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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jules Henri Fayol

Technorati Marcas: livros contabéis,erros de escrituração,classificação dos livros de escrituração,como impermeabilizar minha parede?,onde aplicar,qual o melhor produto para vazamentos? qual o melhor produto para infiltrações?

Agora que estou chegando ao fim da faculdade de Administração vou disponibilizar vários trabalhos feitos por mim no decorrer do curso, assim vou ajudar novos universitários que com certeza vão aproveitar e muito esse conteúdo, afinal foi graças a faculdade que tive essa visão geral de como resolver vários problemas no dia dia do meu trabalho tanto na parte de vendas, de compras e de
geranciamento de pessoal.
Como podem ver impermeabilização está muito além de ser apenas serviços e produtos, existe toda uma estrutura que faz isso funcionar até chegar ao consumidor final, para entender isso deve se ter uma visão ampla de tudo que esta a sua volta e da empresa também.

image Esta pesquisa destina-se a estudar e verificar a aplicabilidade dos princípios de Henri Fayol na administração moderna, bem como a importância destes princípios nos dias de hoje na visão de alguns autores contemporâneos. Aborda os conceitos de cada princípio da forma como foram escritos por Fayol, apresenta o cenário da gestão empresarial dos recursos materiais e humanos e discuti a validade da aplicação destes princípios e medida/intensidade com que devem ser utilizados na administração moderna.

ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

A abordagem clássica se divide em:

Administração Científica com o americano Frederick Taylor

Teoria Clássica com o europeu Henry Fayol.

Partiram de pontos distintos com a preocupação de aumentar a eficiência na empresa. Seus postulados dominaram aproximadamente as quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organizações.

A origem da Abordagem Clássica da Administração está nas conseqüências geradas pela revolução industrial, basicamente no crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação, e a necessidade de aumentar a eficiência e competência das organizações no sentido de obter melhor rendimento possível dos seus recursos e fazer face à concorrência e competição que se avolumavam entre as empresas.

INTRODUÇÃO

Em todas as disciplinas e áreas do conhecimento, seja ela exata, humana ou biológica, é de fundamental importância o estudo investigativo dos primeiros pensadores de determinado assunto, bem como de suas respectivas teorias, princípios, fórmulas, etc, pois os estudos destes pioneiros são a base estrutural do conhecimento atual e o primeiro degrau de apoio para que novos pesquisadores possam se amparar nestas teorias e propor outras mais avançadas e adequadas ao contexto atual.

No estudo investigativo, os pesquisadores encontrarão desde teorias complementares obsoletas e inadequadas às necessidades atuais até teorias

intactas e perfeitamente aplicáveis, passando por outras que devem apenas ser aperfeiçoadas. Na disciplina de Administração não é diferente devido ao infinito leque de autores que contribuíram à constituição da Teoria Geral da Administração.

Dentro da Teoria Geral da Administração, existe uma divisão chamada Teoria Clássica da Administração formada pela Teoria da Administração Científica

(Frederick Taylor), Teoria Administrativa (Henri Fayol) e Teoria da Burocracia (Max

Weber).

Henri Fayol, engenheiro educado na França, foi o maior teórico da perspectiva clássica, introduziu as funções da administração, aceitas e aplicadas atualmente no mundo todo e escreveu os Princípios Gerais da Administração, que são o tema desta pesquisa.

O problema de pesquisa deste artigo é tentar avaliar portanto, através do método de pesquisa bibliográfica : Qual é a aplicabilidade dos princípios de Fayol na administração moderna ? Ou seja, verificar se estes princípios podem ser aplicados atualmente e caso o sejam, em que proporção devem ser utilizados. Tem-se como objetivo verificar se o fayolismo é obsoleto ou aplicável e a justificativa para este trabalho é explicada pelo fato de ser um tema muito interessante e discutido entre pesquisadores no meio acadêmico do mundo todo, além do que pode ser de grande utilidade a gestores e futuros gestores administrativos que certamente deverão utilizar estes princípios em busca da eficiência e da eficácia nos processos de administração material e humana.

Jules Henri Fayol

Jules Henri Fayol (Nascido em Istambul, 29 de Julho de 1841 – Falecido em Paris, 19 de Novembro de 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria Clássica da Administração e autor de Administração Industrial e Geral (título original: Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle).

Vida

Jules Henri Fayol era filho de André Fayol, um contramestre em metalurgia. Casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos, Marie Henriette, Madeleine e Henri Joseph, o último sempre hostil às idéias do pai.

Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais, contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores estavam Luther Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick.

Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias de Frederick Taylor e Henry Ford.

Seus princípios seguiam dois critérios principais:

· A administração é o processo de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.

· A administração é função distinta das demais (finanças, produção e distribuição) .

Obras

· Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle, Paris : Dunod, 1966

· Tâches actuelles et futures des dirigents. - Bruxelles : CNBOS, 1967

A APLICABILIDADE DOS PRINCÍPIOS DE HENRY FAYOL NA

ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA

OS PRINCÍPIOS DE FAYOL

1. Especialização do Trabalho

“A divisão do trabalho tem por finalidade produzir mais e melhor, com o mesmo esforço. O operário que faz todos os dias a mesma peça e o chefe que trata constantemente dos mesmo negócios adquirem mais habilidade, mais segurança e mais precisão e, conseqüentemente, aumentam de rendimento.” (FAYOL,1990, p.44).” Fayol acreditava que a especialização reduziria o nível de atenção e esforço a serem aplicados naquela atividade e que aumentaria a produtividade por meio da repetição.

Este princípio foi altamente difundido e aplicado deste Henry Ford (na sua linha de Montagem) até meados do século passado, quando algumas empresas não respeitaram o limite da especialização provocando conseqüências indesejáveis como monotonia, fadiga, tensão, absenteísmo e rotatividade.

Deve ser ressaltado porém, que Fayol advertiu em sua teoria sobre este limite quando reconheceu as limitações da especialização do trabalho e disse que a experiência e o sendo de medida deveriam ensinar a não ultrapassar determinados limites.

“Hoje, a maioria dos gerentes não encara a especialização do trabalho nem como obsoleta e nem como fonte inesgotável de aumento de produtividade.”

(ROBBINS, 2002, p.172).

Ou seja, há grandes empresas, atualmente, que fazem da especialização uma prática fundamental para alavancar a produção e outras que descobriram formas alternativas para o mesmo fim, como rotação das funções desempenhadas pelos funcionários.

2. Autoridade e Responsabilidade

A autoridade consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer. Não se concebe autoridade sem responsabilidade, isto é, sem a sansão que acompanha o exercício do poder.” (FAYOL,1990, p.45).De acordo com Fayol, o equilíbrio entre a autoridade e a responsabilidade é condição essencial de uma boa administração.

Levando em consideração que a maioria esmagadora das organizações tem seu organograma estruturado por níveis hierárquicos, estes conceitos mencionados são automaticamente inerentes às mesmas. O que deve ser considerado neste princípio é a maneira como o gestor aplica a autoridade a ele concedida. Antigamente, as autoridades mais comuns eram as autocráticas, nas quais os chefes eram centralizadores, coercitivos, punitivos e inibidores o que prejudica sensivelmente a motivação e o bem-estar físico e mental do funcionários.

Atualmente, a preocupação com custos, principalmente, os relacionados à assistência médica, fazem com que as empresas revejam muitas de suas práticas de autoridade e responsabilidade e adotem posturas mais participativas e de valorização humana.” (MATOS, 1996, p.56).

3. Disciplina

A disciplina consiste, essencialmente, na obediência, na assiduidade, na atividade, na presença e nos sinais exteriores de respeito demonstrados segundo as convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes.” (FAYOL, 1990, p.46).

Para Fayol, os meios para estabelecer e manter a disciplina eficaz são : bons chefes, convenções claras e justas e aplicação de sansões penais. A disciplina consiste basicamente no funcionário direcionar seu comportamento de acordo com as regras da organização, sendo ela realmente indispensável ao alcance das metas e objetivos organizacionais. No entanto a linha do tempo propicia a percepção da diferença no modo como este fator era aplicado em comparação com os dias de hoje.

Antigamente a disciplina deveria ser incorporada pelo funcionário sem contestação, era controlada de forma rígida (haja vista a ligação com a autoridade autocrática mencionada no capítulo anterior) e mesmo para Fayol, punições deveriam ser aplicadas caso não fosse obedecida.

Atualmente, contamos com algumas mudanças sob a visão deste aspecto. “Os meios de se atingir a disciplina ficam por conta das pessoas, enquanto os resultados são cobrados pela organização. Assim, o desejável é que as organizações negociem com seus membros os parâmetros de comportamento que estes deverão seguir, sendo que a ação corretiva deve ser preferida à ação punitiva.” (CHIAVENATO, 2002, p.578).

4. Unidade de Comando

Para a execução de um ato qualquer, um agente deve receber ordens somente de um chefe.” (FAYOL,1990, p.48). Fayol opinava que em qualquer organização, a dualidade de comando era fonte perpétua de conflito, às vezes muito grave.

A unidade de comando ajuda a preservar uma linha de autoridade na qual um funcionário recebe ordens apenas de um superior evitando prioridades que sejam conflitantes advindas de mais de um chefe.

Parece óbvio a importância da unidade de comando no que diz respeito ao cumprimento das tarefas designadas. No entanto, de acordo com Robbins (2002), este princípio assume menor relevância atualmente devido à popularidade das equipes autogeridas e interfuncionais e à criação de novos desenhos industriais que incluem chefes múltiplos. No entanto, algumas empresas ainda utilizam a unidade de comando para aumentar a produtividade, o que faz com que o princípio não possa ser descartado.

5. Unidade de Direção

“Um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo.” (FAYOL, 1990, p.49). Este é um princípio que não deve ser confundido com o anterior que apregoa recebimento de ordens de apenas um chefe, enquanto este, um só chefe e um só programa.

“Seu entendimento torna-se bem simples ao passo que estabelece que uma organização deve se mover toda à direção de um objetivo comum. Sem dúvida, é fundamental que após o estabelecimento das metas e objetivos, os funcionários conduzam seus esforços ao encontro destes, no entanto é necessário ressaltar que as organizações possuem mais de um objetivo, comumente chamados de múltiplos objetivos.” (ROBBINS, 1990, p.132).

6. Subordinação do Interesse Individual ao Interesse Geral

“Esse princípio lembra que o interesse de um agente ou de um grupo de agentes não deve prevalecer sobre o interesse da empresa.”(FAYOL, 1990, p.49). Fayol propõe alguns meios para garantir que os membros da empresa não priorizem seus interesses particulares : firmeza e bom exemplo dos chefes, regras justas e vigilância sempre atenta.

