaria à ruptura precoce do reforço.


Os prismas foram então divididos em dois grupos: o Grupo I apresentou 8 prismas com apenas ancoragens retas, e o Grupo 2 foi formado por 5 prismas com ancoragem adicional. Os dispositivos de ancoragem propostos foram compostos por faixas de fibra de carbono em forma de “U”, disposto sobre o comprimento de ancoragem reto, e barras de aço fixadas com adesivo epóxi Sikadur 32 em sulcos executados no substrato, sobre o reforço de CFRP. Os raios de abaulamento, ou seja, do arredondamento nos cantos dos sulcos, tinham como função aliviar o acúmulo de tensões nas arestas e variaram de 13 a 52
mm, para permitir avaliar a influência dos mesmos no comportamento das ancoragens caso o menor raio viabilizasse o seccionamento por corte do reforço nesta região. O aspecto destes raios de abaulamento é mostrado na Figura 3. As Figuras 4 e 5 mostram as características dos prismas dos grupos I e II,
respectivamente. Na Tabela 4 são apresentadas as principais características dos prismas ensaiados.image

3.3 Execução dos reforços Após o período de cura, realizado de acordo com as prescrições da NBR 5738 (ABNT, 2008), iniciouse a execução dos reforços. Primeiramente demarcou-se com fita adesiva a região onde seria colada a fibra de carbono, com a finalidade de facilitar a sua correta aplicação e delimitar a área de aplicação do epóxi,

como mostrado na Figura 6. Em seguida, preparou-se o primer epóxico na proporção 5:1, de acordo com as recomendações do fabricante. Após a mistura e homogeneização o material foi então aplicado nos prismas com o auxilio de um rolo de espuma com a mesma largura da faixa de fibra a ser colada, como mostrado na
Figura 7. Após aproximadamente 3 horas o primer atingiu a viscosidade ideal e a primeira camada de epóxi estruturante, preparada na proporção 1:1, novamente segundo as recomendações do fabricante, pôde ser aplicada, de acordo com a Figura 8. Logo em seguida, a primeira camada de fibra de carbono foi posicionada. Este procedimento foi repetido de acordo com o número de camadas do reforço, como mostrado na figura 9. Os prismas foram mantidos em processo de cura por sete dias, conforme recomendações do fabricante, e somente após este período os mesmos foram ensaiados.image Após a colagem das faixas de fibra de carbono para ancoragem reta, iniciou-se a execução dos dispositivos de incremento de ancoragem. As faixas que envolveram os prismas, formando um “U”, foram fixadas de acordo com o processo já descrito nas Figuras de 6 a 9. Estes dispositivos apresentaram número
e posições das camadas de fibra variados, como mostra a Figura 10. Para os prismas com barras de aço fixadas e imersas em adesivo epóxico foram confeccionados sulcos no substrato para melhorar a ancoragem das faixas de fibra de carbono. Em seguida, foi preparado o adesivo epóxico com o auxilio de uma espátula e de uma placa metálica de base, como mostrado na Figura 11.image

3.4 Sistema de ensaio
Após o período de cura do reforço estrutural foram realizados os ensaios em laboratório. O sistema de ensaio utilizado foi basicamente constituído de uma gaiola metálica de reação e uma garra para arrancamento do reforço, como mostrado na Figura 12. Os prismas foram posicionados dentro da gaiola de reação mostrada na Figura 13, que apresenta a principal característica de evitar rotações, de forma que as faixas de fibra de carbono atravessassem a abertura na placa de fundo para, posteriormente, serem tracionadas com o auxilio da garra metálica mostrada na Figura 14. Esta garra pode ser devidamente
regulada com parafusos para evitar o escorregamento da fibra durante os ensaios.image