É percebido a existência de interesses antagônicos entre o trabalhador e a empresa e a necessidade de buscar uma harmonia. Neste cenário, este relacionamento pode se tornar conflitivo se o objetivo de um lado estiver em direção oposta ao do outro lado. Por exemplo, um funcionário que tenha definido como meta um aumento salário a curto prazo, estará com um objetivo antagônico ao da empresa, caso esta esteja praticando uma política de redução de custos. De acordo com Bernard ( 1971 ) interdependência das necessidades da organização e do indivíduo é imensa pois os objetivos são entrelaçados. O indivíduo precisa ser eficaz (atingir os objetivos organizacionais por meio da sua participação) e ser eficiente (satisfazer suas necessidades individuais mediante sua participação) para sobreviver dentro do sistema.

7. Remuneração do Pessoal

A remuneração do pessoal é o prêmio pelo serviço prestado. Deve ser eqüitativa e, tanto quanto possível, satisfazer ao mesmo tempo ao pessoal e à empresa, ao empregador a ao empregado. O patrão, no próprio interesse do negócio, deve cuidar da saúde, do vigor físico, da instrução, da moralidade e da estabilidade de seu pessoal.” (FAYOL , 1990, p.50).

A remuneração justa ao trabalho executado é um dos princípios que com certeza jamais se tornará obsoleto, pois envolve não só remuneração financeira, mas também recompensas não financeiras. Fayol, bem avançado ao seu tempo, já citava prêmios de incentivo e participação nos lucros.

8. Centralização

“Segundo a definição de Fayol, a centralização era como a diminuição da importância do papel do subordinado, enquanto a descentralização era a elevação desta importância”.(SILVA, 2001, p.149).

Fayol considerava a centralização como algo natural, utilizando o exemplo de que como no organismo, as sensações convergiam na direção do cérebro que emite as ordens para as demais partes do corpo.

“Em consonância com esforços gerenciais recentes no sentido de tornar as organizações mais flexíveis e sensíveis, houve significativa tendência rumo à descentralização da tomada de decisões.” (ROBBINS, 2002, p.176).

Talvez devido a esta tendência, alguns autores interpretam e criticam erroneamente este princípio. No entanto Fayol deixa bem claro em sua teoria que a centralização ou descentralização são questões de medida, cujo o limite deve ser adequado a cada empresa.

9. Hierarquia

“Constitui a hierarquia a série dos chefes que vai da autoridade superior aos agentes inferiores.”( FAYOL,1990, p.57 ). Alguns autores denominam este princípio como “Cadeia Escalar”, porém o sentido permanece sendo o mesmo.

A importância deste princípio é destacada pois as ordens, estratégias, convenções e comunicados em geral partem da autoridade superior com destino aos níveis gerencial e, como destinatário final, ao nível operacional, através da via hierárquica, visando satisfazer à exigência de uma transmissão segura e da unidade de comando.

“Em condições de grande incerteza, a hierarquia geralmente se torna mais eficiente, substituindo os mercados mediante a alocação de recursos, segundo regras e relações de autoridade. As regras criam classificações de cargos, definem programas de remuneração, identificam as pessoas autorizadas, determinam quem pode agir com quem e assim por diante. Dessa forma, as organizações hierárquicas surgem porque reduzem custos mediante o estabelecimento de regras e a coordenação de posições que não são encontradas no mercado.” (ROBBINS, 2002,p.32).

O princípio da hierarquia é portanto, perfeitamente aplicável de acordo com a afirmação mencionada e mesmo assim, Fayol adverte sobre a necessidade de conciliar a hierarquia com a agilidade, pois muitas operações para serem efetivadas com sucesso dependem essencialmente da rapidez da execução.

10. Ordem

“Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar (ordem material), e um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar (ordem social). Para que impere a ordem material é preciso que um lugar tenha sido reservado para cada objeto e que todo objeto esteja no lugar que lhe foi designado, para a ordem social, que um lugar seja reservado a cada agente e que cada agente esteja no lugar que lhe foi destinado.” (FAYOL,1990, p.59).

Ou seja, este princípio que está dividido em duas partes, nada mais visa do que a correta alocação de recursos, para que se obtenha como resultado a diminuição de perdas de materiais e de tempo e a otimização da mão-de-obra. A aceitação desse princípio é inegável dada à redução de custos propiciada pelo correto gerenciamento dos recursos materiais e humanos.

11. Equidade

Para que o pessoal seja estimulado a empregar no exercício de suas funções toda a boa vontade e o devotamento de que é capaz, é preciso que sejam tratados com benevolência; e equidade resulta da combinação da benevolência com a justiça.

A equidade exige em sua aplicação, muito bom senso, muita experiência e muita vontade.” (FAYOL, 1990, p.61).

O que Fayol quer dizer é que a justiça deve ser interpretada circunstancialmente (caso a caso) e que aliando-a à benevolência, surge a equidade, que é fundamental no processo de gerenciamento humano.

Muito se discuti a respeito de políticas de recursos humanos e aplicação de métodos para motivar os funcionários. Dentre essas políticas e métodos, a Equidade é um princípio ou até mesmo um valor, que se apresenta como ferramenta essencial no processo de motivação do quadro de funcionários.

“Quando há ausência de equidade, o funcionário experimenta um sentimento de injustiça e insatisfação. Por exemplo, quando da percepção de um salário menor ou maior do que ele julga ser o justo. Os sentimentos de injustiça e insatisfação levam a tensão, raiva ou culpa que provocam danos ao desempenho do pessoal.” (CHIAVENATO, 2002, p.366). Já quando há equidade, o funcionário se sente satisfeito e conseqüentemente altera positivamente seu desempenho.

12. Estabilidade do Pessoal

Um agente precisa de tempo para iniciar-se em uma nova função e chegar a desempenhá-la bem. Se ele for deslocado assim que sua iniciação acabar ou antes que ela termine, não terá tido tempo de prestar serviço apreciável e, se a mesma coisa se repetir indefinidamente, a função jamais será bem desempenhada.” (FAYOL, 1990, p.61).

Este princípio visa evitar um fator muito indesejável na administração de

recursos humanos: a rotatividade, que é um intercâmbio entre o número de pessoas admitidas e pessoas desligadas pela organização num determinado período de tempo. Mas por que seria um nível de rotatividade alta tão indesejada ? Este fator deve ser evitado pelas organizações pois ele reflete um número elevado de demissões e admissões constantes que podem causar danos à imagem da empresa, pela perda de identidade humana e cultural. Além desta desvantagem, a alta rotatividade gera um custo elevadíssimo à organização, formado por custos de recrutamento e seleção, custo de integração, custo de desligamento, de perda na produção, etc.

“Por todos estes motivos, é que o princípio da estabilidade do pessoal é muito importante, devido também à preocupação dos executivos desta área em manter um pequeno índice de rotatividade.” (CHIAVENATO, 2002, p.179).

13. Iniciativa

“Conceber um plano e assegurar-lhe o sucesso é uma das mais vivas satisfações que o homem inteligente pode experimentar; é, também, um dos mais fortes estimuladores da atividade humana. Essa possibilidade de conceber e de executar é o que se chama de iniciativa. A liberdade de propor e de executar são, também, cada uma de per si, elementos de iniciativa.” (FAYOL,1990, p.62).

Este princípio equilibra o princípio da centralização de modo que se encontre a medida ideal para a delegação de poder e autoridade de acordo com cada tipo de organização.

Discuti-se atualmente a respeito de características desejáveis não só em gerentes, mas em funcionários de modo geral, dentre estas características está a proatividade inerente a funcionários que não executam somente o necessário ou apenas o que lhes foram ordenado mas detectam as tendências e antecipam ações.

“Portanto deve haver não só a iniciativa da empresa, mas também a proatividade dos funcionários, pois a maioria das organizações está redesenhando o trabalho e os cargos de modo a deixar aos trabalhadores grande parte das decisões de trabalho anteriormente tomadas exclusivamente pelos gerentes” (ROBBINS, 2002, p.18).

14. União do Pessoal

“A harmonia e a união do pessoal de uma empresa são grande fonte de vitalidade para ela. É necessário, pois, realizar esforços para estabelecê-la.” (FAYOL, 1990, p.62 ).

Este, o último princípio, é o reflexo de mais uma tendência antecipada por Fayol, pois as empresas atualmente despendem um esforço muito grande na área de recursos humanos para prover equipes na organização.

Esta prática ocorre em função do alto desempenho atingido pelo trabalho em equipe através da sinergia positiva, ou seja, a soma dos esforços resulta num nível maior de desempenho que a simples soma das contribuições individuais. O uso das equipes cria ainda, um potencial à empresa para alavancar a produção sem nenhum incremento de insumos.

De acordo com Milkovich ( 2000 ), em função destes benefícios e vantagens, as novas tecnologias assumem à tendência desta formação e são consideradas fundamentais na construção da organização moderna.

A tabela a seguir apresenta de forma bem direta algumas afirmações de Fayol comparadas às opiniões de autores contemporâneos a respeito de cada princípio mencionado.

Tabela – Fayol x Autores Contemporâneos

PRINCÍPIO

FAYOL

AUTORES

Especialização do

Trabalho

“Produzir mais e melhor com o mesmo esforço.”

“Nem obsoleta nem fonte inesgotável de aumento de produtividade.”

Robbins

Autoridade e

Responsabilidade

“Equilíbrio entre ambas é

condição essencial de uma boa administração.”

“Adoção de posturas mais

participativas e de valorização humana.” Matos

Disciplina

“Consiste na obediência e

assiduidade conforme

convenções estabelecidas.”

“O desejável é a negociação dos parâmetros de comportamento.” Chiavenato

Unidade de

Comando

“Um agente deve receber

ordens somente de um chefe."

“Criação de novos desenhos

industriais que incluem chefes

múltiplos.” Robbins

Unidade de

Direção

“Um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam o mesmo objetivo.”

“A organização deve se mover toda à direção de um objetivo comum mas possuem mais de um.” Robbins

Subordinação do

Interesse Individual

ao Interesse Geral

“O interesse de um agente ou de um grupo de agentes não deve prevalecer sobre o

interesse da empresa.”

O indivíduo precisa atingir os

objetivos da empresa e satisfazer às suas necessidades para sobreviver no sistema.” Bernard

Remuneração do

Pessoal

“Deve ser eqüitativa e, tanto

quanto possível satisfazer ao

mesmo tempo ao pessoal e à empresa.”

“Boa parte da riqueza gerada pela organização passa aos empregados

sob a forma de salário.”

Centralização “É a diminuição do papel do

subordinado.”

Houve significativa tendência rumo à descentralização.” Robbins

Hierarquia

“Constitui a série dos chefes

que vai da autoridade superior aos agentes inferiores.”

“Em condições de grande incerteza, a hierarquia geralmente se torna mais

eficiente.” Robbins

Equidade

“Para que o pessoal seja

estimulado a empregar toda aboa vontade e o devotamento de que é capaz é preciso que sejam tratados com benevolência.”

Quando há ausência de equidade, o funcionário experimenta um

sentimento de injustiça e

insatisfação.” Chiavenato.

Iniciativa

“Conceber um plano e

assegurar-lhe o sucesso é umadas mais vivas satisfações que

o homem inteligente pode

experimentar.”

“A maioria das organizações estádeixando a cargo dos funcionários as tomadas de decisões anteriormente

tomadas exclusivamente pelos

gerente.” Robbins

CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada neste artigo, torna-se inegável afirmar que os princípios de Henri Fayol são perfeitamente aplicáveis na administração material e humana das organizações modernas.

Fayol, engenheiro e pesquisador, propôs não somente os princípios estudados neste artigo, como também a Teoria Administrativa, as operações das empresas, as qualidades necessárias para um bom administrador, etc, que quando analisadas hoje, levam à conclusão que seus ensinamentos de modo geral, irão perdurar por um longo período, isto se não forem eternos (guardados as cabíveis ressalvas) no desempenho da atividade dos administradores, talvez sejam estes os feitos que lhe outorgam o título de “pai da administração moderna”.

Concentrando-se especificamente no tema deste trabalho, sem dúvida algum princípio ou outro mereça um sutil aperfeiçoamento conforme o contexto no qual for aplicado, no entanto devemos absolver este nobre teórico devido à realidade no qual o mesmo viveu, haja vista que os princípios aqui estudados foram escritos em 1916.

Respondendo ao problema de pesquisa: os princípios de Fayol podem

realmente serem aplicados na administração moderna e, quanto a medida de

aplicação, conforme o próprio Fayol já havia advertido, cada princípio não pode ser tratado de forma rígida e absoluta, sendo necessário guardar as devidas proporções na adoção de cada um deles.

Uma das limitações desta pesquisa é a carência de um maior número de bibliografias estrangeiras, além de não possuir nenhuma menção a respeito de como utilizar os princípios de acordo com cada segmento empresarial: indústria, comércio, prestação de serviços, etc.

Sua semente é deixar uma proposta a outros pesquisadores para que estudem a influência dos princípios em cada um dos segmentos mencionados ou até mesmo estudar a aplicação das outras teorias da escola clássica na administração das organizações contemporâneas.

BIBLIOGRAFIA

BARNARD. Chester I. As funções do executivo. 1.ed. São Paulo : Atlas, 1971.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7.ed. São Paulo : Atlas, 2002.

DRUCKER, Peter. Fator Humano e Desempenho. 3.ed. São Paulo: Pioneira, 1997.

FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. 10.ed. São Paulo : Atlas, 1994.

MATOS, Francisco Gomes. Empresa Feliz. 3.ed. São Paulo : Makron Books, 1996.

MILKOVICH, George , BOUDREAU, John. Administração de Recursos Humanos. 1.ed.

São Paulo : Atlas, 2000.

ROBBINS, Stephen Paul. Administração : Mudanças e Perspectivas. 1.ed. São Paulo :

Saraiva : 2002.

SILVA, Reinaldo Oliveira. Teorias da Administração. 1.ed. São Paulo : Pioneira Thomson

Learning, 2001.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

O engenheiro Frederick Winslow Taylor (1856-1915), é o fundador da Administração Científica nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos.

Ênfase: Chão de Fabrica – Tarefas

Enfoque: Produção

Seu trabalho se deu no chão de fábrica junto ao operariado, voltado para a sua tarefa. Preocupou-se exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário através do estudo dos tempos e movimentos (Motion-time Study). Taylor começou por baixo, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.

Taylor verificou que um operário médio produzia menos do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível. Conclui-se que o operário não produzia mais, pois seu colega também não produzia. Daí surgiu a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.

Taylor escreve um livro: Shop Management, cuja essência é:

• O Objetivo de uma boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção.

• Para realizar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisas e experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle de operações fabris.

• Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados, para que as normas possam ser cumpridas.

• Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida.

• Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos princípios mencionados.

Numa Segunda fase do trabalho de Taylor ele concluiu que a racionalização do trabalho do operário deveria ser acompanhado de uma estruturação geral da empresa. Esta empresa padecia de três tipos de problemas:

1- Vadiagem sistemática por parte dos operários, que vem da época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores. O sistema defeituoso de administração. Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas.

A maioria dos trabalhadores acredita que o trabalho com maior rapidez causaria injustiça aos seus colegas e os arrastaria ao desemprego, mas a estória da evolução mostra que quanto mais rápida e aperfeiçoada a produção a empresa obtém mais lucros e com isso gera mais empregos.

Tendo esta idéia errônea de que a rapidez causa desemprego muitos trabalhadores que são esforçados acabam também entrando no ritmo de lentidão não irão produzir mais que os colegas que produzem a metade ganhando o mesmo salário.

2- Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização. Os antigos sistemas de administração isolam o trabalhador fazendo que ele não compreenda como executar suas tarefas de acordo com as normas e leis existentes

Taylor mostra graças a uma serie de exemplos práticos que a cooperação através da divisão eqüitativa das responsabilidades cotidianas afastara todos os grandes obstáculos descritos e obterá o rendimento máximo ao mesmo tempo de cada homem e maquina e passa a ganhar muito mais do que nos antigos sistemas de administração

3- Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.

Para sanar esses três problemas, idealizou o seu famoso sistema de Administração que denominou Scientific Management (Gerência Científica, Organização Cientifica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho). Este trabalho é composto por 75% de análise e 25% de bom senso.

O estudo dos modos poderá ser usado como coordenar, cronometrar cada passo do operário desde sua chegada ao seu local de trabalho, o modo como trabalha com as maquinas, substituir movimentos lentos criar o uso de ferramentas mais adequadas ao oficio com o estudo minucioso do tempo.

Taylor via a necessidade premente de aplicar métodos científicos à administração, para garantir a consecução de seus objetivos de máxima produção a mínimo custo. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho. (ORT). Os principais aspectos da ORT são:

Seleção Cientifica do Trabalhador – O trabalhador deve desempenhar a tarefa mais compatível com suas aptidões. A maestria da tarefa, resultado de muito treino, é importante para o funcionário (que é valorizado) e para a empresa (que aumenta sua produtividade).

Tempo-padrão – O trabalhador deve atingir no mínimo a produção estabelecida pela gerência. É muito importante contar com parâmetros de controle da produtividade, porque o ser humano é naturalmente preguiçoso. Se o seu salário estiver garantido, ele certamente produzirá o menos possível.

Plano de incentivo Salarial – A remuneração dos funcionários deve ser proporcional ao número de unidades produzidas. Essa determinação se baseia no conceito do Homo economicus, que considera as recompensas e sanções financeiras as mais significativas para o trabalhador.

Trabalho em Conjunto – Os interesses dos funcionários (altos salários) e da administração (baixo custo de produção) podem ser conciliados, através da busca do maior grau de eficiência e produtividade. Quando o trabalhador produz muito, sua remuneração aumenta e a produtividade da empresa também.

Gerentes planejam, Operários executam – O planejamento deve ser de responsabilidade exclusiva da gerência, enquanto a execução cabe aos operários e seus supervisores.

Desenhos de cargos e tarefas – Com a Administração Cientifica, a preocupação básica era a racionalidade do trabalho do operário e, consequentemente, o desenho dos cargos mais simples e elementares. A ênfase sobre as tarefas a serem executadas levou os engenheiros americanos a simplificarem os cargos no sentido de obter o máximo de especialização de cada trabalhador.

Divisão do Trabalho especialização do operário – Uma tarefa deve ser dividida ao maior número possível de subtarefas. Quanto menor e mais simples a tarefa, maior será a habilidade do operário em desempenhá-la. Ao realizar um movimento simples repetidas vezes, o funcionário ganha velocidade na sua atividade, aumentando o número de unidades produzidas e elevando seu salário de forma proporcional ao seu esforço.

Supervisão – Deve ser funcional, ou seja, especializada por áreas. A função básica do supervisor, como o próprio nome indica, é controlar o trabalho dos funcionários, verificando o número de unidades produzidas e o cumprimento da produção padrão mínima. Aqui um operário tem vários supervisores de acordo com a especialidade.

Ênfase na Eficiência – Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the best way). Para descobri-la, a administração deve empreender um estudo de tempos e métodos, decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos trabalhadores.

Homo economicus – Toda pessoa é profundamente influenciada por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura trabalho não porque goste dele, mas como um meio de ganhar a vida através do salário que o trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver.

Condições de Trabalho – Taylor verificou que as condições do trabalho interferiam nos resultados do trabalho. Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho para minimizar esforço e perda de tempo na execução do trabalho.

Arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção.

Melhoria do ambiente físico de trabalho, diminuição do ruído, melhor ventilação e iluminação.

Padronização – (Aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir custos) Taylor através dos seus estudos preocupou-se com a padronização dos métodos e processos de trabalho, máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, para eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.

Princípio da exceção – Por este principio, Taylor se preocupava somente com os resultados que saiam fora dos padrões esperados, para corrigi-los. Assim, este princípio é um sistema de informação que apresenta seus dados somente quando os resultados efetivamente verificados na prática divergem ou se distanciam dos resultados previstos em algum programa.

OS SEGUIDORES DAS IDÉIAS DE TAYLOR

Harrington Emerson (1853-1931) – Um dos principais auxiliares de Taylor – Engenheiro - popularizou a Administração Cientifica, desenvolveu os primeiros trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados. Idealizou 12 princípios para eficiência:

1- Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os ideais.

2- Estabelecer o predomínio do bom senso.

3- Manter orientação e supervisão competentes.

4- Manter disciplina.

5- Manter honestidade nos acordos.

6- Manter registros precisos imediatos e adequados.

7- Fixar remuneração proporcional ao trabalho.

8- Fixar normas padronizadas para as condições do trabalho.

9- Fixar normas padronizadas para o trabalho.

10- Fixar normas padronizadas para as operações.

11- Estabelecer instruções precisas.

12- Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficiência.