O carregamento foi aplicado através de um cilindro hidráulico com capacidade para 1.000 kN, acionado por uma bomba hidráulica de igual capacidade. O carregamento foi medido com o auxilio de uma célula de força de 0,5 kN de precisão, conectada a uma leitora digital. Ao acionar o cilindro a gaiola era deslocada e os esforços eram transmitidos ao sistema de reforço, tracionando a fibra de carbono e comprimindo o bloco prismático de concreto. O sistema de ensaio mostrou-se estável e tomou-se apenas o cuidado de se verificar o nivelamento da fibra de carbono com a garra metálica para que os esforços não
mudassem de direção.
4. Resultados
4.1 Concretos
Os ensaios de compressão axial foram realizados de acordo com a NBR 5739 (ABNT, 2007), tendo
como resultado médio 39 MPa para a primeira concretagem e 43,0 MPa para a segunda concretagem. O
valor médio para os ensaios de tração foi 3,0 MPa para a primeira concretagem e 2,4 MPa para a segunda
concretagem.


4.2 Reforços
As áreas de fibra de carbono (Afc) aderidas ao substrato, o comprimento de ancoragem (lbfc), as forças observadas na ruína (Fu) e as tensões últimas de aderência (su) para cada prisma estão apresentadas nas tabelas 5 e 6, e na figura 15, respectivamente. Observou-se com os resultados experimentais que à medida que se aumentava os comprimentos de ancoragem nos prismas com ancoragem reta, as tensões de aderência diminuíam, chegando a ser 66 % menor entre o prisma AF 07 e o AF 25. A justificativa
encontrada é que as tensões de aderência não se distribuem ao longo do comprimento de ancoragem, mas se concentram na extremidade do reforço, como mostra a Figura 16. Quanto ao comprimento do trecho mais solicitado, ainda existem divergências na literatura, mas não é raro encontrar trabalhos sugerindo o comprimento de 100 mm. Porém, à medida que os dispositivos de ancoragem foram introduzidos, conseguiu-se elevar as tensões em até 88 % em relação aos prismas com o mesmo comprimento de ancoragem, sem dispositivos adicionais.
Nakaba et al. (2001) afirmam que, como a força de tração dos CFC é transferida ao concreto, não existe tensão de aderência entre as regiões descoladas. Isso significa que quando o comprimento de
aderência excede a um comprimento critico (igual ao comprimento de aderência efetivo) da ordem de 100 mm, a carga de fratura permanece constante. Estas conclusões ratificam os resultados encontrados na Tabela 5 e Figura 15, mostrando que as cargas mantiveram-se constantes à medida que se aumentava o comprimento de ancoragem.

Observou-se que em todos os prismas a ruína se deu na extremidade do laminado, destacando o concreto nesta região, pelo fato do mesmo apresentar-se como o componente mais frágil do sistema. Chen e Teng (2001) observaram que existem seis distintos modos de falha para os laminados utilizando compósitos, e dentre estes modos tem-se a falha na interface concreto/adesivo, que ocorre devido à concentração de tensões tangenciais nesta interface. Na Tabela 7 são apresentados os modos de ruptura observados nos ensaios, e nas Figuras 17 e 18
são mostrados aspectos dos prismas do grupo I e II, respectivamente. Segundo Chajes et al. (in Meneghel,2005) devido à esta redução da tensão média de aderência com o aumento do comprimento de ancoragem, se faz necessário confirmar a segurança do CFRP, ou buscar um comprimento de aderência adequado para evitar a ruína brusca ou do tipo frágil. Este modo de ruína foi observado em todos os prismas ensaiados e apresentados neste trabalho. Não há um regime de escoamento, simplesmente o CFRP rompe e a capacidade resistente cai bruscamente.

imageimage

Para tracionar as faixas de fibra de carbono durante os ensaios, inicialmente as duas chapas extremas da garra receberam uma camada de resina epóxi do tipo Araldite 10 minutos em suas faces
internas. As faixas de fibra foram então posicionadas entre estas chapas e o aperto era regulado através dos parafusos, como mostra a Figura 19. Durante os ensaios o prisma AF 17 teve o CFRP seccionado precocemente devido ao atrito com a borda do furo localizado na chapa de fundo da gaiola de reação. O valor observado para a força aplicada no momento do seccionamento do reforço foi anteriormente apresentado na Tabela 6.image