COMENTÁRIOS:

Taylor encontrou um ambiente totalmente desorganizado, desestruturado e tentou por uma certa ordem na casa. Foi a primeira tentativa da Teoria da Administração. Foi um progresso. Entretanto, inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Cientifica: o mecanismo de sua abordagem, que lhe garante o nome de teoria da máquina, a superespecialização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomado isoladamente e como apêndice da maquina industrial, a ausência de qualquer comprovação cientifica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado. Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Administração Cientifica foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. É um passo pioneiro e irreversível.

Lembre-se: Nesta teoria a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Toda abordagem Clássica da Administração alicerçava-se nessa teoria da motivação. É uma abordagem puramente tecnicista e mecanicista.

BIBLIOGRAFIA

TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração cientifica. São Paulo: Atlas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ESCOLA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

PESQUISA SOBRE FREDERICK TAYLOR (ÊNFASE NAS TAREFAS) E HENRI FAYOL (ÊNFASE NAS ESTRUTURAS)

ORIENTADORA: PROFª DENISE

ALUNOS: REGINALDO CARVALHO DE SOUZA

ELCINEY ARAUJO DA SILVA

MANAUS

2006

HITECH HITOUCH

Technorati Marcas: livros contabéis,erros de escrituração,classificação dos livros de escrituração,como impermeabilizar minha parede?,onde aplicar,qual o melhor produto para vazamentos? qual o melhor produto para infiltrações?


Agora que estou chegando ao fim da faculdade de Administração vou disponibilizar vários trabalhos feitos por mim no decorrer do curso, assim vou ajudar novos universitários que com certeza vão aproveitar e muito esse conteúdo, afinal foi graças a faculdade que tive essa visão geral de como resolver vários problemas no dia dia do meu trabalho tanto na parte de vendas, de compras e de
geranciamento de pessoal.
Como podem ver impermeabilização está muito além de ser apenas serviços e produtos, existe toda uma estrutura que faz isso funcionar até chegar ao consumidor final, para entender isso deve se ter uma visão ampla de tudo que esta a sua volta e da empresa também.

image

ANIMAL, VEGETAL, MINERAL

O estudo da genética hoje esta evoluindo para resolver um dos grandes problemas da humanidade, o ser humano sempre procurou varias formas de manter o bem estar do seu corpo e mente, mas sua luta contra vários tipos de doenças e uma constante, agora depois da evolução da engenharia genética isso já esta acontecendo.

Nossa geração já presencia a transformação de diversos produtos criados para o bem estar do ser humano, o conhecimento do DNA, a criação de novas plantas transgênicas a opção de transplantes de órgãos tirados de animais modificados, realmente estamos evoluindo mais rápido do que o ritmo que a natureza permite, isto leva a humanidade a uma grande questão; até onde podemos chegar? Deus ainda tem controle sobre nos ou já estamos chegando ao ponto de querer controlar tudo como Deus?

Toda evolução tem seu preço, ativistas lutam para que acabem com experimentos com animais protegendo a natureza, mas como usar um remédio em uma criança enferma sem testá-lo, seria ético arriscar a vida de humanos? ou de cobaias criadas para esse fim?, a visão religiosa apesar de ser contra muitas pesquisas e pensamentos científicos ainda aceita esta situação pois é a ciência a favor da vida.

A engenharia genética veio para nos ajudar e devemos levar em consideração que toda vida nasce de uma fonte em comum e que deve ser preservada e usada de uma forma apropriada para que não seja extinta ou modificada totalmente em beneficio somente dos seres humanos.

O biólogo David Dilcher afirma “As plantas estão empenhadas controlar o comportamento animal, as plantas dado que elas não são entidades pensantes, desenvolveram uma estratégia para cooptar o comportamento dos animais” isso leva-nos a crer que as modificações criadas pela engenharia genética têm que ser feitas baseadas em vários critérios de como essas mudanças podem afetar um ecossistema na busca de aumentar nossa produção alimentar.

Grandes agricultores visam lucros extraordinários com essas mudanças o governo investe em alta tecnologia para aumento da produção, mas se a coerência não for usada essas mudanças poderão afetar o equilíbrio natural da terra, afetar nossa sobrevivência ate extinguir varias espécies de seres vivos.

A engenharia genética na agricultura tem sido usada em vários paises desenvolvidos, nos Estados Unidos chega a ser quase metade de sua produção, mas mesmo o auto nível de desenvolvimento tem seus bloqueios, na Europa existe muita desconfiança com relação a qualidade dos alimentos modificados geneticamente talvez lembrança de um passado que já presenciou o abuso maciço da genética doenças como a ‘vaca louca” para prevenção o governo o briga esses produtores a identificar seus produtos como sendo geneticamente modificados.

Enquanto isso a cada ano nos Estados Unidos a produção de sementes modificadas cresce aumentando sua receita em milhões, as leis americanas são mais brandas com relação a esse controle, e a população americana ao contrario da européia consome esse tipo de produto sem muito receio, aberta a maiores riscos pois existem industrias que praticamente associaram os herbicidas as plantas modificadas, criando uma divisão na agricultura entre plantas geneticamente alteradas e orgânicas

A evolução da genética e as novas descobertas das maravilhas do seu potencial podem ser comparadas à criação da bomba atômica, se não houver coerência na maneira de usar esse conhecimento suas conseqüências podem ser catastróficas.

Diretrizes e não proibições são necessárias. O conhecimento precisa ser ampliado” (pg. 198)

Esse conhecimento tem crescido numa velocidade espantosa, ainda há muito para se descobrir e suas diretrizes têm que partir da idéia que essa evolução ajudara a humanidade criando novas maneiras de darmos bem estar as pessoas, o conhecimento humano usado de uma forma indevida pode virar uma arma usada contra ele próprio se não for freada na hora certa.

O DOGMA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

Ciência e religião, como se entender? Uma mostra todas as verdades da vida de uma forma concreta baseada em estudos e observações de fenômenos naturais enquanto a outra usa o pensamento da fé humana para ir alem do inexplicável para suprir as necessidades do intimo humano, suas visões talvez nunca sejam alteradas resta a nos tentarmos concilia-las para podermos existir em harmonia.

A visão religiosa sobre a descoberta do DNA humano nos leva a ver como a perfeição de Deus não tem limites, algo de que cientistas como Dr. James Watson descarta totalmente, sua visão cientifica como a de muitos não associa a recuperação, transplantes e cura de doenças com fé religiosa, ao contrario ate condena pessoas ditas “defeituosamente genéticas” e sustenta isso, pois outros já curados ou que temem doenças genéticas são a favor desse pensamento

Por outro lado a religião como um todo procura não se manifestar a respeito da evolução genética, principalmente quando são explicados defeitos em fetos que outros usam como justificativa para o aborto

Os benefícios do conhecimento também tem seu preço, essa nova tecnologia dificilmente chegara as pessoas mais carentes, seus custos são altos e seus criadores visam lucro a qualquer custo

Muitos desses pensamentos religiosos conseguiram ser quebrados quando a igreja reconheceu que Galileu estava certo e o Papa aceitou a engenharia genética e a evolução essa flexibilização começa a quebrar os dogmas da igreja pouco a pouco, ela vem se adaptando aos novos tempos tentando criar laços que possam servir de apoio a ciência, mostrar para as pessoas que fé e ciência podem e devem caminhar juntas para que a humanidade possa evoluir em seus conhecimentos e atitudes.

Essa conciliação entre religiosos e cientistas há muito que vêm tentando ser concretizada, cientistas com sua fé, e religiosos adaptando a evolução aos dogmas da igreja fazendo a sociedade ser mais consciente e coerente com as novas tecnologias.

O SOFRIMENTO HUMANO

Como a ciência pode acabar com o sofrimento humano?

O ser humano de tempos em tempos se maravilha com novas descobertas e novas maneiras de prolongar sua vida, de diminuir a sua dor, mas por mais que se ache a cura de uma doença sempre outras aparecerão,por mais que se acabe com um tipo de dor outras tendem a aparecer, somos seres totalmente insatisfeitos, sempre procuramos viver o maior tempo possível da melhor maneira possível, mas essa utopia barra na maior verdade, a de que somos humanos.

Nascer e morrer faz parte da nossa natureza queremos ter controle sobre nossas células, evitar o envelhecimento delas e isso ainda esta aquém de nossas possibilidades.

Nosso mal e usar toda ciência e tecnologia para amenizar essas fraquezas. Criamos maquínas, UTI´S, remédios, terapias tudo para que nossa vida seja prolongada, mas o corpo humano não é imortal uma hora deparamos com a triste realidade de encarar o quanto somos frágeis o quanto somos humanos

Por mais que a ciência aumente seu potencial para a cura ela não nos ensina como ter paz com nos mesmos, essa e a hora que o ser humano busca sua fé e mostra seus maiores valores.

A ciência e usada para combater nossos maiores males do corpo e a religião os da alma, o equilíbrio entre as duas pode levar a consciência de que o ser humano por mais que evolua talvez nunca chegue a perfeição.

A religião nos proporciona a idéia de que somos parte de um todo, de que a vida de cada um de nós esta estabelecida dentro de um contexto de um universo eterno, de que o nascimento e a morte são pelo menos tão espirituais quanto clínicos, e de que cada vida individual e a única e valiosa, independente de quão imperfeita ela possa ser (pg. 208)”.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PLANO DE CONTAS


Agora que estou chegando ao fim da faculdade de Administração vou disponibilizar vários trabalhos feitos por mim no decorrer do curso, assim vou ajudar novos universitários que com certeza vão aproveitar e muito esse conteúdo, afinal foi graças a faculdade que tive essa visão geral de como resolver vários problemas no dia dia do meu trabalho tanto na parte de vendas, de compras e de geranciamento de pessoal.

Como podem ver impermeabilização está muito além de ser apenas serviços e produtos, existe toda uma estrutura que faz isso funcionar até chegar ao consumidor final, para entender isso deve se ter uma visão ampla de tudo que esta a sua volta e da empresa também.

O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis.

O Plano de Contas e um instrumento de grande importância no desenvolvimento do processo contábil da empresa.

Cada empresa devera elaborar seu plano de contas, tendo em vista suas particularidades e observando:

a) Os Princípios da Contabilidade Geralmente Aceitos

b) As normas legais estabelecidas pela Lei nº. 6,404/76

c) A legislação especifica do ramo de atividade exercido pela empresa.

Assim, tendo em vista o porte, o ramo de atividade da empresa e a quantidade de informações exigidas pelos usuários, o Plano de Contas poderá conter um numero maior ou menor de informações.

Composição do Plano de Contas

Um Plano de Contas ideal poderá compor-se de três partes:

  • Elenco de Contas;
  • Manual de contas;
  • Lançamentos explicativos para registro de operações especiais.

É oportuno ressaltar que, de acordo com os interesses da própria empresa ou ate mesmo com a criatividade do contabilista, o Plano de Contas poderá conter outras informações, como modelo padronizado de demonstrações financeiras a serem utilizados pela empresa.

Elenco de contas

O Elenco de contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos Fatos Administrativos decorrentes da gestão do patrimônio da empresa.

O Elenco de Contas envolve a intitulação (nome) e o código de cada conta.

Em qualquer Elenco de Contas, seja qual for o tipo de empresa, as contas devem ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei nº. 6.404/76. Dessa forma as contas que representam os bens e os direitos serão agrupadas no Ativo em três grupos principais: Ativo Circulante, Ativo Realizável a longo Prazo e Ativo Permanente, subdividido em investimentos, Ativo Imobilizado e Ativo Diferido. Da mesma forma, as contas que representam as Obrigações e o Patrimônio Liquido serão agrupadas no Passivo em quatro grupos principais: Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios futuros e Patrimônio liquido, subdividido em Capital Social, Reservas e lucros ou Prejuízos Acumulados.

Veja a seguir, um exemplo de Elenco de Contas elaborado para atender ao estágio dos estudos em que você se encontra.

Elenco de Contas

Gráfico I

A – CONTAS PATRIMONIAIS

1 – ATIVO

2 – PASSIVO

10. ATIVO CIRCULANTE

10.1 Caixa

10.2 Bancos conta Movimento

10.3 Clientes

10.4 Duplicatas a Receber

10.5 Promissórias a Receber

10.6 Ações de Outras Empresas

10.7 Estoque de mercadorias

10.8 Estoque de material de Expediente

10.9 Estoque de material de Consumo

11. ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO

11.1 Duplicatas a Receber

11.2 Promissórias a Receber

12. ATIVO PERMANENTE

12.1 Participações em Outras Empresas

12.2 Imóveis de Renda

12.3 Computadores

12.4 Imóveis

12.5 Instalações

12.6 Moveis e utensílios

12.7 Veículos

12.8 Benfeitorias em Bens de Terceiros

12.9 Despesas de Organização

20. PASSIVO CIRCULANTE

20.1 Fornecedores

20.2 Duplicatas a Pagar

20.3 Promissórias a Pagar

20.4 Contribuição de Previdência a Recolher

20.5 FGTS a Recolher

20.6 Salários a Pagar

20.7 Impostos e Taxas a recolher

21. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

21.1 Duplicatas a Pagar

21.2 Promissórias a pagar

22. RESULTADOS DE EXERCICIOS FUTUROS

23. PATRIMONIO LÍQUIDO

23.1 Capital

23.2 Reserva Legal

23.3 Lucros ou prejuízos Acumulados

Gráfico II

B – CONTAS DE RESULTADO

3 – DESPESAS

4 – RECEITAS

30. DESPESAS OPERACIONAIS

30.1 Água e Esgoto

30.2 Alugueis Passivos

30.3 Café e Lanches

30.4 Combustíveis

30.5 Contribuição de Previdência

30.6 Descontos Concedidos

30.7 Despesas Bancarias

30.8 Encargos Sociais

30.9 Fretes e Carretos

30.10 Impostos e Taxas

30.11 Juros Passivos

30.12 Luz e Telefone

30.13 Material de Expediente

30.14 Material de Consumo

30.15 Salários

30.16 Despesas Eventuais

40. RECEITAS OPERACIONAIS

40.1 Alugueis Ativos

40.2 Descontos Obtidos

40.3 Juros Ativos

40.4 Receitas de Serviços

40.5 Receitas Eventuais

5 – CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO

50.1 Resultado do Exercício

Observações:

  • No Ativo Circulante e no Passivo Circulante, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações respectivamente, e cujos vencimentos ocorram durante o exercício social seguinte ao do Balanço que estiver sendo elaborado.
  • No Ativo Realizável a Longo Prazo e no passivo Exigível a Longo Prazo, classificam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, cujos vencimentos ocorram após o termino do exercício social seguinte ao Balanço que estiver sendo elaborado.
  • Exercício social e um período de 12 meses, normalmente coincidente com o ano civil (de 1º de janeiro a 31 de dezembro).
  • O critério para ordenamento das Contas no Ativo é a ordem decrescente do grau de liquidez (possibilidade dos componentes de se transformarem ou realizarem-se em dinheiro. A conta Caixa é a que possui o maior grau de liquidez).
  • Observe que, para facilitar o uso das contas, apresentamos o Elenco de Contas em dois gráficos:

- Gráfico A – Contas patrimoniais: nesse gráfico você encontra as contas que representam os Bens, os Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Liquido, devidamente classificadas no Ativo e no Passivo de conformidade com o que estabelece a Lei nº. 6.404/76. Essa classificação facilita a elaboração do Balanço Patrimonial.

-Gráfico – B – Contas de Resultado: nesse gráfico, você encontra as principais Contas de Resultado, devidamente classificadas em Despesas e Receitas, e as contas utilizadas na apuração do resultado do Exercício.

MANUAL DE CONTAS

O Manual de Contas e um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das constantes do Elenco de Contas. Esse quadro representa:

a) Função de cada conta – a razão de sua existência, isto e, para que serve.

b) Funcionamento de cada conta – em que situação a conta será debitada ou creditada.

c) Natureza do saldo de cada conta – devedora ou credora.

Veja, agora, como estas explicações podem constar de um Manual de Contas:

1. ATIVO

Composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza.

1.1. ATIVO CIRCULANTE

Composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza, realizáveis ate o termino do exercício social seguinte.

1.1.1. DISPONIBILIDADES

Composto por contas utilizadas para o registro de bens numerários de livre e imediata movimentação.

1.1.1.1. Caixa

Função: representa o valor dos bens numerários em poder da empresa, normalmente compostos por dinheiro e cheques.

Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro ou cheques e creditada pelas saídas de dinheiro ou cheques.

Natureza do saldo: devedora.

1.1.1.2. Bancos conta Movimento

Função: representa o valor dos bens numerários da empresa, depositado em conta corrente bancaria.

Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro em contas correntes provenientes de depósitos efetuados em dinheiro ou em cheques ou aviso de créditos efetuados pelos bancos;creditadas pelas saídas de dinheiro da conta bancaria decorrente de saques decorrentes de emissão de cheques, ordens de pagamento ou aviso de débitos efetuados pelos bancos.

Natureza do saldo: devedora.

O Manual de Contas tem por função apresentar detalhes a respeito de cada conta, servindo de guia para o contabilista para o registro uniforme das operações.

LANCAMENTOS EXPLICATIVOS PARA O REGISTRO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

Esta parte do Plano de Contas compõe-se de modelos de partidas de Diário, próprio para registro de fatos que geralmente ocorrem na empresa. Estes modelos de lançamentos podem ser através de fluxograma.

CÓDIGO E GRAU DA CONTA

O Código de uma conta e composto por um ou mais algarismos utilizados para identificar cada uma das contas que compõe o Plano de Contas de uma entidade.

A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador; assim débitos e créditos são feitos através dos códigos das contas e não pela intitulação.

Os critérios para se definir as codificações a ser adotada fica a cargo de cada contabilista, dependendo do porte da empresa e do grau de detalhamento das informações que se pretende obter.

A identificação que sugerimos identifica as Contas do Ativo pelo algarismo 1; as Contas do Passivo pelo algarismo 2; as Contas de Despesa, pelo algarismo 3; as Contas de Receita pelo algarismo 4; e as contas utilizadas para apuração do Resultado do Exercício, pelo algarismo 5.

CODIGOS

TÍTULOS

1.

ATIVO

1.1.

ATIVO CIRCULANTE

1.1.1.

Disponibilidade

1.1.1.1.

Caixa Geral

1.1.1.1.1.

Caixa Fábrica

1.1.1.1.2.

Caixa Filial X

1.1.1.2.

Bancos conta Movimento

1.1.1.2.1.

Banco Urupês S/A

1.1.1.2.2.

Banco Paineiras S/A

Cada contabilista podera adotar critérios próprios para codificar as contas.

É importante saber que, no exemplo apresentado, os títulos 1. ATIVO, 1.1. ATIVO CIRCULANTE E 1.1.1. DISPONIBILIDADES, embora estejam codificados, não são contas. Veja:

1. ATIVO = subdivisão do balanço patrimonial (Ativo e passivo)

1.1. ATIVO CIRCULANTE = e um dos grupos de contas em que se divide o Ativo ( Ativo Circulante, Ativo realizável a longo Prazo e Ativo Permanente)

1.1.1. DISPONIBILIDADES = subgrupo de contas em que subdivide o Ativo Circulante (Disponibilidades, Direitos Realizáveis a Curto Prazo e Despesas do exercício Seguinte)

1.1.1.1. Caixa Geral = conta de primeiro grau

1.1.1.1.1. Caixa Fábrica = conta de segundo grau

1.1.1.1.2. Caixa Filial X = conta de segundo grau

1.1.1.2 Bancos Conta Movimento = conta de primeiro grau

1.1.1.2.1. Banco Urupês S/A = conta de segundo grau

1.1.1.2.2. Banco Paineiras S/A = conta de segundo grau

Observe, finalmente, que a conta de primeiro grau é a conta principal (Caixa, bancos conta Movimento etc.) e que as contas de segundo grau são as subcontas (Caixa Fábrica, Caixa Filial X, Banco Urupês S/A, Banco Paineiras S/A etc.).

 

BIBLIOGRAFIA

Ribeiro, Osni Moura

Contabilidade Geral fácil / Osni Moura Ribeiro. – 3. ed. – São Paulo : Saraiva, 2002.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

TRAVAMENTO INTERBLOCOS

image
Sem cintas de travamento – cortina com estacas desaprumadas

Colegas.
Eu não aceitaria!
Consultou-me hoje um amigo sobre o que considero perigoso modismo: a eliminação de cintas
de travamento entre as fundações de edifícios com mais de 15/20 pavimentos.
Sejam as fundações rasas, sejam profundas introduzo, sempre, um cintamento robusto interblocos
e sapatas, no caso ora abordado com espaçamento de pilares da ordem de 5,00m.
Aprendi, li, estudei, assim. As cintas não são peças figurativas e devem ser dimensionadas
para resistirem a esforços de flexão, e de tração decorrentes de excentricidades e de
recalques, por isso são armadas nas faces inferior e superior além de convenientemente
estribadas. Criou-se uma falsa idéia que estacas não recalcam!
Excentricidades de cargas não são raras Brasil a fora.
Nem estou pensando em eventuais sismos - fala Stolovas!
Como o cliente do amigo quer que as elimine resolvi consultar o grupo para obter mais
opiniões, convergentes, ou divergentes.
Abraços caetés
Eng.º Civil Marcos Carnaúba

 

Caro Carnaúba,
Minha modesta opinião: Sempre cinto todos os pilares em duas direções ortogonais.
Muitas vezes sou combatido por isso mas nunca ninguém conseguiu me convencer do
contrário.
Abraço
Palmeira
São Luís - MA
Feliz por ser chamado de professor, (sem o ser), pelo respeitado mestre Marcello da Cunha
Moraes.