De acordo com Neubauer e Rostasy (in Meneghel, 2005) os valores muitas vezes utilizados para os comprimentos de ancoragem podem ser demasiadamente longos, e podem não colaborar com a capacidade resistente do reforço. Os autores propõem que, para a obtenção do comprimento de ancoragem efetivo, seja utilizada a equação 1. Na equação lt,max é o comprimento de ancoragem máximo,El é o modulo de elasticidade do CFRP, tl é a espessura do CFRP e fctm é a resistência a tração média da superfície de concreto. O gráfico tensão última versus comprimento de ancoragem para os prismas do Grupo I é mostrado na figura 20, onde se percebe claramente que quando os comprimentos de ancoragem aumentam as
tensões de aderência diminuem, ratificando que para grandes comprimentos de ancoragem não se consegue atingir a tensão máxima de aderência.

5. Conclusões
Foram apresentados os resultados dos ensaios de 13 prismas de concreto com reforços de CFRP apresentando diferentes comprimentos e tipos de ancoragem. Verificou-se que à medida que o comprimento de ancoragem aumentava a tensão de aderência diminuía, tendendo a se estabilizar em torno de 1,0 MPa, mas ensaios adicionais são necessários para confirmar este valor. Estes resultados, corroborados pelos de outros pesquisadores, indicam que os reforços com CFRP apresentando comprimentos de ancoragens retos podem ser dimensionados em função da tensão de aderência, e que o aumento sem o devido controle do comprimento de ancoragem pode resultar em desperdício de material. Os dispositivos de ancoragem adicionais mostraram-se eficientes, aumentando em até 88 % a tensão de aderência do sistema de reforço. Destaca-se o fato destes sistemas não circundarem os prismas, ou seja, no reforço de uma viga, por
exemplo, não haveria a necessidade de perfurar lajes ou paredes para aumentar significativamente a tensão de aderência. Entretanto, verificou-se que estes dispositivos precisam ser melhorados, podendo apresentar desempenhos superiores. O sistema de ensaio, desenvolvido na UFPA especificamente para ensaios excêntricos de arrancamento, mostrou-se adequado para ensaios de cisalhamento da ponte de aderência de laminados de CFRP sobre superfícies de concreto, podendo a gaiola de reação ser acoplada a máquinas universais de ensaio.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Engenheiro no inferno

 

 

Um engenheiro morreu e foi aos portões do céu. São Pedro analisou sua ficha e disse:
- Ah, mas você está no lugar errado. Aqui não pode ficar!
E o engenheiro, então, desceu aos portões do inferno e lá foi admitido. Mal havia chegado, o engenheiro ja estava insatisfeito com o nivel de conforto no inferno. Logo comecou a fazer projetos e várias obras e benfeitorias tomaram início. Pouco tempo depois, já havia no inferno ar-condicionado, banheiros reformados e escadasrolantes, e o engenheiro era um cara muito popular por lá.
Um dia Deus chamou o Diabo ao telefone e disse ironicamente:
- E então, como estao as coisas aí em baixo, no inferno?
O Diabo respondeu:
- Uma maravilha ! Tudo muito bem. Nós agora temos ar condicionado,
banheiros reformados e escadasrolantes, e isso sem falar o que este engenheiro está planejando para breve.
Do outro lado da linha, surpreso, Deus respondeu:
- O que?!! Vocês tem um engenheiro ai? Isso é um engano, ele nunca deveria ter descido para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente.
O Diabo respondeu:
- Sem possibilidade. Eu gostei de ter um engenheiro na equipe, e continuarei mantendo-o aqui.
Deus, ja mais irritado, e em tom de ameaça:
- Mande-o voltar aqui, ou Eu tomarei as medidas legais.
O Diabo soltou uma gargalhada, e respondeu:
- Tudo bem. E onde você irá conseguir um advogado?

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