 

Prezado Carnaúba,
Embora não discorde do uso de cintas de travamento entre blocos de estacas ou
entre pilares com fundação em sapata,
não acho que as mesmas sejam imprecindíveis para o bom funcionamento da
estrutura.
No caso de fundações em estacas, os blocos podem ser
considerados suficientemente rígidos para equalizar as deformações
nas estacas devido ao carregamento vertical, e o recalque diferencial entre blocos é
pequeno, sendo absorvido pela superestrutura.
A deformação lenta tende a diminuir a influência desses esforços.
Nos blocos sobre 3 ou mais estacas, os momentos oriundos das excentricidades
que surgem devido a cravação das mesmas
provocam uma redistribuição das cargas nas estacas e, também, alteram os
esforços no bloco de coroamento. Por isso é importante
que o engenheiro da obra informe ao calculista esses eventuais erros de cravação,
para que seja feita uma nova verificação do bloco.
Somente no caso de blocos com 2 estacas é que se faz necessário o travamento na
direção perpendicular à reta que une o eixo das
estacas. As vezes não existe outro bloco na direção em que se necessita do
travamento, e tem-se que usar 3 estacas.
No caso de blocos com 1 estaca, pouco utilizados, realmente é necessário o
travamento nas duas direções ortogonais.

 

Para as funda ções em sapatas, onde o problema, também, seria o recalque
diferencial, vale o mesmo já dito para os blocos.
Neste caso, a utilização de cintas, um pouco abaixo do nível do subsolo ou do
térreo, seria benéfica no sentido de diminuir o
comprimento de flambagem dos pilares, o que pode permitir redução nas
dimensões ou armaduras dos mesmos.
Abraços,
Giordano Loureiro
Fortaleza - CE.

 

Caro Giordano.
Botando pimenta na peixada cearense, você garante que os engenheiros de fundações, e os
de obras, informarão ao calculista que alguma estaca não foi cravada no local previsto?
Não me atrevo a transferir para terceiros ( no Brasil de terceiro mundo) a solução - sempre
improvisada - de problemas que devem ser previstos nos escritórios de projetos.
Continuo defendendo o meu ponto de vista, respaldado por alguns outros colegas, que essa
pseudo economia poderá gerar sérios problemas que afetam, geralmente - em decorrência de
desaprumos, deformações das estacas, e erros de locação - os 3 a 4 primeiros pavimentos de
edifícios convencionais.
Estou preparando um pequeno trabalho sobre isso e já consultei alguns especialistas em
fundações que recomendam o travamento, sem exceções. Concordo que em blocos sobre
várias estacas - mais de quatro - as imperfeições podem ser absorvidas pelo bloco sem
travamento, mas cada caso é único. Ademais, transferir para o pilar ações parasitas que não
forma previstas, não me apetece.
Abraços caetés
Eng.º Civil Marcos Carnaúba

image
Sem cintas de travamento – cortina com estacas desaprumadas

 

Prezado Carnaúba:
Embora esteja longe de ser ou me sentir Mestre, ainda mais neste assunto, como já estou por
aqui às 6 da manhã espantando o sono a 4°C da manhã gaúcha, vou arriscar meu palpite pois
esta situação é preocupante e me parece mais uma "economia porca",como diziam nossos
avós.
O que eu aprendi e sei sobre estaqueamentos é que cada estaca trabalha sozinha, sempre
com seu atrito e seguidamente com sua ponta apoiados em terrenos de diferentes
características, estaca a estaca. Todos sabemos o quão pobre e rara é para nós a informação
sobre o terreno, seguidamente com um "furo" muito distante do outro (vide METRÔ que,
considerado estudadíssimo, deixaria passar tranqüilamente aquele "pedrão" entre duas
sondagens...) e a natureza mudando aleatoriamente. Desta forma, cada estaca terá suas
próprias condições de deformação,acomodação, etc. e cada fenômeno em tempo diferente
após a ação das cargas, que vêm gradualmente se "instalando". Para prever os recalques e a
situação somente com modelos semi-probabilísticos e elementos finitos,simulando as
diferentes situações e "armando" as vigas para a situação mais desfavorável. O resto é loteria.
Como conseqüência, haverão recalques diferenciais de pequena ou grande monta entre as
estacas, repito, cada uma de forma diferente. Quem absorve e equaliza estas deformações,
que iriam potencializadas à estrutura,são as "cintas de travamento" ou "vigas de equilíbrio" que
unem os blocos (e as estacas respectivas) entre si, e assim transmitem, minimizando as
deformações, os recalques e as tensões entre os "pontos de apoio" da estrutura, representado
pelos blocos.
De fato caro amigo, a Engenharia ainda não foi revogada, nem o "marketing" (que a incorpora)
se faz contrariando-a.
Prevejo para esta situação a perda da unidade estrutural na base da obra, com geração de
intensa fissuração e risco de quebra de estacas (invisíveis e inacessíveis) em breve tempo,com
redistribuição aleatória de tensões, o que chamaríamos de "situação caótica" onde valeria
simplesmente, para explicá-las, a Teoria do Caos.
Atenciosamente,

 

Prezado Marcos
Concordo com tudo que você e o Egydio disseram. Não projetaria nem nunca vi projeto de
estaqueamento sem vigas de travamento e/ou de equilíbrio.
É mais do que loteria querer que o solo seja perfeitamente homogêneo e isotrópico.
Abraços
DAVID AMERICO F.


 

image

Cortina com estacas desaprumadas e curvatura visível

às vezes, por existência de taludes ou passagens de galerias não é possível travar um pilar
nas duas direções. Nestes casos, é prudente verificar com o calculista de fundações (se
houver) a folga para a fundação absorver os momentos de "engastamento" e de eventuais
excentricidades construtivas.
mas um ponto mais delicado que esse é o travamento de pilares nos pavimentos de um
edifício, já que existem casos em que não existem vigas passando pelo pilar nas duas direções
e programas tipo TQS consideram um pilar automaticamente travado se existir qualquer
elemento estrutural num determinado nível.
p.exemplo, numa obra de um teatro, existem pilares na fachada de 30m de altura (total) que
são "travados" na direção da fachada por vigas (formando um pórtico) e na direção ortogonal à
fachada, a cada 6m aprox., por uma passarela técnica (em laje em balanço), de uns 10m de
extensão, que funciona como uma "viga horizontal" para travá-lo...
Jairo Fustenberg.

image Cortina com estacas desaprumadas e armadura aparente

Prezado colega,
Não sou mestre, mas vou opinar assim mesmo.
Este é um procedimento desejável. Contudo, não o vejo como obrigatório. Basta, apenas,
calcular a estrutura em conjunto sem levar em conta a influência das vigas de equilíbrio.
Concordo que em estruturas prediais este procedimento parece pouco convencional. Contudo,
em algumas situações específicas, aqui na indústria, precisamos abrir mão destas vigas. O que
fazemos é analisar toda a estrutura em conjunto incluindo a interação solo-fundação
simulando, desta forma, os possíveis efeitos dos recalques diferenciais na estrutura.
cordialmente,
Rodolfo Mastrazzi
8-Palmeira,
Inclusive em tubulões?
Marcelo Rios
9-Caro Marcelo,
Um tubulão é um pilar que tomou bastante "bomba", cresceu e está confinado no solo. Esse
solo terá que ter empuxo passivo (horizontal) para resistir aos efeitos dos momentos e cargas
horizontais vindas da estrutura.
Assim teremos que modelar os pilares e os tubulões juntos, considerar o efeito do
confinamento no solo e uma altura igual ao comprimento do pilar mais o do tubulão. Não
acredito que possamos fazer esse cálculo com a segurança desejada, os modelos que
podemos usar não me convencem.
Prefiro assim cintar os pés dos pilares qualquer que seja a fundação.
Abraço
Palmeira
São Luís – MA

 

Bom dia Ma rcos,
O problema da excentricidade você pode resolver adotando blocos de pelo menos
3 estacas não alinhadas. Assim, se uma delas ficar excêntrica, o bloco tem
condições de absorver, ao invés do baldrame. Nem sempre isso é barato, mas é
um jeito.
Quanto aos recalques, dá pra jogar num aoki-Lopes e considerar seu efeito no
cálculo da estrutura. O método de Aoki-Lopes é de 1974, e é um método
computacional viável de ser usado. O mais importante para a previsão de
recalques é considerar todos os elementos de fundação do prédio. a influência
de um bloco no outro é significativa, mesmo a 5 metros de distância.
A propósito, é comum calcular recalque de um prédio e chegar a valores da
ordem de 2cm de recalque médio, mesmo com fundações profundas.
Armar estaca para resistir à flexão é uma opção também. Porém, existe um
problema. Em muitos casos a estaca até aguenta, mas precisa deformar
consideravelmente para absorver o esforço. E, de qualquer jeito, quem vai
acabar pagando o pato é a estrutura mesmo.
Obviamente é bem diferente uma fundação com estaca broca manual de 25cm e
outra com estacão com lama de um metro e meio. Principalmente no que diz
respeito à rigidez transversal da estaca e aos esforços horizontais e de
flexão que elas podem absorver.
Abraços,
Luiz Henrique Felipe Olavo
Curitiba-PR
11-Caro Luiz
O que você escreve só reforça as vantagens de um travamento nas fundações. A não ser que
sejam estacas só de ponta, estas precisam se deformar, ou seja, recalcar para que tenha sua
resistência lateral mobilizada. Se as estacas vão recalcar, o que é muito provável para não
dizer certo, e possivelmente serão recalques diferenciais devido a diferentes níveis de
solicitações nos diversos blocos e heterogeneidade do solo, o travamento tem como função
tentar equalizar tais recalques, ou pelo menos minimizar suas diferenças antes de transmiti-los
para a estrutura.
Abraços
DAVID AMERICO F.

 

Caro Carnaúba,
Aqui no Rio e em BH onde trabalhei por uns tempos aprendi a dizer NÂO,
aqui tem um cara famoso "projetando casas para RICAÇOS", não é arquiteto
e nem bom senso tem,a casa de máquinas do elevador de uma destas casas que ajudei a
calcular tinha furado o telhado em cêrca de três metros, a rampa da garagem tinha uma
inclinação de 20%, e o rodador, daqueles do tipo de edifício garagem estava sôbre a adega do
projeto dele, para entrar na mesma só agachado.
então meu amigo fundação sem cintamento, só existe nas cabeças de caras como este teu
cliente e de falsos arquitetos, diga NÂO e pronto
Nem adianta falar em recalque diferencial, porque estes caras querem um diferencial para
menos no custo da obra.
Abraços,
Abelardo Júnior-RJ
13-Prezados Carnaúba e Giordano:
Pois é, o Carnaúba tocou num ponto que considero básico e que me dá oportunidade de
abordar uma questão que volta e meia permeia nas mensagens entre Projetistas: a questão do
que é do Projeto e do que é da obra. Ele diz:
"Não me atrevo a transferir para terceiros (no Brasil de terceiro mundo) a solução - sempre
improvisada - de problemas que devem ser previstos nos escritórios de projetos."
Eu trabalho com algumas situações que envolvem Patologia e Terapia de Estruturas e
apresento Cursos nesta área, de modo que tenho sempre atualizadas as informações de

pesquisas sobr e as possíveis causas dessas patologias. Invariávelmente, as pesquisas
apontam para 40% de responsabilidade em Projetos e 25% em Execução. É mundial! No
Brasil, por força da menor capacitação da mão de obra, este porcental parece contrariar uma
realidade mas não é, é real! Tem mais. Aqui a necessidade do Projetista "conduzir pela mão" a
obra é muito maior, e prevista nas Normas, feitas por quem sabe o que diz (mesmo que alguns
não concordem). Vejam esta estatística que envio anexo, de uma apresentação.
A NBR 6118 tem, no item 5.2.3.3 o seguinte texto: "O projeto estrutural deve proporcionar
as informações necessárias para a execução da estrutura."
Para mim significa que, desde 2003, o Projeto Estrutural deve ser um Projeto Executivo. Isto
significa não apenas o comando do Projeto mas a responsabilidade sobre a Execução, o que
exige fiscalizar se está sendo executado como projetado, além de suprir informações para que
a Execução cumpra o prescrito e supere as necessidades adicionais que sempre surjem,
implicando em adaptações que fazem necessária a disponibilidade de um maior contato entre
obra e Projetista.
Tenho agido desta forma nas obras de que participo. Geralmente a minha atividade começava
mais ligada à Execução e sentindo a dificuldade de ter que definir várias questões que
demandariam um contato com o Projetista. Hoje isto começa mais cedo, na fase de
Planejamento da Execução mas estamos cada vez mais envolvidos com mudanças que
implicam em ajustes no Projeto pois ainda não existe informação de Projeto para fc e Eci para
as movimentações de formas e escoramentos, conforme exige a Norma. Definido que isto é
responsabilidade de Projeto, temos que envolver o Calculista e temos que ser co-participantes
do Projeto, suprindo o escopo da Tecnologia do Concreto, que ainda não está vindo nos
Projetos atuais.
Mas aí vem um outro aspecto: desgaste devido às solicitações, pois o Calculista não está
habituado a este nível de solicitação. E se diz "não remunerado" para isto, o que às vezes é
evidente, sem contar que "no geral", pouquíssimos profissionais conseguem "se sentir
remunerados" à altura de suas atividades.
O fato é que, nobremente, temos que reconhecer que a "inteligência" da obra está no Projeto e
que a Execução, por mais inteligente que seja, não pode contrariar nem interpretar
equivocadamente o Projeto, o que dá no mesmo: depende e se sujeita ao Projeto.
Para finalizar lembro uma mensagem das Comunidades há uns 3 anos atrás. Um colega
Calculista pediu ajuda aqui pois ele havia projetado um reservatório e o Contratante teria
informado a ele que o construtor decidira "concretá-lo todo em um dia e retirar todas as formas
7 dias depois"... Pelo tom de súplica deduzi que o Projeto não previa esta condição, óbvio!
Aconselhei-o a sugerir refazer o Projeto para esta condição nova, evidentemente com nova
remuneração. O preocupante é que, na primeira versão do Projeto dele,certamente não estava
o "como fazer" e aí,dizer depois "como não fazer" também não está escrito e daí,como cobrar
por uma "mudança" que não existe?
Para mim esta situação mostrou o acerto da linha de pensamento das Normas: quem define, o
modo e inclusive o ritmo da Execução, é o Projeto. Fazer diferente é traduz uma "liberdade"
incompatível com as responsabilidades envolvidas..
Desculpem a extensão da mensagem.
Egydio Hervé Neto
D.T. Ventuscore


Sobre o problema de cintas de blocos de estacas em edifícios gostaria de comentar o
seguinte, especificamente para o caso de:
- não precisar de cintas para apoio de alvenarias
- não precisar de lajes de piso em solos recalcáveis

 

- não precisar d e lajes com subpressão.
Vários problemas devem ser levados em conta no projeto de cintas:
a- As estacas quase nunca estão no lugar projetado
b- As estacas verticais podem apresentar desvios de verticalidade
c- Os "comprimentos de flambagem" dependem da rigidez das fundações
d- No caso de estacas isoladas é impossível garantir a continuidade geométrica da estaca para
o pilar, o mesmo ocorrendo com fundações de duas estacas.
e- As análises de segunda ordem devem levar em conta a flexibilidade das fundações a
rotações
f- No cálculo modernos, a determinação dos efeitos de segunda ordem é feita por meio de
análise não linear geométrica aproximada (sem os efeitos "corretos" de não linearidade
física) com rigidezes minoradas aproximadas de acordo com a NBR6118. Os momentos
obtidos precisam ser introduzidos no projeto de fundações. Por exemplo, usando o processo
dito P-delta do SAP que na realidade é uma análise não linear geométrica elástica.
h- Para os pilares periféricos vigas de equilíbrio quase sempre são necessárias.
Em cálculos rápidos e feitos sem muita sofisticação, portanto, sem a consideração destes
efeitos todos, as cintas podem resolver e eliminar vários destes efeitos indesejáveis.
No caso de pilares muito afastados entre si e com fundações com mais de 2 estacas e desde
que o dimensionamento leve em conta a flexibilidade das fundações, não vemos porque usar
cintas.
Assim vale a regra: cada caso é um caso. Não se pode criar regras gerais para todos os
casos.
Ernani Diaz-RJ
21-Cintas em Edifícios:
Carnaúba:
Após a nossa conversa telefônica, como costumo trabalhar com este problema de cintas em
edifícios, vou dar a minha opinião.
Costumo fazer fundações com 3 ou mais estacas, e quando uso 2 estacas coloco cinta
transversal nas mesmas. Não há firma no mundo que garanta a execução de todas as estacas
sem erros (pequenos ou grandes) de locação. Dependendo do terreno uso cinta em qualquer
caso: em terreno bom, estaca isolada com cintas em 2 direções e estaca dupla, cinta no
sentido transversal.
Infelizmente muitos calculistas de fundação acham que podem fazer fundações com uma
estaca por economia, e que o problema de excentricidade é do executor ou do calculista.
Quando isto acontece comigo, eu devolvo a responsabilidade para ele informando o que está
acontecendo, e que ele (especialista de fundação), deve dar uma solução. Quando sou
obrigado a engolir um caso deste, aviso que vou fazer viga de equilíbrio e que vai ficar mais
caro.
Não entendi a dúvida do pessoal de fundação que não vai dar as informações corretas dos
deslocamentos (locação correta). Eu peço ao dono da obra esta informação, com uma carta
informando que a responsabilidade é do construtor e do projetista de fundação. Eu
normalmente recebo as excentricidades das fundações, calculo as reações de cada estaca
com as excentricidades reais e o especialista de fundação aprova. Isto tudo por escrito.
O Ernani, mais uma vez, demonstra que conhece isto que a gente chama de engenharia.
Cintas em paredes, em lajes em terreno recalcável e laje de subpressão. Toda esta verificação,
eu faço dentro do meu preço, pois quero ter tranqüilidade nas obras que calculo.
Carnaúba, se eu esqueci algo falado no telefonema, favor completar.
Abraços,
Bruno Contarini-RJ
22-Caro Carnaúba,
Desculpe a demora. Vou comentar sobre “Consulta aos Mestres – blocos de estacas”
Vejo que o assunto focaliza principalmente questões de travação de blocos sobre grupos de
estacas em fundações de edifícios comuns, de altura media.
Aqui nos E.U.A. não colocamos vigas ou elementos horizontais de amarração (cintas) para
travar possíveis movimentos laterais de blocos de estacas a não ser que o calculo peça isso.
Certamente só colocaria tais elementos se houver força horizontal proveniente da ação do
vento (ou sísmica) ou pela pura necessidade de travar a estrutura devido a excentricidades
acidentais das forças verticais. Usamos paredes (shear walls, concreto ou alvenaria), pórticos

 

-Prezado Carnaúba.
Li (HOJE) todas as mensagens e comentarios que voce recebeu sobre este seu trabalho.
Estavam lá o Ernani, o Bruno, o Egydio, o Giordano o Palmeirão e tantos outros belos
engenheiros de estrutura com muita experiência no assunto.
Em vista disto faço, os meus comentários da forma que segue:
Em 1967, O Dirceu Velloso (que já não esta mais conosco mas vive a ter espasmos no Céu) e
o Nelson Aoki que anda lá pela Universidade de São Carlos diziam : Cinta TUDO nos dois
sentidos do pilar.
Amarra tudo nos dois sentidos do pilar. NÃO IMPORTA QUANTAS ESTACAS TENHAM O
BLOCO.
NUNCA TIVE PROBLEMA DE ORDEM ALGUMA COM FUNDACÃO EM TODA A MINHA
VIDA. PORTANTO MINHA RESPOSTA AO
SEU TRABALHO É CONCORDO em amarrar a estrutura toda no nivel do topo dos blocos.
SEM MAIS
GODART SILVEIRA

 

Prezados C olegas
Vou tomar a liberdade e, com muito atraso, colocar minha vivencia com o assunto VIGAS DE
TRAVAMENTO.
O bloco de concreto simples, a sapata isolada e o bloco sobre uma estaca ou sobre estacas
alinhadas atendendo a NBR 6122/96 precisam de travamento ortogonal.
O travamento ortogonal pode formar um reticulado capaz de melhorar a distribuição de forças
horizontais e até de absorver, de distribuir, os recalques diferenciais que não afetam as
estruturas.
As estacas isoladas deveriam ser evitadas principalmente as que suportam pilares de canto.
Os pilares que se apóiam sobre um bloco de concreto simples, sobre uma sapata isolada, em
um bloco sobre uma estaca ou sobre estacas em linha podem, quando de sua relocação dar
origem a excentricidades que produzem momentos que poderão não ser suportados pelas
referidas peças estruturais projetadas para cargas verticais centradas.
As estacas isoladas, os fustes de tubulões que são projetados para suportar esforços
horizontais, fletores e cargas verticais, oriundas do projeto estrutural, que não são travadas
ortogonalmente por vigas apropriadas, desenvolverão fletores que podem ser maiores que os
indicados no projeto estrutural, são calculados em função dos coeficientes de reação horizontal
e vertical ( CRV e CRH ) é a interação estrutura/fundação.
Os valores de CRV e CRH normalmente deveriam ser obtidos com pesquisas especializadas e,
sendo objetivo, sabemos que de um modo geral são obtidos por correlação através de
sondagens SPT, determinando os prováveis recalques das fundações, o que representa um
trabalho de característica muito pessoal. As vigas de travamento têm um papel muito
importante na segurança das estruturas.
Os blocos que estão sobre 4 estacas ou 4 fustes ou mais, entendemos que são capazes de
fazer as vezes das vigas de travamento, entretanto os blocos sobre 3 estacas ( em triangulo )
entendo que não substitui a viga de travamento. Por outro lado, os blocos sobre estacas raiz,
micro estacas, estacas de trilho ( 3T e 4T ) entendo que também não substituem as vigas de
travamento. Mesmo que no projeto estrutural as cargas indicadas para execução das
fundações sejam somente verticais, as vigas de travamento devem ser projetadas.
Abraços
Marcello da Cunha Moraes Brasília DF
26-Caros colegas,
Fiquei feliz com essa mensagem. Fui o primeiro dos que defenderam as vigas de travamento,
sempre as defendo, e parece que pessoa de meu maior respeito também usa esses elementos
em senão todos, quase todos os casos.
Abraços
Palmeira
São Luís – MA
27-Prezados Colegas
Estamos voltando sobre o assunto vigas de travamento, agora com certa preocupação
referindo-se ao concreto usado nas estacas: straus, escavada, escavada hélice contínua e
tubulões considerando as limitações prescritas, obrigatórias, constantes da NBR 6122/96. As
vigas de travamento são de real importância quando se usa fck menor ou igual a 15MPa, uma
vez que podem reduzir os valores dos momentos atuantes nas peças de fundação. A NBR
6122/96 estabelece o fck máximo do concreto para efeito da determinação da carga admissível
das peças estruturais das fundações. Estabelece também os coeficientes de minoração da
resistência mecânica e física do concreto ( gama c )ou seja, p.e.:
Estaca broca ( trado ) muito usada em estrutura de residências
· consumo de cimento maior ou igual a 300kg/m³;
· fck menor ou igual a 15MPa e o mesmo valor para determinar a carga admissível;
· Gama c= 1,8
Estaca Straus
- - consumo de cimento maior ou igual a 300kg/m³
- - fck maior ou igual a 15Mpa e para carga admissível menor ou igual a 15MPa;
- - gama c =1,8

 

Tubulão a céu aberto não revestido
- - sem restrições. Tem sido usado de 15MPa a 20MPa, gama c=1,6
Estaca hélice contínua
- - consumo de cimento maior ou igual a 350kg/m³
- - fck menor ou igual a 20Mpa e o mesmo valor para carga admissível
- - gama c=1,8.
A preocupação se prende ao fato do concreto armado com fck = 15MPa pode ser muito poroso
e as peças estruturais sujeitas a esforços horizontais, fletores e cargas verticais, podem
apresentar corrosão e, na maioria das vezes, nunca são visitadas. É preciso lembrar que
quando a NBR 6122/96 especifica 6Mpa refere-se tão somente a carregamento vertical. Não
precisamos correr riscos e como parece que está difícil a ABNT apresentar a nova NBR 6122,
poderia apresentar um adendo de norma melhorando as características físicas e mecânicas do
concreto. As vigas de travamento, com certeza, ajudam em muito o comportamento dos
elementos estruturais das fundações.
Abraços
Marcello da Cunha Moraes-Brasília DF
28-Este problema levantado pelo Marcos Carnaúba tornou-se interessante pela diversidade de
opiniões apresentadas.
A coletânea de opiniões feita pelo Marcos Carnaúba acabou se tornando um resumo de uma
mesa redonda onde todos puderam opinar.
Ao final das discussões o conjunto das opiniões acabou se tornando um documento
interessante.
Cientificamente é difícil avaliar o resultado das diferentes estruturas adotadas, sob o ponto de
vista de segurança, ou seja, a probabilidade de ruína.
Na verdade, uma análise de risco pode ser feita mas com custos elevados de análise e de
avaliação da probabilidade de ruína.
Cada engenheiro de estruturas ao tratar o assunto num seu projeto deveria ler as diversas
opiniões e decidir o que fazer, pois a responsabilidade ao final é do projetista.
Ernani Diaz
29-Prezado Marcos,
Quando vc divulgou o seu belo e custoso trabalho, tive interesse em participar, mas o tempo
não me permitiu ler todoo trabalho e, confesso, ainda não o fiz por completo, mas dei uma
"olhada" geral e ficou muito bom.
Não enviei-lhe ainda o meu "concordo", pois fiquei com uma pequena dúvida e gostaria de
apontá-la agora.
Em anexo, coloco uma imagem da página 3/5. No bloco sobre duas estacas, vc coloca vigas
impositivas nas duas direções. Eu, pessoalmente, só coloco de forma impositiva a viga
transversal ao sentido maior onde há duas estacas alinhadas. Não vejo a outra (no sentido X)
como obrigatória. Entendo que se o pilar ficar desalinhado, os momentos gerados poderão ser
absorvidos pela outra cinta (sentido Y) e pelo binário gerado pelas duas estacas no sentido X.
Gostaria de seus comentários e dos demais colegas que desejarem.
Obrigado,
Robson R. Campos
Rio de Janeiro
30-Caro Carnaúba,
Você é um profissional que admiro pela garra e incansável vontade em ir avante e
não deixar nada sem uma boa resposta!
Por este motivo, me sinto impelido em comentar um pouco o que você abordou e , se possível,
acrescentar algo.
No meu ponto de vista o travamento para fundações de pilares sobre elementos de fundação
profunda unitários deve ser travado sempre que o diâmetro da estaca é pequeno (menor do
que hpil/3, com hpil a maior dimensão do pilar) ou quando houver momento fletor de equilíbrio
aplicado à esta fundação. Evidentemente, nos casos de excentricidade executiva deve-se
também “travar”a fundação na direção do deslocamento de forma a absorver o esforço de
flexão correspondente.

 

Porém, deve-s e tomar cuidado com este procedimento, uma vez que a rigidez da viga deve ser
de tal ordem a que possa concorrer com a rigidez da estaca e do pilar à flexão e mesmo assim
resultar algum momento fletor considerável para seu dimensionamento. Portanto, o problema é
a rigidez do conjunto ‘q que manda e não a capacidade ao ELU da viga dimensionada para o
momento de desequilíbrio.
Espero ter colaborado!
Um abraço paulistano,
Francisco Paulo Graziano-SP
31-Prezados Colegas
Atendendo solicitação do Engº Jorge Cavalcanti Carvalho vamos apresentar os critérios
práticos que usamos normalmente no que se refere ao dimensionamento de vigas de
travamento.
1 -Viga de travamento
bw ³ l/25 ³20cm e h ³ l/12³35cm sendo l vão da viga
Armadura longitudinal
Será obtida dimensionando a viga como se fosse um pilar bi-rotulado, compressão centrada,
recebendo um carregamento igual 10% do carregamento do pilar que está sendo travado. As
armaduras longitudinais serão posicionadas nas faces superior e inferior da seção. Devem ser
usados estribos mínimos e ferragem mínima de pilar.
2 -Vigas centradoras como dizem os espanhóis
Ocorrendo excentricidade entre o centro da peça de fundação e o centro do pilar a ferragem
longitudinal, no caso, deverá ser obtida através do fletor dado pela expressão:
Md=[K1/(K1+K2)](M+Ne)f onde
K1, K2 :são as rigidezes das vigas que chegam no bloco ou sapata
M : momento na direção da viga
N : carga de serviço trazida pelo pilar
e : excentricidade do carregamento em relação ao eixo da peça de fundação
Gama f : coeficiente de majoração
l : vão da viga.
Os estribos serão calculados através da expressão Vd = Md/l atendendo o mínimo indicado
pela NBR 6118/03.
Perguntas e resposta ao Colega Jorge Cavalcanti Carvalho
1 – admitindo que o bloco tenha altura infinita i. é quando as cargas nas estacas alinhadas são
praticamente iguais a excentricidade será a que ocorrer entre o bloco e o pilar
2 – F. ver o item 2 desta msg
2.1 – Considerar a viga como contínua desconsiderando o solo
Obs.: Não usamos estacas alinhadas p. e. 3 estacas a não ser para pilares de divisa , no caso,
de viga alavanca, viga de equilíbrio
S/n em que nível.... procuro posicionar a viga, sua face superior, coincidindo com a face
superior do bloco sobre estaca. No caso de sapatas levar a viga de travamento no pilar e ai o
toco de coluna será calculado para essa situação.
As expressões que aparecem no item 2 desta msg são do livro Hormigon Armado do
Professor Álvaro García Meseguer.
Abraços
Marcello da Cunha Moraes-Brasília DF
32-Caro Carnaúba
O trabalho por você apresentado é bastante didático, abordando de forma objetiva as questões
de excentricidades nos planos de conjuntos de estacas e tubulões, oriundas de "erros" ou
dificuldades executivas.
Ainda no âmbito das questões executivas, pode-se acrescentar diferenças no alinhamento
vertical das estacas (ver figura 1 anexa), também resultando em solicitações diferenciadas.
Pode-se também acrescentar dificuldades inerentes as investigações de projeto, que na prática
são pontuais, existindo sempre a possibilidade das fundações serem assentes em solos de
diferentes comportamentos (ver figura 2 anexa) sem ser detectada.
Assim comungo da mesma conclusão sua. Nas edificações comuns, particularmente para
casos de até 3 estacas e fundações superficiais, é recomendável que tais situações sejam
"equilibradas" ainda no nível das fundações através de vigas de travamento e equilíbrio antes
de transmiti-las para as demais estruturas. David Américo F. Oliveira – Austrália

Fórum Clube dos Engenheiros Civis

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